No meio do caminho, eles ficaram sem falar com um outro e só conversavam quando Fiona falava com eles, mas nenhuma palavra foi trocada entre aqueles dois coelhos. Eles andaram uma quadra, quando Fiona aponta para uma casa roxa no final da rua, era a casa da sua vó. Eles tocam a campainha e uns minutos depois uma raposa meio idosa atende, ela era parecida com Hana, tinha que ser sua mãe. A dona logo pergunta, não muito contente:

—Onde está Hana? Ela não vinha trazer a Fiona?

—Senhora, eu sou Judy e esse é Jack, somos amigos de Hana. —Diz Judy fazendo Jack a olha meio estranhado, ele é amigo de Hana, mas não é muito de dizer— Sua filha estava atrasada para o trabalho e pediu para nós trazermos Fiona.

—Ela ainda tem a audácia de mandar dois coelhos para trazer a própria sobrinha, vou deixar aquela raposa pendurada no mastro! —Eles se entre olham, porém, a dona percebe o que havia dito—Não que eu goste de coelhos, amores. Eu só não acredito que aquela minha filha seja tão irresponsável! Enfim, obrigada por trazer Fiona, vamos entrando querida.

Fiona se despede dos dois e entra na casa, toda feliz. Enquanto os dois coelhos se olham por meio minuto, mas viram os rostos em direções opostas pois estavam meio corados. Quando os dois resolvem falar e falam ao mesmo:

—Eu sei que isso...

Eles se olham e começam a rir, sem motivo. Judy então depois de retomar o ar, diz:

—Eu sei que foi um acidente, mas me deixou meio...

—Envergonhada? —Diz ele ainda com o rosto virado.

—Sim. Vamos volta, sabe...Na mesma dinâmica? —Ela estende a pata.

Ele ía aperta sua pata, mas por um movimento involuntário ele pergunta:

—Quer sair comigo?

Ela fica mais que impressionada, imagine ele: Não sabia o por que tinha feito pergunta tão estranha. Porém, ela responde:

—Claro, não tenho muito coisa pra fazer hoje, só mais tarde.

Ele fica assustado, mas feliz. Então eles vão andando pelo bairro, conversando sobre nada de interessante, porém Jack sempre a olhava apaixonado e isso já estava deixando Judy sem graça. Quando ela não aguentava mais aqueles olhares, ela o pergunta:

—O que foi, Jack?

—Nã-não é nada.

—Se não fosse nada não ficava me olhando desse jeito.

—Não é nada, sério.

Aquelas palavras não a convenceram, pelo contrario, só a deixou mais irritada. Então, ela vai na frente dele e diz, irritada:

—Eu sou esperta o suficiente pra saber que você está mentindo, me diga o que está te fazendo me olhar com essa cara de burro.

Ele fica sem responder, sua garganta ficou trancada e nada saia dali. Ele então vê que não tinha outra opção: Pega a pata da coelha e diz, chegando mais perto dela:

—Eu não contei o que sinto realmente por você, Judy Hopps.

—E que o você sente por mim? —Diz ela envergonhada e com suas orelhas baixas.

—Eu...Eu...

—O que é?

Ele, por impulso, a beija novamente, mas logo para e diz alto e claro:

—Eu te amo.

Ela fica muita vergonha com o movimento do coelho, porém ele vai embora a deixando seguir seu caminho. Ela vai para seu apartamento, pensado o que havia feito. Estava namorando, mas estava difícil esconder uma coisa tão importante de todos, inclusive agora que tinha um admirador. Ao entrar no seu apê, ela vê Nick dormindo na cama com o celular na pata, baixando filmes para assistirem mais tarde. Ela deita na cama e começa o acariciar, o fazendo acordar. Ele diz:

—Eu ainda estou sonhando ou acordei no céu.

—Desculpa, eu não queria te acordar.

—Me acordou do melhor jeito possível, minha linda. —Ele se levanta e dá um beijo na coelha.

Ela fica meio apreensiva pois temia que seus lábios ficassem com gosto diferente e ele notasse. Por azar, ele nota que ela estava muito estranha no beijo, então a larga e diz:

—O que foi, cenourinha?

