Assim, Armando a leva ao Santuário.

Estavam dançando e Betty, como sempre, pisava nos pés dele.

—Ai, que vergonha. Desculpa, doutor.

—Sem problema, Betty. Pior que estas pisadas é insistir em chamar-me de doutor aqui sendo que quando nos amamos me chama de muitas coisas muito mais interessantes. –Lhe pisca o olho e a pega junto a ele, deixando-a muito vermelha.

Armando havia até gostado daquele lugar, há tempos não saía e dançava e apesar das pisadas que Betty lhe brindou toda a noite, havia gostado de sair com ela de novo e não encontrar nenhum conhecido e mais ainda da recompensam depois no quarto, amando-se.

(Depois do amor)

—Gostou de sair um pouco, picarona? -disse, sentando-se na cama, para pegá-la junto a ele. Betty estava sentada de roupão, se óculos e com a franja para o lado.

—Ah sim, don Armando.

—Betty.

—Está bem, doutor, quero dizer, Armando, foi muito divertido, sair com o senhor, de novo.

—Senhor, doutor, don não sei o quê! Sou um velho, é isso?

—Não, imagina. O senhor, você é muito jovem e está em forma.

—Quanto em forma? Muito em forma? –disse mordiscando sua nuca, enquanto enfiava as mãos dentro do roupão dela.

—Que tal se pedimos alguma coisa para comer? –pergunta Betty

—Pode ser, pois este exercício me deixou muito faminto.

—Ojojo!

Posso ligar a tevê?

—Sim.

Enquanto Armando pede algo, Betty assiste ao jornal local.

Na televisão:

—E hoje foram presos no porto de Cartagena mais dois suspeitos de participar da Màfia das escravas brancas:

—Não temos nada com isso.

—Os suspeitos negam e dizem que os contratos são legais e que as moças foram legalmente contratadas por uma importante agência de modelos da Europa para desfilarem em passarelas na Europa.

—Mas não quis dizer qual seria a agência europeia e tampouco qual seria o intermediário colombiano que estaria fornecendo as modelos.

—Conversamos com o detetive Thompson sobre isso.

Armando pegava a comida, enquanto Beatriz prestava atenção, chocada.

—Já temos...

—Shiu!

—Está claro que se trata de uma rede de prostituição que atua na Europa. Não tem nada a ver com desfile. Eles contratam moças jovens com um perfil pre-determinado pelo que chamam de cliente e usam uma empresa de moda de fachada, já pegamos duas envolvidas no esquemas e seus executivos, gente do mais alto escalão da Moda sul-americana em países como Argentina, Equador e Brasil e na Colômbia estamos investigando duas. Tem duas grandes agências grandes envolvidas.

—Poderia dizer quais são as suspeitas?

—Não, pois isto atrapalharia a investigação, mas podem ter certeza que não são empresas pequenas, mas estamos na cola. Desistam enquanto podem, as investigações estão avançadas. O esquema que desbaratamos hoje é pequeno comparado ao que encontramos. Vamos chegar até vocês!

Betty estava assustada. Como pode que pegavam moças com seus sonhos de desfilarem em grandes passarelas para serem prostitutas. Armando percebeu como Betty estava, deixou a bandeja de lado e a abraçou.

—Isto é horrível, Armando.

—De verdade.

—Como podem fazer algo assim?

—Já li várias reportagens, não é novo! Mas o que me assusta é que tem uma grande empresa de moda colombiana envolvida.

—Acha que...

—Não, creio que não, Daniel pode ser o que for, mas não creio que faria lago assim.

—Ele trabalha para o governo.

—Sim, por isso, não poderia se envolver em algo assim. Júlio e Suzana os criaram bem e com altos valores e ainda meus pais. Não creio que faria lago assim, isso mataria meu pai de desgosto.

—Não pense nisso –disse, acariciando-lhe o rosto – Claro que Ecomoda não está envolvida em algo assim.

—____________________________

Mas sim Daniel estava envolvido em alguns negócios que não eram exatamente o ramo de Ecomoda, mas que a empresa servia bem e não podia demorar muito, pois sabia que a polícia estava investigando algo, ao mesmo tempo não poderia demorar muito, pois estava de licença não remunerada de seu emprego no Governo. Precisava agir com cautela, mas com pressa, ao mesmo tempo. Por sorte, suas estratégias comerciais estavam dando certo, sua administração era um sucesso rotundo, a imprensa especializada o elogiava, suas irmãs o apoiavam, os papás Mendoza o admiravam, os empregados o adulavam, a cada dia, mais e mais chegava ``mercadoria`` nova à Ecomoda, atraídas pela chance de brilhar nas passarelas. E brilhavam, ao menos em um desfile dos que tinham a cada dois meses. Ao seu lado tinham Olarte e Gutiérrez como braços direitos na empresa e até Mário Caldeirón estava colaborando-lhe a escolher as modelos com seu olhar clínico, de acordo com o gosto dos clientes europeus.

