Out of control.

Eu trombava em todos, tudo girava ao meu redor, parecia que sinos badalavam dentro de minha cabeça, eu sentia cheiro de cerveja, cigarro e do perfume dele. Naquele momento eu não conseguia pensar em nada, mas não por causa dele, e sim por causa da bebida.

Eu senti a mão dele na minha cintura me apertando contra ele, não conseguia o acompanhar, eu estava praticamente sendo arrastada... Aliás, porque raios ele estava dançando comigo? Não faz sentido nenhum, nem amigos nós somos, nunca ao menos trocamos olhares ou tivemos algum contado, eu sei o nome dele, mas será que ele sabe o meu? Definitivamente aquela dança não havia um motivo, pelo menos, não um motivo sensato.

Ele não era um bom dançarino nem nada, mas puta merda, o cheiro dele era muito bom, um perfume marcante, eu queria sentir aquilo cada vez mais. Enquanto ele me levava pela pista de dança, eu discretamente dava um jeito de ter mais uma dose daquele cheiro maravilhoso.

Eu me arrependeria daquilo quando estivesse sóbria, mas naquela hora eu não estava com cabeça para dançar loucamente com desconhecidos, a música acabou, um momento perfeito para sair dali. Discretamente peguei a mão dele que estava na minha cintura e ergui-a como se ele fosse um vencedor, a soltei no ar, bati palmas e ri, como se estivesse o glorificando por causa daquela horrível dança e quando ele se virou para conversar com um amigo no intervalo da musica, eu sumi no meio da multidão.

Droga, agora teria que procurar outro copo, já que o meu ficou para trás naquele tumulto, não faço a mínima ideia se o tinha deixado cair ou em alguma mesa. Não achei um copo limpo, apenas me deparei com um cano ligado a um galão cheio de bebida, eles faziam a pessoa beber naquele cano e eu precisava daquilo.

Me dirigi até aquelas pessoas, peguei o cano da mão de alguém, coloquei em minha boca e tomei alguns fartos goles, e aquilo era uma delicia, eu podia sentir a bebida gelada descendo minha garganta e tomando minha mente. Soltei o cano, eu precisava de algum remédio, então eu fui até o banheiro de cima. No caminho consegui ver Bianca em cima da mesa, rebolando apenas com um sutiã cheio de dinheiro e seu shorts, ela era muito boa naquilo.

Minha cabeça doía, eu não conseguia ver nada direito, subi as escadas, tudo estava embaçado, trombei em algum casal, e em mais alguém, fui até o banheiro, abri a porta e algum casal nu e desconhecido saíram de lá enfurecidos, não dei a mínima. Abri o armário, peguei um remédio que de acordo comigo, era para dor de cabeça, mas eu não podia confirmar nada no estado que eu me encontrava. Tomei o remédio, me sentei naquele chão frio, não queria dormir, só havia tido duas horas de festa, mas não resisti e apaguei ali mesmo.