(XSaga - The Militia Incidents)

O grupo estava diante de um homem com um ar naturalmente superior, Azrael gagueja ao perguntar seu nome e sua voz quando sai é como se ecoasse em sua cabeça além dos sentidos auditivos.

– Aquele que os ajudará a sobreviver a esta missão... Meu nome é Sairiel.

Um anjo... Mas por que um anjo?! – Ele ainda estava tão surpreso quanto confuso.

Sairiel guarda sua lâmina e se aproxima do rapaz, o analisa de cima para baixo e em seguida olha para seus amigos.

– Fui enviado pelo general da primeira legião celestial para auxiliá-los na busca pelos fragmentos do artefato milenar, mas não imaginava encontrar um grupo tão... “atípico”. – Comenta sem expressão no rosto.

Azrael se levanta e seus amigos se aproximam.

– Você foi mandado para nos ajudar? Que bom! Com um anjo do nosso lado com certeza ninguém vai querer se meter conosco né?! – Yuki diz empolgado.

– Acho que não é bem assim... Haltor não parecia intimidado pela presença dele... Embora seja evidente o quanto ele é forte. – Sony replica.

– Exatamente, não é o inimigo ou eu que sejamos fortes, vocês é que são demasiadamente fracos. – Sairiel os corrige.

– Eh?! – O grupo fica exaltado.

– Repete isso seu frutinha! – Bea chega com arrogância arregaçando as mangas.

Sairiel só faz olhá-la para ela se sentir ameaçada, Bea vacila por um instante paralisada por seus olhos.

Azrael se mete na frente dela disfarçadamente quebrando a paralisia do olhar, a Oni respira aliviada sem entender direito o que tinha acontecido.

– Então você pretende nos ajudar de que maneira, já que recebeu ordens superiores? – Ele pergunta.

– Começarei treinando essas técnicas que dizem chamar “lutar”, com elas será impossível sobreviver às provações que os aguardam no futuro.

– Você vai nos treinar? – Yue pergunta, mas parecia agitada pela boa idéia.

– Exato.

– Você é um anjo enviado para nos ajudar... Mas não deixo de notar uma coisa... Você é “um anjo”, por que o reino celestial não envia logo um exército inteiro para nos ajudar? Você viu o poder do nosso inimigo, não seria mais fácil ter mais gente para proteger os fragmentos? – Yuuki se aproxima perguntando.

– Depois da segunda guerra celestial onde se lutou pelo destino de seu mundo e os três reinos foram quase destruídos, Céu e Inferno fizeram um pacto de não agressão, onde apenas uma determinada porcentagem de anjos e demônios poderiam vagar sobre a terra, se esse pacto for violado o mundo entrará em guerra. – Sairiel explica. – Além do mais, já existem outros anjos na terra em diferentes missões, eles têm seus próprios objetivos assim como eu tenho o meu.

– Faz sentido... Levando em consideração que o artefato tem poder para acabar com o mundo sozinho, faz muito sentido eles não precisarem se preocupar com isso... Faz muito sentido mesmo... – Sony finge concluir com ironia.

– Senhor Sairiel, o que o senhor sabe sobre os poderes do Artefato Milenar? – Pergunta Yue olhando para o pingente que já possuía alguns fragmentos.

– O Artefato Milenar foi criado por “deus” como uma prova do poder de sua criação, mas antes do mundo ser o que é hoje ele era um grande vazio, escuro e sem luz, por isso, da mesma forma como o Artefato Milenar representa o poder da pureza ele também oculta a escuridão que um dia fez parte do núcleo desta terra, em outras palavras, ele é o puro poder capaz de ser moldado à vontade de seu portador.

– E como ele veio parar nesse fim de mundo chamado terra? – Michiyo pergunta.

Sairiel olha para o grupo.

– Este não é o lugar para tal discussão ser levantada...

– Tem razão, mas antes de tudo, eu gostaria de me apresentar, muito prazer senhor Sairiel, meu nome é Azrael e estou muito grato por salvar nossas vidas e a cidade de nossa amiga.

– Meu nome é Yuuki e este é meu pai Nassar, sacerdote da cidade, obrigada por salvar nossa cidade.

– Eu sou Michiyo e este é meu companheiro Yuki. – A loba os apresenta.

– Sony Vlade senhor. – Sony o cumprimenta de cabeça baixa.

Saitou e esta Okami ao meu lado se chama Yue.

