- Fudidos? Nós não estamos fudidos, ainda. E é melhor a gente parar com essa palhaçada antes que nós realmente estejamos fud... - Eu fui interrompida por um beijo. Estava tão distraída no meu momento desespero que nem percebi que ele tinha saído da posição anterior.

Eu posso aproveitar esse beijo, não posso? É o último, o último. E depois disso nós esquecemos esse momento de loucura e fingimos que nada aconteceu.

Percebi que aquilo estava indo longe demais quando estava prestes a tirar sua blusa. O empurrei e, enquanto recobrava o ar, tentei impor um tom autoritário - Agora é sério. Não vai acontecer de novo, se você quiser ficar para o café, você fica, mas eu acho melhor você ir pra sua casa e esquecer todo o dia de hoje!

- Alice, você não ouviu? - ele perguntou - Ouvi o que?

- Eu gosto de você. - Deu ênfase a palavra gosto. - Então você vai terminar com a Frankie? - Perguntei, assustada com a idéia. Não tinha uma saída para o que nós estávamos nos metendo; ou ele magoava a Frankie ou ele magoava a Frankie… E uma terceira hipótese é ele descobrir que realmente a ama e me magoar. - Não, - ele pareceu confuso. Provavelmente tinha se dado conta das mesmas coisas que eu. Colocou uma mão na testa e respirou fundo, Dougie finalmente estava entendendo.

Depois deixou a casa e eu fiquei lá, com a culpa e todos aqueles suspiros estúpidos.

- Tom, - gemi seu nome assim que ele atendeu. Ouvi sua risada do outro lado da linha, antes de ele dizer:

- Chora, Alice. - Contei tudo para o Thomas e ouvi seus conselhos atentamente. Ele disse para que eu não ficasse louca por causa disso e que no fim de semana nós teríamos uma resposta. Ainda estavamos na bosta da quarta-feira.

E na sexta, Frankie estaria de volta participando dessa confusão.

Sabe, eu acho que eu vou parar com o drama, sentar minha bunda no sofá e assistir algum documentário sobre a vida animal.

Deve ser tão legal e menos complicado ser um pato.