Crônicas de um eu lírico Palavras de uma Poetisa

Capítulo 34: Monólogo: Perdida Em Minha Mente


Monólogo: Perdida Em Minha Mente

Estou dentro da minha mente, meu corpo estável do lado de fora, passando a imagem perfeita de calmaria, enquanto aqui dentro, da minha cabeça, da minha mente, um turbilhão agitado e ansioso. Mil coisas. Mil pensamentos.

Mundos paralelos criados em forma de pequenos abrigos e refúgios. Com o único propósito de fugir do mundo de fora, do mundo real, do mundo que me agride e afugenta meus sonhos. Sinto minha voz ecoar nas paredes que nem eu mesma consigo ver com o meu olho, só posso imaginar e para ser sincera... Eu não consigo.

Respiro fundo para tomar o controle do meu corpo e da minha mente.

O mundo lá fora são borrões, nem a poeira do ar é nítida aos meus olhos. Os barulhos são nada mais que barulhos, um bolo que não consigo entender e nem quero, pois estou perdida no meu mundo, na minha terra do nunca.

Então querido Peter Pan, sou uma garota perdida fantasiada de coelho.

Minha mente é um labirinto sem fim e para ser sincera sem começo, aterrisso bem no meio, sem direção de seu começo. Não tenho medo, é a minha mente, é quem eu sou, estou no controle.

Fecho meus olhos e as cores do meu mundo tornam-se vivas.

Azul
Vermelho
Roxo
Branco

— Este sendo o divisor de águas entre as cores selvagens.

E não sei ao certo se é o lado exterior ou o lado interior criativo que ouço som de água corrente, mas é aconchegante. E é a sensação mais promissora que terei hoje.

Mais uma vez respiro fundo, agora não buscando controle e sim a paz tanto interior quanto exterior. Minha mente se expande.

O sorriso se faz sem meu consentimento é o efeito da minha mente voando.

Ela voa como uma pena procurando seu rumo.

Agora as cores diminuem de intensidade e meu sorriso fica estável.

E o som da água corrente torna-se pequenos chuviscos que iluminam minha mente.

Estou perdida, porém salva na imensidão da minha mente.