Carrossel - Aventura Jovem
Capítulo 4 : 2º Temp. - Não tem clima!
Não tem clima!
– Adriano On -
O nosso primeiro dia naquele novo colégio acabou. É Tudo muito grande por aqui. Salas de aulas ? Perdi a conta de quantas tinha.
– Bom dia garotos! - Cirilo todo animado.
– Ah, não... Deixa eu dormir mais um pouquinho. - Jaime reclama.
– Não dá. Ainda temos que tomar café da manhã, colocar o uniforme...
– Acabou a folga das férias. - Falo levantando.
Me levantei e vesti o uniforme. Os garotos fizeram o mesmo. Em seguida, andamos até o refeitório, que se localizava no térreo. Esqueci de dizer, que os dormitórios das garotas se encontravam no 1º Andar. Já o nosso, garotos, 2º Andar.
– Estão atrasados. - Valéria de braços cruzados.
– O Cirilo demorou para nos acordar. - Respondo.
– Eu ? Despertador serve para quê ?
– Ah, Cirilo. Pra que despertador quando se tem um amigo desses ?
– Tá. Mas agora vamos tomar café da manhã ? Já já começa a primeira aula e não saímos daqui. - Majô.
O Uniforme das garotas obtinha uma baby-look branco, e nas pontas amarelas (Não se esquece do símbolo "E.P.M."); Com uma saia azul-marinho, e sapatilhas pretas. Já nós, garotos... Bom, nossa camisa era a mesma coisa; Mas claro que não iríamos usar saias, usamos calças da mesma cor, e tênis pretos.
– Adriano Of -
– Cirilo On -
– Rápido, rápido! Faltam 15 minutos. - Marcelina que adiantava os que restavam.
– Calma. Temos que comer sem pressa. - Falo.
– Quer perder a primeira aula do dia ? Eu acho que não. - Ela e outros que acabaram de comer, se levantam.
Não demorou 2 minutos, eu, Jaime e Kokimoto acabamos. Seguimos até nossos armários e pegamos nossos materiais necessários. Corremos até a sala de aula.
Sentamos da seguinte maneira: Primeira fileira - Valéria, Alícia, Marcelina e Adriano.
Segunda fileira - Eu, Clementina, Paulo, Jorge e Jaime.
Terceira fileira - Davi, Bibi, Mário, Margarida e Laura.
Quarta fileira - Carmen, Daniel, Kokimoto e Maria Joaquina.
– Cirilo Of -
– Maria Joaquina On -
– Bom dia, turma. - Um professor entra na sala.
– Bom dia. - Respondemos, mas sem gritar que nem fazíamos antes.
– Meu nome é Kleber, e prometo não ser chatos com vocês. - Ele ri. - Mas, se o aluno for chato... Bom, preciso de um líder pra turma. Quem se dispõe ? - Ele pergunta, e todos apontam para Daniel. - Como você se chama ?
– Daniel Zapata. - Ele responde. - Sou o líder dessa turma dês de o 1º Ano do fundamental.
– Mesmo ? Então se conhecem dês de o início ?
– A Maioria sim. Porém, a Majô, Margarida, Jorge e Mário entraram no 3º Ano; E a Clementina no 8º Ano.
– É Muito melhor trabalhar com turmas que já se conhecem. - Ele termina, e logo levanto a mão. - Pode falar.
– Qual matéria é especializado ? - Pergunto.
– História.
– Não falei que era ou de história ou física. - Aponto para Laura.
– No próximo professor, eu descubro. - Rimos.
– Maria Joaquina Of -
– Laura On -
A Aula de história seguiu muito divertida. Uma pena o sinal ter batido. Que aula será que é agora ?
– Essa ai... Tem cara de inglês ou português. - Me viro pra Majô.
– Sei não... Pra mim ou é de Geografia, ou Ciências.
– Vou perguntar. - Termino de falar e levanto a mão; A Professora dá sinal de que podia dizer. - A Senhora é professora de que matéria ?
– Português. - Ela responde ríspida e de cara fechada.
– Af, pelo visto, é chata! - Margarida que senta em minha frente, vira para trás.
– E NÃO QUERO SABER DE NENHUM PIU! - Ela altera o tom de voz.
– Piu! - Paulo e Alícia ao mesmo tempo. Os dois se encaram. Alícia o olha com cara de "Vou te matar".
– Esses dois... Tem que se resolver logo. - Majô bem baixinho.
– Duvido muito. - Falo.
– É Bem difícil... Alícia está super nervosa com ele. - Marg.
– Mas faz 6 meses! - Majô.
– Alícia acha que ele, a traiu. - Koki vira para trás.
– VOCÊS NÃO ESTÃO ESCUTANDO NÃO ? QUIETOS! Ou vão querer ir para fora no primeira dia ?
