Lucy POV

— Sejam bem vindos em Baumwolle! -na entrada várias garotas de vestidos fofos com temáticas de doces nos cumprimentaram- Miss Pirulito, diga a nossos convidados, qual a novidade de hoje?

Elas espalhavam panfletos de forma enérgica no mar de turistas.

— Miss Marshmallow, a fonte dos peixes de açúcar está finalmente terminado! Todos estamos emocionadas! -outra garota com babados cheios de pirulitos de plástico deu um pulo.

— Miss Pirulito, parece que Miss Brownie está lançando novo menu do café Pedacinho de Sonhos! -uma menina de roupas amarelas se aproximou, dizendo com cara surpresa.

— Oh meu! Isso é verdade, Miss Balinha de Limão?

Muitas pessoas riam, entrando na cidade animada.

— Cuidado para não se perder -uma voz baixa disse ao meu lado, pegando minha mão.

Na verdade... Quem olhasse pensaria que eu estou cuidando de uma criança.

Mas ao ver os olhos sérios de Rogue, não pude dizer esse ponto que ele não pareceu perceber.

— Frosch! Olha isso! Peixes feitos de açúcar! -o gato laranja já estava bem acordado e voava frenético.

Na nossa frente depois de uma pequena caminhada nas pedras feitas de brilhantes, apareceu uma fonte mágica. Tem a escultura de uma carpa saltitante. E da sua boca caía uma areia branca que criam formas de pequenos peixinhos.

— Fro está indo!

— Esperem por mim! -Milliana é a mais empolgada.

Parece que ela realmente ama gatos.

— Parece um sonho -Arana ergueu os dedos para esconder a boca, enquanto olhou para a padaria exibindo pães de leite em forma de ursinhos.

— WOOOOOOOW! Blondie, podemos fazer uma parada? -os olhos de Sting brilharam ao ver a loja de sorvetes colorida com confetes.

Era incrível que vimos até mesmo os trabalhadores de rua levando um esfregão com cabo de veludo e usando ternos de cores chocantes como verde fluorescente!

Não sabia o que era mais incrível, a variedade do mercado, ou que todos seguiam a temática da cidade.

— Vamos, precisamos encontrar o Grêmio de informações -Minerva falou direta, mas seus olhos também não paravam, parecia muito tentada.

Enquanto Kagura nem piscou. Não sei como ela não sentia nada ao ver todas as coisas na nossa frente!

Um prédio bonito de vidro cheio de trepadeiras apareceu depois de virar algumas esquinas, esse é o nosso destino. Há muitas pessoas na cidade. Muitos vinham em famílias com filhos.

— Frosch, Lector. Não se percam - chamei preocupada.

— Aye! -ambos assentiram, mas continuaram a voar aqui e ali.

— Stinny-chan! Olha! Uma casa de gengibre! -Lector ficou maravilhado com o prédio ao lado da estrutura de vidro.

— WHOAAAA! -o loiro babou encantado.

Eu já disse que sua personalidade destruía sua imagem bonita? Era uma femme fatale que estava atraindo olhares com sua beleza, mas assim que as pessoas viam seu comportamento, logo perdem o interesse.

Assim que começou a ficar pensativo se dava uma mordida ou não, um homem barbudo e musculoso apareceu na sua frente, com uma cara mal humorada. Sting deu um passo para trás, acho que ele se surpreendeu com o homem, não que ele fosse grande... Mas sim que ele usava um vestidinho apertado e cheio de babados rosa!

Um? Por um segundo pensei ter visto algo pequeno virando na esquina da casa de gengibre, correndo com algo nas mãos. Mas logo sumiu.

Pelo canto do meu olho pude ver a loli apertar minha mão e suas orbes não desgrudarem do exceed verde.

— Não se preocupe -Arana riu ao meu lado- Milliana é uma maga de orgulho da nossa Mermaid. Ela ama tanto os gatos que se veste como uma, pode ter muitas falhas, mas com certeza é sua lei proteger todo gato que estiver na sua frente.

E realmente a maga alaranjada seguia os exceeds como um filhotinho de pato.

Me senti mais tranquila, percebi que Rogue deu um pequeno suspiro.

— Vamos -a princesa deu de costas, se impedindo de ver as lojas brilhantes e entrou no prédio de vidro primeiro.

