Colégio Interno - Capítulo 16 - Uma luz para o mistério.

- Eu vi um garoto morto no almoxarifado.

- Meninas, conheçam a nova aluna e nova colega de quarto, Lee SunHee. - uma mulher apareceu acompanhada de uma garotinha pequena. - Agora já para a cama. Todas vocês.

As meninas foram dormir logo, não trocaram nenhuma palavra. As horas da noite passaram rapidamente. E SunHee já estava completamente pronta quando o sinal das seis da manhã tocara. A garotinha de 13 anos estaria no primeiro ano.

Caminhando distraídamente de mãos dadas com o irmão, TaeMin parara de andar em frente a uma porta. A menina tinha sido informada dos "desaparecimentos" por TaeMin, Onew e JongHyun na noite anterior, já sabia que TaeMin a pediria para ter cuidado. A menina em pouco tempo já formulara uma pequena lista de prováveis suspeitos e tentava fazer uma ligação entre os desaparecidos mentalmente. Logo irei descobrir o porquê disso, pensava ela.

Se despediu do irmão mais velho com um beijo na bochecha e entrou na sala de aulas. A professora de matemática a chamara para se apresentar a turma.


- Olá. Sou Lee SunHee. - dizia a menina, corada e olhando para os próprios pés - Tenho 13 anos, mas fui adiantada alguns anos e agora serei sua colega de turma.

- Pode ir se sentar, srta. Lee. - disse TaeYeon e apontou um lugar para a garotinha. A maioria ali estava surpresa demais para dizer alguma coisa ou simplesmente se apresentar para a aluna nova. - Ali tem um lugar. Atrás da srta. Jung. Por favor, turma, sejam educados com ela.


A garotinha caminhou discretamente até seu lugar, já abrindo o livro na página indicada no quadro branco. Krystal se perguntava aonde Micky estava, já que Micky sumira novamente, mas sua atenção estava voltada para a pequena menina que estava sentada a suas costas. Ela era sua nova colega de quarto e a Jung mais nova não sabia nada sobre ela. Krystal era um tanto quanto curiosa.

- Annyeong. - disse a maior. - Sou Jung Krystal. Me chama de Krys.

- Lee SunHee. - a pequena disse, sorrindo. - Me chama de Sunny.

As meninas conversaram um bom tempo durante a aula, mas Sunny não tirava os olhos da apostila enquanto falava. Amo minha memória fotografica, pensou a menina. Ela conversava animadamente enquanto nem se importava em copiar a matéria que estava no quadro. O almoço finalmente chegou e a turma corria em direção ao refeitório enquanto SunHee esperava o irmão ou o primo na porta. Assim que TaeMin saiu, a menina seguiu com ele para o refeitório.

A pequena já sabia que algo estranho estava acontecendo. Foi seguindo o irmão e o primo, mas distante o suficiente para poder observar as coisas ao redor. Ouviu um grito abafado. Correu o máximo que pode até o banheiro feminino de onde o som vinha.

Abriu a porta. Um menino alto estava com um canivete na mão e uma menina que SunHee reconheceu como Lee JaeKyun jazia ensaguentada no chão com a garganta cortada. O garoto a viu e largou o canivete para fugir. Tarde demais, pensou Sunny, Eu vi seu rosto.


Lee SunHee P.D.V. ON.

Lee JaeKyun estava morta. A filha de um dos homens de negócios mais conhecido da Coréia. Corri o máximo que pude até a direção. Eu tinha um mistério em mãos. Mais um. Isso seria divertido. Eu tinha que desvendar aquilo nem que eu tivesse que morrer por isso. Por TaeMin e Onew, as pessoas que eu mais amo, pela segurança da minha família. Pedi a secretária para conversar rapidamente com o diretor. Esperei por um bom tempo, sentada em um desconfortável banco de mógno, naquela secretaria espaçosa. O lugar era bem arrumado, mas ainda assim, carregava uma seriedade extrema. Aquele lugar era perfeito para uma recepção de empresa e não a secretaria de uma escola. A secretária digitava algo em seu computador, o barulho de seus dedos tocando as teclas era o único som presente naquela sala. Era como se escondessem algo ali. E realmente escondiam. Os alunos "desaparecidos", não desapareceram, foram brutalmente assassinados.


- O senhor Park a espera, srta. Lee. - disse a secretária, finalmente. A mulher, como só agora eu reparara, era uma mulher bonita. Cabelos e olhos negros. Seu crachá dizia: Kan Min Youn. Belo nome. A mulher parecida tensa com a minha presença, como se eu fosse soltar uma bomba em seus braços. Ri internamente.


Assumi uma expressão séria e caminhei para a porta. É agora ou nunca, Sunny. Sua chance de, mais uma vez, ser uma detetive.


- Lee JaeKyun está morta no banheiro feminino, diretor Park Jun-Su. - eu disse, finalmente quebrando o silêncio.

Lee SunHee P.D.V. OFF.