– Laura Of -
– Bibi On -
A Primeira aula foi de história, o professor era super divertido. Mas a de português... O Mulher chata do caramba! É Tão chata, que acabei pegando no sono...
– Oi, mocinha. Está passando mal ? - Uma professora, com as mesmas característica da Profº Helena se aproxima de mim. A única diferença é que ela era loira.
– Ah, não. É que aquela professora é chata... - Faço careta.
– A de português ? Fica entre nós, mas eu concordo. A Mesma me deu aula quando tinha sua idade.
– Bem que você parece ser jovem mesmo.
– Mais o menos... Não tanto quanto vocês. - Ela sorri de lado. - Tenho 24 anos. Agora pode acordar que a matéria, é inglês. - Rimos.
– Pode deixar.
Estava certa. Aquela professora era super boazinha e divertida como a Helena. A Professora de português podia fazer um curso com a profº Jéssica. Será que os chatos não entendem, que se forem legais, nós vamos ser também ?
– Bibi Of -
– Paulo On -
A Manhã passou com aulas, aulas e mais aulas. Achou que estamos livres ? Não! 13:00 Temos mais aulas...
Já era 12:00, hora de almoço. Após sairmos da sala de aula, deixamos nossos materiais no armário. Depois seguimos até a cantina. Peguei minha comida, e fui até a mesa que nosso pessoal estava.
Aproveitei que ninguém estava ao lado de Alícia, e dei o bote, quer dizer... Sentei ao seu lado. Acho que ela não gostou muito, não. Ela simplesmente pegou sua bandeja, se levantou, e sentou ao lado de Valéria, que estava do outro lado da mesa.
– Calma. Ela vai voltar a te dar bola. Só tenha paciência. - Minha irmã que sentou ao meu lado.
– Paciência ? Não aguento mais! - Sussurro para que ninguém possa ouvir nossa conversa.
– Você sabe por quem se apaixonou ? Pela Alícia. Estamos falando de Alícia Gusman! Você já devia saber que ela é difícil.
– Eu sei... Mas não consigo mandar no meu coração.
– É ? Então tenha calma!
– Paulo Of -
– Kokimoto On -
O Relógio marcava 12:45. Faltava apenas 15 minutos para nossa próxima aula. Mesmo assim, era uma ótima hora para conversar com meus amigos.
– Paulo! Mário! - Exclamo quando avisto os dois.
– Fala ai, japonês. - Paulo.
– Quero ajuda de vocês.
– Pra quê ? - Mário pergunta.
– Quero um violão emprestado.
– Ninguém da turma tem.
– A Menos...
– Que alguém pegue da sala de música. - Paulo completa.
– É Isso ai. E se alguém descobrir, é só dizer que peguei emprestado rapidinho.
– Mas pra quê ? - Mário de novo.
– Vou cantar pra Bibi. Ela vai adorar.
– Japonês... Pelo menos você sabe tocar violão ? - Paulo.
– Não muito bem. Mas na hora eu consigo.
– Tá bom. 15:30, quando acabar as aulas, pego pra você.
– Valeu Paulo.
– Kokimoto Of -
– Jaime On -
Finalmente, o horário das aulas encerrou. Agora, é tempo livre. Podíamos fazer o que quiser. Minha vontade era pular naquela imensa piscina. Mas só é permitido em aulas, festas ou de Quarta, Sexta e Domingo.
– Não vai tirar o uniforme ? - Adriano pergunta.
– Não pode, esqueceu ?
– Verdade; Só é permitido depois das 17:00. - Cirilo.
– Meio louca essas regras. Alguém sabe onde a Margarida está ?
– Ouvi ela dizer, que iria na biblioteca. - Adriano.
– Mas pra quê ? - Falo e saio do quarto.
Andei até a biblioteca, que não era nada pequena. As prateleiras ? Vão até o teto. Procurei Margarida por todos os cantos. As mesinhas, poltronas... Não é possível que ela iria ler, no chão dos corredores.
– Jaime Of -
– Alícia On -
– Paulo está chateado com você. - Ela fala enquanto caminhávamos pelos corredores do térreo.
– Sério ? - Sorrio. - Não estou nem aí. - Fecho a cara.
– Você mudou.
– Mudei ?
– Sim. Dês de que ficou solteira, anda com essa cara fechada. Muitos garotos se aproximam, e você nem liga. Não faz mais piadinha como antes...
– Estou mais fria ? - Pergunto, e ela concorda com a cabeça. - É um jeito do pessoal pensar, que não ligo mais para seu irmão. De que ele não me magoou, sei lá. - Uma lágrima escorre em meu rosto.