Todos nós seguimos.

— Frosch, Lector, Stinny. Não fiquem para trás -chamei, os três se viraram para mim.

Kagura e Arana já tinham passado pelas portas de vidro.

— Aye... -os três ficaram deprimidos.

— Depois podemos ver a cidade? -Milliana perguntou otimista.

— A missão primeiro, depois podemos brincar -Rogue concordou.

E eles deram um salto alegre.

— Bem vindos ao Grêmio Encantado -uma mulher com um sorriso simpático cumprimentou assim que pisei dentro do prédio.

Usava roupas esvoaçantes em tons brancos, e tinha um lírio na cabeça.

Aqui era como uma administração da cidade, então não havia muitos visitantes, mas ainda assim, tem certa movimentação.

Procurei Minerva e a encontrei no balcão.

— Somos os magos que viemos para cumprir a missão requisitada -pude escutar quando me aproximei.

— Muito bem -a atendente que tinha girassóis adornando o cabelo assentiu, com um sorriso- Por favor, aguarde um pouco.

E ela se afastou, sumindo por uma porta atrás dela.

Mesmo a administração tinha a temática de um bosque de flores. Os trabalhadores todos representando alguma planta, parecendo fadas.

— Olá -uma mulher de vermelho apareceu- Eu os guiarei até o local. Me chamem de Rosa.

Até seu perfume era doce, achei incrível o quanto as pessoas dessa cidade se esforçam para recriar um mundo de sonhos.

— Minerva Orlando.

— Por aqui, por favor.

E saímos novamente pela porta. Passando pelas ruas.

— Gostaria de escutar um pouco sobre a missão -falei.

— Nossa cidade é bastante popular -Rosa explicou- E estamos cada vez mais em expansão. Claro, aqui todos tem uma regra que é respeitar o próximo, mas seguir o objetivo da cidade. Se alguém não quer cumpri-la, ou puniremos os infratores, ou daremos uma remuneração para os que querem se mudar.

— Incrível -murmurei. É uma cidade que não tinha escolas ou algo para ter uma "vida normal", completamente comercial. Mesmo assim, é sua escolha viver aqui.

— Até mesmo nossos hospitais, que é essencial, tem a temática marítima. Como um observatório do mar, pois foi comprovado que acalma as pessoas. Claro, as instalações são todas quentes pelo sistema de calefação.

— E o que fazem se todos os pacientes quiserem se recuperar aqui? -Arana perguntou.

Era um bom ponto. Se tiver um hospital tão maravilhoso, não gostaria de ter uma estadia aqui?

Rosa balançou a cabeça.

— Tratamos apenas os nossos trabalhadores aqui. Enquanto nossos convidados, apenas os atendemos e assim que for possível e seguro, os enviamos para o hospital da próxima cidade. Claro, nós aceitamos pessoas que desejam estadia, porem cobramos uma boa taxa por ela -deu para entender que não seria barato.

Faz sentido. Se todo o mundo quisesse se tratar aqui, não seria uma bagunça?

Quanto mais avançamos, mais afastados do centro estávamos. Depois de uma caminhada, paramos. Os prédios acabaram abruptamente e apenas grama apareceu na frente. Pudemos ver o parque de longe.

De dentro das ruas, nunca teria imaginado que existia um parque na cidade, ficava fora de visão.

— Por favor, entrem -Rosa se aproximou de um Gip, sentando no banco do motorista.

A cara de Rogue e Sting congelaram levemente, porém fingiram que nada estava de errado e se sentaram no banco do meio.

Era um carro com motorista, passageiro e duas fileiras de bancos de trás. Todos puderam entrar facilmente.

Então Minerva foi no passageiro. Os Dragon Slayers, exceeds e eu no do meio. Enquanto das magas da Mermaid Heel no último.

— E em um lado da nossa cidade, erguemos um parque de diversões -Rosa continuou- Foi muito famoso e popular, já que era para crianças de todas as idades. Toda essa terra era apenas para os carros estacionarem. O parque Teddy Morango, tendo a temática de frutas e ursinhos de pelúcia. Mas...

Ela ficou um pouco hesitante. Não demorou para ver um cercado enferrujado. Se existisse um mapa da cidade, veria que no meio daquele lugar colorido e vivo, existe uma área acizentada, como se murchasse no meio de toda a alegria.