—E pretende voltar ao Governo, doutor?

—Sabe, Olarte, estou gostando desta coisa de ser presidente aqui, mas sabe que não podemos usar Ecomoda por tanto tempo assim, pode levantar suspeitas.

—Mas e depois quem vai ficar cuidando?

—Ora, você aqui ou em outra empresa e eu volto para meu trabalho no Governo.

—Do jeito que vai a coisa, vão acabar pedindo que fique e que continue a administrar a empresa para outro mandato.

—Olha, não duvido! Sempre disse que era a melhor escolha para a empresa e aqui estou!

Daniel havia mirado Sofia desde que soube de Olarte que percebeu que havia algo errado nos pagamentos do Fashion Group à Ecomoda. E como sabia que a senhora entendia de Finanças e contratos decidiu que era hora de tirá-la do caminho. Assim, ao descobrir os ataques de raiva da senhora com a amante de seu ex-marido foi fácil tirá-la do caminho.

A próxima que pretendia tirar era Bertha. Sabia que a senhora era uma fofoqueira que costumava ouvir atrás das portas e com isso, podia descobrir algo. Precisava tirá-la dali. Outra que não topava era Sandra, a altona valentona. Sempre parecia estar curiando algo e isto certamente não era bom para os negócios. Mariana não o incomodava, assim como Aura Maria, a quem levaria para caminha se tivesse um pouco de classe.

Além de fofoqueiras, havia percebido que as secretárias executivas gostavam muito da empresa e tinham um carinho especial por Armando e isto o irritava.

Francesca, muitas vezes havia pedido a Daniel que despedisse Sandra, mas ele não encontrava motivos para fazê-lo, vez que era uma boa funcionária e ao menos sabia se vestir, diferente das outras, mas muito mais por ser secretária de Mário e não queria problemas com ele.

—Já te disse, Cesca, não tenho motivos para dispensar esta mulher.

—Eu não sou motivo suficiente? Ela me irrita. Me provoca.

—Pois nunca vi isso. Gutiérrez ou eu temos que presenciá-lo. Não posso ser injusto.

—Como se fosse perfeito, o dr. Correto...

—O que disse? Não me provoque, Cesca! O que está insinuando.

—Er, nada. AI, Daniel. Que custa?

—Dr. Daniel, melhor Dr. Valencia para você.

—Desde quando?

—Desde sempre. Agora vai trabalhar.

Daniel havia mirado Sofia desde que soube de Olarte que percebeu que havia algo errado nos pagamentos do Fashion Group à Ecomoda. E como sabia que a senhora entendia de Finanças e contratos decidiu que era hora de tirá-la do caminho. Assim, ao descobrir os ataques de raiva da senhora com a amante de seu ex-marido foi fácil tirá-la do caminho.

A próxima que pretendia tirar era Bertha. Sabia que a senhora era uma fofoqueira que costumava ouvir atrás das portas e com isso, podia descobrir algo. Precisava tirá-la dali. Outra que não topava era Sandra, a altona valentona. Sempre parecia estar curiando algo e isto certamente não era bom para os negócios. Mariana não o incomodava, assim como Aura Maria, a quem levaria para caminha se tivesse um pouco de classe.

Além de fofoqueiras, havia percebido que as secretárias executivas gostavam muito da empresa e tinham um carinho especial por Armando e isto o irritava.

Francesca, muitas vezes havia pedido a Daniel que despedisse Sandra, mas ele não encontrava motivos para fazê-lo, vez que era uma boa funcionária e ao menos sabia se vestir, diferente das outras, mas muito mais por ser secretária de Mário e não queria problemas com ele.

—Já te disse, Cesca, não tenho motivos para dispensar esta mulher.

—Eu não sou motivo suficiente? Ela me irrita. Me provoca.

—Pois nunca vi isso. Gutiérrez ou eu temos que presenciá-lo. Não posso ser injusto.

—Como se fosse perfeito, o dr. Correto...

—O que disse? Não me provoque, Cesca! O que está insinuando.

