Cliviland City : O Desastre

Testes nucleares,o indigente, o ser estranho.


_Hey Joe, como estão às coisas por aqui? – Joseph “Joe” Graham, amigo de May a varias anos, é chefe da área de infectologia no hospital de Cliviland City.Joe levantou os olhos do prontuário, e viu May, seus olhos brilharam quando encontraram os dela, é perceptível a queda que ela tinha por ela, faltava babar o chão todo, mas May não estava interessada nos serviços dele como homem, e sim como amigo.

_Oi “M”, as coisas por aqui estão normais, lotadas como sempre, sorte a sua, pois você esta atrasada de novo! – Ele deu um beijo na bochecha de May, e a abraçou – Vai trabalhar preguiça! – May sorriu, ela o amava como amigo, mas que um amigo, um irmão, é nele que ela procurava forças pra se levantar sem pensar na família que perdeu, ela sabia que assim que quisesse poderia ter o irmão Joe ao seu lado.

_Pode deixar chefinho!Depois a gente se fala!

_ OK!

May se trocou, colocou o uniforme do hospital, e foi logo trabalhar. Tinha muita coisa pra fazer. Havia muitos exames para se concluir e como eram poucos por ali, teria trabalho dobrado.Organizava a pilha de exames, separava, e arquivava, digitava em seu computador, enviava emails, e procurava sobre noticias do caso dos testes nucleares, mas nada achou alem de paginas não encontradas:

_ Mas que merda, parece que desapareceu tudo!PORRA! – Chutou e socou a mesa de tanta raiva, ela estava muito nervosa, parece que era a única a ter visto a noticia na teve.

_ Destruindo patrimônio publico, bonito dona May, bonito – Joe estava à porta, viu o acesso de raiva que May tivera há poucos minutos, viu que ela estava realmente alterada, andou ate ela, puxou a cadeira e sentou na frente de May – que isso “M”, por que esta tão nervosa? – perguntou ele tentando conforta-la

_Ai Joe, sabe que não sei? Acho que eu to ficando é doida de vez sabe... Eu não sei o que ta acontecendo...

Joe colocou a mão nos ombros de May, e tentou acalma ela, mas vendo que não surgiu efeito, puxou ela para os seus braços, e aninhou ela, como um bebe, e perguntou suavemente o que tava acontecendo. May disse a ele que havia visto na televisão pela manha, mas quando procura algo sobre a noticia, nada encontra, e parece que ninguém esta preocupado com a situação.

_ Engraçado, eu não vi jornal hoje,mas não fiquei sabendo nada desses testes – ela levantou o rosto e olho feio pra ele, - mas se você esta dizendo que viu, eu acredito.

_Claro que acredita você é meu amigo. – Joe pigarreou quando escutou a palavra “amigo”, May percebeu, e ficou desconfortável com a situação, e voltou a se sentar em sua cadeira – você sabe que te tenho como um irmão, você é a única pessoa com quem me deixo ter um relacionamento afetivo, ate meus tios eu não tenho essa “coisa” que tenho com você!

Joe olhou no fundo dos olhos verdes dela, sabia que ela dizia a verdade, nada alem de fraternidade sairia dali, desviou o olhar dos olhos de May e se levantou:

_ Bom, vamos trabalhar, mas tarde pesquisamos mais sobre esses testes, vamos perguntar pra todo mundo da ala qualquer coisa, ok?

May se levantou, e sorriu amigavelmente: _ Ok! Vamos trabalhar!

“DR.GRAHAM, SE DIRIJA A ALA PRINCIPAL, DR.GRAHAM, SE DIRIJA A ALA PRINCIPAL, URGENTE!”

Joe olhou para May e ambos correram para onde o anuncio mandava, chegaram ofegantes a recepção, mas nem foi preciso perguntar. Havia dois paramédicos, eles estavam ao redor de uma maca, com alguém que parecia já morto, May foi examinar o paciente enquanto Joe foi conversar com eles.

