Sam

“Não, não, não! Eu me recuso a acreditar nisso. Como assim ele é o amor da Blair? Da Blair? O filho da mãe tem namorada!”

Respirei fundo. Eu não tinha como saber que ele tinha namorada a culpa não foi minha. Graças ao meu histórico, prometi a mim mesma que jamais me envolveria com caras comprometidos, mesmo que fosse por pura diversão. Droga! Vou ter que dar adeus aos meus planos.

Carly apareceu na minha porta 3 minutos depois da minha decisão, ela já sabia de toda a história.

—Sam, por favor! Você sabe o que eu penso disso.

—Carly, eu não vou nem pensar mais nesse homem.

—Samantha! Por favor, você pode fazer um favor a pobre coitada.

—Ah, com certeza dormir com o namorado dela será um favor.

Carly suspirou e prosseguiu. – Você não sabia da existência dela, e outra, se ele que a conhece não teve a menos consideração, porque você teria?

—Carly, esse foi um péssimo exemplo.

—Preste atenção, ele a trai. Ok, ontem foi com você mas, se vocês não tivessem trocado o celular e nunca mais tivessem contato, ele faria o mesmo com outras 5 mulheres.

—Eu não quero ser uma delas, isso não faz parte da minha personalidade, eu posso afundar empresas, destruir carreiras, algumas partes de vida por sequencia mas, ser artifício de traição não!

—Você esta pensando do jeito errado.

—Estou?

—Deixa eu te esclarecer uma coisa. Você sabe quem é esse Benson?

—Não faço a menor ideia.

—Imaginei. Ele é apenas um dos maiores empresários de Seattle, há boatos de que a mãe dele é casada com algum figurão europeu, e que a fortuna de ambos daria pra comprar a metade do Upper East -Side.

—Boatos? O quão verdadeiro chegam a ser esses boatos?

—Bem, isso eu não sei. O que eu posso te confirmar é que ele é tão rico quanto o Chuck.

—Tão influente quanto também?

—Não sei... Ele é discreto, nunca saiu em nenhum escândalo, nem revistas ou festas populares.

—Riqueza nunca fez a minha cabeça.

—Sim, mas e se for a Blair? É sua chance de descobri.

—Droga seria delicioso ferrar a Blair.

—Seria melhor ainda ferrar os dois.

—Carly, que perversa, continua.

—Pensa, ele não sai em escândalos, é influente e rico, um grande empresário, possivelmente compromissado com a Blair Waldorf. Se por acaso, algo manchasse a imagem de empresário do ano dele, você não acha que seria demais. Ops, e se desmoralizasse a Blair também...

—Ela poderia até tentar sair por cima mas nada apagaria o produto final.

—Yeah, baby.

—Chuck me mataria.

—Talvez não, ele tentaria apaziguar as coisas pra ela como sempre.

—Verdade, mas eu iria me expor de algum jeito.

—Não necessariamente, você sabe quantas loiras existem em NY?

—Eu só preciso do ângulo certo.

—Bingo!

—Carly... Você é brilhante!

—Obrigada, agora vamos você precisa se arrumar, afinal tem uma alma pra depenar.

Hotel Empire, 8:15 da noite.

Freddie

Estava parado no carro com Nate ao lado do empire.

—O que você está esperando?

—E se a Blair souber?

—Como se você se importasse com ela.

—Eu me importo juro que hoje não vai acontecer absolutamente nada entre mim e essa loirinha.

—Desistiu da vingança?

—Isso não pode acontecer, infelizmente.

—O que a Blair te disse?

—Que nos veríamos logo.

—Ela esta pensando em voltar pra Manhattan? Achei que ela tinha jurado que nunca mais colocaria os pés aqui.

—Eu também, minha única segurança é essa.

—Benson, eu te conheço essa loira te enlouquece, eu vi como você ficou quando ela te ligou.

—Foi uma ansiedade passageira, nada demais.

—Tão passageira que você cancelou a reunião com os diretores de Seattle...

