Casos de Zootopia

Um almoço de coelho


Jack estava em sua chique cozinha fazendo seu almoço pois o lanche que Hana o pagou estava bom, mas não o encheu e estava morto de fome. No meio de temperos e saladas, ele recebe uma ligação: Era de Skye. Ele, sinceramente, não queria atender, mas ao mesmo tempo queria. Então ele atende:

—Alô?

—E então?

—Então o que?

—Você já sabe o que sente por mim?

Ele fica em silencio por míseros segundos, o suficiente para pensar em uma resposta. Ele respira fundo e responde:

—Um grande sentimento de amizade. Skye, eu amo a Judy e sempre vou a amar, mesmo se ela não me ame.

—......

Nada saia do outro lado da linha e isso já estava lhe incomodando. Até que ela diz:

—Eu sempre te amei, Jack. —E ela desliga.

Ele ficou uns minutos se fazer nada, estava meio paralisado com o que havia ouvido. Porém, volta a fazer seu almoço que não se faria sozinho, queria que sua amiga fosse feliz, mas isso não seria possível, não agora. Depois de almoçar, fica vendo uns arquivos de sua gaveta. Tinha arquivos de casos já resolvidos e outros de casos que nunca tinham sido resolvidos, porém nada de importante. Ao mexer numa pasta, tinha umas informações do caso que havia resolvido com Judy e Johnny. Tinha informações dos dois suspeitos que tinham sido presos e uns outros três que tinham ficha criminal mais não tinham sido culpados. Ele pega a pasta e senta no seu sofá para ler, não tinha coisa melhor para fazer. De repente, lhe veio uma pergunta na cabeça: Se Hana havia gastado todo seu dinheiro para comprar o seu lanche, com que dinheiro compraria seu almoço? Não tinha nem almoçado pois só se concentrou em arrumar Fiona. Hana era um bom animal que sempre ajudava todo mundo como dava, mas quem iria lhe ajudar? Ele então se arruma, faz um almoço descente para a raposa e vai para o hospital. Ela o ajudou, por que ele não podia fazer o mesmo? Lá, Hana estava em pleno o almoço, mas não comeu nada e só olhava seus colegas comerem na sua frente. Seu estomago roncava tão alto que uma de suas colegas achava que era um leão se espreguiçando no hospital, mas depois de ver o que era, ela começou a avacalhar e Hana só escutava. Quando ela não aguentava mais a tagarela da amiga carneira, vai para a recepção, na esperança de sofrer em paz. Uns minutos depois, Jack chega na recepção e vê a raposa sentada olhando para a janela, da porta para se ouvi a barriga da fêmea. Ele chega perto dela e a cutuca, a fazendo olhar e se surpreender. Ela pergunta:

—O que você tá fazendo aqui? Aconteceu algo com Fiona?

—Não. Só me lembrei que você não tinha dinheiro para um almoço então te fiz um. Não se acostume... —Ele mostra a sacola de comida para a raposa.

Os olhos da raposa brilham como se Jack estivesse lhe dando ouro. Ela o abraça o deixando sem graça, pega a comida e começa sua refeição. Ele senta do seu lado e espera ela acabar o que não demoraria do jeito que ela comia rápido. Ele ficou ali do seu lado até que ela acaba e pergunta ao amigo:

—Foi você que cozinhou?

—Sim. Me parece que você gostou. —Diz ele rindo da amiga que estava toda suja.

—É. A comida do meu coelhinho é melhor, mas sua também é bem gostosa. De 1 a 10, dou um...9. Tá bom pra você?

—Tá bom. É melhor aproveitar o resto do tempo pra ver seu coelho. —Diz ele se levantando e vai indo embora.

—Espera! —Ele a olha—Obrigada.

—Pelo que?

—Sabe...Por tudo.

Ele faz um sorriso de paz e vai embora a deixando muito contente. Não era ele que precisava de ajuda, era ela e ele foi socorre-la. Como um amigo faria. Ela se levanta e vai ver seu amado antes de terminar a hora do almoço dos médicos. Ao chegar na sua sala, ele estava mexendo no celular, parecia entretido. Ela chega do seu lado e o dá um beijo na bochecha, ele se arrepia todo, estava tão distraído que nem viu a raposa chegando. Ele diz:

—Que susto. Quase me enfarta.

—O que você estava fazendo para nem me ver chegar?

—Jogando! O que mais seria?—Diz ele com um sorriso cínico no rosto.

—Que jogo?

—Animal Case*.

—Aff...Não me admire que não tá prestando atenção em nada. Quando joga esse jogo não presta atenção em nada de nada. —Ele nem prestou atenção no que a raposa dizia pois tinha que achar uns 20 itens na cena em 1 minuto, no mínimo. —Ei, tá prestando atenção?! Tô falando contigo!

—Oi? —Ele termina a cena e vai para o nível 16. —Beleza!

Ela o encara morrendo de raiva e ele sabia que viraria assado de coelho se não lhe desse atenção. Então desliga o celular e diz:

—Então, o queria disser?

—Só queria te ver, tem algum problema em ver o coelho que amo? —Ele olha para ela, sabia que ela estava lhe emendando.

—Não. É um problema que você não ter dinheiro para o almoço.

—Como soube? —Diz ela sem graça.

—Dois médicos passaram por aqui falando de você.

—Opa, opa! Quem eram?

—Um porco espinho e uma zebra.

—Ufa...

—Por que esse “ufa”?

—É que tem uma amiga minha que é tão fofoqueira que era capaz de disser para a minha chefe. Os outros nem tanto...

—Bem... Acho que já acabou a hora do almoço. —Diz ele dando uma olhada no celular.

—Verdade. Tchau, meu algodão doce. —Ela o abraça tão forte que se ouve suas costas se estalarem e vai embora, ainda tinha trabalho para fazer.

No apê de Judy...

Eles estavam deitados na cama, dormindo abraçados, felizes da vida. Judy começa a acordar e se levanta para se olhar no espelho. Seu laço estava jogado no chão, sua camisa amarrotada e seu pelo meio bagunçado, mas não muito. Nick vai procurar a para abraça-la e acaba acordando ao não a acha. Ela estava procurando uma roupa para se trocar e ele a fica lhe observando. Ela percebe e pergunta, meio sem graça:

—O que foi?

—Eu já sei o porque me apaixonei por você.

—É? Por que então?

Ele se levanta, a abraça e beija sua bochecha. A deixa envergonhada e diz bem perto da orelha da fêmea:

—Porque você é perfeita.

—E-eu não sou perfeita. Te-tenho meus defeitos.

—Eu sei e os amo com a amo.

Ela, ao o olhar, leva um beijo rápido, mas bom. Ela fica totalmente vermelha e sem palavras contra as do raposo que a olhava. Ela fica de cabeça baixa, porém ouve um som de flash do celular de Nick, ele tinha tirado uma foto dela. Ele diz:

—Essa vai ficar de recordação. O quanto você fica fofinha quando tá com vergonha, cenourinha. —Diz olhando para ela com seu olhar de malandro.

Ela queria a morte com ele. 1: Ele tinha feito tudo aquilo só para tirar uma foto dela e 2: Aquela foto estava meio constrangedora mesmo. Ela fica em cima dele tentando tirar o celular da pata do namorado sem sucesso. Ele fica só se aproveitando de sua altura, não a deixa pegar e ficam ali. Não eram o casal certinho, perfeito. Mas, o amor não tinha barreias para aqueles dois e nada podia mudar aquilo. Podia?