Capítulo 12

Ok, eu ainda estou surpresa e como se não bastasse ele cantando e olhando pra mim as minhas irmãs me deram um leve empurrão me deixando bem no meio do salão, discretamente eu olhei de lado e o que tinha de pessoas surpresas e gravando aquele momento era incrível, antes que eu pudesse assimilar mais alguma coisa ele veio em minha direção e me puxou pra dançar.

– Tá meio dura.
– Você tava cantando pra mim?
– Sim. Agora vê se destrava e relaxa.
– Eu achei que você tivesse ido embora.
– E eu ia, mas dai eu ouvi que o Sting tava aqui e fui lá falar com ele.
– E desde quando você conhece o Sting?
– Já tem um tempo, a gente quase brigou pela mesma mulher– eu arqueei a sobrancelha e ele riu - Mas ai a gente viu que tinha mulheres bem melhores e fomos atrás.
– Que informação útil pra minha vida.
– Ficou com ciúmes foi?
– Vai se ferrar, Tony.
– É assim que você trata o homem que cantou com o Sting pra você?– eu não respondi - Eu vou mudar o seu modo de me tratar– ele apertou a minha cintura, colou ainda mais nossos corpos e me deu um beijo que eu fiquei sem ar, depois que nos separamos o Sting que continuava a cantar chegou perto de nós cutucou o ombro dele e o chamou para continuar a cantar os dois estavam em um dueto e Tony fazia questão de cantar as partes que diziam que ele estaria me observando e que eu pertencia a ele, no final da música eles foram aplaudidos e ele veio me beijar, quando cessamos o beijo e eu olhei pra trás as minhas irmãs estavam com os polegares pra cima, meus pais estavam segurando as crianças e com caras de surpresos e o Ethan não estava visível o que significa que ele está se pegando com alguma mulher.
– Aê, cunhado! Não pensei que sabia cantar.
– Isso é só mais uma das minhas qualidades ocultas.
– Ei, Tony, pelo beijo imagino que tenha se reconciliado com a sua garota– era o Sting e eu estava olhando abobalhada.
– Pois é, mas ela também não estava mais disposta a ficar brigada comigo.
– Você fez uma boa escolha. Lindas pernas– ele falou olhando para as minhas pernas e fazendo o sinal de ok.
– É, eu também acho agora vai lá cantar.
– Eu não vim como cantor vim como convidado só cantei agora para quebrar teu galho com a ruiva.
– Valeu.
– Tá me devendo uma e eu vou cobrar.
– Eu sei.
– Sting!– o David se aproximou de nós acompanhado por Leonor sua esposa - Eu só esperava que você viesse curtir a festa e não que fosse cantar, mas foi bom ouvir você dar uma palhinha– ele riu logo os três se afastaram.
– Não sabia que David era amigo dele.
– E eu não sabia que o nome do prefeito era David, pra mim era prefeito– eu ri e voltamos a nossa mesa e de lá ficamos observando meus pais dançarem com os nossos filhos - Mas como é que você sabe o nome dele?
– Meu pai é amigo dele, lembra?– e ele é meu ex-sogro, mas você não precisa saber disso.
– Não costumo me lembrar de coisas que não me são uteis. O que você acha de irmos pra casa e nos reconciliarmos?
– Você só pensa em sexo?
– Não, penso em comer também.
– Por que eu tenho a impressão de que esse seu "comer" teve um duplo sentido?
– Por que teve– eu rolei os olhos - Estamos bem?– ele estava segurando as minhas mãos e tava mordendo o lábio inferior.
– Bom, o Sting cantou pra mim acho que posso relevar.
– Eu também cantei.
