Caminhantes

Sete é um bom número


Minerva POV

Ultimamente não ando vendo muito o mestre? Me perguntei isso pela quarta vez.

— Então mestre... -murmurei. O homem segurou uma pinça, concentrado em criar um barco dentro de uma garrafa.

Um lindo navio com uma cabeça de carneiro marfim.

— Tem algum problema, Minerva? -seus olhos nem piscaram, concentrados em posicionar o leme.

— Você não vai se importar em incluir mais duas magas na expedição?

— Se você não briga com elas, eu não ligo. Quais os nomes?

— Stinny e Roguinia.

— Minerva, não é engraçado colocar pessoas desconhecidas na missão -ele suspirou, ajeitando os óculos na ponte do nariz.

— Coff... Então... São Sting e Rogue... Que se transformaram em mulher.

— O que!? -sua mão tremeu- Ah, droga!

O barco se desmantelou lamentavelmente. Os olhos de mestre Kyle congelaram e logo ficaram tristes.

— Meu barco! -ficou assistindo todo seu trabalho desfeito. Logo se ajeitou na cadeira, para me encarar- Minerva... Não adianta quanta maquiagem coloque em Dragon Slayers, os dois não vão se transformar em Drag Queens.

— Não... Eles se tornaram biologicamente mulheres -cuspi rapidamente.

Eu o encarei seriamente, ele me correspondeu com descrença.

— Você... Está falando sério?

Assenti com a cabeça, solene.

— Pff.... -ele escondeu o rosto, virando para outro lado- Os dragões... O orgulho da guilda... Pfff... O Sting... O Sting...!

— Aliás, o Sting ficou bastante bonita.

Ele se chocou, com o queixo caído. Sim, eu entendo. Você pensou em uma mulher musculosa com cara masculina e um batom vermelho?

Mas Sting se transformou em uma aparência irreconhecível e bastante sedutora. Até eu tenho que reconhecer isso.

— No aniversário do Rogue, o Sting trouxe umas coisas suspeitas. Descobrimos da pior forma que são monstros transformadores temporários. E agora os dois querem ir nessa missão -resumi rapidamente.

A boca do mestre abriu e fechou.

— Mestre?

— Coff... Missão?

— Podemos ir? -pressionei.

O mestre quando está confuso, não pensa direito nas consequências. Então é o melhor momento de arrancar permissões.

— Ahm... A Mermaid, já prometemos pra Mermaid...

— Eu prometo que os dois não vão ser descobertos.

— Certo. Então até que eles voltem ao normal, não devem revelar quem são.

Eu estava meio preocupada de ir com Lucy sozinha, já que Rogue pode nos seguir em segredo, considerando a rejeição dele da loira entrar nessa missão. Ou um Sting criando uma confusão incrivelmente enorme na guilda quando não o monitoramos.

Dei um sorriso, escondendo minhas intenções.

Lucy POV

Foi uma invocação inesperada. Mas como uma maga, eu tinha o coração preparado para surpresas. Bom, mais ou menos. A transformação de Rogue e Sting não estava nos planos com certeza!

É um pouco abrupto e já estamos no trem para ir na cidade da missão. Incrivelmente a cidade do parque Teddy Morango, é um local turístico criado por magos que amam coisas lindas e fofas. Tanto que a cidade se chama Baumwolle, significando algodão.

Um pequeno corpo encostou no meu ombro. Olhei para a cabeleira azeviche. Rogue tentava dormir, se hipnotizando que não estava em um trem.

Dei um sorriso.

— Precisa de mais um comprimido? -perguntei. Ele já havia tomado remédio para o enjôo.

— Não...

Sua voz saiu cadavérica.

— Eu aceito um -a mulher loira e bonita sentada de frente para mim ergueu a mão.

Lhe dei um comprimido.

— Você está bem Stinny-chan? -incrivelmente Lector já se adaptou à nova forma feminina do Dragon Slayer. E sentado ao seu colo confortavelmente.

— S... Sim -respondeu com o rosto pálido, é um péssimo mentiroso.

Conseguimos limpar as caras dos exceeds e eles voltaram ao normal, felizmente e Frosch dormiu pacificamente, com o rosto limpo e verde, como deveria ser.

