Makarov POV

O dia começou animado como sempre... Escuto os berros e risos dos meus filhos daqui da minha sala. É, estou aqui na sala de novo escrevendo para um conselho muito irritado com as destruições locais...

Erza me explicou como Gajeel destruiu não só uma estátua de ferro centenária o devorando, mas como os dois e Wendy destruíram toda uma casa de um grande político... Acabei os perdoando, pois o político estava mantendo uma refém, filha do líder de uma vila pequena para ameaçá-los e extorquir dinheiro, meus pirralhos ficaram muito irritados com isso. Mas é claro, o caso foi abafado. Malditos políticos, por causa dele exatamente ser um politico, estou nesse caso por semanas!

Fiquei surpreso quando soube que Laxus estava se tornando mais sociável, passando a andar mais com a Lucy e não só com o Raijinshuu. Esse meu neto, ele sempre foi um dos meus grandes orgulhos. Sorri com esse pesamento.

Lucy... Essa filha está me preocupando ultimamente... Ela pode sorrir, mas sei que anda algo errado. Principalmente depois da tragédia...

Antes que eu pudesse terminar com os meus pensamentos, alguém bate na porta.

— Pode entrar. -falei, escrevendo a carta e lendo outras coisas que o conselho me mandou.

— Oi mestre. -escutei uma voz feminina.

— Oh! Se não é a Lucy! Chegue mais perto, filha. O que posso fazer por você? -sorri, deixando todos os papeis de lado.

Ela pareceu nervosa. Se sentou e eu esperei que ela dissesse algo. Lucy está com cara de querer falar algo importante...

— Na verdade mestre, preciso falar duas coisas. -ela respirou fundo e me encarou séria, eu fiquei com a mesma feição que a dela- Wendy me contou de uma visão de Charles. Ela disse que na visão, eu chorava e Zeref estava comigo, vindo me atacar com a magia negra dele. Estávamos em um lugar de terras vermelhas e ossos gigantes.

Eu arregalei os olhos.

— Quando ela disse isso?

— Umas semanas atrás...

— Por que não me disse antes, filha? -Zeref vai fazer algo outra vez? Isso é muito preocupante!

— Eu... Eu... -ela parecia muito desconfortável para falar, mas eu queria saber, então esperei Lucy ter forças para contar- Eu fiquei sem saber o que fazer e o tempo acabou passando muito rápido... Sabia que tinha que falar isso para você, mestre... Mas...

Ela abaixou a cabeça. Eu falei:

— Sim, entendi... Isso realmente me preocupa, principalmente por você estar nessa visão.

Lucy não respondeu. Parecia que queria falar mais algo sobre o assunto Zeref, mas não tinha certeza. A loira engoliu seco e pareceu mudar de opinião.

— Mestre, eu... O porquê de eu vir falar agora sobre isso, é porque vim pedir uma coisa.

— O que é filha? -sorri curioso, sobre Zeref eu penso melhor mais tarde. Lucy queria dizer mais algo para mim e preciso escutá-la- É a segunda coisa que veio falar comigo?

Ela assentiu com a cabeça. Sorriu triste.

— Eu quero sair da Fairy Tail.

Eu franzi as sobrancelhas sem compreender, o que é isso de repente!?

— Não estou entendendo Lucy. Por que está falando isso? Qual o problema? Se é por causa de Zeref, eu nunca deixaria alguém machucar meus filhos...

— N... Não mestre! Não é isso! -ela piscou duas vezes com os olhos marejados- Eu realmente amo aqui, meu coração sempre será uma fada e mestre Makarov sempre será meu segundo pai... Mas...

Fiquei tão tocado quando ela me chamou de pai, foi uma coisa que me deixou feliz e ao mesmo tempo acentuou a tristeza das palavras dela no meu coração.

— Mas...? -comecei a ficar muito apreensivo.

— Mas eu estou confusa... Eu quero sair, para me compreender -então ela se apressou em falar- Mas não se engane, mestre! Eu vou voltar... Eu... Prometi para Levy-chan que vou voltar...

Eu a olhei.

Entendi o que está acontecendo... Meus filhos são preciosos para mim, os observo sempre, percebi que Lucy tinha uma paixão por Natsu. E não percebi só isso, Lucy gostava dele, mas nem mesmo ela sabia disso... Descobriu só depois, quando Lisanna se aproximou definitivamente dele.

Sempre confiei que meus filhos iriam resolver seus problemas e assim, crescer... Que eu precisava apenas os observar e os proteger, mas devia ter feito diferente com Lucy.

