[— Guil(x)? Vocês conheceram Guil(x)&En? — Boris era o best do csinético, pelo menos nestes quatro anos de guerra...


— E confraternizaram com ele? — A curiosa Lari, esperando a fala da Angeline:


— Exato, foi nesta vez que eu ganhei os poderes... — Larissa interveio então:


— Tudo bem agora eu quero saber do bonitão. Óliver! — Então Joline tomou conta do "território":

— Ele é meu marido, sua va**! — Boris, notando que ele ainda trabalhava, e percebendo o teor da prima, interveio:

— Eu conto da minha perspectiva...Óliver era meu melhor amigo, isso desde sempre, contando que eu passei praticamente a minha vida inteira naquela escola, por isso ele sabia que só poderia confiar em mim:]


— Eu estou rico!


— O quê?


— EU ES-TOU RI-CO. Entendeu, ou quer que eu desenhe?


— Como assim, de um dia pro outro? Rico mesmo?


— R-I-C-A-Ç-O!


— O que foi? Por um acaso você tem ascendência ou?


— O meu pai é da nobreza, mas não...


— Daví? Daví é conde? Duque? Mas ele nunca disse nada! Não sei não... —­ Ele ficou me olhando com a cara de: “VOCÊ ME INTERROMPEU!!!”, e disse:


— Posso continuar?


— Tá. — APARENTE desconforto na voz.


— Mas não qualquer nobreza, não estamos falando do Daví e...


— Você é adotado e seu pai biológico é da família real! É mesmo, agora eu lembrei! Dinastia Bourbon.


— Príncipe Óliver Daniel Weiss de Brasília Bourbon de Bragança. Ufa!


— Imagina ter de escrever tudo isso na prova! Majestade. — Disse em um tom sarcástico me curvando. Então chegou o mexicano, e eu disse:


— A gente se fala, eu to indo conversar com o alumno nuevo! — Fui até a área do estacionamento dizer hola:


— Herdinando!


— Boris, Como tu está?


— Bem, e você?


— Possodizer que tudo está completamente perfecto.


— ¡Bueno! E a Angeline?


— Eu , é, acredito que, talvez, possa ser que...


— Nada?


— É. — Disse em um tom desolador.


— Ela gosta de sorvete, e tulipas roxas. — Falei cochichando, e parti.

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Quando entrei no pátio, Óliver estava cercado de garotas, digo, Larissa, Gisele, Regina, Lisa, Line, e uma “popozuda”, de nome... Kelly, sim eu já falei poucas e boas para ela.

A parte da Line me incomodou:


— Você também? Fala sério, nem dava atenção a ele, sua dissimulada!


— Olha do jeito que você fala comigo, tá?


­ — Você vem Olie, talvez ouvir o que a “Dupla Dinâmica” diz nas suas costas o ensine a guardar os seus segredos. Você ainda é judeu, a poligamia não lhe pertence.


Silenciosos como ninjas, nos escondemos atrás de duas árvores, à uma distância que dava para ouvir os “dois Rs”(Roy e Ryan) cuidando da vida dos outros:


— Aquele ali ganhando fama com esse papinho...


— E as traidoras se esfregando nele? Que nojo!


— Roy, para que você não é nenhum santo.


— Mas eles — Os judeus — são noivos desde pequenos, a “esposa” dele vai ficar furiosa... — Notava-se um tom de nojo, não sei se era o som que a voz dele produzia, ou se era puro cinismo mesmo.


— E a riqueza repentina...


— Aí tem treta, aquele favelado sempre me pareceu um...


— Ladrão? — Eu já estava até com nojo dos dois falarem tanta bobagem!

Então eu olhei pro Óliver, e como se ele tivesse lodo minha mente nós fomos para cima deles:


— Curve-se diante de Sua Alteza! — Claro que não precisava, mas fazer uma ceninha é MUITO LEGAL, então começamos a brigar com eles, o que foi muito humilhante, pois até um mês antes eu era o deficiente com distrofia muscular, mas a “briga” acabou com um grito da coordenadora pedagógica.


Só pra constar, o moleque que me fez ir pra sala da diretora tinha um cabelo arrepiado loiro (mas só na franja, o resto era liso), e pele da minha cor, o outro tinha o estilo “restart”, com o cabelo loiro e igual ao do outro, mas a pele dele era mais escura que a do Olie (terrível combinação), o único de cabelo preto na briga (O Olie).


[ — EU acho que não havia a MÍNIMA necessidade dessa ceninha que eles arrumaram, afinal de contas, os lesados estavam só falando! — disse Joline — Não aconteceu nada de mais. Cão que ladra não morde.


— Joline! Só porque você é uma fofoqueira das grandes não quer dizer que é pra ficar defendendo aquela gentinha não tá!