A cabeça do Dragon Slayer da Luz tombou na janela, depois de engolir o comprimido.

Pude ver as sobrancelhas se juntarem firmemente, mas isso não impedia de Sting, ou Stinny ser muito bonita. Me senti derrotada, a abelha é mais atraente que eu!

Suspirei e voltei o olhar para Rogue.

Encarei por um tempo a pequena cicatriz na ponte do nariz, parece meio selvagem, mas por causa da sua aparência inofensiva, pareceu um pequeno gato mal humorado. Logo meus olhos pousaram nos lábios da pequena loli ao meu lado... Não Lucy! Você não gosta de lolis!

Quase me dei um tapa.

Mas quando pensei nos olhos vermelhos, na sua expressão. Por um segundo pensei ter sobreposto o Rogue Cheney da minha memória.

Ergui as costas da minha mão e coloquei nos meus lábios.

Pensando como ele me mordeu.

Meu coração disparou. Como uma flecha que voou sem freio, eu fui levada para um sentimento tenso.

Eu me apaixonei.

A ponto que não importava se Rogue fosse homem ou mulher, eu amava quando ele me olhava, eu reagia quando ele me tocava. E ficava nervosa quando me provocava.

Gostava do seu caráter calmo e composto. Era adorável como ele mostrava o seu coração para mim.

Meu rosto corou com esses pensamentos e mordi o nó dos meus dedos, bem aonde ele tinha lambido antes.

— Lucy, algum problema? -Minerva me estudou curiosa.

Ela está ao lado de Sting, bem à minha frente.

Fiquei com vergonha. Colocando a mão no meu colo e segurei meu pulso.

Na verdade... Quando pensei em confessar para Rogue, ele se transformou em uma menininha. Se eu disser alguma coisa agora, não seria moralmente incorreto?

É deprimente...

— Sim, claro que eu estou -sorri, engolindo outro suspiro.

— Vai demorar um pouco essa viagem -a morena disse.

— Bom, temos que passar por duas cidades para chegar em Baumwolle -assenti. Serão algumas horas, felizmente é um trem bala.

Olhei para a janela. O trem deu um pequeno solavanco. E a garota ao meu lado tremulou, sua mão agarrou meu braço e eu acariciei seus dedos.

Me pergunto se Rogue vai sobreviver. Fiquei preocupada.

— Acho que devemos dormir um pouco também. Pretendo chegar e terminar logo essa missão -Minerva pareceu descontente.

— Não sei muito bem do que se trata essa missão, Minerva.

— Baumwolle é uma cidade turista -ela explicou levemente.

— Já pensei em tirar férias nessa cidade -assenti- Não existem residentes. Todos os moradores são "trabalhadores" de Baumwolle. Todos os prédios são alguma loja, os moradores vivem no próprio local de trabalho. Apenas uma pequena área de casas existe para os que trabalham como faxineiros, técnicos e coisas assim.

Me lembrei da história peculiar deles.

A cidade foi fundada por um grupo de pessoas que amava coisas bonitas e fofas, então criaram um paraíso disso. Se quisessem morar alí, precisavam trabalhar, e no local em que trabalhasse, ganharia um quarto no mesmo prédio.

Mas existe um local mais tranquilo da cidade. Era a área residencial dos trabalhadores de manutenção. Querendo ou não, precisa de fiscalização em coisas como as lâmpadas nas ruas ou limpeza, o encanamento e mecânica.

Por ser um ponto turístico popular, é atarefado e animado o ano todo. E muitas pessoas se mudam lá para arranjar emprego.

Mas o mais impressionante foi que o líder da cidade é uma mulher muito responsável, levou a sério aos crimes que acontecem e sempre supervisiona os comerciantes, se estavam seguindo as leis dos trabalhadores para não haver exploração. Buscava justiça e comodidade entre todo os tipos de trabalho, desde o limpador de rua, até um gerente de hotel cinco estrelas, falando que o seu lema é "até a mais pequena abelha é importante para uma cidade esplêndida se manter em pé".

Por causa dessa liderança, a cidade fluiu em disparada ao êxito e saiu rico na circulação capital.