Cada um se apresenta Kimmi não olhava para o anjo e parecia meio arredia, o anjo percebe, mas não dá importância para a presença da mesma.

– Esta jovem bonita e tímida é Kimmi. – Yue a apresenta.

– Prazer senhor, Kaito o vampiro mais bonito do universo. – Ele faz pose.

Sairiel olha indiferente para Kaito. Bea estava afastada devido o pequeno incidente minutos antes e quando Hime vai se apresentar...

– Meu nome é Hi...!

– Dispenso sua apresentação, seu corpo tem o odor pútrido demoníaco disfarçado em seu sangue. – Sairiel olha para Bea. – E você definitivamente é o tipo de criatura que faço questão de matar a qualquer momento. – Ele olha para Azrael que parecia o líder do grupo. – Se me permitir matar estes dois demônios tenho certeza que não farão diferença em sua missão meu rapaz. – Sugere pondo a mão no cabo de sua lâmina.

Os amigos não sabem se ficam assustados ou surpresos, o anjo realmente parecia querer atacar.

Azrael põe a mão na frente de Bea e olha sorrindo para o anjo.

– Se é uma questão de permitir eu não permito de maneira alguma que encoste suas “mãos santas” nas minhas amigas, até por que elas estão conosco desde o inicio e eu conheço elas muito mais que você, por isso se eu tivesse que escolher, prefiro ficar com elas a você. – Ao terminar de dizer isso ele vira a cabeça sorrindo para suas amigas. – Né? Bea, Hime-chan?

As duas ficam encabuladas, mas sorriem de volta, Azrael continua.

– Se quer fazer parte deste grupo e nos ajudar saiba que terá que se acostumar com elas duas, se não conseguir o reino celestial o aguarda. – O rapaz se dirige a Nassar sem tirar os olhos do anjo. – Senhor Nassar se não for abusar de sua gentileza, já está ficando tarde e gostaríamos de nos acomodar esta noite em sua cidade.

Sairiel e Azrael se encaram por um tempo, mas o rapaz sorri e acaba desarmando o anjo.

– Você é estranho garoto, mas posso sentir o poder de seu bom coração. – Sairiel comenta analisando-o.

– Bom coração? Deve ser por que faço muito exercício e como alimentos saudáveis. – Ele brinca.

– Tá falando daqueles croquetes de carne desconhecida do Sony? – Yue brinca.

– Carne desconhecida que todo mundo repete! – O jovem Okami retruca.

– E engorda... – Yuuki olha preocupada para a cintura.

O grupo ri e Sairiel não entende a brincadeira, por isso não dá importância.

– Se precisam discutir algo importante, o templo onde o fragmento estava é o lugar mais seguro da cidade, não seremos incomodados lá. – Nassar os convida apontando para o templo.

– Então é lá que iremos. – Yuuki assente olhando para o grupo que consentem com a idéia.

(Requiem for a Dream)

Os guardiões seguem para o templo, com a presença do anjo as pessoas da cidade se acalmam e voltam a fazer seus afazeres importantes, como catar escombros e cuidar dos feridos, Yuuki andava de cabeça, pois ainda sentia vergonha do que fizera, mas Yue toca em seu ombro sorrindo e ela logo faz o mesmo.

Nassar acomoda suas visitas e Sairiel continua de onde havia parado.

– Quando o Artefato foi criado ele fazia parte do principal tesouro da sala do trono celestial, porém, o Opositor, Agamenon, principal líder das hordas celestes queria esse poder para si e ao conseguir tal poder, criar o seu próprio reino, para isso roubou o Artefato Milenar e fugiu para o mundo que ainda não passava de uma carcaça primitiva para moldar sua própria criação, ao descobrirmos suas intenções, nós tentamos impedi-lo, mas antes de percebermos ele usou o poder do artefato para criar seres semelhantes a nós e corrompidos por suas intenções maléficas estas criaturas viriam a ser o que conhecemos hoje como Tenebraes.

– Tenebraes? Pensei que tinham sido os demônios... – Michiyo fica confusa.

– Existem diferentes tipos de demônios: Almas corrompidas, humanos caídos, personificações de emoções negativas dos mortais, entre outros, porém, estas criaturas foram criadas para adquirirem poder, os Tenebraes foram criados como a personificação do poder e foram anjos caídos escolhidos por suas aptidões sem iguais no céu e corrompidos contra ou a favor de sua vontade pelo poder do artefato para servir Agamenon e constituindo assim os principais pilares do que hoje chamamos inferno. – Sairiel conta.

