Cartas Para Quinn

Capítulo 18 — Ciclos


05 de junho de 2012



Querida Quinn,

Como você bem sabe, o meu ano letivo está terminando. As Nacionais são no final do mês, e eu estou confiante de que podemos ficar entre os três primeiros — na verdade, acredito que podemos vencer, mas não quero soar convencida demais —, porque temos trabalhado bastante nas últimas semanas. Até mesmo Sasha (você sabe, a garota que quase me fez parar em uma prisão de segurança máxima) têm sido mais suportável. No caso dela, entretanto, acredito que esteja mais ligado ao fato de que Finn Hudson a pediu em casamento (sério? Aos dezessete anos?) do que com qualquer outra coisa. Quem sou eu pra reclamar? Desde que ela não me faça mais querer cometer homicídio, por mim tudo bem.

Só saberei o resultado de NYADA mês que vem, e não sei se estou ansiosa ou nervosa para que o momento chegue. É uma sensação estranha no peito. Sabe quando você sente que fez tudo o que podia, e tudo o que resta é esperar que saía de acordo com o que você deseja? Sinto-me assim. A cada dia que passa a apreensão só aumenta. Tento não pensar muito no que uma rejeição ou aceitação pode significar. No momento, estou procurando aproveitar meus últimos tempos de Ensino Médio. Não que eu tenha lá muitas coisas para aproveitar.

Contudo, não era exatamente disso que eu queria falar com você. Estar me formando no Ensino Médio significa, também, que estarei fora do programa. Sem mais cartas para você. Não desse jeito, quero dizer. Sei que eles se esforçam bastante para fazer com quem as correspondências cheguem a vocês o mais rápido possível, o que não vai acontecer a partir de julho. Recebi uma mensagem daquelas padrão dizendo que nós temos um limite para mandar nossas últimas cartas. A partir de certa data, eles não enviarão mais nada que mandarmos.

Confesso que tive esperanças de que estendessem o programa até as férias de verão, mas não estou surpresa por não acontecer. Era o esperado. Além do mais, os encarregados provavelmente devem estar cansados de lidar com tanta correspondência nos últimos meses (risos). Mandei um e-mail à Sam, e ele me passou o seu endereço eletrônico. Espero que você não fique chateada por causa disso; afinal, tínhamos concordado de que continuaríamos nos correspondendo depois que eu me formasse, certo? Só que ele também me disse que você provavelmente passaria meses antes de responder um, e que o melhor seria mandar uma carta. E cartas demoram. Não as do programa, porque eles têm todo um sistema para trabalhar em relação a isso; mas as normais sim, o que significa que provavelmente não estarei em tanto contado com você quanto gostaria.

O que é uma droga.

Eu meio que me acostumei a você fazer parte da minha vida. Certo, você não está fisicamente aqui, mas nos comunicamos com tanta frequência que é quase impossível não sentir sua falta, até mesmo quando as cartas demoram um pouquinho mais para chegar. É como se você fosse parte de mim, agora. Uma parte que estimo muito. Uma parte que não estou disposta a deixar para trás. Independentemente de ser aprovada em NYADA ou não, em setembro, uma nova vida começa para mim. Um novo mundo, novas pessoas, novo ambiente, possivelmente uma nova cidade. Mais do que nunca, vou precisar de alguma coisa confortável, familiar, que me faça sentir segura. Mais do que nunca, vou precisar de você.

E aparentemente, não fui a única a me apegar à minha correspondente. Você sabe, precisei aturar Kitty reclamando de Santana nos últimos meses — por favor, não diga a ela que eu disse isso —, e eu o fiz sem reclamar, claro, porque ela me aguentou todas as vezes que falei sobre você (sempre bem, não se preocupe), mas Wilde pode fingir o quanto quiser: sei muito bem que ela também se afeiçoou a Santana. O jeito como ela fala sobre sua amiga, é quase como se ela fosse alguém que Kitty admirasse. O que é bastante legal, eu acho. Acredito que Santana ficaria orgulhosa se pudesse ver a transformação que ela causou em Kitty Wilde. De líder de torcida que cometia bullying constantemente, ela passou a uma pessoa mais sincera, honesta, e segura de si mesma. Embora ela ainda seja rabugenta, às vezes. E implicante. E sarcástica. Mas estou começando a achar que também não conseguiria mais viver sem ela. Acho que ela é a minha Santana (risos).