– É, foi– eu falei fingindo pouco caso.
– Vai ficar me desdenhando, Potts?– eu o beijei e ele riu.
– Você é o melhor namorado do mundo.
– Eu sei, mas adoro te ouvir admitindo isso.
– Mas e aquela fulaninha...
– Quer mesmo falar sobre ela?
– Não, só quero saber o que você fez?
– A demiti, eu já disse.
– Quer dançar?– a voz do Ian se fez presente perto de nós e Tony o olhou com cara de poucos amigos.
– Acho melhor ficar de molho meus pés estão doendo– falei fingindo dor.
– Ah, qual é, Morango, você nem dançou tanto assim– vi Tony bater os dedos na mesa e Ian se sentou perto de nós.
– Onde está o Noah?– desconversei.
– Olha ele ali brincando com os seus filhos. Que fantasia é essa que o Nick tá usando?
– Tony quis "homenagear" um amigo não foi, amor?
– Foi– ele falou em um tom seco.
– Achei você!– gritou Cassie - Vem, vamos dançar– ela puxou Ian e se virando piscou pra mim.
– Ele não vai parar de te chamar de Morango?
– Vamos deixar isso pra lá... o que você acha de aproveitarmos enquanto estamos a sós e namorarmos um pouquinho?– eu espalhei beijos por seu rosto e ele me puxou mais pra perto.
– Você não pode usar as minhas armas contra mim– eu ri e quando íamos nos beijar de novo o celular dele tocou e assim que ele viu do que se tratava começou a rir.
– O que é isso?– ele virou o celular e me mostrou um vídeo onde Nick estava com as mãos pra trás, usando o tapa olho e de pé.
– Eu sou o verdadeiro Nick e como diretor exijo que parem de fazer o que estão fazendo e me tragam doces! Ah, e também quero que vocês parem de encher o saco do brilhante Homem de Ferro, ele é um herói, mas é um só, dividam os problemas com o picolé e a aranha ruiva– a voz era de Tony e Nick tentava falar o que ele dizia, ele fazia caras e bocas e eu ouvia Tony rindo não só pelo o que ele fazia, mas pelas palavras emboladas que ele tentava dizer - Olha só o que vai acontecer– no segundo que ele se calou vi Alie esbarrar em Nick e os dois foram ao chão eles não choraram o que é raro, se levantaram e ficaram se encarando de repente foram ao chão de novo dessa vez por que estavam brigando, Tony que estava rindo e gravando não se incomodou em separá-los e surpreendentemente que fez isso foi a Pel, nossa "cadelinha" já estava maior e mais forte e quando viu os dois brigando deu um latido alto abocanhou a camisa de Nick e o puxou, não satisfeito com o que aconteceu ele tentou ir pra cima de Alie de novo, mas Pel latiu novamente e ele ficou estático achei que ela tinha feito isso para defender Alie, mas quando a mesma tentou pular em Nick, Pel fez a mesma coisa - Ela não gosta de ver os dois brigando.
– Não– eu lhe dei um tapa e ele esfregou o braço - Até um cachorro é mais sensato que você.
– Você combinou isso com a Natasha? Por que foi isso que ela acabou de me responder.
– Por que você não separou eles?
– Por que é engraçado vê-los brigando.
– Eu não acho, isso pode prejudicar o relacionamento deles no futuro, sabia?
– Pelo amor de Deus, Pep, eles tem 2 anos não vão nem lembrar disso no futuro. E além do mais eles são mais unidos do que brigões então não tem problema.
– Pra quem você mostrou isso?
– Todo mundo da SHIELD viu, até o Fury.
– O que ele disse?
