Sim, pois depois que Daniel conversou com Jenny, a promotora de bolachas colocou em prática seu plano e conseguiram provocar uma situação na qual terminou com advertência e sequência demissão de Sofia. A mulher ficou desesperada, tentou conversar com Gutiérrez, mas o velho já tinha outra em vista para seu posto, o que foi aprovado por Olarte, mas não por Daniel, pois apesar de tudo, ele não queria qualquer idiota de cabeça vazia para o posto de secretária financeira, tinha que ser bonita e apresentável, mas sobretudo inteligente, uma aliada, ajustada aos planos deles.

O que mais intrigava Mário é que mais uma vez os executivos do Fashion Group não haviam comparecido ao lançamento.

Mário foi à presidência entregar uns relatórios que Mariana lhe havia entregado; enviados por Marcela, era um pretexto, pois queria falar com o presidente; quando ouviu falarem seu nome, então resolveu ouvir o que falavam no melhor estilo Bertha, já que era hora de almoço e nenhuma secretária estava ali.

—Marito está desconfiado.

—Como assim, doutor?

—Andou me perguntando do Fashion Group, por que não comparecem ao lançamento.

—Não sei, vejo depois. Mas não é só isso.

—Tem mais?

—Sim, perguntou das modelos da coleção passada, que até Hugo está insatisfeito, pois as mulheres saíram.

—Ai, doutor, isto é problema!

—Problema? Problema para você e Gutiérrez, Eu disse que tem que fazer tudo bem,

—Mas doutor o senhor que nos apressou.

—Eu? Está falando que a culpa é minha. Me perdoe, mas a culpa é de vocês. Mas isto não importa vou falar com ele. Quem sabe pode ser mais um.

— E esta agora, doutor? Don Mário é amigo de Don Armando Vai contar tudo para ele.

— Creio que Marito não é idiota como Armandito. É ambicioso e não é menino rico como os Valencia e Mendoza. Não creio que dispensaria uma chance de ter mais grana,

—Não sei, não e se nos descobre, doutor?

—Não vai! Mas claro que não vou entregar tudo assim, vou estudar Mário e saber até onde vai esta amizade com Armando. Se continuam como antes. Não sou idiota como vocês! Mas falemos de negócios., as ovas modelos já estão na Europa?

—Como programado, como combinou Rachel.

—Ótimo, os clientes vão gostar!

—Quem não gostaria daquelas delícias –disse Olarte, coçando o nariz –Escute, doutor, agora que Sofia se foi quando vou ter direito a uma secretária gostosa?

—Tudo a seu tempo, Olarte! Pedi uma para Rachel, tem que ser formada em Finanças e leal, muito leal a nós ou se descobrirá tudo.

Enquanto Mário ouvia a conversa de Daniel e Mário, lembrou-se da conversa com Daniel. Estava claro que algo acontecia na empresa. Algo que envolvia a demissão de Sofia, o contrato com Fashion Group, a contratação e o êxodo das novas e inexperientes modelos para Europa. Precisava descobrir o que era.

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Flashback

—E qual é o problema, Mário? Está como Armandito vendo coisa que não são? Cuidado pois pode acabar neurótico e frustrado como ele.

—Não, imagina, é que, vou te confessar, queria conhecer pessoalmente, a deliciosa da Gabriela Garza.

—Ah, tinha que ser isso, claro. Tudo a seu tempo. Sabe? O importante é que temos uma boa parceria. E as coleções estão saindo. –disse, dando tapinha nas costas –Sabe, em breve teremos outra seleção de modelos, os clientes gostaram muito da leva que escolheu e não é que tem olhar clínico? Muito bem.

—Sobre isto queria falar também, as novas modelos que escolhi elas também estão de saída?

—Como assim?

—É que as da coleção passada e as que pôs anúncio, quase todas foram embora, até Hugo está reclamando e isto não é comum.

—Mário Caldeirón, não se preocupe com coisas que não são de sua competência, sim?

—Desculpe, Daniel, mas é que...

—Já sei, é que não chegou a provar nenhuma dessas, como de costume, mas te digo, estas não. Mas te prometo que da próxima vez o deixo escolher uma para seu desfrute (Que nojo de tanto machismo) .

Fim do flashback

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De volta ao nosso casal.

Armando havia buscado Betty no serviço.

—Sabe, espertona –beijo –Já estava com saudades. Sabe como sou...

—Não sei, don Armando! –fazendo-se inocente.

—Ah sabe sim e participa disso, ah? Posso dizer que gosta. –Betty estava vermelha e isto deixava Armando excitado, como se ela fosse uma fruta vermelha pronta para ser devorada.

Mas havia pensado no que Mário havia lhe dito sobre as mulheres. De repente, Betty não era diferente e gostaria também que saíssem, sem ser para negócios, como faziam quando eram só amigos. Sabendo agora que Marcela estava nos Estados Unidos pensou que talvez pudesse levar Betty para passear. Deveria testar se seria bom para eles, pois não podia exibí-la nos lugares onde estavam as pessoas que conheciam (repletos de ex-amantes, jornalistas e conhecidos) para que não os incomodassem a noite toda e porque querendo ou não, ela não pertencia à ``beautiful people`` e embora, não se importasse com isso, sabia que para estas pessoas importaria a ponto de perturbarem Betty e estragarem seu... (não sabia definir o que estavam tendo).

Poderia Betty se cansar de apenas saírem para irem a reuniões de negócios e depois se trancarem na casinha de seus avós ou dada a urgência em algum hotel. Queria levá-la a seu apartamento, mas nunca havia levado mulheres em seu apartamento, era seu lugar sagrado, não um local de caceria. Poderia Mário ter razão? Ele conhecia mais da arte da conquista que ele, pois geralmente, as mulheres o perseguiam e desmaiavam a seus pés sem ele ter que fazer nada para as conquistarem. Resolveu perguntar Betty sobre isto.

—Betty, estive pensando. Já vimos todos os filmes em cartaz. Queria saber se gostaria de ir a um lugar diferente.

—Sério? Que lugar? –Não se importava de ficar trancafiada com ele fazendo amor, mas achava que ele sentia falta de sair e queria agradá-lo. -Um restaurante? Ou vai me levar para dançar?

—É pode ser.

—Ai, Armando! –deu muitos beijinhos.

—Se fizer isto de novo, não vamos sair daqui.

—Ojojo. ``Não seria má ideia, doutor.`` -pensou. Deixemos para depois.

—Isto é uma promessa?

—Depende.

Assim, Armando a leva ao Santuário.

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