No dia seguinte foi o tema do Star Wars que nos acordou, levantamos e Herdinando estava na sala (desta vez vestido de escoteiro), nos arrumamos, e o Nando não estava mais na sala, encontramos o mesmo carrinho dourado que nos trouxe até a cabana, subimos nele, e fomos ao Domo, lá nos servimos, e nos sentamos na mesma mesa do dia anterior, e nem sinal do mexicano, Luíza logo percebeu o quanto eu estava pra baixo, e perguntou:


— Você está gostando do Herdinando, não?


— Você é o que? Uma adivinha?


— Vamos ao carrinho. — Sem protestar, eu e Lilly a seguimos, subimos em um carrinho rosa, eu ODIAVA rosa, deve ser que fizeram uma lavagem cerebral enquanto eu assistia “Pinky Dinky Doo”, mas tinha algo naquele carrinho que me fez ser atraída pelo rosa, rumamos para a área do “laguinho”, e descemos do carrinho, seguimos para uma cabana maior que as outras, e menor que o Domo, Nando e o “pequeno grande líder” estavam perto de uma mesa com um mapa ENORME da América do Sul, em cima, havia um número 7 ao lado de um ponto de interrogação escritos a lápiz na parte de Minas Gerais mais próxima do Distrito Federal, ele terminou de cochichar no ouvido do Nando, enquanto eu percebia que haviam outros números de 0 a 32 no mapa, ao lado de pontos de interrogação, desenhos mal-feitos de vulcões, naves caídas, lagartos com cetros, triângulos, círculos... e a palavra Joss ao lado do desenho de um macaco no DF, o 22 estava na Argentina, o único fora do Brasil, com outra interrogação...


Entramos na van, era um “cômodo” vazio, com uma escada para cada um dos dois quartos, e uma mesa quadrada com 4 cadeiras, cada uma do seu lado, Luíza sentou em uma “cabeceira”, e eu e a Linny (que também gostava do Nando) sentamos nos lados, as cadeiras eram giratórias, o que me dava uma diversão enquanto Ele não chegasse e sentasse em frente à Lu, ela me obrigou a levar o jogo UNO™, só Boris sabe o tanto que ela pode ser imperativa...


[— Sabe? — A loira interrompendo a narração de Angeline.


— Ela que começou o relacionamento e...

— Ela que manda?


— Ela que me fez obrigar o Bruno a ir pra Austrália, e me obrigou a fazer o Nataniel a estudar na França. — Algum tempo depois, Line ia começando a contar sobre suas filhas gatas, gatíssimas, maravilhosas, de ninguém botar defeito... Quando teve uma ideia melhor:


— Jogamos UNO™, até chegarmos no “lugar” no meio do nada, em que a van parou para o almoço (dentro da van, claro, porque nós já tínhamos todo o almoço guardado), então seguimos...]


Às 5:28 da tarde, mais ou menos, chegamos em um setor de chácaras, perto e uma barragem, próxima de Unaí, descemos da van, e começamos a perguntar para os moradores sobre aparições sobrenaturais, até que eu cheguei a uma casa, que alguns de meus parentes (que eu não conhecia) estavam “acampados”, eles falaram que viram algo do outro lado da barragem, e nos emprestaram uma lancha. Que sorte a nossa.


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Já estava escurecendo quando passamos a barragem, o piloto da lancha já voltava com ela, Herdinando falou que deveríamos ser discretos, e pegou na mochila uma lanterna fraca, entramos na plantação de... Não sei, soja, milho, arroz, capim pra gado, e vimos: um círculo de colheita, chegamos ao centro, e ouvimos barulhos, e passos... Saímos atrás dos passos, armados de uma lanterna, 4 mochilas, três bolsas carregadas, e um baralho UNO™. Ouvimos a conversa:


— Será que os alienígenas nos alcançaram?


— Tomara. Viram as armas deles?


— Pareciam as bolsas que as fêmeas usam no nosso planeta — Disse uma terceira voz.


— Quietos, podem estar ouvindo — A quarta esbravejou-se.


— Ele tem razão, vamos embora daqui! — O líder disse com segurança. Começaram a levantar e Nando cochichou:


— Ah, no irón não... — E enfim completou:


AL ATAQUEEEEE! — Então saímos correndo desesperados, joguei o baralho na cara de uma sombra, e então a mochila, ele caiu atordoado, Linny e Luíza jogaram as bolsas como boleadoras (pesquisar sobre armas incas), Herdinando lançou a mala, mas os projéteis foram desviados, então elas começaram a atacar com a mochila, O Líder com a lanterna, e eu com bolsa rosa, como uma maça com correntes, até que a luz iluminou o rosto de um deles, percebi que era Pires, da Colônia Allen, e parei com o linchamento:


— PAREM COM ESSA LOUCURA!! — Me obedeceram, então eu tirei a mochila de cima do garoto, e os menos importantes começaram a catar a bagunça (inclusive eu), enquanto os Líderes conversavam:


— Daniel. O que te trouxe tón lejos do Gama? — Parte do DF (local do caso Joss) — Já resolverón?


— Às 3 da manhã a polícia nos tirou do caso, então viemos buscar a ajuda de vocês, chegamos às 16, mas vocês demoraram um pouco.


— As garotas nón almoçam com la van en movimento; antes de ayudarmos vossotros, nos ayuden. — Daniel Pires assentiu e continuamos a caçada.


Achamos outro círculo de colheita, com uma luz sombria no centro, envolta em umas árvores, entramos na matinha, e vimos um disco voador caído, nos aproximamos, metro a metro, minuto a minuto, a luz foi ficando mais forte, e mais forte, e a nave subia, e subia, então ela começou a girar, e girar, os 5 Pires correram, e nós nos aproximamos mais e mais, a nave alcançava 6 metros de altura, então ela lançou uma energia que dobrou o mundo à nossa volta, enquanto girava em direção ao chão, lançando mais energia, e destruindo tudo, menos nós três, o círculo azul desceu finalmente e lançou raios na direção da Linny e na minha, então minha pele ficou azul, e a dela também, então uma escada de mármore surgiu na direção de um buraco na nave, de aonde, saiu uma luz branca poderosa, com um alienígena humanóide, azul, magro, e da altura do meu gêmeo (1,71m), vestia um manto dourado, e nos convidou a entrar:


— Humanos, eu sou Guil(x)&En, Princ& dos Csinéticos! Eu venho em paz...


[ — Guil(x)? Vocês conheceram Guil(x)&En? — Boris era o “best” do csinético, pelo menos nestes quatro anos de guerra...


— E confraternizaram com ele? — A curiosa Lari, esperando a “fala” da Angeline:



— Exato, foi nesta vez que eu ganhei os poderes... — Angeline interveio então:



— Tudo bem agora eu quero saber do bonitão. Óliver! — Então Joline tomou conta do “território”:


— Ele é meu marido, sua va**! — Boris, notando que ele ainda trabalhava, e percebendo o teor da prima, interveio:


— Eu conto da minha perspectiva...]