— Os brinquedos pararam de funcionar. Não só isso -ela respirou fundo, estacionando em frente da entrada, com fitas amarelas escrita "não entre"- Os brinquedos começaram a andar sozinhas. E a reputação do parque que era um sonho, se tornou mal assombrado.

Até a grama e os arbustos que um dia foram enfeitados de laços brilhantes, estava opaco e seco.

Não só isso. Existia nenhum residente deste lado da cidade. Era como se tivessem medo de serem contaminados pela negatividade do lugar. Existindo nada por muitos lotes de terra. Dando uma sensação de vazio e isolado.

A cidade é tão grande, que parece um pequeno país. Era esse o tamanho do quanto os residentes conseguiram conquistar com trabalho árduo.

Engoli nervosa. As outras magas pareciam o mesmo.

Descemos do carro com segurança, apoiei Rogue levemente, que tropeçou um pouco torto.

Então, o vento soprou e encaramos a grande estrutura do parque, com a entrada de cabeça de urso feliz abrindo a boca.

— Por favor -Rose suplicou com o olhar, viramos para olha-la- Precisamos que descubram a razão disso, e... Se não está mesmo mal assombrado.

Rogue POV

— Roguinia... -um encosto perfurou meus ombros com suas unhas.

— Isso dói -resmunguei. Ergui meu rosto para encarar Sting mulher às minhas costas.

Mas quem disse que meu protesto foi escutado? O Dragon Slayer da Luz estava muito ocupado encarando os corvos estacionados acima da barraca de tiro ao alvo com formas de morango.

O piso de pedra sujo se dividia em vários caminhos. Passamos pelas tendas de jogos que se enfileiravam, como acerte a argola, dardos no prêmio, uma pescaria com água turva, e juntos dos jogos, cheio de brinquedos se exibiam em estantes como premiação. Em sua maioria eram ursos de pelúcia.

Pluck

— Akh! -Lucy apertou minha mão direita, eu acariciei seus dedos, tentando reconforta-la.

Uma latinha estava rolando ao chão.

Logo ela me olhou e sua boca se moveu com um sorriso.

— Está tudo bem.

Comprimi meus lábios.

Por que ela está me encarando como se o assustado fosse eu? E que precisava mostrar que estava bem, como se eu quem fosse gritar de pavor a qualquer momento? Sou uma criança aos seus olhos?

Espera...

Tenho certeza que é por causa dessa aparência... Essa maldita aparência...

Já caminhamos há um bom tempo, mas nada aconteceu. Devemos ter chego pelo menos até o centro de todo o parque.

É bizarramente silencioso. Cheirei o ar, mas tudo parecia ser mofo, pó e grama seca. Sem vida.

— Roguu... -o exceed que eu segurei no braço esquerdo escondeu o rosto no meu peito.

Até Frosch não sabia mais como me chamar, de Rogue ou Roguinia, simplesmente disse Rogu...

— Frosch, a gente tem que ser forte! Como os únicos machos do grupo! -a voz exclamou bem em cima da cabeça.

Não, por que ele estava ali?

Lector pesado usou minha cabeça como ninho.

Incrivelmente, parece que o lema da Mermaid de "não trabalho com homens", não se aplicava a gatos. Bom, primeiramente, eles eram gatos. E esse fato era o suficiente.

— F... Fro também acha. -foi sua resposta incerta, olhando para acima da minha cabeça, aonde residia o exceed laranja.

— Ei, ei -a cosplayer apareceu na minha esquerda, olhando diretamente para os exceeds- Essa loli é tão incrível assim? Eu devo me esconder atrás dela também?

Eu a encarei carrancudo. Por que eu sou o escudo, tendo metade da altura de todo mundo?

— Claro que sim! -Lector assentiu com firmeza- Ninguém seria mais confiável para ser uma dupla com Stinny-chan! Então pode ter certeza que é forte.

— Tirando você, né Lector? -a voz animada atrás de mim riu.

— Aye!

Milliana olhou para a mulher que segurava meus ombros. Certeza que Sting está fazendo uma cara de orgulhoso. Mas a cosplayer o encarou desconfiada.

— Você tem certeza, Lector? -Milliana sussurrou para o gato laranja.

— Está desconfiando do meu potencial? -a voz do mago da luz soou ofendida.