—Er, nada. AI, Daniel. Que custa?

—Dr. Daniel, melhor Dr. Valencia para você.

—Desde quando?

—Desde sempre. Agora vai trabalhar.

Mas Francesca também não é flor que se cheire e consegue que Gutiérrez dê uma advertência a Sandra, depois de uma briga, que ela mesma provocou.

—Isto é para que você se toque e não mexa comigo. O próximo passo já sabe.

—Ai, eu lhe pego, que a pego.

—Calma, Sandra, não vê que é isto que ela quer?

Francesca ri, provocando-a.

—Não vê que querem fazer contigo o mesmo que com Sofia? Acalme-se!

—Ai, mija! Vou te passar o voucher para as sessões de ioga que me deram. São melhores para você. -disse Aura Maria. -Prefiro outra coisa com um papito lindo que me tire a neura.

Francesca já havia se sentado.

—Está bem. Vocês tem que me ajudar, preciso desse trabalho, mas é difícil que me mantenha calma.

—Tome! -Aura Maria lhe dá cupons para que vá à sessão de ioga que ganhou.

—Escuta, quando disse papito, quis dizer quem? Tem alguém em vista?

—Ai, mija, nem te conto. Lembra que outro dia o dr. Papito me deu carona e trocamos uns beijos?

—Foi mais que isso.

—Sim, mija. Pois ocorre que ele me prometeu que esta semana sairemos para dançar e conversar.

—E acha que só vai fazer isso?

—Claro que não! Então, como não sei que dia, espero que seja hoje, melhor não programarmos nada. -E acha que isto vai dar em algo?

—Ah, isto deixa comigo, eu vou trabalhá-lo.

—AI, meninas, que acham de chamarmos a Inesita para visitarmos Sofia?

—Ah sim, a coitada está depressiva.

—Ela disse que não sabe como fará para pagar as contas agora.

—Que acha de juntarmos um pouco para ajudá-la?

—Ela tem é que arrumar um bom advogado para fazer Efrain pagar a pensão.

Todas concordam.

—Vou descer antes que don Daniel me pegue aqui e antes de que eu consiga don Màrio.

—Ai, coitada, esta está crendo que don Mário vai querer se casar.

—Se meu chefe não se casa nem com as modelos.

—_____

Enquanto isso, Armando foi até o escritório de Miguel Robles (Rag Tela)

—Olá, Armando, o que deseja?

—Gostaria de oferecer meus préstimos.

—Que eu saiba já presta-serviço para nós.

—Sim, mas não é sobre engenharia que vim falar.

—Ah, porque sobre isto. Está impecável. Seis meses e nenhuma máquina deu problema, valeu a pena o investimento.

—Agradeço os elogios. -disse sorrindo.

—Não sabia que era tão bom colocando a mão na massa.

—Engenharia é uma de minhas paixões. Mas vim te oferecer outro tipo de serviço.

Armando propõe que ele represente a empresa em eventos e etc para que ampliem a cartela de clientes, a exemplo de outros trabalhos que está fazendo.

Diana que chegava ali ficou interessada e queria contratar Armando, mas Miguel preferiu pensar.

—Está bem. Vou deixar com vocês o prospecto.

Depois que Armando sai.

—Sabe, achei uma boa ideia, Miguel. Armando tem experiência, é inteligente, conhece todo mundo do ramo da moda, pode sim ampliar nossa cartela.

—Eu sei. E até o colocaria como executivo interno.

—E por que não o contrata?

—Primeiro que não acho que é o que quer mais, já que tem esta empresa, Terramoda. Já ouvi falar. Segundo que não podemos arriscar.

—Não entendo.

—Armando já projetou e esquematizou o maquinário e a automatização de nossos sistemas. Sem dúvida é um bom profissional. Mas não podemos arriscar tendo-o aqui dentro da empresa mais tempo que devido. E se por acaso, cruza com Olarte ou lê algum contrato. Não, Diana não podemos misturar.

—Te avisei que não queria a empresa envolvida nestes esquemas.

—Mas como nos manteríamos no mercado com estas despesas? Para conseguirmos fechar contrato com Ecomoda, por exemplo, tivemos que adiantar 35% do valor de comissão para Olarte.

—Não é DESTE TIPO de negócios que estou falando.

—Sei. Mas não fica brava ou eu choro. Dá um beijinho.

—Quem o ouve falando não vai acreditar que é gay.

—Esta é a ideia!

—_____________