Como Um Furacão

Você Dá Ao Amor Uma Má Reputaçã


Ivy só tinha uma escolha: ignorar Shu Sakamaki e esquecer o que aconteceu no banheiro.

É claro que ficaria difícil depois do momento um tanto quanto "íntimo" como o que tinha passado, o loiro realmente era sem vergonha.

E então Ivy se concentrou em treinar o máximo que pudesse, ainda mais que agora tinha a chance de um lugar em um time profissional.

Só que havia um problema...

Shu Sakamaki não gostava de ser ignorado.

Começou com pequenas e bem certeiras provocações na hora de se juntarem para as refeições, que por sinal estavam bem mais agradáveis desde que Yui, Lúcia e Lylia chegaram e a animosidade entre os meninos diminuiu.

Shu costumava comentar sobre ter visto sutiãs brancos e Ivy ficava mortalmente envergonhada, as meninas reviraram os olhos e os meninos apenas riam, principalmente Laito, que já trocava olhares com a esposa na mesa indicando os dois com a cabeça, e Lúcia concordava e também ria, assentindo.

Com o tempo, Ivy passou a até mesmo isso ignorar, e se afastar de Shu.

E o Sakamaki mais velho ficava irritado, odiava ser ignorado.

Assim se mantiveram, Shu na sua inanição, Ivy na sua explosão de energia e hiperatividade, ambos cada vez mais irritados um com o outro.

Até que um dia, as coisas mudaram.

Ivy estava furiosa com a falta de vontade de agir de Shu, queria que o garoto se mexesse, fizesse alguma coisa da vida, para alguém tão ativa quanto ela era insuportável ver uma pessoa que mais parecia um bicho preguiça que um ser humano, pensou um pouco e decidiu se arriscar a tentar algo.

Ei Shu, joga comigo?

—Hein? Jogar com você? Por que eu faria isso?

—Para se exercitar.

—Não, é muito trabalhoso.

—Você precisa fazer alguma coisa da vida menino! Vai ficar a vida toda em hibernação perdendo o que acontece de bom a sua volta?

—Nem todo mundo sonha em ser jogador profissional como você parece querer.

—Tem que haver algo que você queira da vida!

—Quero que você pare de me incomodar e saia daqui, pode fazer isso?

Ele voltou a dormir e Ivy ficou alguns minutos parada pensando em milhões de maneiras de matar o louro arrogante.

Levantou a bola e mirou no rosto do Sakamaki, que roncava.

Sabia que era uma loucura mas a raiva nunca foi a melhor das suas conselheiras.

No segundo seguinte Shu a segurou pelo pulso furioso e com o rosto vermelho com a marca redonda bem no centro, Ivy tinha uma mira tão boa quanto a de Lúcia para atirar coisas.

—Algum problema Shu?- ela perguntou com sarcasmo.

Você é o meu problema!

Para a surpresa de Ivy, ele não a machucou como a esperava, foi de encontro ao sofá e Shu ficou em cima dela a segurando pelos pulsos.

—Pronto, agora você tem minha atenção.

—Me solta!

—Não.

Ela não esperava que ele a beijasse, ainda mais naquela posição que a envergonhava.

—Shu o que eu disse sobre fazer suas coisas no seu quarto?- disse Reiji.

Shu ficou irritado e entediado e Ivy roxa de vergonha.

Reiji riu quando saiu.

Podiam estar se dando melhor mas não resistiam a implicar um com o outro de vez em quando.

Ivy fez mensão de sair dali mas voltou a ser puxada por Shu.

—Quem disse que você podia ir minha cara? Temos um problema a resolver.

Baleado no coração

E você é a culpada

Você dá ao amor uma má reputação (má reputação)

Eu faço o meu papel

E você joga o seu jogo

Você dá ao amor uma má reputação (má reputação)

Você dá ao amor

Você dá ao amor (má reputação)