– Sr. Stark, você não tem mais o que fazer do que ficar invadindo os meus servidores para passar um vídeo dos seus filhos?– Tony tapou um olho o imitando e eu ria - Se seus filhos forem iguais a você criarei cabelos eles ficarão brancos e cairão pois se um Stark me incomoda imagine três!
– Você só sabe irritá-lo.
– Pago na mesma moeda, ele me irrita principalmente quando se mete na minha vida.
– É, mas se não fosse ele você não estaria aqui– ele remexeu a boca e guardou o celular - Ele era amigo do seu pai você não acha que seria bom ter uma boa relação com ele?
– Amor, um grande amigo do meu pai me ensinou um linda lição confie desconfiando. Há quanto tempo o Obadiah me conhecia?
– Desde que você nasceu– murmurei desconfortável.
– E mesmo assim ele não hesitou em mandar me matar. As únicas pessoas em que eu confio cegamente é em você e o Rhodes e no JARVIS também, mas ele não conta como pessoa.
– Você confia em mim?
– Confio a minha vida a você e eu já fiz isso caso não lembre.
– Não me lembro de você ter dito que tava morrendo.
– Não tô falando disso e eu não te contei por que não queria te fazer sofrer...
– Você acha que eu não ia sofrer quando soubesse ou visse você morto?
– Não vamos falar sobre isso, tá bem? Eu não morri e isso é o que importa. Mas o que eu tava falando é que eu confiei a minha vida a você no dia que eu te pedi pra trocar o reator.
– Qualquer uma de suas "amigas" poderiam ter feito aquilo.
– É, mas nem em um milhão de anos eu confiaria essa tarefa a elas... é você Pepper Potts sempre foi e sempre será– íamos nos beijar, mas fomos interrompidos pelo Sting.
– Oh, atrapalhei o casal?– ele perguntou com um sorriso no rosto.
– Não, imagina– Tony falou com ironia e ele se sentou ao meu lado - Da pra sair de perto dela?
– Por que? Tá com medo que eu a roube de você?
– Tô, morrendo de medo.
– Quer dançar, moça? Eu não mordo, bom, eu mordo, mas você é a garota do meu amigo e eu tenho um código onde não se deve roubar a namorada dos amigos– eu ri e botei minha mão em cima da dele - Belas pernas, belo sorriso e belos os olhos... é, Tony, você demorou, mas soube escolher– eu agradeci e ele me levou para a pista, ele era descontraído sempre dizia alguma piada e ficava fazendo gestos para Tony que o saudava com o dedo do meio erguido - Tá ai, você conseguiu fazer algo inédito.
– Ter um relacionamento sério com Tony?
– Sim e também ter o poder de deixá-lo enciumado ele não tira os olhos de você– eu dei um sorriso de canto e continuamos aquela harmoniosa dança.
– Posso?– perguntou Ian quando a música acabou, Sting deu um tapinha no ombro dele e se afastou - Vejo que já melhorou dos pés.
– Nada que um tempo parada não ajude– ele sorriu e nós dançamos pouco graças a meus filhos que capturaram a atenção de todos fazendo uma dança esquisita, porém, engraçada.
– Mas que dança é essa?– perguntou minha ex-sogra rindo.
– Não faço ideia– eu apenas ria, senti umas mãos envolver minha cintura e tentei afastá-las, mas o dono logo se identificou.
– Sou eu. O que eles estão fazendo?
– Dançando... eu acho– toda a atenção estava neles que estavam adorando tudo aquilo, algumas crianças que estavam por perto começaram a imitá-los e também teve quem já estivesse bêbado que imitasse também, a dança logo sugou as energia deles e com o fim do "show" eles procuraram colo - Tão cansadinhos, não é?– Nick esfregava os olhinhos e Alie também.