– O Artefato é capaz de fazer isso?! – Azrael olha para seus amigos que ficam assustados.

– Aza-chan... Nós estamos com uma missão mais perigosa do que imaginávamos... – Yue fica receosa.

O rapaz só consegue ficar calado.

Kimmi cerrava os olhos olhando com cautela para o anjo, ela parecia curiosa, mas não conseguia baixar a guarda diante daquela criatura.

– Mas o que aconteceu para o artefato ser fragmentado? – Sony pergunta curioso.

– Por que um único anjo se opôs a tudo isso... Seu nome era Ramiel... Minha mestra... – Sairiel não consegue evitar a primeira expressão que o grupo consegue ler em seu rosto: Tristeza.

Os guardiões ficam calados e o anjo continua sua história.

– Ramiel era um dos anjos escolhidos por Agamenon para ser corrompida pelo Artefato, porém sua vontade era capaz de sobrepujar qualquer coisa e despertou a luz da criação que existia dentro do objeto impedindo que ela se perdesse no vazio, como descobriu a traição de Agamenon, Ramiel foi responsável por criar o primeiro exército celestial para combatê-lo e impedir que destruísse nosso reino, porém... – Sairiel olha para cima como se buscasse uma memória antiga. – Ramiel se deparou com uma verdade chocante, Magnael, seu melhor amigo havia se tornado o braço direito de Agamenon e seu principal inimigo.

– A primeira guerra celestial... Lembro-me das histórias sobre ela... Disseram que ela mudou a gravidade da terra dando origem aos dias e noites e às estações do ano. – Sony comenta.

– Nesta guerra não houve perdedores, deus jogou Agamenon e seus lacaios no vazio do mundo, porém a perda de nossos amigos queridos também havia deixado um vazio em nossos corações, por isso ele fragmentou o Artefato Milenar e o dispersou na terra para que nunca mais alguém o usasse para manchar a criação e os poderes destes fragmentos viriam um dia a dar origem às raças que pisam sobre a terra.

O grupo fica surpreso.

– Sério isso?! – Yuuki exclama.

– As raças foram criadas pelos poderes do Artefato?! – Yue fica impressionada pela revelação. – Mas Shibuya-sensei disse que o Artefato tinha sido dado de presente para os primeiros homens!

– E foi, afinal, com o poder dos fragmentos a humanidade evoluiu e com ela suas respectivas raças.

Yue fica pensativa.

Azrael se lembra de outra coisa contada por Shibuya...

(-“Duas criaturas imortais e as únicas que não eram afetadas pelo poder desta balança, dividiram o artefato em fragmentos e os selaram junto com suas memórias para que ninguém com intenções malignas pudessem localizá-lo”). – O rapaz de cabelos prateados fica pensativo, mas guarda esta lembrança para si.

– E a segunda guerra celestial que você citou?. Sony repete.

– Com a autoridade do criador, nenhum ser espiritual tinha domínio sobre os fragmentos do artefato e não sabiam usar seus verdadeiros poderes, porém, Magnael descobriu que era possível acasalar com os mortais e dar origem à uma nova raça mortal porém com poderes espirituais e estes foram os chamados “filhos da perdição”.

– “Filhos da perdição”? – Azrael pergunta e o anjo assente.

– Eles eram como criaturas sobrenaturais em corpos mortais, guiados por seus pais eles reuniram os fragmentos e reconstruíram o Artefato Milenar mais uma vez, com ele em mãos, Agamenon começou a corromper a essência dos mortais criando demônios menores como sua companheira ali, mas o reino celestial não iria permitir que isso acontecesse por isso a segunda guerra celestial teve como palco a terra e nele foi decidido o destino do mundo...

Sairiel se cala.

– O que houve? – Yue estranha o repentino silêncio.

– A história acaba aqui.

– Eh?! – Os amigos olham confusos. – Por quê?

– Por que por motivos ainda não totalmente elucidados, o Artefato foi fragmentado e seu poder reduzido, além disso, a principal general, Ramiel desapareceu nesta guerra... Mas depois deste episódio por anos não tivemos notícias do paradeiro dos fragmentos e nem podíamos sentir seu poder, algo enevoava nossos sentidos. – Sairiel olha para Nassar. – Por ter usado o poder do fragmento pudemos localizá-lo aqui e vigiamos este fragmento por anos.

– Peraí! Você sabe onde estão outros fragmento?! – Sony pergunta exaltado.