— Mais respeito com a classe Boris! E aquilo que eu faço não é fofoca! É praticamente um serviço de utilidade pública!


— Joline, deixa ele continuar a história.


— Cala a boca Larissa! Não se intrometa no que não foi chamada!


— Para de ser grossa Jo!


—Grossa o caramba! Eu estou aqui fazendo as minhas observações e essa piriguete vem se intrometer!


— Deixa eu continuar! E VAI PRO HADES!


— CARAMBA, PORQUE VOCÊ NÃO XINGA!! SE É PRA FICAR NERVOSO FICA DIREITO!! QUE FOI? NÃO É MACHO O SUFICIENTE!!


— CALA A BOCAAAA!!! SUA FOFOQUEIRA DO NIFFLEHIEN!!


— Para de dizer que eu sou fofoqueira, que você já se beneficiou dessa minha deficiente capacidade de guardar segredos! Se não fosse por mim você nunca tinha ficado com a Annie!


— ISSO É VERDADE, MAS DEIXA-ME CONTINUAR! ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE ?!


— Tá bom! Fala logo!


—Então...]


Na aula, liberado pelas notas, longe do Olie, que estava com a psicóloga da escola, fazia um clima agradável, mesmo naquela tarde de inverno, Annie não parava de me olhar, não porque eu tinha sido muito irresponsável, mas porque algo em mim tinha mudado, e ela gostava disso, o dia perfeito... Até que um idiota estragou tudo


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Uma pessoa, mas com orelhas de gato, bigode de gato, patas de gato, cauda de gato, e pelo de gato em cima da pele e das roupas (um terno aberto em “V” com gravata, semelhante ao o nosso uniforme de educação física), pulou a janela lateral da sala, quebrando o vidro, e rápido como um raio, seqüestrou Annie e a minha irmã, eu saí correndo atrás dele pelo buraco no vidro...

Minha visão ficou turva, e eu me transformei e um ser igual a ele, a diferença era que ele tinha pelo negro com manchas amarelas, e o meu padrão era branco com manchas pretas, os olhos dele estavam amarelos, e os meus, azuis (mel à azul).

Ele escalou a parede do prédio, e eu o segui, ele conseguiu me despistar, mas depois de uma varredura, eu o segui até a casa do Ryan, lá tinha um segundo andar em construção, reforma essa que foi parada para pagarem a viagem de formatura do 9° ano dele, curso a que eu também assistia era consideravelmente perto, lá eu vi Annie e Angeline amarradas em cadeiras viradas de costas uma para a outra, inconscientes, estava escuro e frio...

Senti um vulto correndo em minha direção, eu golpeei o ar, e ele mudou de rota, vi uma pata felina negra chegando, e desviei, golpeei, e ele desvia novamente, chegamos numa área mais iluminada, e começamos a luta: socos e pontapés voaram em todas as direções, e a maioria dos golpes era aparada, ele deu um golpe de capoeira, e eu rolei por baixo de sua perna, ele se apoiou naquela perna, e jogou todo o peso de seu corpo em um murro com as duas mãos, eu pulei para trás, e girei no ar, me lançando à frente, dei o mesmo golpe por cima, ele pulou, e giramos no ar, com os punhos cerrados e empurrando-se, ele mexeu a perna e me lançou de costas no chão, a força foi tanta que o chão de cimento rústico a minha volta, rachou, e a casa balançou, estava sem força, e ele via que era eu, o pelo desaparecera, ele estava a ponto de me matar, até que minha irmã apareceu do nada e empurrou ele para trás...

Ele saiu deslizando até bater na parede a uns 9m de distância, então eu vi o rosto do Roy, ela pegou minha mão, e a dor nas costas sumiu, eu levantei, e o pelo voltara, Roy levantou sozinho, eu já tinha experimentado essa ligação antes... Devaneios juvenis ligados: Angeline estava na sala na casa da nossa avó, e eu na garagem, que são cômodos vizinhos lá, ela caiu do degrau que os separava, o degrau tinha quase 90cm, e ela bateu de cabeça no chão, em cima de um prego, a área em volta dela estava rubra, e ela, semimorta, eu me ajoelhei perto dela, e chorei, uma lágrima escorreu até a área da perfuração, o sangue e o prego sumiram, e nós fomos brincar como se nada tivesse acontecido... Devaneios juvenis desligados: tive a impressão de que ela teve o mesmo “flashback”, mas tinha sido há 9 anos antes, e depois, só curava arranhões e queimaduras, agora eu tinha quebrado as costelas, ela falou:


— Vocês brigando são uma piada, Olie também é super, e está esperando vocês para uma missão, o trabalho em equipe de vocês, é divino, eu levo Annie de volta, pulem o muro e vão para a praça Santos Dumont, ele tem um helicóptero lá. — Obedecemos, e agora dois gatos-guerreiros estavam à solta!