Eu li os cinco volumes assinados por essa mulher impressionante. Aliás, tenho orgulho desse feitio.

— Aconteceu um problema no parque de diversões -a morena apoiou o queixo, se encostando no braço da poltrona.

— Você a chamou de parque fantasma -não gosto de assombrações. Me senti desconfortável.

— Uma magia estranha e fantasmagórica surgiu do nada -seus olhos vagaram para a paisagem, me contando o que ela leu no relatório- Então o parque foi fechado, já que os brinquedos pararam de responder comandos e passaram a funcionar quando desejavam.

Engoli seco.

Essa história estava muito sinistra para um lugar fofo.

— E estamos indo investigar isso?

— Sim. O pedido era ver qual o problema, já que ninguém conseguiu descobrir. E não poderiam deixar o parque fechado para sempre.

Ok, isso me deixou nervosa para um santo picuinha de amêndoa!

— Mi-chan... Isso... Não pode ser fantasmas de verdade, pode?

— É claro que deve ter uma explicação lógica para isso -ela buffou- Eu acho...

Seus olhos não me encararam. Minerva, por favor, diga que é tudo uma mentira!

Agora me sinto mais nervosa! E nem chegamos no lugar!

— Lucy, acho melhor tentar dormir -ela murmurou, suspirando.

Nem você parece gostar da ideia de um parque fantasma e ainda quer dormir!? Eu lhe venero!

— Okay... -apenas pude responder.

Tentei me encostar na poltrona o mais confortável possível, fechando os olhos.

Mas não dá! É muito assustador!

O que tem em parques de diversões mal-assombradas?

Era claro que tinha carrinhos que se movem sozinhos! Luzes que ligam quando tem ninguém! Música horripilante tocando! Bonecos andando querendo te seguir!

Agora estou passando terrivelmente mal, a ponto que poderia desmaiar ou ter um problema respiratório!

Mas ao contrário das minha expectativas... Minha mente se esvaíram para longe. Relaxando meu corpo completamente.

Quando percebi, estava em um lugar completamente escuro. Bizarramente familiar a ponto de me sentir acostumada.

— Alô!? Aonde você está? -caminhei um pouco- Eeei.

— E então? -foi sua pergunta abrupta.

— WHOAAAA! -cai de costas ao ver sua cara de perto assim que me virei para trás- O QUE É ESSA MANIA HORRÍVEL DE ASSUSTAR PESSOAS?

Ele me encarou enquanto tentei me recuperar do ataque cardíaco.

— Eu não tenho a intenção de assustar, talvez você que seja muito fácil de se surpreender?

— Uh... B... Bom... E o que foi dessa vez? -respondi mal humorada, dando palminhas no meu peito.

Não, com certeza não é porque ele disse que sou covarde, que estou chateada!

Ele deu de ombros.

— Como andam as coisas Lucy?

— O que? Eu vou muito bem.

— Não, com o Cheney. As coisas foram como eu disse? Era fácil não?

Franzi as sobrancelhas. Qual o problema desse mago que quer tanto pagar de cupido? Não tem mais o que fazer da vida? Ele pode mesmo sair perdendo tempo nos assuntos dos outros? Ele tá achando que é a minha vizinha fofoqueira?

Mas não poderia dizer isso, e se ele resolvesse tirar o lado ruim da sua personalidade e resolver me matar, do nada?

— Zeref, deixa eu te perguntar -encarei sua cara inexpressiva que parecia sofrer de paralisia facial- Você me chamou, assim, me invocando num sonho só para perguntar sobre minha vida amorosa? De novo?

E eu pensando que poderia ser algo importante? Fui tapeada!

— E é importante -ele assentiu.

Como se lesse minha mente de novo! Eu sou tão fácil de entender?

Olhei para ele desconfiada.

— Não, você realmente é muito simples, tá tudo escrito na sua cara Lucy -ele suspirou.

Seus olhos pretos e a cara de malvado são ilegíveis. Não sabia dizer se era verdade ou mentira! Que injusto!

Remoí comigo mesma e resolvi ser honesta.

— Eu o amo -respondi sussurrando. Era constrangedor dizer isso.

— O que? -ele franziu as sobrancelhas.

— EU O AMO! -respondi irritada.

E então silêncio.