—Na-nada.

—Não seria nada se não estivesse tão estranha. O que foi?

—Se...Se eu te contar, você tem que prometer que não vai me brigar?

—Também. —Ele cruza os dedos atrás dele, se fosse algo realmente estressante ele tinha que brigar.

—Hoje quando foi na casa da Hana, Jack estava lá brincando com a Fiona... —Nick faz uma expressão de raiva, mas não fala nada.

—E começamos a brincar de “Verdade ou consequência” quando Hana me desafia a dar um beijo na bochecha dele... —Nick parecia querer explodir na mesma hora.

—Mas, eles dois ficaram discutindo e eu queria logo acabar com aquilo e...

—E?

—E quando foi dar o beijo nele, ele se virou e...

—E??

—Acabei o beijando na boca.

Nick quase deu um treco ali mesmo, porém coloca a pata na testa, parecia muito estressado. Então ele a olha e pergunta:

—E ele?

—O-o que? —Ela estava com muito medo do olhar do raposo.

—Como foi a reação dele?

—Não vi, me virei porque estava toda vermelha.

—E você?

—O que tem eu?

—Você sabe... Você gostou?

Aquela pergunta tinha sido a mais ridícula que havia recebido o dia inteiro! Porém, dava para entender o porque Nick a havia perguntado tal coisa. Então ela responde:

—Na verdade...

—Não me minta. Eu sei quando está mentido.

Ela tinha uma resposta, mas não queria ser sincera com o namorado. Então, ficou uns minutos sem responder, mas disse:

—Não foi ruim. —Ele a olha decepcionado—Mas prefiro mil vezes com você...

Ela a olha contente e sua calda começa a se mexer. Ele salta em cima dela, a jogando na cama e a beija, todo feliz e apaixonado. Ela se espanta, mas continua o gesto do amado, ambos estavam perdoados.

No hospital...

Hana estava terminando de atender um paciente, um gambá com uma queixa de dor na pata dianteira, quando entra uma enfermeira e diz a ela:

—Fox, a Gina tá te chamando depois dessa consulta.

Ela fica impressionada pois sua chefe sempre que tinha algo para falar com ela mandava por email e não gostava de falar pessoalmente com outros animais. Então, depois da consulta, vai para a sala de Gina. A porta tinha uns 2 metros a mais que ela, então ela teve que bater para entrar. Gina abre a porta era uma girafa bem vestida, nem deu tempo para Hana a cumprimentar e diz:

—Hana, eu vi que você quase se atrasou hoje, não?

—Sim senhora. —Ela fica de cabeça baixa, mas também nem daria para olhar para o rosto da chefe.

—E qual é o protocolo número um?

—Nunca se atrase.

—Isso mesmo. Se atrasar de novo, está demitida, deixei claro?

—Sim senhora.

Ela fecha a porta na cara da raposa. Hana volta respira normalmente e corre para seu consultório para atender os outros pacientes, mas antes dá uma passada pelo o quarto de Johnny. Ele estava com uma enfermeira zebra trocando o soro, ele a nota e diz:

—Oi, Hana.

—Você tem um olho bom, né? —Diz ela cruzando os braços.

—Eu vou indo, tenho que trocar o soro dos outros pacientes, tchau Hana. —Ela sai da sala.

—Então, como você está, meu cute?

—Bem, só cansado.

—Você tem que descansar mais, fofo. —Ela senta do lado dele o deixando levemente corado.

—Não precisa se preocupar, eu estou bem.

—Se estivesse, estaria lá em casa comigo, não aqui. —Ela o abraça.

—Eu estou bem, mas você tem que voltar a trabalhar.

—Tem razão, tchau meu amor. —Ela dar um rápido beijo nele e sai da sala, o deixando meio vermelho.

Ela estava muito feliz e preocupada. 1:Estava noiva com o amor de sua vida e 2:Se atrasa novamente seria despedida do emprego que sempre sonhou, mas deixaria que isso acontecesse. Hana Fox não se rende facilmente por cima de ameaças.