— Desculpa filha, eu devia ter sido um pai e mestre melhor... -falei com pesar.

Ela sorriu. Eu a encarei triste.

— Não mestre, você sempre pensou no melhor para nós, acho que você confiou em mim, que iria superar sozinha, eu que não consegui... Penso que é um bom pai e mestre, porque... Todas as pessoas da guilda quem você criou, são pessoas maravilhosas, não existe uma guilda tão amável e calorosa como essa... Fez um bom trabalho e pode ficar orgulhoso disso, mestre.

Meus olhos marejaram inevitavelmente, eu sorri gentilmente.

— Entendo Lucy, vai sair para se entender... Esse é o caminho que escolheu fazer... Então não tem mesmo jeito, né? -sorri- Sabe para aonde vai?

— Sim, vou para a Sabertooth...

— Certo... -respondi, então engoli seco, não acredito que um dia assim chegaria... Que eu proferiria essas palavras para uma filha tão boa como ela- Eu vou retirar sua marca agora.

Ela comprimiu os lábios, lembro o quanto Lucy ficou feliz ao receber a marca da nossa guilda no dia em que ela veio com Natsu.

— P... Por favor... -ela forçou um sorriso e estendeu a mão trêmula.

Eu apaguei a marca rosa.

Lucy começou a chorar silenciosa e sorrindo triste se levantou para ir embora. Eu saí da minha cadeira, dei a volta na minha mesa e a abracei. Ela retribuiu o abraço.

— P... Pode me dar a bênção? -perguntou ela, se ajoelhado, eu sorri e beijei sua testa.

— Todos nós estaremos esperando voltar, Lucy. E como você disse, sempre será minha filha. Volte forte e me mostre que posso sorrir com orgulho de você. Essa é a minha bênção, como pai.

— Sim -a voz dela era falha.

Me virei de costas sem conter as lágrimas, fui para a minha mesa. Olhei para Lucy que saia pela porta. Fiz o sinal com a mão, apontando para o teto. Não importa o quanto esteja longe, eu sempre olharei por você, minha filha.

Levy POV

Eu esperava do lado de fora da guilda, logo vejo Lucy sair e ela me vê, eu a abraço.

— Lu-chan, não vai se despedir de ninguém? -perguntei.

— Não, eu quero ir sem lembrar de todo mundo chorando por mim... É egoísta, mas prefiro ver todos brigando comigo quando eu voltar. -ela sorriu. Os olhos dela parecem meio inchados... Provavelmente se despediu do mestre...

— Eu ainda acho que não devia ir, mas se você já se decidiu... -murmurei.

De certa forma Lucy está apenas fugindo não é? Mas nem eu sei se devo impedir ela. Devia ter um outro jeito...

Nós nos soltamos. Eu ainda conseguia escutar a algazarra de dentro da guilda, como se nada acontecesse. Meus olhos vagaram para a mão da loira. A marca não está mais lá. Mordi meu maxilar fortemente.

— O que vai fazer com o seu apartamento, Lu-chan?

Ela olhou em direção ao apartamento dela, mesmo que aqui da guilda não desse para vê-lo.

— Vou continuar a pagar, nem que eu precise trabalhar dobrado. -ela declarou, eu franzi as sobrancelhas, confusa.

— Por quê Lu-chan!? Vai sair muito caro!

— Levy-chan... -ela me encarou séria para o horizonte- Quando estávamos em Tenroujima, meu pai com quem eu não me dava muito bem, cuidou do meu apartamento... Não estou preparada para jogar fora uma das poucas coisas que meu pai fez por mim... Ele sempre foi frio comigo, mas o meu apartamento, é a prova que eu sempre esperei, a prova de que ele se arrependia e me amava.

— ... Entendi... Então... -eu olhei para Lucy e ela olhou de volta- Pode deixar que eu vou ficar indo no seu apartamento para limpar ele. Vou deixar ele perfeito para sempre que você quiser voltar.

Lucy arregalou os olhos, sorriu e lágrimas caíram dos olhos dela.

— Obrigada Levy-chan. -falou ela me entregando uma pequena chave de cor bronze- Eu vou indo por agora. Tchau, Levy-chan.

— ... Não. É um até mais, Lu-chan.

— ... Sim, até mais.

Gray POV

Hum... Que tipo de missão será que eu pego dessa vez? Hum... Pegar itens, derrotar ladrões, resolver mistérios... E agora?