– Vem cá, coelhinha– Tony a pegou em seus braços e eu fiz o mesmo com Nick - E ai, vamos pra casa ou não?
– Vamos, mas vou falar com os meus pais– quando chegamos lá os dois estavam sentados namorando, eu ri e pigarreei - Mãe. Pai– eles se viraram estavam com os lábios rosados e tinham um sorriso bobo no rosto - Só vim dizer que já vou.
– A gente também já vai.
– Achei que vocês iam curtir um pouco mais a festa.
– Mas nós vamos...
– Em casa e embaixo do edredom– completou meu pai piscando o olho para Tony.
– A gente não precisava saber disso, pai– ele riu.
– Você canta bem se não fosse um bilionário deveria arriscar a vida como cantor.
– Faço o que posso.
– Amanhã não se esqueça que temos um encontro para assinar os papéis.
– Pepper me lembrará.
– Lembrarei?– eu perguntei olhando pra ele que me confirmou com um aceno - Tá, lembrarei.
– O encontro é às 10:00.
– Está certo.
– Tchau, crianças e juízo– Tony falou e minha mãe o olhou sem paciência e eu o arrastei. Na volta pra casa ele cantava baixinho para não acordar as crianças e eu me divertia por vê-lo tão leve e de um jeito que ninguém vê.
– Gosto de te ver assim.
– Assim como?
– Sendo esse Tony diferente do que insistem em dizer e mostrar.
– Versatilidade é meu segundo nome.
– Achei que seu segundo nome fosse Edward– ele me olhou com uma careta e eu ri.
– O que você e o meu pai vão fazer amanhã?
– Tratar de negócios.
– Que seriam...?
– A compra de um imóvel de seu pai, implodi-lo e depois construir a torre Stark aqui em Chicago.
– Não achei que você estivesse falando sério quando disse que ia dar continuidade aos projetos da torre.
– Você tem que levar mais a sério certas coisas que eu digo.
– É que...– recebi uma mensagem da minha irmã e nela veio anexado um link assim que abri vi a enorme manchete que falava sobre a possibilidade de Tony Stark estar realmente apaixonado - Você tá internet.
– E quando é que eu não tô?
– Tão falando da sua declaração em forma de canção– ele riu.
– Me admiraria se não tivesse. O que tá dizendo ai?
– Que parece que você está mesmo apaixonado e que não é só mais um casinho qualquer.
– Só isso?
– Não Tony, eu resumi tudo o que disseram a isso. Tem você cantando, nós dois dançando e nos beijando e uma tempestade de comentários. É, meu amor, você faz sucesso entre mulheres... e homens.
– Homens? Como assim homens?– eu ri com um comentário e aproveitando o sinal fechado ele ficou me encarando.
– Um cara botou aqui a seguinte frase. "Adoraria que ele me pegasse de jeito, se ele quisesse podia me jogar contra a parede e me chamar de lagartixa." Pelo visto você é o ativo da relação.
– Hahaha muito engraçado, Potts.
– Tem uma aqui que disse que isso não passa de uma mentira que eu te roubei dela e que você pertence a ela assim como ela te pertence e que também vai dar um jeito de recuperar tudo o que eu tirei dela.
– Malucos de internet um pior que o outro. Olha, para de ver isso...– ele tomou o celular da minha mão e colocou no bolso - E comece a pensar na minha recompensa.
– Recompensa?– eu ri - Tá bom, vou pensar– nós chegamos em casa colocamos as crianças no quarto e apesar de querer ficar nesse joguinho de deitar e dormir eu não resisti, estava com saudade dele e acabei cedendo aos encantos do meu charmoso namorado.

