Caro desconhecido...

Uma noite do Empire


Houve um momento em que tudo ficou silencioso e único movimento que eu fiz foi girar a mão e pegar o copo. No minuto seguinte a única coisa que me lembro de ouvir foi o barulho do copo se espatifando no chão.

Freddie girou meu corpo e o pressionou contra a janela, automaticamente minhas pernas voaram para a seus quadris e minhas mãos para seus cabelos, me senti envolvida, embriagada pelo seu perfume amadeirado.

Não ceda... Minha mente gritava, mas meu corpo reagia de uma maneira diferente. Maldito sexo traidor!

Senti o frio da janela contra minha costas quando Freddie beijou a curva do meu pescoço. Deus, como eu desejava não ter estado tão bêbada na noite anterior, só pra eu lembrar de como isso era bom, lembrar do seu beijo...

Estávamos numa posição apropriada para a consumação deliciosa do ato, ele me sustentava, enquanto minhas pernas permaneciam no seu quadril e minhas costas na janela. Seria selvagem e intenso, e pra minha infelicidade eu esperava que durasse a noite toda.

—Ainda não lhe passo credibilidade, senhorita?

—O senhor me fez desperdiçar um copo de Black label.

—Eu posso jurar que isso é tudo que não esta passando pela sua cabeça agora.

—Oh, então além de playboy, milionário nada filantropo, o senhor ainda é vidente?

—Sam... Você não sabe muito sobre mim.

—Eu não sei nada sobre você e receio que esta não seja a melhor posição para discutirmos isso. Você não acha, Freddie.

Notei o volume de sua ereção e gemi. Eu estava ardendo, cada parte de mim queria sentir o toque rude dele. Voltei a consciência e desci, apoiando-me totalmente na janela até recobrar as estruturas. Firme e ciente do que aconteceria se não retorna-se ao meu autocontrole, me desvencilhei da barreira que seu corpo formava. Ser seduzida estava fora de cogitação, seduzir era o que eu gostava.

—Sabe Freddie, não é curioso o fato de estarmos aqui, num ambiente tão favorável a atos pecaminosos e nada acontecer? Hein? Você não acha curioso? – enquanto dava voltas em seu corpo, Freddie ia ficando tenso a cada vez que eu falava seu nome.

—Frustrante. É essa a palavra.

—Hmm. Deixe-me sugerir outro fato curioso. O que acha da tensão sexual presente? – mordi sua orelha e Freddie fechou os olhos.

—Eu acho que deveríamos resolver isso.

—Ah é? E como senhor Benson?

—Primeiro você fica nua e depois eu relaxo você.

—Hmm, não sei... Eu não sou uma santa, mas tenho uma regra clara: nunca, jamais, sob-hipótese alguma, dormir com um homem que tenha namorada.

—Eu não sou tenho namorada.

—Eu não confio em você.

—Você nem sabia meu nome e transou comigo. Agora você sabe meu nome, sobrenome e telefone, a confiança a gente ganha depois.

Estavamos numa troca de olhares hesitantes, não queria ceder, mas eu nãoo o encontraria outra vez...

—Vamos Sam, eu sei que você esta pronta pra mim, deixe-me te lembrar de como é ser a caça. – ele tinha acabado de me subestimar, em outro momento eu teria acabado com ele, mas agora eu só queria o seu membro dentro de mim.

Em algum momento entre a resposta que não saiu minha resistência era nula e fui parar em cima da bancada do bar do quarto.

—Abra as pernas. –Freddie disse de modo grosseiro. E eu o fiz sem hesitação.

Com aqueles olhos ainda presos aos meus, ele começou a deslizar a mão mais para baixo. Seus dedos percorreram minha coxa até a barra do meu vestido. Um longo dedo deslizou por baixo do tecido fino da minha calcinha e o puxou levemente para baixo. Eu soltei um suspiro de repente me sentindo como se estivesse derretendo por dentro.

Um desejo angustiado estava se concentrando entre as minhas pernas. Ele deslizou os dedos debaixo do tecido de minha calcinha senti sua carícia contra minha pele, e então mordi os lábios, tentando, sem sucesso, abafar meu gemido. Senhor iria me contorcer de prazer nas mãos desse homem.

—Droga, Samantha! Como resistir a você?

Com um movimento rápido, rasgou a calcinha, e o som do tecido sendo partido ecoou pelo silêncio do quarto vazio. Ele puxou minhas coxas com força e ansiei por esse momento até sermos interrompidos pelo toque do seu celular.

—É o seu celular. – disse ofegante.

—Deixa tocar.

—Ele tem uma caixa postal ridícula, parece um telefone fixo antigo.

—Não importa. A única coisa que importa agora é te enlouquecer a ponto de esquecer seu nome.

Beijos quentes e molhados percorreram meu pescoço – o filho da mãe ia me marcar. Fui entorpecida pela intesidade do seu toque e do seu beijo, e ignorei veementemente a voz na caixa postal até ouvir a voz irritante de Blair Waldorf.

“Heeeey, bonjuor meu noivinho lindo! Tem exatas seis horas que não tenho noticias suas! Perdeu o celular novamente? Querido, estou voltando em breve para acertar os preparativos do nosso casamento. Ahhh! Estou tão animada, encontrei uma sobremesa parisiense perfeita! Beijos amour. Me liga!”

Me senti imediatamente suja e perturbada, empurrei Freddie para longe de mim.

—Ei, calma!

—Não tenho namorada, você disse?

—Namorada realmente não tenho, tenho noiva.

—Ah, perdão. Deveria ter entendido que estava lidando com um canalha da pior espécie e, portanto, tomar cuidado ao formular minhas perguntas!

—Sim senhorita, deveria.

—Meu Deus, eu não acredito nisso... Blair?

—Como assim, Blair?

—Você tem uma noiva eufórica pra conversar sobre petúnias. Se o senhor me der licença!

Gritei no elevador. Raiva angustia nojo, todos os sentimentos que passavam por minha cabeça, mas era o desejo e a confusão que me dominavam.

Entrei na cobertura de Chuck de forma abrupta!

—Ei! Parece que o jogo virou não é mesmo? – Chuck sentado na poltrona.

—Hahahaha. Sim querido, o jogo virou.

—Esta com raiva Sam?

—Chuck eu não estou com raiva, eu estou puta.

—Isso você sempre foi.

—Idiota. Preste atenção querido, eu perdi meu whisky e sexo, não estou feliz.

—Eu te ofereço as duas coisas e ainda mais a minha eterna lealdade.

—Bass, eu não sei como te dizer isso. Então seja forte, e sente-se de preferência.

—Samantha? O que houve? Você matou o infeliz?

—Não, mas deveria. Ele tem uma noiva.

—E daí? Você e essa sua ideia de não ficar com homens comprometidos.

—Ela é a Blair.

O espatifar que ouvi no minuto seguinte, não foi porque o copo caiu no chão, mas sim porque Chuck havia o esmagado com as próprias mãos.

Sim, a noite seria longa...