– Não, alguma coisa impede que os localizemos, porém é explícito que talvez algumas pessoas sejam capazes de usar seus poderes, como este homem fez.

Nassar fica calado e resolve não dizer nada, o sacerdote parece incomodado, sua filha percebe, mas seu pai faz um sinal discreto para que ela nada comente.

– Então outras pessoas podem usar o artefato? Eu pensei que só eu podia por ser a guardiã... – Yue olha confusa para os fragmentos.

– Só por que é a guardiã não significa que é a única que pode usá-lo. – Sairiel chega ao ponto. – E como o nome diz você o guarda, mas não possui direito absoluto sobre ele, pois ele foi criado utilizando vontade divina, o que me assusta é que uma reles mortal tenha recebido tal título e mesmo nós imortais não entendemos por que você é a escolhida para isso.

– Faz... Faz sentido... – Sony olha para Nassar. – Por isso o senhor conseguiu usar o fragmento.

– Mas tem uma coisa que não encaixa... – Azrael olha para seus amigos. – Por que o senhor Nassar estava em posse do fragmento e os dois primeiros estavam tão desguarnecidos?

– Ajudaria muito se você pudesse dizer isso para nós... Até por que você acordou no lugar do primeiro fragmento Aza-chan. – Yuuki comenta.

– É... Mas sem minhas malditas memórias... – Ele aperta os punhos com força.

– Aza-chan, talvez ainda encontremos outros fragmentos na mesma situação que os outros.

– Talvez... Mas ainda continuará sem sentido...

– Sairiel-san você sabe o que é o “Oráculo do Fim dos Tempos”? – Saitou pergunta.

– Eles são uma seita de culto ao Artefato criado depois da segunda guerra, não sabemos muita coisa sobre eles, pois com a criação do pacto de não agressão, nós criaturas espirituais perdemos o contato que tínhamos com o mundo por um bom tempo e mesmo guerras que aconteciam envolvendo os mortais não estavam sob nossa jurisdição, coisa que eu abominava, mas leis são leis...

– Que horrível... – Yuuki comenta.

Sairiel concorda.

– Porém... Uma coisa posso lhes garantir, os integrantes desta seita fizeram coisas tão abomináveis no passado que suas transgressões repercutiram mesmo no céu e seus poderes são capazes de rivalizar com os grandes demônios arcanos, ninguém conhece sua origem ou suas verdadeiras intenções, eles não são o que aparentam ser precisaremos tomar muito cuidado daqui para frente.

Os jovens suam frio.

– Essa história que o senhor nos contou foi muito surpreendente Sairiel-san e agora podemos ter uma idéia mais panorâmica das razões pelo qual ele é tão cobiçado... Seu poder é capaz de mudar o mundo! – Yuki conclui surpreso.

– O que nos leva a outro problema mais sério... – Yuuki olha para seus amigos e seu pai. – Nós encontramos os fragmentos em diferentes situações, porém somente o fragmento que meu pai guardou mostrou sinais de seu poder... Então... Significa que se nossos inimigos descobrirem essa verdade... Que outras pessoas possam ter posse dos demais fragmentos... Então...!

Os guardiões ficam chocados, era tão óbvia a conclusão que nem passaram pelas suas cabeças, eles se entreolham suando frio.

– Eles poderiam devastar cidades inteiras para encontrá-los... – Bea sussurra.

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– Exatamente minha querida... – Lillyth sorria para a magia refletora na bola de cristal e olha para seus aliados.

– Então foi por isso que você não me deixou matá-los uhm? – Haltor cruza os braços.

– Não exatamente, como pode ver o rapaz que os guia não possui memória por que aqueles que a tomaram sabiam da possibilidade de ele estar arriscando a vida de incontáveis pessoas e sem memórias a Akuma Auriga é incapaz de arrancar lembranças que não existem. – A bruxa explica.

– Mas ainda tem o problema da guardiã. – Um dos encapuzados lembra. – Ela é a única capaz de extrair seus verdadeiros poderes, além do mais ela é a única que pode “despertá-lo”...

– Eu sei meu querido, eu sei... – Lillyth olha de forma diabólica para ele. – Lembra que acabamos de descobrir que outros são capazes de usar seus poderes sem a presença “dele”...? – Lillyth caminha calmamente analisando seus aliados. – E se... – Ela olha para o encapuzado com voz de serpente. – E se nós criássemos nosso próprio guardião? Alguém capaz de usar o Artefato da mesma maneira que ela?