No dia seguinte Tony e meu pai fecharam negócio e semanas depois ele deu inicio a construção da mais nova torre Stark, como se não bastasse toda a minha correria Tony me deixou a frente disso me pedindo para ficar de olho na obra, cuidar da burocracia, ou seja, fazer o que ele tinha de fazer.

Numa noite quente de sexta-feira eu estava em um pub com os meus irmãos, namorado e cunhado, os meninos estavam pegando as bebidas enquanto nós estávamos sentadas conversando sobre relacionamentos e logo colocamos em pauta esse lance da minha irmã com o supervisor dela.

– Ele não tem um feto radioativo de um porco na sala dele tem?– eu perguntei.
– Não que eu tenha visto.
– Bom, ele é coroa, é inteligente, charmoso e tem os olhos azuis. É, você achou o seu Grissom, Sara– falou Cassie e Ashley lhe deu dedo.
– Espera só até o papai descobrir é capaz dele falar com o David pra que ele fale com o xerife para transferi-lo.
– Papai não faria isso.
– Você é a filha mais nova dele a princesinha que tá namorando um cara bem mais velho, ele faria sim.
– Pra o papai todas nós somos não viu o desespero dele quando você disse que tava grávida?
– É, foi hilário.
– O que foi hilário?– Tony perguntou me entregando uma bebida.
– Meu pai chorando por que descobriu que eu tava grávida.
– Qual é, gente, não tira sarro do pai– falou Ethan - Minha menininha, o meu anjinho vai ser mãe– Ethan o imitou e a caímos na risada.
– A gente não sabia se ria dele ou se consolava.
– E nem se ele tava chorando de felicidade de raiva ou dos dois.
– Isso é engraçado queria ter visto– falou Tony.
– Mas você vai.
– Com a Alie– nós três falamos e ele começou a ter uma espécie de tique no olho.
– Ele tá visualizando o futuro?– perguntou Ethan.
– Tony?– Rhodes estalou o dedo e ele não voltou - Tony!– ele bateu palma perto do ouvido dele e foi quando ele despertou - E ai, o que você viu durante essa passagem pelo futuro?– Rhodes perguntou divertido.
– Isso não tem graça... eu dou razão ao meu sogro e se eu não fosse o responsável por ter engravidado a Pepper, ia querer a morte do sujeito– nós rimos eu lhe dei um beijo na bochecha e ele continuou a fazer aquela cara de desolado.
– Fica assim não, amor– eu apertei a bochecha dele e segurei meu riso, ainda bem que ela não sabe que Alie tem um "mamolado"- Vamos mudar de assunto.
– Onde está o Hank?– perguntou Rhodes.
– Trabalhando em Washington.
– Por falar em trabalho lembrei que não posso beber.
– Ué, por que?
– Digamos que eu estou sobre aviso a qualquer momento posso ser chamada para trabalhar em um caso e coletar evidências estando bêbada não é bom.
– Chegar bêbada e decepcionar o chefe charmoso também não– eu alfinetei e Cassie riu.
– Do que você está falando, Ginny?– perguntou Ethan.
– Nada. Ela não está falando de nada!– o bip dela tocou e ela se levantou - Adorei o papo, mas tenho de ir, tchau– nos despedimos dela e continuamos a jogar conversa fora.

O tempo passou eu e Tony consolidávamos cada vez mais a nossa relação, eu não esperava que um dia pudesse construir um relacionamento com ele, mas agora estamos aqui, a nossa relação já completava 1 ano de existência e nós passamos por tudo, as festas de fim de ano, os aniversários, as datas comemorativas, tudo, até chegar perto do fim do ano.

Em meados do fim de Novembro para começo de Dezembro as coisas desandaram, Tony não mais aparecia, conversávamos por telefone e as ligações mal duravam 5 minutos, ele estava distante me evitando e evitando as crianças também e as justificativas dele eram cada vez mais escassas isso para não dizer inexistentes, sondei Rhodes pra saber se ele sabia de algo, mas assim como eu ele só sabia que Tony estava recluso e raramente os dois se falavam, em uma tarde qualquer eu resolvi ligar e para a minha surpresa foi ele quem atendeu ao invés de JARVIS.