Ah, vou ir em missão nenhuma por enquanto. Estou bem de dinheiro.

Me sentei na mesa em que estava Levy, ela parecia meio desanimada e tomava um suco.

— Não está no balcão hoje, Levy? -perguntei.

— Hoje não. -ela respondeu com o olhar vago.

Senti um arrepio na espinha. Olhei em volta, vendo se alguém me observava. Acho que foi impressão minha... Natsu estava sentado em outra mesa, sendo contido pela Lisanna, nem eu consigo mais brigar com ele direito, principalmente porque ele ainda não tinha se recuperado da briga com o Laxus ainda.

Erza abriu a porta da guilda e caminhou até Levy, com uma cara séria.

— Levy, vou ser direta, aonde está Lucy.

Levy a encarou, parecia cansada, então perguntou:

— É sobre aquilo que a Wendy falou?

— É. Hoje essa loira não escapa, vai me responder exatamente tudo o que está acontecendo.

Levy fica silenciosa, eu olho para as duas, então Gajeel aparece, de braços cruzados.

— Ela pegou o trem, não é baixinha?

— Gajeel idiota! -exclamou a azulada.

— O quê!? Não é exatamente um segredo, iriam estranhar uma hora, certo? Todos amam a Bunny Girl, não é como se ela fosse uma pessoa invisível! -ele falou, se sentando do meu lado e ficando de frente para Levy. Ela suspirou.

— Sim, ela pegou. Feliz, fonte dos segredos vazados?

— Espera, do que estão falando!? -perguntei.

— Bunny Girl saiu da guilda.

— A LUCY O QUÊ!? -berramos eu e Erza em uníssono.

— Lu-chan saiu da guilda. -confirmou Levy.

— O que tem a Luce? -falou uma voz conhecida atrás de mim. Vish, apareceu o problemático. Olhei pelo canto do olho e vi que Lisanna ficou para trás, ela conversava com Kinana.

— Lucy. Saiu. Da. Guilda. -falei pausado, ainda processando a informação, Erza estava com a mesma expressão que a minha.

— QUÊ!? LUCE SAIU... COMO É!? NÃO MINTA GRAY TARADO CONGELADO! -berrou pegado minha manga da camisa, me obrigado a levantar.

— NÃO ESTOU MENTINDO! ME SOLTA SALAMANDER ESTÚPIDO! -berrei de volta, foi só agora que percebi, todo mundo nos olhava, eles continuavam cuidando da vida deles, mas olhavam curiosos para a nossa briga.

— É a pura verdade, solta o stripper, Salamander. -falou Gajeel, Natsu me soltou e pegou a manga do Dragon Slayer de ferro com uma cara muito zangada.

— POR QUÊ NÃO IMPEDIU ELA!?

— Quieto Salamander, foi coisa da Bunny Girl. Ela decidiu sozinha, eu respeitei a escolha dela.

— É MENTIRA! LUCE NUNCA! NUNCA IRIA SAIR DA GUILDA! ELA AMAVA AQUI!

— Aaah, ela saiu, Salamander. Não estou mentindo. -respondeu Gajeel, calmo.

— O QUE VOCÊS FIZERAM!?

Agora Gajeel ficou irritado e o encarou zangado também, pegando na manga de Natsu.

— Fizemos nada esquentado idiota! Talvez isso não teria acontecido, se VOCÊ NÃO FOSSE UM ESTÚPIDO!!

Eles se soltaram.

— O que quer dizer!? -perguntando o rosado.

— Exatamente o que eu disse.

Lisanna assustada veio até nós e falou:

— Natsu! Meu amor, calma. Você nem se recuperou da briga com o Laxus ainda.

— Eu estou bem Lisanna.

— O que está acontecendo? -a albina ficou preocupada.

Natsu fechou o punho. Eu expliquei:

— Lucy saiu da guilda, Lisanna.

A albina ficou surpresa. Então o esquentado grasnou:

— Estou indo perguntar diretamente para ela.

— Natsu, deixa a Lucy, se ela saiu da guilda, foi escolha dela! -suplicou a albina, já se recuperando da surpresa, segurando o braço do rosado.

— Não Lisanna! Luce continua sendo uma amiga! Quero ouvir isso diretamente dela! -ele ergueu a voz.

A albina comprimiu os lábios, mas falou contendo a calma:

— Então... Não é melhor escutarmos o que eles tem a dizer?

— Mas Lisanna!