— Bom... -ela cerrou os olhos, o estudando.

— Bom o que!?

— Coff coff -a princesa tossiu, ela nos seguia a dois passos atrás de mim.

Os dedos de Sting tremeram, calando a boca.

Incrivelmente Kagura apenas caminhava silenciosa ao lado de Minerva e Arana. Nenhuma das três que pareciam tão firmes antes, quis andar na frente.

Uma luz piscou, nossos passos pararam, junto com nossas respirações.

Olhamos em uníssono, era o carrossel com pinturas desbotadas. Suas luzes se acenderam.

Congelamos. Senti Sting apertar mais o meu ombro.

— Está mesmo assombrado? -a voz feminina atrás de mim sussurrou.

E o carrossel começou a se mover, tocando ciranda cirandinha versão caixinha de música. Os criadores dessa coisa devem ter pensado que seria adorável, mas nessa situação é horrivelmente sinistra.

Escutei um clic de Kagura pegando sua katana na cintura.

A mão da maga celestial estremeceu. E logo ela me soltou.

— Lucy? -chamei, mas seus olhos achocolatados encaravam o carrossel valentemente.

— Eu vou conferir -foi sua resposta.

Tentei seguir a loira que se aproximou da música, como se tivesse possuída. Ela pegou seu chicote e se colocou alerta.

— Me solta Sting -sussurrei para apenas ele me escutar. Não pude me mover nem um passo.

Fui ignorado.

— Blondie, isso aí é perigoso -até Eucliffe contrariou as ações da maga celestial.

Eu olhei para ela indo em direção ao perigo, enquanto me seguravam aqui!

— Não, por que vocês que tem o dobro do meu tamanho, estão me usando como escudo? -reclamei, ficando irritado- Me solta!

Tentei usar a força para me desvencilhar do agarre, mas descobri, para a minha surpresa, que eu era mais fraco que Sting?

Kiiiiirrk

O carrossel rangeu, parando de girar. Mas sua música ainda tocou lentamente.

Clac clac clac

Som de passos metálicos ressoou dentro do carrossel, e entre os cavalos imóveis, havia algo grande.

Quando olhamos, um urso com os pelos encardidos do tamanho de uma pessoa está parada ali, nos encarando.

Sua cabeça meio torta para o lado e a orelha esquerda faltando, aparecendo fios metálicos soltos. E usando uma roupa com estampas de morango.

— Um... Balão.... -ele falou, com uma voz fina e robótica, parecendo criança.

Respiramos fundo, enquanto observamos a mão mecânica do urso se estender com cordas que haviam restos de balões pendurados e murchos.

— Bem vindos... Eu sou... Teddy.

Quando ele disse isso, a roda gigante que estava há metros de distância, acendeu, mas não girou. A luz da pista de carrinho bate-bate ligou. O castelo com forma de vários morangos empilhados, como se estivessem em um espetinho, teve suas janelas ligadas.

A locomotiva da montanha russa com forma de morangos enfileirados entrando em um túnel de cabeça de urso começou a se mover. Pouco a pouco todos os brinquedos ganharam vida.

— Vocês... Amigos...? -sua cabeça rangeu- Amigos...?

E o urso deu um passo.

— Lucy, vem aqui -chamei ela, ao vê-la congelada.

A maga encarou o urso eletrônico com horror.

— Lucy! -ela está muito próxima do urso.

Mas Sting segurou meus ombros com mais força. Pelo canto do olho, vi as orbes azuis bem arregalados, seu queixo tremia um pouco com a tez pálida.

A boca do urso se abriu em um sorriso. Mostrando dentes pontiagudos como navalhas. Luzes estalaram dos fios soltos na sua garganta escura.

— A... Migos? -a sua voz infantil o tornava mais bizarro comparado com sua altura que é maior que Lucy.

Sua boca ficou maior a ponto de poder engolir uma cabeça humana.

Lembrei da advertência de Minerva.

QUEM LIGA SE DESCOBRIREM QUE EU SOU UM DRAGON SLAYER?

— ASAS... -ergui meu punho direito. EU VOU FAZER TUDO VOAR!

Mas um vulto foi mais rápido que eu. O cabelo liso e escuro passou por mim, deixando vento para trás. Arregalei meus olhos.

Tap tap tap

Seus passos leves bateram nas pedras do trilho. Saltou com a sua katana apontada ao urso. Os olhos âmbar cintilaram.

