—Não acredito que fez isso. –Reddington disse, repreensivo, enquanto cuidava de um corte na minha testa, causado da luta com Tom Keen. –Ele podia tê-la matado.
—Eu sei. Mas estou bem, não estou?
—Jen... –Suspirou. –Não vai adiantar eu te passar um sermão, vai?
—Não. Não vai.
—Devia ser mais prudente, como Lizzy.
—Você sabe como eu sou, Red, nem vem com drama pra cima de mim. Eu sempre fui assim.
—Não, nem sempre. Quando criança, era muito mais prudente que agora.
—Hum, que coisa. –Balançou a cabeça negativamente.
—Vai contar à Lizzy?
—Não sei, vou pensar. Cara, como ela consegue fingir que tudo está bem? Eu já teria dado uns cinco tiros nele.
—Ela é bem mais controlada do que você. Às vezes. –Sorri.
—Veremos.
***
—Está tudo bem?-Ressler perguntou, assim que o deixei entrar. Não nos víamos fazia quatro meses, e agora eu aparecia com uma bomba. –Disse que era urgente, saí do caso que estava pra poder te ver.
—É que... Bom, é realmente urgente. Lamento não reaparecer como esperava, mas...
—Onde esteve?
—Grécia. Red me mandou pra lá. Desculpa não ligar e dizer, ele me proibiu de fazer isso. Achava que qualquer coisa que me ligasse a ele, envolvendo essas “férias”, podia me complicar.
—Tudo bem. –Me beijou e se sentou no sofá. –Estou pronto pra sua nova bomba.
—Assim espero. –Sentei ao lado dele. –Eu finalmente me lembrei de onde conhecia Tom Keen.
—Eu vou querer ouvir isso?-Fiz cara feia.
—Não é o que está pensando. Eu tenho bom gosto, ok?-Tá, Tom não era feio, mas eu não precisava dizer isso.
—Então... De onde o conhece?
—Ele era meu instrutor, na Dangerous. Eu não me lembro como ele se chamava, naquela época, pois os instrutores costumavam ter apenas apelidos, sabe. Tom tinha o apelido Lobo. Ele... –Desviei o olhar. –Ele não é nada como o marido gentil e atencioso da Lizzy.
—O que isso significa?-Hesitei. –Jen, o que houve com você e Tom Keen?
—Ele era horrível, ok? Ele... Quebrou minha costela uma vez, e meu braço. E quase me enforcou. Isso era tudo nos treinos, então ele podia disfarçar, mas eu sabia que era alguma coisa extra. Ele era... Muito cruel.
—E agora aparece, com outro nome, casado com Elizabeth?
—É isso que me incomoda. Quem é o verdadeiro Tom? O instrutor Lobo, ou o marido da Lizzy?-Fiz uma pausa. –Não pode contar nada a ninguém.
—Jenna...
—Principalmente a ela. Lizzy desconfia dele, mas não sabe da nossa ligação. Não vai contar nada pra ela, Ressler. Talvez eu conte. Talvez.
—Jenna, se ele estiver mentindo, ou... Falsidade ideológica, algo assim... Podemos pegá-lo.
—Não. Não. Se levar esse caso à Cooper ou outra pessoa... Sério, eu tenho certeza de que há algo maior, e ele vai ser pego em algum momento. Não se esqueça de que temos Raymond Reddington na nossa equipe.
***
No caminho para o mercado, tentei me lembrar se tinha marcado tudo na lista de compras. O prazo da minha suspensão não havia terminado, então aproveitei para ajeitar minha dispensa.
Passos apressados se aproximaram de mim, a rua estreita estava deserta. Me virei, me preparando pra lutar, então algo acertou meu rosto, me mandando pro chão.
Larguei a bolsa, pronta pra revidar. Quase revirei os olhos ao ver quem era.
—Claro que viria atrás de mim. –Levantei. –Está com medo de que eu te entregue pra Elizabeth, Lobo?