Não sei se cheguei a mencionar, mas Kitty também quer ir para Nova Iorque. Ela se inscreveu para uma bolsa de estudos na Universidade de Nova Iorque, então, se ela passar (e eu também), nós decidimos que seria uma boa dividir um lugar para morar. Sem colegas de quarto desconhecidos. Além do que, teríamos algo familiar para nos apoiar quando as coisas ficassem difíceis. Já conversei com meus pais sobre isso, e eles adoraram a ideia. Então vamos torcer para que dê tudo certo (dedos cruzados).

Você se alistou com dezoito anos, então nunca foi à Universidade, não é? E Santana? Ela se alistou com você, ou iniciou algum curso? Têm sido difícil aturar ela vinte e quatro horas por dia? (risos). Só estou perguntando porque provavelmente precisarei morar com sua aprendiz, então seria bom saber dessas coisas, sabe, só para prevenir (risos).

Alguns conselhos bons na manga, senhorita Fabray? Sou toda ouvidos.

Eu nem acredito que essa parte da minha vida vai ganhar um ponto final. São tantos anos levantando cedo para ir à escola; tantos primeiros e últimos dias; tantas noites em claro imaginando como é ser livre. Fugir para outro estado, outra cidade, outras pessoas e outros costumes. É basicamente isso que tenho esperado desde que botei os pés no McKinley High pela primeira vez. E também pela primeira vez nesses quatro anos, uma parte de mim sente vontade de ficar. Talvez porque esse ano eu realmente tenha construído algo aqui. Algo que vale a pena manter comigo. É incrível, não é, quantas coisas podem mudar em tão pouco tempo? Só doze meses. Uma volta da Terra em torno do Sol.

Não que eu não esteja excitada pelo novo. Ainda desejo sair por aí e me encontrar. Descobrir como é viver meu sonho; e, melhor ainda, descobrir pessoas que partilham do mesmo sonho que eu. Imagino que seja incrível. Às vezes tenho medo, sabe? Medo de estar romantizando muito a faculdade. Meus pais conversaram bastante sobre isso comigo, mas, sendo sincera, gostaria de uma opinião feminina. Gostaria de ouvir a minha mãe. Eu era muito nova quando ela morreu, então não sabia realmente nada sobre ela. É estranho, não é, que só começamos a conhecer de verdade os nossos pais quando ficamos mais velhos? Tanta coisa sobre ela que ainda não sei; tantas experiências pelas quais ela passou que nunca vou descobrir.

Você sabia que o primeiro curso de minha mãe foi música? Bem diferente de direito, não é? (risos). Papai me disse que ela sonhava em se tornar professora. Ensinar às crianças o valor da música, tentar mostrá-las que quando as coisas ficam difíceis, há sempre mais de uma solução. Palavras, expressões corporais, até mesmo o silêncio. Existem várias formas de nos expressarmos — minha mãe era mais chegada a música, assim como eu. Acho que ela escolheu direito mais por estabilidade financeira. Afinal de contas, paixão não coloca dinheiro na conta. Ainda mais quando se tem um marido e uma filha para criar. Quando eu era mais nova, costumava me culpar por ela ter desistido de se tornar professora. Então papai me fez perceber que ela estava sempre me ensinando música; de certa forma, ela tinha realizado seu sonho. Só que de uma maneira diferente da que ela imaginava. Assim é a vida, às vezes. Você quer que as coisas aconteçam de um jeito, mas há este desvio no caminho que torna tudo diferente do que você havia imaginado. No fim, talvez seja até para melhor.