– Alô?
– Tony...
– Pepper, fala rápido que eu tô ocupado– ele falou um tanto quanto ríspido.
– Queria saber se...
– Eu vou? Não, eu não vou essa semana e é bem provável que eu não vá na próxima também.
– Na realidade eu ia perguntar quando é que você vai pôr em prática a segunda parte da torre, só falta isso pra ela funcionar.
– Me ligou pra isso? Ah, faça-me o favor...
– Tony– era voz de mulher? - Preciso de você e rápido– sim, era voz de mulher e pelo tom o que ela tava fazendo a deixou cansativa.
– Pepper, eu...
– Sem problemas, Tony, ela precisa de você e rápido– eu desliguei e fui tentar fazer alguma coisa, mas a minha raiva e curiosidade eram maior e com isso liguei de volta, mas usei uma discagem diferente e isso fez a chamada ser encaminhada diretamente a JARVIS.
– Srta. Potts, o...
– Não quero falar com ele, JARVIS. Quero apenas saber quem é a pessoa que está com ele.
– A botânica Maya Hensen.
– Maya? A ex-namorada dele?
– Sim, Srta. Potts.
– O que eles estão fazendo?
– Não estou autorizado a dizer.
– Então o que ela tá fazendo ai?– perguntei irritada.
– A Srta. Hensen está passando uma estadia na mansão, Srta. Potts.
– Ela... ela tá morando ai?
– Sim, Srta. Potts.
– Tudo bem, JARVIS, sei que o Sr. Stark está ocupado, mas posso deixar um recado?
– Transmitirei assim que possível.
– Tony, foi bom enquanto durou, 1 ano até que foi muito, mas você enjoou... bom, era melhor terminar o namoro pessoalmente, mas como você está ocupado essa é a melhor forma. É... eu não tenho muita coisa pra te dizer além de que darei um jeito de mandar as suas coisas e adeus– eu desliguei a chamada me achando forte por ter dito isso, mas na verdade não estou bem, minutos após deixar o meu recado JARVIS me ligou de volta e reproduziu o recado que tinha pra mim e era um simples "tá certo" dito por Tony que pouco pareceu se importar.
– Ginny!– era a voz de Hank - Ei, aconteceu alguma coisa?– ele me perguntou quando me viu.
– Não, mas você tá risonho, o que aconteceu?
– Tenho uma surpresa pra você. Fecha os olhos– eu fiz o que ele pediu e fiquei alguns segundos a espera - Pode abrir– quando eu fiz isso me surpreendi ao ver meus primos ali.
– Pedro, Nanda! Meu Deus, quanto tempo!– eu os abracei.
– Faz um bom tempo mesmo– ele falou.
– Ei, esse eu não conheço– eu falei ao reparar no moreno alto e atraente.
– Esse é nosso primo, sobrinho da mamãe.
– Prazer, Lucas.
– Virginia– eu o cumprimentei e ele deu um tímido sorriso.
– Não mereço cumprimento ou abraço?– o dono daquela voz... eu jamais ia esquecer do loiro, galante de olhos azuis, alto e bonito que era dono dessa voz.
– Guto?
– Pelo visto ainda lembra do apelido– eu o abracei e ele me apertou com força - Já faz um tempão, né?
– Bota tempo nisso. Mas o que vocês estão fazendo aqui?
– Viemos passar as festas de fim de ano com o resto da família.
– Eles vieram, eu vim rever velhos amigos e ir surfar no Havaí– eu ri ele ainda continua o mesmo.
– Tio Joe e a tia Ana também vieram?
– Sim, estão na casa do tio Matt, mas cadê seus filhos?
– E o namorado?– minha prima piscou o olho e eu forcei um sorriso.
– As crianças estão dormindo e o Tony está trabalhando– desviando do assunto namorado eu consegui manter a conversar até as crianças acordarem e assim que eu os vi despertos, os dei banho, os troquei e fomos para a casa dos meus pais.

Assim que coloquei os pés lá dentro ouvi a risadas e as principais eram do meu tio e do meu pai, caminhei sorridente segurando Nick enquanto Hank segurava a Alie segui aquele som animado até que finalmente cheguei a cozinha e dei de cara com o homem que é a cópia fiel do meu pai e a diferença entre ambos é apenas o bigode que meu tio usa.