O quê? Me fez gritar o meu sentimento mais profundo que dá vergonha, para dizer nada? QUAL O SEU PROBLEMA?

— Era só isso? Posso voltar? -comecei a sentir dor de cabeça.

Eu não quero mais... Lidar com o mago das trevas...

Esse mago das trevas deve ter esquecido que era Zeref, certo? Está adotando um novo hobbie de ser enxerido! Quem é esse impostor? Zeref não deveria ser assim!

— Acredita em destino? -ele disse misteriosamente.

— Se vai dizer que era meu destino, com certeza não era para ter o mago das trevas mais assustador do mundo como meu cupido... Coff coff -cuspi sem querer o que estava pensando- Quero dizer, vai ler o meu futuro, meu bom senhor Zeref? -sorri inocente, até pisquei meus olhos como se quisesse nada.

— Parece que a cada vez que te vejo, menos medo você tem -ele observou. Mas não pareceu ofendido.

— Não morri antes, então não morrerei agora -respondi inteligentemente.

— A verdade Lucy, é que... -mas sua voz parou, hesitante.

Inclinei minha cabeça pro lado e cruzei os braços.

O que é? Oh meu deus. Diga, diga, o que você ia falar?

Quanto mais olhei para a expressão pensativa dele. Mais curiosa fiquei.

— Verdade?

— Hmm... -seus lábios foram escondidos por seus dedos- Eu fiquei sinceramente surpreso.

Surpreso? O que tem de surpreendente?

— Não achei que o destino poderia mudar assim de fácil -ele estava vagueando, pensando em voz alta- Isso seria bastante estúpido.

Pisquei rapidamente, ele acabou de falar "estúpido"?

— Zeref? -chamei, muito confusa.

— Lucy, você tem certeza que ama Rogue Cheney?

— Há!? -parei e pensei um pouco.

O que isso significa? Está dizendo que o que eu sinto não é amor? Que absurdo! Como que não era? Eu estava virando até uma pervertida que é seduzida por lolis só porque essa pessoa é Rogue Cheney!

— Claro que tenho certeza! -exasperei.

Ele olhou profundamente nos meus olhos.

O que? Então não era?

Comprimi meus lábios.

Eu estava mesmo virando uma obcecada pelo Dragon Slayer das Sombras e isso não é amor?

Só de imaginar que na verdade eu estou virando uma humana mentalmente doente, me senti estranha.

Não, não seja enganada pelo Zeref!

Tenho certeza dos meus sentimentos!

Esse mago negro fala as coisas de uma forma que até mesmo nos faz duvidar se estamos vivos ou se na verdade somos fantasmas que acreditam que estão vivos!

— Que destino? O que era para acontecer? -perguntei, tentando afugentar meus pensamentos bizarros.

— Eu acredito em um destino -ele respondeu. O mago das trevas acredita no destino!? ESSA FOI A COISA MAIS ESTRANHA QUE ESCUTEI!- Por isso fiquei curioso. Talvez agora você seja útil, Lucy Heartphilia.

— Huh?

MEU DEUS, POR FAVOR DIGA ALTO E CLARO O QUE VOCÊ QUER, HOMEM. EU NÃO AGUENTO MAIS TANTO MISTÉRIO.

— É hora de despertar -ele milagrosamente sorriu, pacífico.

E abri meus olhos.

— Espera!!

— Lucy? -Minerva piscou surpresa- Já ia te acordar e dizer que chegamos.

O trem está parado. Parece que passei muito tempo dormindo.

Embora deu a impressão que foram apenas alguns minutos.

Mordi meu lábio. Por quê!? Ele nunca, NUNCA, tira minhas dúvidas!?

Fiquei muito descontente com o mago das trevas desonesto.

Não foi ele quem me apoiou a deixar Natsu para trás? Agora ele está duvidando?

Parece que meu QI não pode compreender um mago realmente malvado. Estou frustrada.

— Finalmente acabou a tortura? -Sting abriu os olhos.

Rogue também passou a palma da mão no rosto, limpando o enjôo.

Enquanto os exceeds ainda estavam de olhos fechados.

— Vamos -Orlando comandou- Parece que chegamos um pouco mais tarde que o acordado. Mermaid Heel deve estar por aqui.