Lucy saiu de seu estupor e ergueu os dois braços para proteger o rosto, enquanto a lâmina da espada fincou no peito do urso eletrônico.

Crack!

A sua boca enorme se fechou com violência. Kagura colocou os dois pés ao lado da sua katana fincada pisando no peitoril do urso, puxou a lâmina e saltou para trás.

No segundo em que Teddy foi empurrado, ele caiu de costas. Tão pesado que o cavalo do carrossel atrás dele se quebrou em dois.

DUFF!

A poeira subiu em uma fumaça.

Lucy tombou de joelhos. E Kagura guardou sua katana na bainha.

— Você está bem? -a morena estendeu a mão para a loira.

— Sim, obrigada -ela segurou a palma da outra e se levantou.

Mordi meu lábio inferior. Comprimi minhas sobrancelhas, olhando para a loira, tentando apagar da minha mente uma Lucy que poderia ter sido mordida agora pouco.

Ela estava em perigo e eu fui um inútil.

Olhei para a minha mão, estranhamente pequena. Senti um fervilhar dentro de mim e um pensamento passou pela minha mente.

Eu e Sting temos quase a mesma força. Mas agora eu sou mais fraco que ele?

Me ocorreu uma realização.

Essa minha forma, era mais débil?

Normalmente eu teria reagido bem mais rápido. Mas senti que é tudo estranho no meu corpo, não podia me acostumar com isso. Por essa razão não pude reagir mais cedo?

Minha mão tremeu, então a fechei em um punho. Eu posso salvar alguém sendo assim?

Está sentindo falta de confiança, Rogue?

Arregalei meus olhos. Os pensamentos do meu outro eu apareceram.

Então uma voz cheia de chiados saiu da boca do urso.

— O que vocês fizeram? -era uma voz diferente da infantil que escutamos antes, cheia de raiva- Por que machucaram o meu amigo?

— Quem é você? -a maga celestial o encarou.

— Há... Hahaha... Eu sou Teddy Morango! -ele riu com a voz de um louco.

Enquanto o urso tombado falava, franzimos a sobrancelha. Então tudo começou a tremer.

— E sejam bem vindos, ao meu parque!

De todos os lugares começaram a surgir pontos brilhantes. Quando cerrei os olhos, percebi que eram ursos. Muitos ursos do tipo que podem ser carregados nos braços de uma criança se rastejando entre as barracas de brinquedos, surgindo como uma praga.

— O... O que é isso, nyah? -Milliana falou trêmula.

— São fantasmas de verdade? -Arana também deu um passo para mais perto.

— Isso é muito bizarro -Sting engasgou.

— Estou com medo -disse o gato laranja.

— Fro também!

Os ursos derrubavam coisas no caminho. Vidros se quebraram, fazendo som alto.

— Agh! -Eucliffe exclamou de dor.

— O que? -me virei.

Na panturrilha do Dragon Slayer da Luz, havia uma pequena bola marrom.

— O que é isso? -Sting se abaixou, pegando a coisa com força, puxou e deixou um rastro de sangue.

Era um ursinho, sua boca com dentes afiados sorriu, gotejando a líquido vermelho.

— Essa coisa? Tudo a nossa volta é essa coisa? -Lucy murmurou, voltando para o nosso lado.

— Stinny-chan, você está bem?? -Lector perguntou, olhando as marcas de dentes ensanguentada na perna do mago.

— Isso dói pra desgraça! -e jogou o bicho pra longe, se perdendo no meio dos vários que nos cercaram.

Olhamos para os ursinhos. E parecia que não tem fim, da onde estão vindo mais e mais?

A contagem estava chegando a centenas de todos os lados.

— Magia -falei, me mantendo racional- Não pode ser um mago? Que está controlando essas coisas?

Ficamos em silêncio.

— Territory! Magic Over! -Minerva exclamou, invocando o poder de bloquear encantamentos.

Um brilho surgiu do chão. Mas as coisas continuaram a se arrastando, nos cercando de todos os lados.

Suspiramos surpresos. Isso não era magia.

— Corram! -Orlando nos despertou dos nossos estupores e desfez a magia do chão.

— OK, O PARQUE ESTÁ AMALDIÇOADO DE VERDADE! -Sting berrou.