– Tio, Joe!
– Ginny! – ele me abraçou e deu atenção ao Nick que estava com uma cara confusa – Esse é o Nick?– eu assenti - Posso? – eu inclinei um pouco Nick que mesmo receoso foi para os braços dele.
– Faltou conhecer a Alie – meu pai falou a segurando nos braços e os dois ficaram confusos olhando para o meu pai e o meu tio, eles olhavam para um depois para o outro se encaravam e repetiam o gesto, nós rimos com a confusão dos dois, mas logo a minha mãe e a minha tia apareceram para vê-los e os levaram para a sala - Se eu tivesse bigode eles iam ficar mais confusos do que já estavam– nós rimos, fomos a sala e passamos a conversar animadamente sobre todos os assuntos possíveis.

Uma semana se passou desde o término e eu podia tá na fossa chorando horrores, mas graças a essa visita essas lágrimas foram adiadas, as crianças perguntavam constantemente sobre Tony, mas eu sempre dizia que o Homem de Ferro estava trabalhando e eles não gostavam disso eu sei que vai ser um tanto difícil já que eles se apegaram muito rápido, mas rezo todos os dias para que eles cansem de perguntar e esperar e o esqueçam, pois me parece que Tony já os esqueceu.

– Amanhã é véspera de natal Tony vem?– me perguntou Hank.
– Acho que não.
– Ele não vai vim passar o natal com você e as crianças? Belo namo...
– Nós não namoramos mais.
– Sério? Mas por que?
– Não dava mais certo era uma ponta aérea muito complicada– menti - E, Tony, não é uma pessoa que se prende muito a alguém.
– Mas você está bem?
– E por que não estaria? Não era nada demais apenas um namoro.
– Tia Bell vai soltar fogos quando souber.
– Eu sei, mas só vou contar depois, por enquanto Hank você vai me ajudar a desconversar quando o assunto namorado for colocado na roda de conversa.
– Pode deixar.

Na véspera de natal tava todo mundo na casa do meu pai, a casa estava cheia, barulhenta e regada de risadas, cada um que cuidasse em alguma coisa tanto para preparar o jantar quanto o almoço, é claro que poderíamos mandar assar tudo em lugares especializado, comprar rabanadas e outras comidas já pronta, mas uma parte da graça das festas de fim de ano é você cozinhar e beliscar uma coisa aqui e ali.

Estávamos no quintal pondo a comida naquela extensa mesa de jardim e rindo de uma história ou outra que meu tio ou meu pai contava quando ouvimos um barulho vindo do céu achamos que era um trovão já que o tempo tava meio nublado, mas de repente assustando a todos algo caiu literalmente do céu e deslizou pelo chão acabando com o gramado do jardim da minha mãe, todos nós corremos e quando a poeira baixou vi uma armadura que eu nunca tinha visto antes, meu coração disparou ainda mais rápido e quando cheguei perto me ajoelhei e o virei, o traje estava todo arranhado e parecia estar sofrendo uma pane.

– Papai!– as crianças gritaram e tentaram ir pra perto dele, mas minha mãe os segurou.
– É assim que seu genro chega? E eu reclamando do último namorado da Nanda por que um atraso de dois segundos é motivo dele ficar buzinando.
– Tony?– eu chamei, bati no capacete, mas as luzes dos olhos permaneceram apagadas- Vamos lá, Tony– bati novamente e dessa vez me lembrei que ele me disse.
– ''É fácil tirar o capacete, Pep. Olha, como se fosse na orelha tem dois pequenos botões um de cada lado é só apertar os dois ao mesmo tempo e voilá o capacete sai''– eu fiz o que me lembrei torcendo pra que desse certo e consegui tirar o capacete só pra ver o rosto dele todo machucado e cheio de sangue.
– A luz dai do meio tá piscando– alertou o meu irmão e meu coração apertou, de fato a luz do reator estava mais fraca e ela piscava como se tivesse juntando energia suficiente pra voltar a sustentar seu brilho ou parar de funcionar de vez.
– Eu preciso tirar ele de dentro dessa armadura e preciso agora!– falei nervosa sem ter ideia de como faria isso e olhando pra ele que continuava de olhos fechados e completamente inerte.