—Liz nunca acreditaria em você.
—Então por que quer me matar?
Avançou outra vez, desviei, acertando um chute nele. Anos apanhando do cara, e eu aprendi algumas coisas sobre seu estilo de luta. Infelizmente, ele havia me ensinado quase tudo o que eu sabia. Isso era um grande problema.
Mais um soco, e eu fui pro chão, levando-o comigo. Tom mirou o punho no meu rosto, mas eu fui pro lado e ele acertou a calçada. Rolei, acertando dois socos nele. Pronto. Completamente apagado.
Levantei, tirando a poeira da roupa, peguei a bolsa, e continuei meu caminho, sem olhar para trás.
***
—O que houve com seu rosto?-Ressler perguntou, assim que entrei na sala dele. Finalmente pude voltar ao trabalho. Exatamente um dia após o ataque de Tom.
—Acredita que eu estava vindo pra cá e um filho da mãe me fechou no transito? Estava sem cinto e acertei o volante com o rosto. É por isso que se deve usar cinto de segurança.
—Jenna...
—Que?-Eu podia falar que tinha sido atacada por Tom. Mas aí Ressler ia atrás dele, socá-lo e prende-lo. Não precisávamos disso. –Não está acreditando em mim? Que tipo de namorado é você?
—Essa história está estranha, só isso. Que carro fechou você?
—Um sedan preto. –Cruzei os braços. –Não lembro da placa, mas tenho certeza de que se verificarmos as câmeras de segurança daquela rua, você vai ver.
—Não precisa.
—Ótimo. Então... Estou de volta!
—Jenna. –Me virei, era Lizzy. E ela não parecia feliz. Ih, droga.
—Oi. Aconteceu algu...
—Precisamos conversar. –Se virou e saiu, sem ver se eu a seguia. Ressler olhou pra mim, erguendo uma sobrancelha. Dei de ombros e saí atrás de Keen. Ela entrou em sua sala e se sentou. Fechei a porta e me sentei na frente dela. Alguma coisa tinha acontecido.
—O que foi?
—Quero me diga o que sabe sobre Tom. –Pisquei, tentando fazer uma cara confusa.
—O que eu sei sobre o seu marido?
—Sim. Quero que me diga tudo.
—Lizzy, eu mal o conheço...
—Reddington disse o contrário. –Suspirei. Droga, Raymond. –Pode começar. E não tente mentir.
—Tudo bem. Tom era meu instrutor, e...
—Instrutor?-Franziu a testa.
—No Projeto Dangerous, por uns anos nós tivemos instrutores individuais. Tom foi o meu.
—E ele se chamava Tom naquele tempo?
—Não. Não consigo me lembrar do nome que ele usava, apenas do apelido. Lobo. –Assentiu, anotando algo num pedaço de papel.
—Como ele era?
—Sinceramente? Um psicopata. Ele parecia gostar dos outros garotos, mas comigo... Os treinos eram um pesadelo. Ele pegava pesado, sempre. Insistia em treinos em horários de descanso, e às vezes parecia que me seguia. Fui parar na enfermaria, inconsciente, uma série de vezes. Um pulso torcido, um braço e uma costela quebrados. É isso.
—Não se lembra do nome?
—Não. Faz muito tempo. –Vasculhei minha memória. Tinha que haver um nome. –Desculpa, não consigo lembrar.
—Tudo bem. –Largou a caneta, esfregando os olhos. –Quando ia me contar?
—Eu não sabia se ia.
—Por que não?
—É seu marido. E... Alguma coisa está acontecendo, algo que Red não quer me contar, e nem você, pelo jeito. Infelizmente, não posso ajudar. A não ser que queira matá-lo, por que aí... Pode me pedir ajuda. E caso queria torturá-lo, para obter respostas. Sou boa nisso.
—Eu também. –Achei melhor não falar nada. Seria minha colega mais perigosa do que parecia?-Obrigada, por me contar.
—De nada. Se precisar... Já sabe. –Assentiu.