Espero que seja, mesmo. Espero que esse novo período da minha vida seja repleto de aprendizado e novas experiências, tanto boas quanto ruins. Espero poder crescer muito como atriz, cantora, e como pessoa. Espero encontrar novos amigos, desfrutar de muitos momentos especiais, e, acima de tudo, espero que tenha as pessoas que amo comigo para segurarem minha mão durante o percurso. Você sabe, só para garantir que eu não vá sair muito do meu caminho.

Espero que você seja uma das que segure minha mão, senhorita Fabray. Mas não se preocupe, ela pesa bem menos que o meu coração — e até onde sei, você já tem a consciência do quanto exatamente ele pesa. E, se não tiver, talvez seja a hora de descobrir.

Acho que vou parando por aqui. Já falei demais sobre mim (risos), então está na hora de ouvir mais sobre você. É sempre a melhor parte dos meus dias :)

Até mais!

De alguém que se importa muito com você,

Rachel Berry.

*

— Qual é a do sorriso no rosto, Barbie?

— O que? — perguntou Quinn, na defensiva, escondendo a carta de Rachel dentro da roupa antes que a amiga pudesse vê-la. — Não sei do que você está falando. Não está na hora do seu remédio controlado?

— Nossa, que engraçada — retrucou Santana, aproximando-se de Quinn com um olhar malicioso no rosto. — O que você escondeu aí, loira?

— Nada.

— É mesmo? — indagou ela, num tom fingido de inocência. — Bem, se você está dizendo…

— Estou — murmurou Quinn, desconfiada.

Santana ergueu as mãos em sinal de rendição, e se virou, caminhando para longe. Quinn franziu o cenho, confusa. Realmente achou que a latina fosse insistir. Estranho, ela pensou para si mesma, e deu de ombros, pegando a carta de Rachel novamente, um sorriso enorme se espalhando pelo seu rosto. Ela passou a mão gentilmente pela carta, imaginando a garota a escrevendo…

— Ei! — Quinn exclamou, quando alguém arrancou a folha de papel de suas mãos. Ela fechou a cara ao ver que Santana a estava lendo, e se lançou na direção da amiga, tentando recuperar a sua carta, sem sucesso. Santana a empurrou para longe, sem nem mesmo olhar para ela, ocupada demais lendo a correspondência alheia. — Isso é meu! Dá pra devolver?

Santana abaixou a carta e olhou para Quinn, uma expressão estranha em seu rosto. Quinn estava esperando por quase tudo — zombaria, sarcasmo, indiferença, ou alguma piada de mau gosto sobre Rachel —, mas, ao invés disso, Santana tinha uma expressão séria no rosto. Quinn constatou, surpresa, que a amiga parecia preocupada.

— O que foi?

— Você nem ao menos percebe, não é? — ela perguntou, devolvendo a carta.

— Não sei do que você está falando.

— Você e a Berry. Só vocês parecem não notar. Pelo amor de Deus, as coisas que vocês escrevem uma para a outra — Santana balançou a cabeça, e soltou um pequeno suspiro. — Impressionante que ninguém tenha impedido vocês duas ainda.

— Por que impediriam? Do que diabos você está falando, Santana?

— Ela só tem dezesseis anos, Q.

— Dezessete — Quinn corrigiu automaticamente. — E não estou entendendo o que isso tem a ver. Na verdade, não estou entendendo absolutamente nada.

Santana a encarou por alguns segundos. Por fim, apenas deu de ombros.

— Espero que você saiba o que está fazendo. Eu pensei que sabia, e veja como isso terminou para mim.

— S. — Quinn disse, encarando a amiga. — Olhe, eu realmente não sei do que você está falando.

— Não se preocupe, Q. — Santana retrucou, dando-lhe um tapinha no ombro e abrindo um pequeno sorriso triste. — Não se preocupe, uma hora você vai perceber.