E seus olhos nos estudaram por um minuto. Parando nos Dragões Gêmeos.

— E... Vocês não devem usar seus poderes de forma que as pessoas descubram quem são vocês dois.

— Quê!? -a abelha exclamou- E como a gente vai lutar sem os nossos poderes?

— Se vira -deu de ombros- Acha que Dragon Slayer dá em árvore? Ainda por cima, Luz e Sombras na Sabertooth aonde já tem os famosos Dragões Gêmeos?

Ficamos sem palavras.

— Só um estúpido acreditaria nisso! -cuspiu sem piedade.

Ela logo caminhou na frente, enquanto eu e os dragões gêmeos a seguimos desanimados.

Embora o meu desanimado tinha um significado diferente a dos meninos que viraram mulheres.

Cada um dos dois segurava um exceed adormecido, mesmo meio tontos, e andando torto, eles levavam os gatos com cuidado.

Era nessa extensão que eles amam esses companheiros deles.

Mas assim que pisamos para fora do vagão, meu nariz bateu.

— Mi-chan? -esfreguei a cara, aonde me topei com ela.

Quando olhei pelo seu ombro, havia três mulheres da Mermaid Heel.

Uma de cabelo roxo escuro e olhar dominante, outra de cabelos encaracolados arrogantes e uma que faz cosplay de gato?

— Pff... E a melhor guilda de Fiore é do tipo que chega atrasado? -riu a de cabelo verde.

— Um pouco vergonhoso, nyah -a de cosplay debochou.

— Parece que finalmente todas se juntaram -a mais solene estudou nosso físico com o olhar.

— Faz um tempo -cumprimentou Minerva- Fazemos as apresentações?

— Kagura Mikazuchi -seu rosto sério intimidante não mostrou sinais de emoção.

— Milliana. Eu amo gatos! -ela sorriu alegremente ao perceber que tinham dois exceeds conosco.

— Arana Webb -a última sorriu, nos mandando um beijo flutuante.

— Minerva Orlando -a princesa os encarou, arrogante.

— Lucy Heartphilia -assenti com a cabeça- Estou a seus cuidados.

— Eu sou Stinny.

Quando escutei a voz, minha expressão congelou.

Esqueci que ele estava aqui! E me lembrei que a indentidade dos dois são ocultas!

Mermaid Heel, uma guilda apenas de mulheres. Elas não tinham nenhuma alergia contra homens, mas era um lema não trabalhar com eles, levando isso bem a sério. Por isso são um grupo diferenciado.

Ok, o quanto estamos ferrados se essa fachada não der certo? Suei frio.

Mas "Stinny" não se importou, pegando o braço da loli, com um sorriso.

— E essa é Roguinia!

Vi na hora que Rogue contorceu a expressão, cheia de desgosto contido.

— Então somos sete -Minerva observou o grupo estranho que se formou.

— E dois gatos! -Milliana levantou a mão ao céu, como se comemorasse.

— Esses dois gatos... -Arana os encarou fixamente- Não são dos Drag...

— O que!? Os exceeds são da Sabertooth! -falei rapidamente- Só porque passam mais tempo com alguns magos, não significa nada.

Ela olhou desconfiada.

— Arana, não intimide os gatinhos -Milliana defendeu, fazendo beicinho.

A esverdeada buffou e deu de ombros.

— Hum... Isso vai ser emocionante, não? Pena que não foi um homem que veio -entre toda Mermaid Heel, provavelmente apenas Arana diria isso- Eu planejava coisas interessante com eles...

E suas mãos brilharam com fios cintilantes.

Acabei de descobrir que era para fins duvidosos o desejo dela de ter um homem para a missão. Vamos deixar esse ponto quieto e enterrado.

Kagura apenas desviou o olhar, desinteressada.

— Vamos em um parque fantasma -sorriu Sting- Sete mulheres é um bom número, vai que nos dá sorte?

Meus lábios tremeram.

Pelo canto dos olhos vi Rogue ter uma frase estampada em todo seu rosto:

"Por favor, alguém me esconda em um buraco!"

Sting... Acho que você esqueceu que você e Rogue não são mulheres de verdade.