Saí da sala dela, e estava indo pra minha quando Aram me alcançou. Parei, esperando ele se recompor (parecia sem fôlego).
—E então...?
—Te... Procurei... Pelo... Esconderijo... Inteiro. –Sussurrou.
—E...?
—Cooper precisa... Falar... Ai, caramba. –Se encostou na parede. O abanei com as mãos.
—Respira, homem, não morre, precisamos de você na equipe. Vai, respira fundo. Isso. Agora continua.
—Cooper quer falar com você. Urgente.
—Certo. Obrigada.
O deixei para trás e subi até o escritório de Harold, batendo antes de entrar. Ele terminou uma ligação e se virou pra mim.
—Sente-se. –Me sentei , cruzando as pernas.
—Espero que seja importante, Aram quase teve um ataque me procurando.
—Jenna, acho que sabe que tem muita gente nos bastidores tentando afastá-la de vez daqui. –Esse “muita gente” envolvia Martin, eu tinha certeza.
—Sei.
—Quando sua equipe morreu, eu tive a ideia de transferi-la para cá. Apenas fiz isso por que a conhecia, e sabia que odiaria não ter mais o que fazer. Reddington apoiou essa decisão, e exigiu que você fizesse parte da “equipe dele”.
—Aonde quer chegar, Harold?
—Mesmo que Reddington e eu fiquemos ao seu lado, ainda podem mandá-la embora.
—Mas você...
—Sim, eu mando nesse lugar, Jenna. Mas se uma ordem direta vir do diretor...
—O diretor não vai me demitir, ele me conhece, ele jamais...
—Se ele for pressionado, acha que isso será o bastante?-Desviei o olhar, as palavras entrando na minha cabeça de forma assustadora.
—Por que essas pessoas têm tanta raiva de mim?
—Quando foi transferida, o FBI inteiro conheceu o Projeto Dangerous. E muitos desaprovaram. Sabe que a força só é usada...
—Se necessário. Sim, Harold, eu li os documentos que me mandou sobre a agência. Mas aquele era meu trabalho. Só matei por que era o que me mandaram fazer. Não iniciei o projeto. Aliás... Falando nisso... Quem começou?
—Ao que parece, quatro agentes. Ninguém sabe quem. Os documentos estão todos codificados.
—Então você não sabe.
—Não. Jenna, se eu fosse você, ia começar a seguir regras. Martin fez tanto escândalo quando o desobedeceu, que conseguiu afastá-la. Em algum momento, ele pode fazer pior.
***
—Acredita nisso, Red? Vão me demitir. Eu sinto isso.
—É Martin fazendo fogo, não é?-Assenti. –Vou dar um jeito nisso. –Olhei pela janela, para o mar.
—Acha que vão te ouvir?
—Terão que me ouvir. Confie nisso.
Reddington e eu estávamos jantando na Austrália. Keen devia vir com a gente, mas ela e Red brigaram de novo, e ela quebrou coisas em sua sala, furiosa. Não sei o que houve entre eles, mas alguma coisa a irritou.
—Falando no meu trabalho... O que fez pra Lizzy dessa vez? Ela parecia muito irritada.
—Ah, ela parecia?
—Red, o que aprontou?
—Nada. –Parei a colher no caminho, antes de tocar sobremesa.
—Raymond Reddington, o que você fez agora?
—Apenas disse algumas coisas que a deixaram irritada. –Revirei os olhos.
—Vocês dois... Como é que ela ainda não te deu um tiro?
—Boa pergunta.
Saímos do restaurante conversando sobre ele e Lizzy, e eu ia insistir na história de que ele era pai dela, quando notamos algo errado. A risada de Red parou instantaneamente. Minha mão foi direto para a arma, e foi só aí que lembrei que ela estava no hotel.
—Cadê o Dembe?-Perguntei. Antes de entrarmos, ele estava encostado no carro, de onde tinha visão de nós, dentro do restaurante. Agora ele não estava ali.