Os encapuzados se entreolham.

– Como isso seria possível?

Lillyth ri sadicamente.

– Primeiro nós precisaremos ser pacientes e segundo... – Seus olhos se tornam negros. – Precisaremos de sangue...

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(We are Fairy Tail)

O grupo tem uma pequena confraternização e finalmente podem descansar após o longo dia de lutas e revelações, mas eles não conseguiam dormir, não depois de tudo pelo que haviam passado na cidade e principalmente depois de tudo que tinham ouvido, o peso da responsabilidade parecia ter finalmente caído sobre suas costas com a chegada de Sairiel que também havia revelado que seu objetivo era reaver o artefato e leva-lo para o reino celestial, seu lugar de origem.

– Azrael, você está dormindo? – Bea pergunta.

– Não.

–... Esse anjo... Sairiel... Você sabe que não conseguiremos conviver no mesmo ambiente não é mesmo? – Ela se vira pensativa olhando para ele.

– Nós não precisamos nos dar bem para entendermos que somos aliados Bea.

– Está falando da Kimmi?

–...

– Eu entendo o que quer dizer... É só que...

Azrael se vira para ela.

– Não precisa se preocupar, se ele tentar fazer alguma coisa contra você prometo que vou protegê-la. – Diz com expressão séria.

Bea olha surpresa, mas logo sorri brincalhona.

– Você mal dá conta de si mesmo quanto mais de mim, tá mais fácil eu protege-lo do que o contrário.

Ele ri.

– Posso agir como o mocinho da história pelo menos uma vez?

– Nyah! Aza-chan me protege também, vem cá me dá um abraço! – Yuki rola em cima do rapaz embora sendo um lupino, ele parecia um gato dengoso naquele momento.

– YUKI sua praga volta para sua cama! – Azrael levanta corando e arremessando o cachorro de volta para o colchão.

– Gente ele tá nervoso olha! – Yue aponta para as bochechas vermelhas de Azrael.

– Até você Yue!? – Ele engasga.

– Huhuhu, O Aza-chan e seu poder do mel! – Sony ri de maneira cínica.

– Não começa senão eu mostro tua verdadeira face Sony e grito para todo mundo ouvir de quem você gosta! – Azrael levanta do chão de forma desafiadora.

– Você não é nem louco! – Sony estava vermelho.

– O quê? O Sony tá a fim de alguém? – Saitou pergunta para Yue.

– Eu estou sabendo disso agora! Ei Aza-chan! Quem é?! Conta! – Yue começa a pular curiosa.

– Ei isso é sério Azrael?! – Bea também queria saber.

– É sim ele está a fim da....!

Azrael leva uma travesseirada na cara que mais parecia feito de pedra ele pega o travesseiro e fita o rapaz com olhos em chamas.

– É guerra é?! – Azrael arremessa o travesseiro em Sony de volta e mais o seu criando um combo de dois hits.

~~Silêncio~~

– Guerra de travesseiros! – Yuki grita e arremessa o seu contra Bea que joga contra Yue e acerta Saitou lançando em Michiyo que joga na cara de...

Kimmi que estava quieta recebe uma travesseirada na face e fica sem reação, o travesseiro cai de sua cara no chão e seus amigos ficam petrificados esperando uma explosão galáctica furiosa da vampira, ela pega o travesseiro no chão em silêncio e olha para Azrael com olhar afiado, seus olhos brilham quando ela arremessa o travesseiro em Azrael que cai torto no chão rindo, Kimmi acha engraçado e sem querer ri, os outros se cativam por seu sorriso e uma guerra envolvendo todo acontece no quarto do templo.

Pela primeira vez a vampira sentia estar vivendo.

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(Shion - Emotions)

Do lado de fora Sairiel ouvia as gargalhadas do grupo, mas ele estava ocupado de joelhos orando.

– Senhor, espero que possa nos guiar pelo bom caminho, que nos proteja e nos livre de todo mal. Guarda meu coração e não permita que ele se desvie de seu objetivo... Amém.

Sairiel se levanta e olha para dentro do quarto do templo onde estavam os jovens e no meio de penas e lobos voadores ele fica curioso tentando entender como um grupo tão diferente parecia tão unido.

– Por que será que o destino escolheu pessoas tão diferentes para proteger esse mundo...?

O anjo obteria sua resposta convivendo com aqueles pequenos mortais... E não demoraria a se surpreender...

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Continua...

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