—Eu precisava devolver o celular.

—Então vai logo, boa sorte.

—Obrigada, eu ligo pra você vir me buscar.

—Virei taxista agora.

—Não Archibald, virou consciência. Ferrou. – Apontei para a mulher loira que descia do carro. Eu e Nate congelamos no tempo observando aquela divindade, confesso até que fiquei um pouco incomodado com a forma que ele a observava. Seus cabelos loiros estavam soltos e ondulados e caiam harmonicamente no decote exuberante do seu vestido, propositalmente enlouquecedora.

Nate gargalhou. – Cara, se fosse sua consciência eu estaria concentrado em jogar essa mulher na cama e foder por um dia inteiro. Que espetáculo.

—Tchau Archibald.

—Ei, pode me passar o numero dela depois?

—Vai se f...

—Opa, eu acho que eu até iria de ela fosse junto.

Nate arrancou com o carro e eu ri da situação.

Ao chegar na porta do Empire, um homem me abordou.

—Senhor Benson?

—Pois não?

—A senhorita te espera na cobertura.

Cobertura do Empire, 8:35 da noite

Sam

—Onde ele esta? – perguntei a Chuck.

—Relaxe, a vitima se encontra no ponto certo do abate.

—Que horror.

—Venha ver, ele esta no elevador, lembre-se as câmeras estão posicionadas para que você não seja vista, é imprescindível que você fique sempre de costas, nada de posições pornográficas Puckett.

—Não será preciso.

—Otimo, vou saindo qualquer emergência, estarei logo abaixo de você, infelizmente não nesse sentido.

—Ordinário!

Eu ri e Chuck me soltou um beijo, finalmente estava sozinha na cena do crime. Estava indecisa nessa parte do jogo da vida Puckett.

“ Hey senhoras e senhores, sejam bem vindos a mais um episodio da nada mole vida de Samantha, no capitulo de hoje a nossa mocinha nada inocente que faz uns bicos de víbora incrivelmente mortífera encontra-se em um terrível dilema. O que ela fará com a vitima da vez? Todos sabem que o cara não é nada inocente mas será que a nossa querida Sam vai joga-lo aos tubarões? Vamos as opções dessa noite:

Samantha seguira os conselhos de Carly.

Samantha seguira os conselho de Chuck que são exatamente iguais aos de Carly.

Samantha vai aproveitar a noite, pois será irremediavelmente seduzida pelos olhos castanhos cativantes do nosso galanteador?

Samantha finalmente dará uma função a consciência que ela faz questão de ignorar e apenas trocará os celululares?

Ah, Samantha! Você se produziu toda pra nem sacanear com ele de novo? Vamos garota delicies-se nesse corpo gostoso que Deus deu ao desconhecido, faz o serviço completo, barba, cabelo e bigode. Ou no seu caso, vinho, sexo e destruição publica.

Quando Benson bateu na porta, meu coração gelou, me senti nervosa o que pra mim foi muito estranho.

—Entre! – disse após limpar a garganta.

Minha reação seguinte foi tomar um grande gole de vinho quando ele passou pela porta. Estava impecável e extremamente sexy com uma camisa social desnecessariamente apertada e calças que deixavam com calor só de relembrar a noite anterior.

“Bingo! Bingo! Bingo! Você caro telespectador! Sim, você que não confiou na nossa mocinha e escolheu a letra E! Você acaba de ganhar uma cesta recheada de absolutamente nada além de um grande eu sabia! É claro que a nossa SP não iria nos decepcionar, uma vez viúva negra, sempre viúva negra. “

—Senhorita.

—Benson.

—Não te parece injusto que eu não saiba o seu nome?

Freddie sentou-se a mesa e eu lhe servi o vinho, tinha desistido do boa noite Cindy.

—Na verdade me parece estranho que o senhor não tenha descoberto meu nome, afinal passou um dia com a minha vida nas mãos.