E dizendo isso, ela se afastou, cantando baixinho, e deixando para trás uma Quinn Fabray extremamente confusa. Ela conseguiu escutar o que a amiga estava cantarolando, embora não tivesse conseguido compreender. Nunca teve aulas de português na escola, e seu espanhol era péssimo. Entretanto, ela estava quase certa de que tinha entendido a pronúncia certa. “Não se reprima, não se reprima, pode gritar, não se reprima”. Quinn franziu o cenho, mas desistiu de tentar entender o significado das palavras; apenas as gravou mentalmente, só para o caso de encontrar um dicionário de inglês-português, e deu de ombros, voltando sua atenção para a carta de Rachel.

O sorriso voltou para o seu rosto.

Ela nem sequer percebeu que Santana ainda estava por perto, encarando-a com uma expressão que era uma mistura de preocupação e divertimento.

*

16 de junho de 2012



Querida Rachel,



Não acredito que esse tal de Finn pediu a namorada em casamento. Faço suas palavras as minhas. "Sério? Aos dezessete anos?". Sei que não deveria julgar tão severamente, porque algumas pessoas nasceram mesmo para ficarem juntas. Para essas poucas, acho que idade pouco importa, ao menos quando se tem maturidade. E pelo pouco que você mencionou desse garoto e de sua companheira, duvido muito que seja esse o caso. O mais provável é que ele esteja tentando reafirmar sua auto-estima, ou tentando criar uma âncora, uma rota alternativa caso todo o resto não dê certo. Imagino que seja a insegurança falando mais alto num momento de muitas incertezas.

Você sabe, algumas pessoas sucumbem ao medo; quando se encontram em situações que não podem controlar, e que sentem que as coisas estão começando a sair de controle, elas fazem de tudo para manter o pouco de seu mundo que ainda está inteiro exatamente igual. E o fazem tomando medidas drásticas, das quais provavelmente irão de arrepender futuramente. Outras pessoas, entretanto, crescem em momentos como esse. Não se apavoram, não fogem, não procuram alternativas fáceis. Elas aceitam a incerteza do futuro, e aprendem a conviver com ela. Acho que não preciso dizer que tipo de pessoa você é (risos).

Confesso que gostaria de ter mais tempo com você. Meu Deus, Rach. Um ano. É impressão minha, ou ele passou rápido demais? Parece que foi ontem que meu superior me entregou sua primeira carta. Parece que foi ontem que sorri ao ler suas primeiras palavras direcionadas a mim. Lembro-me de como me senti especial. Acho que é algum tipo de efeito que você tem sobre as pessoas. Quando você divide um pouco de si, um pouco da verdadeira Rachel, é impossível não se encantar com essa pessoa maravilhosa. É impossível não querer saber mais.

Queria poder falar com você todos os dias. Todas as horas. Todos os minutos... Bem, talvez eu esteja exagerando (risos), mas o que quero dizer é que gostaria que nosso contato fosse bem mais frequente. Quem sabe futuramente não será? Veremos. Uma coisa que se pode dizer com absoluta certeza em relação ao amanhã é isso: não há certeza em absolutamente nada. Então por que não esperar pelo impossível? Afinal, o dia de hoje pareceu impossível àqueles que viveram muitos séculos atrás. Espere, tudo bem, vou seguir em frente. Sinto que estou divagando (risos).

Você não vai precisar abrir mão de mim, Rach. Garanto que não vou a lugar nenhum. Você faz tanta parte da minha vida quanto faço da sua. É uma troca, eu acho. Você me deu um pedaço do seu coração, e eu lhe dei um pedaço do meu. Digo isso no melhor dos sentidos, é claro. Sempre que deixamos alguma pessoa entrar em nossas vidas, nós damos a ela uma parte de nós, e torcemos para que essa pessoa cuide bem da parte que lhe foi dada. Só que as pessoas esquecem com facilidade que carregam consigo pequenas partes de outros seres humanos, e tendem a tratá-las com menos cuidado do que cuidam das pequenas partes de si mesmas.

