02. BOATE PANDEMÔNIO

Já tinha anoitecido quando Lydia acordou, passou a mão em seu rosto em uma tentativa de despertar, olhou para janela e confirmou seus pensamentos, a noite já havia caído no lado de fora.

Com passos lentos, caminhou até a cozinha, onde abriu os armários e percebeu que estava vazio. Flashbacks passaram por sua cabeça fazendo-a lembrar que não estava mais em Beacon Hills e sim, em Nova Iorque.

— Preciso fazer compras. – Resmungou a si mesmo depois de fechar os armários.

Decidiu então, jantar em algum restaurante que se encontrava a alguns metros de distância de seu prédio. O lado bom, do apartamento qual a Martin havia escolhido era que tinha tudo a sua disposição em menos de minutos, como por exemplo, os restaurantes, supermercados e farmácias. E o melhor tudo o Central Park.

Caminhou por todo o apartamento, conhecendo o local. Não teve tempo de ver quando chegou e somente tinha visto por fotos. Ao vivo era tudo ainda melhor. Havia três suítes, uma cozinha de tamanho médio, uma sala, uma área de serviços, um longo corredor que ia em direção aos quartos. Todo o apartamento já tinha todos os móveis, o que facilitava. Foi em direção ao quarto que estava poucos minutos atrás, havia uma cama de casal que era coberta por lençóis brancos, duas cabeceiras em cada lado com abajur em cima. Havia também duas portas, um direcionava ao banheiro e o outro ao closet.

Lydia olhou para as malas, que estavam em seu quarto. Em seguida olhou para o closet e então para o relógio em seu pulso, suspirou vendo que tinha tempo de arrumar suas coisas. Quase uma hora depois, seu closet estava devidamente arrumado. Durante a arrumação separou e repousou a roupa em sua cama e o salto no tapete, tinha escolhido o look da noite.

Em seguida andou até o seu banheiro, retirando sua roupa e entrou no chuveiro, não seria agora que ela iria desfrutar-se da banheira que era disponível em seu banheiro. Quinze minutos depois, saiu com a toalha em seu corpo, secou seu cabelo o deixando secar natural.

Lydia olhava seu reflexo diante do espelho, havia acertado na roupa, aliás como sempre fazia. A ruiva vestia uma saia justa com o cós um pouco alto, ela era em um tom roxo escuro e curta, deixando grande parte das pernas da garota á mostra, seu cropped preto deixava uma pequena parte de seu abdômen á mostra e continha um decote grande que realçava seu seios fartos.

Ela pega seu batom nude rosado para o último retoque na maquiagem, calça seu saltos pretos e vai até o guarda roupa pegando uma jaqueta de veludo de cor cinza.

— Hoje a noite será minha. – Lydia dá um última olhada no espelho, manda um beijo e uma piscada para si mesma antes de pegar sua bolsa nova e deixar o apartamento, despedindo-se do porteiro amigo, caminhando em direção ao restaurante.

•°•

Assim que Lydia saiu do restaurante, por sorte, logo conseguiu um táxi.

— Boate Pandemonium, por favor.

— Sim, Senhorita. – Responde o taxista educadamente.

Lydia sem muito o que fazer, começou a retocar sua maquiagem.

— Chegamos, Senhorita. – Diz o taxista anunciando a chegada do local pedido.

— Obrigado. – Lydia agradece e paga o valor, saindo logo em seguida do táxi. Para em frente a boate, olhando a placa vermelha que brilhava em neon, piscava indicando o nome da Boate. A ruiva apenas olha e de seus lábios surge um sorriso malicioso. – A noite é uma criança.

Mesmo de fora já escutava o som alto da música eletrônica de dentro da boate, o que fez ela prosseguir. O local estava lotado, pessoas dançavam por todos os lados. Uns sozinhos, e outros apenas se beijavam pelos cantos escuros. Poucos ali estavam realmente bêbados.

Andou em direção ao bar, somente para pedir um drink. era ali que começaria sua noite. Uma de suas músicas preferidas, começou a tocar, o que a faz e ir em direção a multidão. deixando seu corpo ser guiado pelas batidas, a ruiva se movimentava. Trazendo o olhar de homens e mulheres para si.

Lydia já estava um pouco fora de si por conta da bebida, mas ainda tinha plena consciência do que fazia. Iria se divertir até dizer chega. Tinha que aproveitar enquanto podia, em algumas semanas sua faculdade iria começar. Estava dançando com uma garota que a puxou para dançar com sigo. Quando alguém esbarrou nela, ela sabia que não tinha sido de propósito, mal dava para se locomover no meio de tantas pessoas, mas ela queria pelo menos um pedido de desculpas.

— Cuidado onde esbarra! – Lydia diz em um tom alto por causa da música. Virou percebendo quem era o desconhecido.

— Desculpe. – Responde um homem alto, de cabelos escuros e com os olhos de um tom claro, com algumas tatuagens. Lydia o achou lindo, mesmo estranhado o fato dele carregar um arco e flecha em suas costas. O que ele iria fazer com aquilo estando em um boate? Era o que a garota se questionava.

— Não tem problema. – Responde á ruiva.

— Você pode me ver? – Pergunta o moreno desconhecido, com o semblante confuso.

— Claro que posso. Não sou cega. – Responde Lydia franzindo o cenho, achando que o moreno gato, era louco.

— Alec, vamos! – Uma garota de peruca loira, especificamente platinada, o chama. Fazendo com que o moreno vire e ande em sua direção.

Lydia faz o mesmo, mas do lado contrário. Vira uma última vez para ver o moreno. E percebe que ele decidiu fazer o mesmo, assim encontrando o seu olhar. Até que ela o perde de vista no meio da multidão. Deixando então, uma ruiva curiosa sabendo apenas o seu primeiro nome. Alec.