—Que drama, eu acho que isso até te fez bem sabia? Não é ridículo que a nossa vida esteja resumida a algo que cabe em nossas mãos?

—Eu acho espetacular que a nossa vida tenha essa segurança. É a metáfora perfeita, um celular é limitado espacialmente, às vezes funcionalmente e tem prazo de validade, assim como a nossa vida não é eterno, mas dependendo do desempenho dele, um dia, poderá ser lembrado por alguma revista ou reportagem sobre a globalização.

—Gostei disso.

—Obrigada, mas não me respondeu.

—Eu poderia descobrir seu nome, mas preferi o suspense.

—É? Interessante, eu também prefiro suspenses, mas infelizmente eu recebi uma ligação essa tarde, que eu juro pensei que era você, de alguém que dizia: fredinho amor, amorzinho.

—Como?

—Quer dizer que além de ladrão também é um canalha traidor? Não esperava isso de você amorzinho.

—Está com ciúmes? Achei que não era possessiva, ou como você disse? Algo sobre um apartamento desprezível.

—Não tenho nada a ver com isso.

—Com eu disse meu celular era novo, as únicas pessoas que tinham o numero eram da minha família.

—Ei, não me dê explicações, apenas me conte algo.

—Não antes de saber seu nome.

—Samantha Puckett.

—Que trabalha nas industrias Bass, e é conhecida como a dama de ferro.

—E não sabia nada sobre mim?

—Juro que olhei agora. Eu poderia garantir que você também não é tão integra quanto pensa.

Gargalhei. – Posso te garantir que se tem algo que eu não sou é integra.

—E o que o seu “nada importante” acha disso?

—Nada, pois não é importante.

Tomei um gole de vinho e me debrucei sobre a mesa. O ainda desconhecido me olhava atentamente, sempre nos meus olhos tomando todo o cuidado para não cair no meu decote.

—A senhorita está maravilhosa.

—Obrigada.

—Tem olhos bonitos, combinam com você, amenizam a personalidade.

—Como assim?

—O azul disfarça o fogo que há em você.

—Humm, e o que mais?

—Sabe, quando eu te vi naquela boate, dançando tão cheia de si, a primeira coisa que eu pensei foi que você seria capaz de me enlouquecer... Tem algo em você, uma coisa que me diz pra... É como um precipício, alto e suficientemente perigoso, mas tão convidativo à morte.

—Senhor Benson, acho que estamos traçando uma linha perigosa.

—O perigo nunca me incomodou, pelo contrario, me atrai. Você me atrai, me fascina, me excita.

Aquilo estava me deixando a um passo de perder a cabeça. Foco Samantha!

Me levantei e fui até a janela onde estava o bar pegar um whisky, precisava de forças. Mas a tentação foi tamanha que Fredie levantou e foi atrás de mim, estávamos agora em uma posição incomoda e muito convidativa.

Abaixei a cabeça para colocar o Whisky e ele se inclinou para falar no meu ouvido.

—Sabe o que é melhor? A senhorita sabe que é linda. Sua beleza é perigosa, quase fatal e você gosta disso, gosta de saber que pode fazer isso com um homem.

—Isso o que? Eu sei o que o senhor esta tentando fazer, senhor -Benson e receio que não consiga acompanhar o jogo.

—Esta com medo de perder?

—Eu nunca perco.

—Nem eu.

—Então a aposta será alta.

—Tanto quanto eu possa pagar.

—Receio que não valha a pena.

—Do contrario, eu aposto que será prazeroso.

Benson apertou seu corpo contra o meu e beijou meu pescoço, arfei de prazer.

—Ainda duvida da minha capacidade?

—Duvido de tudo que não me foi provado senhor Benson. No meu trabalho eu necessito de credibilidade, e o senhor não me passa nenhuma.

Houve um momento em que tudo ficou silencioso e único movimento que eu fiz foi girar a mão e pegar o copo. No minuto seguinte a única coisa que me lembro de ouvir foi o barulho do copo se espatifando no chão.