—Não sei. –Olhei em volta.
—Red, ali. –Apontei para trás do carro. Uma parte do homem era visível. Dei a volta e me aproximei. –Dembe!
Alguma coisa acertou minha cabeça, e senti uma picada no braço, a inconsciência veio rapidamente.
***
Alguém estava batendo de leve no meu rosto e me chamando. Eu me sentia exausta, mas sabia que tinha que acordar. Alguma coisa havia acontecido. Alguma coisa errada.
Abri os olhos, era Red quem estava me chamando. Me sentei, esfregando a cabeça.
—Onde estamos?
—Em um hotel abandonado. Próximos à praia. –Respondeu. Pisquei, confusa.
—Como sabe disso?
—Apenas sei. Levante-se, estamos de saída.
—Pera aí. –Recusei a mão estendida, ainda sentada. –Não fomos sequestrados?
—Fomos.
—E simplesmente vamos embora?
—Com que facilidade me subestima. –Balançou a cabeça negativamente.
—Red, eu não tô entendendo nada.
—Vamos logo. –Me puxou, até que estivesse de pé. Cambaleei, mas não caí. –Temos apenas dos minutos.
—Dois minutos pra que?
—Para chegar até o terraço, antes que nos vejam.
—Raymond... –A porta abriu, era um homem alto, parte do rosto coberta por um lenço. Ele fez um gesto com a cabeça e saiu. Red passou pela porta, me puxando atrás dele pelo pulso. –O que tá acontecendo?
—Quando estivermos em segurança, eu te digo. Agora corra.
—Que...?
—Corra!
Começamos a correr. Subimos uma série de escadas, e chegamos ao terraço. Parte minha, esperançosamente, esperava que houvesse um helicóptero lá, ou alguma outra coisa que voasse, mas não havia nada.
Ainda era noite, e o céu estava muito estrelado. A praia estava perto dali, e uma ruazinha estreita de areia que a ligava ao hotel estava sendo engolida pela água.
—Como vamos sair daqui?-Perguntei, completamente confusa.
—Vamos pular.
—Que? Você ficou maluco?-Me puxou até a beirada. O mar lá embaixo parecia negro e agitado. –Não, não. Não vou pular! É muito alto! Vamos morrer!
—Confie em mim.
—Nós. Vamos. Morrer! Eu não vou fazer isso.
—Jenna...
—Não!
A porta explodiu e vários homens armados passaram por ela. Red me puxou mais uma vez, então estávamos caindo em direção ao mar. Dei um grito antes de cair na água fria.
Em algum momento Red me soltou, e eu comecei a afundar, estava tonta demais para nadar.
O mar negro me engoliu rapidamente.
***
Eu podia ouvir ondas quebrando por perto, e sentir o cheiro da água salgada. Abri os olhos, a claridade me incomodou, até que eu me acostumasse com ela. Me sentei, a confusão ficando muito forte.
A última coisa que eu me lembrava era de pular do topo de um prédio para o mar, com Red. Agora estava num quarto, com outra roupa, seca e sozinha.
Levantei e saí, entrando numa sala grande.
—Red?-Chamei. Nada. Vasculhei a casa toda. Estava realmente sozinha. –Reddington?
Como havia saído da água? Onde Red estava? Será que... Não. Ele não estava morto. Não podia estar.
—Red?-Gritei, voltando pra sala. –Red! Red!
Eu havia confiado nele. E ele estava morto. Coloquei as mãos na cabeça. Ele tinha me deixado sozinha, na Austrália. Longe de casa.
—Raymond... –Me sentei no sofá. Tinha que ligar para Ressler e pedir ajuda. Dizer o que havia acontecido e pedir dinheiro para voltar para casa.
Mas... De quem era aquela casa? Olhei em volta mais uma vez. Não havia nada que indicasse quem morava ali.
Alguém bateu na porta. Hesitei, mas fui abrir. Dei de cara com Red. Dei um grito e me lancei para fora, abraçando-o.