– Mas isso não está adiantando. Todos sabem que você ama ele. - Ela para e me encara, enquanto sento em um banco.
– É um jeito, que eu posso me sentir mais forte, Marce... Tenta me entender.
– Entendo... Cada um tem seus métodos.
– E o Mário, em ? - Volto a sorrir.
– Ah... Só rolou beijo, mais nada.
– Fala como se quisesse algo mais. - Dou meu sorriso malicioso.
– Alícia Of -
– Davi On -
– Vou ir dá uma volta com a Cleme. - Jorge diz saindo do quarto.
– Daniel! - Carmen chega. - Vamos na biblioteca ? Por favor! - Ela implora com as mãos.
– Por você, eu vou.
É Isso... Todos saíram do quarto, me deixando sozinho. Quer dizer, quase sozinho... Logo alguém entra me beijando.
– O Que é isso, Valéria ? - Pergunto, e ela tira minha camisa.
– Como assim ? Você não queria sua primeira vez ? - Ela dá uma pausa para tirar sua blusa. - Estraguei no primeiro dia... Agora, não estrago mais.
– Está louca ? Não, não. - Me afasto dela. - Valéria, eu queria. Mas agora ? Cadê o clima ?
– Davi Of -
– Valéria On -
– Ué, Davi. Tiramos a roupa, e pronto. - Falo.
– Ai, cara. Sai daqui.
– Por quê ?
– Porque será ? Vai, anda logo. - Ele diz me empurrando pra fora do quarto.
– Davi... - Ele me interrompe, fechando a porta na minha cara.
O garoto de cabelos enrolados, me empurrou pra fora. E o pior ? Eu estava somente de SUTIÃ!
– O Que faz sem blusa ? - Uma voz cheia de raiva por trás.
– A-ah. Está calor, né ? - Gaguejo enquanto ela lança um olhar de que "Venha comigo".
Pronto, agora ferrou! Primeiro dia de aula, segundo dia no colégio. O Que eu levo ? Advertência, com toda certeza.
– Pode sentar. E por favor, vista essa blusa. - Ela reclama enquanto senta em sua cadeira. - Por que estava sem blusa ? Não vai me dizer que... - Interrompo ela.
– NÃO! Juro que não. Um garoto passou pelo corredor, me chamou de gostosa... E Tentou tirar minha blusa.
Depois de tanto enrolar a diretora, com várias desculpas, me livrei. Ainda por cima, sem advertência, nem nada! Ainda bem.
– Valéria Of -
– Margarida On -
– Margarida! - Uma voz masculina, suave...
– Por que está aqui ? Pelo que saiba, não gosta de ler. - O Encaro, mas logo volto o olhar para o livro.
– Estava te procurando. - Ele se senta ao meu lado.
– Ah, jura ? Legal... Pra você.
– Mas caramba! Vocês meninas estão cheias de patadas esse ano, em.
– Vocês nos machucaram... Querem o que ? Que saímos correndo para seus braços ? - Na verdade, essa era minha vontade. Mas não. Ele gostava das visitas de sua vizinha.
– Eu adoraria. - Encaro ele.
Jaime foi se aproximando, aproximando, aproximando... Até que... Me beijou. Não resisti, tive que ceder aquele beijo. Mas logo o interrompi, e sai correndo com o livro na mão.
– Margarida! NÃO FOGE DE NOVO! - Escuto, mas não olho para trás.
– Margarida Of -
– Mário On -
– MÁRIO! Descobri uma coisa. - Alícia entra com sua postura de durona, no quarto.
– Eu e o Koki, estamos aqui também.
– Que bom pra vocês. - Ela o ignora.
– Pode falar, Lícia.
– Vem comigo, preciso te mostrar uma coisa. - Ela me puxa para fora, pelo braço.
– Onde estamos indo ? - Pergunto, enquanto descemos as escadarias.
– Você vai descobrir. - Ela dispara a correr, sorrindo. Faz tempo que não a vejo sorrindo.
Corro atrás dela, porém, ela é mais rápida que eu. Legal isso, não ? Uma garota ser bem mais rápida que você. Saímos para o campo da escola.
– Olha isso, Mário! - Ela aponta para uma pista de skate.
Estranho, não ? Um colégio obter uma pista de skate ? Além disso, do lado tinha uma "pracinha" com alguns bancos, flores... Mas acho que tudo isso, se deve ao fato de ficarmos por muito tempo ali.
– Que massa! - Afirmo. - Mas não desci meu skate.
– Revezamos o meu.
– Mário Of -
– Clementina On -
– Que foi ? - Pergunto à Marg.
– Nada. - Ela se coloca atrás da porta.
– Nada ? Tá, acredito. Fala logo. - Laura.
– O Jaime e eu... Eu e ele... - Ela enrola fazendo gestos com as mãos.
