Eu fui andando pelo esconderijo e ouvi alguém cantando. Era mais ou menos assim “If you want to get out alive Run for your life If you want to get out alive Run for your life”

pelo meu inglês, significava “Se você quer sair vivo, corra pela sua vida” . Fui ver de onde saia essa voz e cheguei até um quarto, onde tinha um garoto de cabelo azul escuro e olhos amarelos.

– Por que estava cantando isso? - perguntei Ele deve ver levado um susto, porque falou um palavrão.

– Quem é você?! – Ele se levantou, era baixinho, e pelo jeito, invocado.

– “Se você quiser sair vivo, corra pela sua vida”. Por que cantou isso?

– Eu criei essa música agora.

– Ah você canta. – “Metido a cantor” pensei.

– Vou perguntar de novo, quem é você?

– Zuko

– Melhor você ir dormir, Zuko.

– Dormir?

– É, está tarde.

– Eu não acho

– Faça o que quiser, mas saia do meu quarto. – Ele falou seco. Eu não confiava nesse garoto, mas saí do quarto dele e fui para a sala.

Lá estava o irmão da Ringo. - Sabe onde vai dormir? – Ele perguntou.

– Não, por isso vim pra cá. - Venha comigo – Ele foi andando e eu fui junto. Kilik me levou para o quarto onde eu ficaria. Deitei na cama.

– Acorde cedo amanhã. – Ele saiu.

Eu fiquei um tempo pensando, aquele lugar era bem melhor que o meu esconderijo. Fiquei desconfiado do tal Agito e do irmão da Ringo, decidi ficar alerta. Tentei não dormir, mas foi inevitável.

De manhã, acordei sem ter a mínima noção de que horas eram. Levantei e fui para a sala. Lá o garoto já começou o dia falando palavrão.

– Fuck! Que quente! – Ele disse, tomando o café que obviamente é quente.

– Não me diga – Uma garota de cabelo rosa falou, sorrindo, acho que era a irmã da Ringo.

– Cala a boca. – O nervosinho de cabelo azul falou.

– Você é fofo. – Ela continuava sorrindo, com certeza gostava dele.

– Não sou fofo.

– Nem de longe – Me intrometi com um sorriso sarcástico. Parece que o Agito acordou com o pé esquerdo. Ele saiu do esconderijo, deixando um café delicioso na mesa. Eu me sentei e tomei o café dele.

– Como vamos parar isso mesmo? – Ringo disse, se dirigindo ao irmão. Bom, eu não sei sobre o que era.

– Confia em mim, vamos invadir aquele laboratório, e, se sairmos vivos, conseguiremos parar esse apocalipse.

– Eu duvido, Kilik, duvido muito. – Ela saiu da mesa. Eu estava quieto tomando café.

– Parar o apocalipse, há há há – Eu disse, rindo sarcástico.

– Eu vou fazer isso sozinho. – Ele saiu do esconderijo, eu arregalei os olhos e fui atrás dele.

– Espera! Eu posso te ajudar. – Eu disse, tentando alcançar ele.

– Garoto, eu não confio em você e posso fazer isso sozinho.

– Então eu vou junto pra assistir você virando um Zumbi. - Vai morrer também.

– Deixa eu te ajudar!

– Está bem! Mas não me atrapalhe. Nós fomos andando.

– Qual é o seu nome mesmo? – Eu perguntei, tentando puxar assunto.

– Kilik.

– Sou Zuko.

– Parabéns. – Ele disse seco. Eu ri.

Quando chegamos ao laboratório, entramos pela janela da sala de segurança.

– O problema são os Zekes. – Ele disse mexendo em alguns botões.

– Tem Zumbis aqui?

– Claro que sim.

– Como não cruzamos com nenhum?

– Eles estão nas salas de pesquisas e corredores. Vamos ter que entrar nessa sala – Ele apontou para a tela de uma câmera – e pegar frascos de alguns vírus.

– Vírus... Posso saber por quê?

– É um jeito de se disfarçar dos Zekes, assim eles não atacam.

– Por que não disse isso antes?

– Primeiro, pare de fazer perguntas. Segundo, eu descobri ontem.

Revirei os olhos. Depois, conseguimos sair dali, mas, como esperado, feridos e cansados. Voltamos para o esconderijo, no caminho passamos pelo meu esconderijo, onde estava o Sasuke.

– Meu amigo, Sasuke, fica nesse esconderijo. – Eu disse.

– Deve ter morrido. – Kilik disse, ele estava começando a me irritar.

– Ele está vivo, não fale besteira.

– Temos que fazer o teste. – Ele parou de andar, colocou a mochila no chão, tirou a seringa com um vírus e injetou no braço.

– Não! – Eu disse assustado.

– Se acalme, quando eu ficar desacordado me leve para o esconderijo.

– Desacordado?

Kilik desmaiou na hora.

– Que droga, eu vou ter que carregá-lo – Peguei ele pelos braços e arrastei alguns metros, mas percebi que estava anoitecendo, então decidi levá-lo para o meu antigo esconderijo, onde o Sasuke estava. Chegando lá, Sasuke não estava então deixei Kilik em um colchão e sentei no chão, esperando ele acordar. Depois de mais ou menos duas horas, ele acordou tossindo e olhou em volta.

– Que lugar é esse? – ele disse, parecia tonto.

– Meu antigo esconderijo.

– Por que não me levou para o meu?

– Estava muito longe, e, aliás, você é pesado.

– Maldito – ele disse e tossiu.

Eu coloquei a mão na testa dele, estava fervendo e ele estava com uma cara de cansado.

– Melhor descansar, eu vou pegar um pano úmido, você está fervendo. – eu disse me levantando.

– Não... Eu preciso ficar alerta. – ele tentou se levantar também, mas eu o impedi.

– Kilik, fique aqui, você está doente, então, se acalme e deite-se.

– Eu estou bem – ele falava parecendo um bêbado – me tire daqui.

– Kilik, pela ultima vez, deite-se! – eu peguei um pano e molhei-o. Kilik caiu no colchão.

– Ringo! Eu preciso ver como a Ringo está! – Ele disse, agora suando e se revirando no colchão.

– Ela está bem! – Eu voltei até ele e coloquei o pano úmido em sua testa.

– N-Não preciso disso... – Ele tentava tirar o pano da minha mão, mas não tinha força.

– Durma