Deixe-me dizer que o sentimento em relação à Kitty Wilde é recíproco. Santana pode ser uma cabeça dura às vezes, mas eu a conheço bem o suficiente para compreender o que está passando em sua mente na maioria das vezes (com uma pequena margem de erro [risos]). Sei que ela se importa com a sua amiga, também. Sei que ela se sente bem por ter sido responsável por "abrir" os olhos de alguém. É uma das razões pela qual ela entrou no exército: poder mudar alguma coisa, fazer a diferença. Só que acho que ela nunca imaginou que você sequer precisa pegar numa arma para fazer isso. Às vezes, tudo o que você precisa para ajudar o outro é usar suas palavras. Elas são tão intensas e eficientes quanto qualquer outra arma. Talvez até um pouco mais.

Você terá uma experiência maravilhosa em Nova Iorque, não duvido disso. Santana e eu tivemos muitas boas juntas, antes mesmo de nos alistarmos. Desde que entramos para o exército, perdi a conta das vezes que salvamos uma a outra. E não digo no sentido de pular na frente quando alguém atire em nós, ou coisa assim. Às vezes a maior salvação que podemos ter é tão simples quanto um laço de amizade. Você vai descobrir isso quando estiver com a sua versão da Santana (risos). Kitty com certeza vai te encher a paciência em alguns momentos, mas na maioria das vezes, você vai se sentir grata por ela estar ali. Por ter alguém em quem confiar, e com quem dividir cada segundo, por melhores ou piores que eles sejam.

Infelizmente, não posso dar nenhum conselho sobre faculdade. Tanto Santana quanto eu nos alistamos logo após o fim do ensino médio. Quero dizer, eu me inscrevi para algumas Universidades e cheguei a conseguir entrar em umas poucas, mas não consegui nenhuma bolsa de estudos integral, e as mensalidades são sempre muito caras. Além disso, eu nem estava certa do que queria da vida ainda. Então desisti, e deixei que minha parte ficasse para pagar a Universidade de Sam. O que é uma boa, porque ele não precisou fazer nenhum empréstimo, e nem precisa se desdobrar entre trabalho e estudo.

Mas, para ser bem franca, já pensei algumas vezes que talvez, quando eu resolver sair do Exército, possa ser uma boa voltar a estudar. Eu tenho minhas próprias economias agora; uma Universidade comunitária, talvez até mesmo à noite, pudesse ser bom para mim. Não sei. É um futuro não imediato, e às vezes prefiro não fazer planos. Pelo menos não preferia, até você aparecer. Confesso que essas coisas nem me passavam pela cabeça antes de te conhecer; agora, você me fez questionar muito sobre quem sou, quem fui, e quem quero ser. Penso muito no meu futuro agora. Mais do que jamais me dei ao luxo de pensar.

Veja só as mudanças que você já está fazendo em minha vida. Seria uma perda inestimável para mim não ter mais você para me fazer companhia (não literalmente, claro, mas você entendeu o ponto :p). Só quero que você saiba que pode contar comigo.

Eu estarei lá para segurar sua mão, sim. Sempre que você precisar. Não literalmente, claro, porque meu braço não é longo o suficiente (risos), mas, nos seus momentos mais difíceis, quero que você se lembre de uma coisa: milhas distantes, há uma mulher que se importa muito com você, e que torce pelo seu melhor. Não sou muito de rezar, mas sempre que o faço, acrescento você em minhas orações. Não te desejo paz, porque ela é passageira; não desejo felicidade, porque ela pode acabar com um simples sopro; não desejo tudo de bom, porque isso é relativo. O que é bom para umas pessoas, não é para outras. O que realmente peço para você todas as vezes que rezo é força. Que você sempre tenha muita força para lutar. Que você continue lutando mesmo quando queira desistir. No final das contas, sendo o caminho fácil ou não, acho que o que realmente importa é isso. Continuar lutando.

Só quero que você saiba que você nunca estará lutando sozinha.

Da sua companheira de batalhas,

Quinn Fabray.



P.S.: Mother cannot guide you/ Now you’re on you’re own/ Only me beside you/ Still, you’re not alone.

P.P.S.: Tenho certeza de que sua mãe estaria orgulhosa de você.