– Você, e o Jaime ? - Pergunto.
– Ele foi atrás de mim.
– Isso é tão romântico.
– Eita, Laura. Faz mais de 1 ano que não escuto você dizer isso. - Me viro pra ela.
– Pois é. As vezes sinto falta. - Rimos.
– Mas e então, o que aconteceu entre vocês ? - Pergunto novamente.
– O Que acham ?
– Se beijaram ? - Laurinha.
– Sim. Mas se ele vier aqui, fala que não se encontro no momento.
– Por que ?
– Ah, Cleme. Ele gostava da visita daquela vizinha dele. - Ela fala com cara fechada. - Ah, não. Me ajudem a fechar. - Ela empurra a porta, já que alguém queria abrir.
– É o Jorge! - Ele fala.
– Ah, oi Jorge. - Ela abre.
– Oi Marg, e Laura. Cleme, vamos dar uma volta ?
– Vamos. - Dou um pulo da cama.
– Clementina Of -
– Jorge On -
– Onde vamos ? - Ela pergunta.
– Surpresa.
– Ah, não. Pode falar. - Ela faz biquinho.
– Eu resisto a essa carinha ? - Lhe dou um selinho demorado. - Vamos até a pracinha.
– Praça ? - Ela gargalha. - Está louco ?
– Não. Aqui tem uma "praça", sabia ?
– Não, né. - Ela me olha maliciosamente. - Cavalinho ?
– Sério ? - Ela concorda com a cabeça.
Não demorou muito, ela subiu em minhas costas. Corri com ela até o local desejado. Se deparamos com quem na pista de skate ao lado ? Mário e Alícia. Mas logo nos ignoraram, pois ficamos lá, namorando.
– Jorge Of -
– Daniel On -
Segui com minha namorada, até a biblioteca. Ela estava louca para ir lá, dês de ontem. Mas fiquei enrolando ela. Agora não podia escapar.
– Wow! Que enorme. - Ela fala de boca aberta.
– É Mesmo. - Concordo.
Enquanto admiramos aquele lugar fantástico, Jaime passa por nós, triste.
– Jaime, o que foi ? - Pergunto.
– Beijei a Margarida. Mas ela saiu correndo. É mole, isso ? - Ele fala e se retira.
– Essas suas amigas, em... Ficam fazendo jogo duro. - Rio.
– Aham. - Ela ri também. - DANIEL!
– Que foi ?
– O Livro que queria tanto ler. - Ela se aproxima da estante.
– Qual é ?
– Ah, é sobre matemática.
– Esse era o livro que você queria tanto ler ?
– Sim! - Ela sorri.
– Daniel Of -
– Carmen On -
Fiquei tão, tão feliz por ter conseguido achado o livro que tanto falava. Sabe dês de quando quero ler aquele livro ? Dês de o 7º Ano."Nossa Carmen, mas você já é inteligente". Sim, posso até ser. Mas ler nunca é de mais, certo ?
– Quero aproveitar um pouquinho com você. - Daniel me agarra por trás.
– Você está diferente.
– Diferente ?
– Sim. Anda muito tarado.
– Eu ? Que nada. - Ele ri.
– Não... Sou eu quem estou. - O Encaro rindo.
– É, Só poder ser mesmo.
Ele me empurra contra a estante de livros, fazendo com que o próprio livro que estava em minha mão, caísse. Ficamos ali, se beijando. Por sorte, estávamos no meio de tantas estantes, assim, ninguém conseguiria ver.
– Carmen Of -
– Marcelina On -
Estava em meu quarto, sozinha. Alícia saiu para dar uma volta. Valéria ? Vai saber onde essa garota se enfiou. Meu celular começa a tocar.
[Ligação On]
Eu: Não tem a capacidade de descer um andar, e vir até aqui ?
Paulo: Marce, não estou com gracinhas.
Eu: Oi ? Paulo Guerra ? É Você ?
Paulo: Vai na piscina.
Eu: Pra quê ?
Paulo: Vai lá. Quando chegar no local, olha um pouco pra frente. É Distante mais da pra ver.
Eu: Ver o quê ?
Paulo: Descubra sozinha. Estou presenciando essa cena, pela minha janela. Mas dá sua não dá pra ver.
Eu: Ah, Meu Deus! O que é ?
Paulo: Vai logo lá em baixo!
[Ligação Of]
Será que dificulta tanto assim, ele dizer o que tem lá fora ? Que saco! Lá vou eu descer essas escadas.
Quando cheguei na piscina, procurei por todos os lados, alguma coisa relacionada à fala do meu irmão. Olhei, olhei e... Alícia e Mário ? Juntos ? Sim. Os dois estavam agarradinhos no skate. Que ódio!
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