—Desgraçado, achei que estava morto!
—Se soubesse que sentiria tanto minha falta, teria deixado um bilhete. –O soltei, furiosa.
—Por que sumiu? Que lugar é esse? Quem nos sequestrou? E... Dembe, ele está bem?
—Sumi, pois tinha muita coisa para resolver. Essa casa é de um conhecido, que a emprestou. Inimigos meus nos sequestraram, e Dembe está bem.
—Ah, ok. –Voltei para o sofá. –Quase tive um ataque. Não faça isso de novo. O que eu ia fazer sem você e sem emprego?-Entrou e fechou a porta.
—Não vai perder seu emprego. E se acontecer... Eu te contrato. Dembe e você fariam uma boa dupla de seguranças. –Sorri.
—Só se pagar o dobro do que paga pra ele.
—Podemos negociar.
***
Estava de volta. Não contei a ninguém o que houve na Austrália, pois Red havia cuidado (ilegalmente) dos nossos sequestradores. Então fim de história. Nada aconteceu. Tudo estava bem.
Naquela noite, outra tentativa de cozinhar. Ressler devia aparecer em algum momento, mas estava atrasado. Assim que a porta bateu, eu sabia que tinha companhia.
—Você se atrasou, Donald. –Me virei, não era Ress, e sim um cara que eu nunca vi antes. –Bom, hã... Você quer sopa?
—Hum?
Lancei a colher na cara do homem e pulei por cima do balcão, o derrubando-o. O cara revidou com um chute que me mandou pro chão. Levantei o mais rápido possível, mas parei, alguma coisa havia me acertado.
Me afastei, um corte profundo estava sangrando, na altura das minhas costelas. O homem ergueu a faca de novo, eu tentei me esquivar, mas estava lenta. Outro corte, dessa vez um pouco mais embaixo.
Caí, tentando estancar o sangue. O homem correu.
Me arrastei até a mesinha de centro, pegando meu celular para ligar para Ressler. Digitais de sangue ficaram na tela.
—Jenna? Desculpe, eu não consegui sair, mas logo devo...
—Ress. Eu... –Respirei fundo. –Preciso... De ajuda.
—Jen, o que houve? Jen?
—Emergência. Fui esfaqueada.
—Estou indo agora mesmo! Vou ligar pra emergência.
A ligação caiu. Larguei o telefone, deitando a cabeça no chão. Uma poça de sangue estava começando a se formar embaixo de mim. Me obriguei a levantar, mas não fui longe, antes de cair de joelhos.
Minha regata branca estava ficando completamente vermelha. Me recusei a olhar para os cortes e rastejei até a cozinha, puxando um pano de prato para tentar estancar o sangue.
Estava morrendo.
***
Acordei no hospital. Uma enfermeira ruiva estava ao lado da cama, mexendo na bolsa de sangue que estava ligada a mim. Pisquei, tentando lembrar do que havia acontecido.
—Como se sente, querida?
—Estranha. –Respondi. Ela assentiu e tirou uma seringa do bolso. Recuei. –Que isso?
—Um calmante, precisa ficar calma.
—Estou calma.
—Não é o que parece. –Tentei recuar de novo, mas ela foi mais rápida, enfiando a seringa no meu braço, e apertando até que parte do líquido entrasse na minha veia.
—O que você... Fez?
—Já que falharam com você, horas atrás... Bem, alguém competente ter que agir.
—Que?
—Adeus, Mhoritz. –Se afastou. Ressler entrou, e se aproximou de mim. Eu estava me sentindo péssima.
—Jen?-Chamou, tocando meu braço. –Você...
—A enfermeira. –Sussurrei.
Ressler se virou. A ruiva se lançou contra ele, tentando enfiar a seringa em seu pescoço. Donald foi mais rápido a segurando.
Comecei a engasgar. Aquela doida havia me envenenado.
Caí na inconsciência, lembrando dos treinos com Lobo.