Abri os olhos com dificuldade por causa da luz, ainda conseguia ouvir a música através da porta fechada, quanto tempo eu apaguei? Minha cabeça doía, mas não estava mais tanto embriagada. Tomei outro remédio, olhei para o relógio, havia se passado apenas uma hora.

Olhei para o espelho, eu estava com uma cara horrível e a roupa toda amassada. Ajeitei a roupa e o cabelo, passei um gloss, tirei o borrão que estavam debaixo dos olhos, coloquei uma bala de menta na boca e abri a porta.

Não havia ninguém se beijando no corredor, estranhei. Desci as escadas, e ninguém ainda estava louco ou bêbado, mas que porra tinha acontecido aqui? Já são 1:30 da madrugada e ninguém chapado!

Percebi que alguém corria em minha direção, era a Cass, ela estava com uma expressão de preocupada, o que será que tinha acontecido para ela estar desse jeito? Oque foi que eu perdi?
–Bella! Bella! Você está bem?
–Oras! Porque não estaria?
–Ouvi dizer que puxou o Thomas para dançar, só que você trombava em todo mundo, e fazia uns passos estranhos, e depois eu vi você subindo as escadas e parecia meio zonza pelo jeito de andar. Você precisa se controlar mais, eu sei que adora festas e zoar, mas guarde um pouco para o final, só tem uma hora desde que os convidados chegaram e você já estava doida!
–Espere, espere... Que horas são?
–meia-noite e meia, por quê?

Mas é claro, meu relógio estava adiantado uma hora! Então quer dizer que tudo o que eu vi e vivi foi tudo fruto da minha imaginação misturado com bebida?! E não foi o Thomas que me chamou para dançar e sim o contrário, tudo por causa da queda eu tenho pelo tanquinho dele? Puta merda eu não devia ter bebido e fumado daquele jeito. Quer saber, que se foda, eu não ligo para o que eles pensam.

Depois desse pensamento eu percebi que a Cass ainda estava lá me olhando, eu disse que me controlaria mais e agradeci pelo aviso e sorri. Virei-me e fui andar pela festa, dessa vez, sem bebida. Realmente eu ainda não estava com clima para festa, então fui até a frente da casa. Desci até a piscina, me sentei em um banco que tinha lá, e encostei minhas costas no muro gelado. Repirei fundo, olhei para o céu e fiquei observando as estrelas, estava uma noite muito bela. Fechei os olhos. Mexi meu pé um pouco para traz e acabei derrubando um copo de bebida que estava ali. Abri os olhos e vi que ali tinha um copo de uísque que eu tinha derramado, alguém estava lá e não havia muito tempo.

Ouvi um barulho vindo do quartinho onde a Giovanna guardava as boias e os produtos de limpeza da piscina. Levantei-me rapidamente e andei em direção ao quartinho.
–Quem está ai? –Eu gritei.

Abri a porta devagar, estava escuro demais e não conseguia ver nada, acendi a luz, e era nada mais nada menos que o Thomas entre as boias, rindo da minha cara de assustada. Que ótimo! Esse garoto vai achar que sou louca! Mas essa era a oportunidade perfeita para me explicar e me desculpar da vergonha que o fiz passar.
–Err... Olha Thomas me desculpa por fazer você passar vergonha...

Antes de terminar a frase, ele se aproximou com um sorriso bobo, me puxou pela nuca e me beijou, sua boca tinha sabor de uísque. Puta merda, ele beija muito bem. Ele me agarrou fortemente pela cintura e me lançou forte contra a parede. Entrelacei minha mão em seus cabelos e a outra, arranhando sua nuca. As mãos dele corriam pelo meu corpo, enquanto uma acariciava minha perna, a outra estava em minha nuca. Ele me levantou, colocando ele na parede e eu a sua frente. Tirei sua camisa e comecei a acariciar sua barriga sarada. Ele puxa meus cabelos fazendo eu me envergar um pouco para trás, assim, de minha boca, ele vai descendo, beijando meu pescoço até chegar ao meu decote, alternando entre beijos e chupadas.

Ele para, solta meus cabelos vagarosamente, e olha no fundo dos meus olhos, sem dizer nada, ele me pega no colo e me pressiona novamente contra a parede, enquanto eu arranhava seu corpo. Ele me beija mais uma vez e me solta devagar, e vai parando com selinhos. Ele ri, eu ri também. Agora estava muito calor.

No caminho de volta para a festa, eu não sabia o que dizer, não queria ser rude, porém, não queria me enrolar com alguém, e muito menos que alguém ficasse sabendo daquele beijo.
–Am... Se alguém perguntar, nós só andamos... certo? –Eu disse, ele riu.
–Talvez nós não só andamos...
–Mas nós só andamos. –Eu pisquei.

Chegando perto da entrada, ele me puxa mais uma vez, me da um beijo, e entra por outra porta.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.