O homem na maca estava com aspecto putrefato, ela pegou sua lanterna de exame, levantou as pálpebras do homem uma por uma e passou a lanterna, havia muita pouca reação a luz, mal se percebia a retração das retinas, elas estavam enormes, como de um gato, poderia ser drogas. Ela examinou os braços atrás de picadas de agulha, os olhos novamente atrás de vermelhidão, o nariz, não havia nada explicito. May pegou a seringa e tirou sangue do paciente, o sangue dele estava de uma cor escura, mas escura do que o normal, e também, mas espesso. May achou isso muito estranho, ela guardou as amostras de sangue no bolso e foi ate Joe para ver o que tinha acontecido. Joe mandou os enfermeiros que ali estavam levarem o paciente para uma área isolada ate saberem o que ele tinha, fez sinal para que May o seguisse, enquanto andava ele falou:

_O homem foi resgatado perto do deserto Dryest, moradores locais o viram desmaiar quando saia do deserto, mas ele esta sem identificação, é um indigente, os paramédicos acham que pode ter alguma doença, pois fizeram todos os testes possíveis na ambulância, ele não esta com insolação, nem foi picado por uma cobra, nem por nenhum inseto. A única coisa estranha são as suas roupas, ele estava com roupas parecidas com roupas de presidiários, só que brancas.

Em seus pensamentos May já sabia o que poderia ter acontecido, puxou o braço de Joe, olhou pra ele profundamente, tentando fazer ele se lembrar, ele não fez menção de que sabia de algo e continuou andando, ela puxou ele de novo e disse baixo para ele “Você se lembra do que eu te disse hoje ? sobre os testes?” Joe ficou meio perdido no inicio, “ Onde eles foram realizados”, mas logo se lembrou do que ela havia dito a ele minutos antes.

_ Não, não pode ser possível, se fosse radiação, ele não teria entrado no deserto, e os efeitos seriam tardios, temos que examinar-lo, você tirou as amostras – May acenou com a cabeça que sim – Então vai ao laboratório fazer os testes, não se preocupe, não tem nada haver com os testes. – Joe saiu andando para onde estava o paciente precisava examiná-lo mais a fundo, e deixou May no corredor sozinha.

_ Talvez não seja radiação, é melhor eu ir fazer os exames.

May foi ao laboratório, tirou parte do sangue da ampola, e colocou em um frasco para ir a centrifuga, depois colocou o sangue “batido” em um vidro de microscópio, examinou o sangue que havia colhido, o sangue estava todo destruído, as hemácias, estavam todas mortas,” como isso é possível, deve ter alguma coisa errada”, descartou o vidro, e pegou outro, colocou novamente o sangue e olhou de novo no microscópio, a mesma coisa, mas algo lhe chamou atenção dessa vez, havia algo muito estranho, algo que May nunca tinha visto na sua carreira medica, ela já tinha vistos vários parasitas, vários vírus, bactérias entre outras coisas, mas aquilo, a única coisa que parecia esta viva naquele sangue, ela nunca tinha visto, não sabia se era um vírus ou um parasita, tinha características de um parasita, só que ele estava se modificando a cada instante, mutação é uma característica viral. Aquilo era que estava destruindo o sangue e do jeito que aquela amostra estava colhida há quase uma hora, o paciente não teria muito tempo de vida, ela não conseguia acreditar no que via, “esse ser estranho e desconhecido só pode ser sintético, a natureza jamais poderia criar algo tão bizarro e assustador!

Toc toc,toc

_May ,esta ocupada?

May nem ouviu Joe entrar, esta perdida demais nos seus pensamentos, e assustada demais.

_May?

_ Sim, Joe. – May tentou parecer normal, mas por dentro estava em surto, ela levantou os olhos do microscópio e olhou para ele – o que foi?

_ Preciso de sua ajuda, chegou mais dois casos semelhantes ao indigente.