— NATSU! POR FAVOR! NÃO VAI ATRAS DA LUCY! SE ESTÁ PREOCUPADO, ESCUTE PRIMEIRO O QUE GAJEEL TEM A DIZER! -gritou ela, Natsu arregalou os olhos assustado. Ele se aproximou de Lisanna e a puxou para si, bando um beijo em sua testa.

— Desculpa Lisanna. Você tem razão.

Ela assentiu com a cabeça e ele se sentou. Até eu me assustei, mas fiquei mais surpreso com o esquentado ter escutado a albina e se sentado.

— E? -perguntou o rosado.

— E o quê? -perguntou Gajeel, se sentando de novo.

Lisanna se sentou ao lado do Natsu. E... Cade a Erza!?

Olhei para os lados e vi a ruiva levando... Wendy!? Me levantei. Gajeel parece que não ia abrir a boca, Lisanna ia segurar Natsu, e Natsu ia ficar insistindo. O promissor parecia ser o que Erza faria. Por sorte ninguém me reparou saindo.

— Pode desembuchar Wendy Marvell. Sei que você sabe de um dos problemas dessa loira esconde -escutei a voz da ruiva. Tínhamos chego à enfermaria da guilda, longe dos ouvidos do resto do pessoal. Eu colei a orelha na porta fechada.

— M... Mas Erza-san... Eu...

— Wendy, presta atenção. Eu estou preocupada com a Lucy, você não!? Ou você não pode confiar em mim? O que é que perturba a Lucy? O que você quis dizer da outra vez? -perguntou ela direta.

A azulada engoliu seco, e eu continuava escondido. Aah, se Erza me pega, estou muito ferrado. Mas estou curioso, então é inevitável...

— Eu confio em você, Erza-san... -respondeu Wendy por fim, parece que a exceed não estava junto, porque a gata com certeza iria se intrometer- Charles, teve uma visão, com Zeref atacando Lucy-san...

Quê!? Zeref!? Como ele apareceu na história?

Erza ficou surpresa também, mas ela falou, inabalável:

— Depois você me explica isso direitinho Wendy, mas tenho certeza que Lucy não sairia da guilda por isso. Tem mais coisa aí.

— Ahn? Ahh... A... Acho que Lucy-san saiu... Por causa de Natsu-san.

— Natsu!? ... Isso faz sentido... Mas por que acho que tem mais coisa ainda nessa história? Essa coisa do Natsu, é muito estranho...

— N... Na verdade Erza-san... Antes, Charles teve outras visões...

Tomei um susto, algo tocou o meu pé, Charles me olhou e abriu a porta. As duas se assustaram nos encarando.

— Charles! -exclamou Wendy. E vi os olhos da ruiva faiscarem malignamente para mim.

— Gray... Estava nos espiando, huh?

— Ahn... Eu... -gaguejei.

— Todos vocês. -falou a gata, toda a nossa atenção pairou na exceed- Escutem bem.

— Charles, eu... -tentava se explicar Wendy, mas Charles levantou a pata e sorriu.

— Não Wendy, não precisa se explicar. Está na hora de falar, você me apoiou enquanto eu fiquei indecisa, mas está na hora de falar sobre as visões. Você está certa Wendy, temos que contar.

— Charles... -sussurrou a garota.

— Qual o segredo, Charles? -perguntou Erza.

— Por que Natsu se casou com Lisanna? -perguntou abruptamente a gata.

— O que isso tem a ver? -perguntei confuso, que tipo de pergunta é essa?

— Qual foi o papel de Lucy nesse caso? -a gata insistiu.

— Levy disse que Lucy ajudou Lisanna a ficar com Natsu. -Erza respodeu.

— Isso. -falou Charles- Mas vocês cometeram um terrível engano. A questão não é: Por que Lisanna e Natsu ficaram juntos.

— Não estou entendendo... -confessei.

— Amm... -murmurou Wendy- A pergunta na verdade... É... Por que Lucy-san se afastou de Natsu-san para que Lisanna-san ficasse com ele...

Eu e Erza pensamos.

— AH! -exclamamos.

— De certa forma... -falei com a mão no queixo- Se a dupla Natsu e Lucy tinham uma paixão mútua... O babaca do foguinho é meio lerdo, mas uma hora iria perceber que ama a loira e eles ficariam juntos...

— Sim... -concordou Erza- Mas Lucy disse que ela jogou Lisanna para Natsu, ou seja, ela ajudou os dois se juntarem... Mas por quê? Por que Lucy se afastou de Natsu para que Lisanna ficasse com ele? É isso Charles?

A gata assentiu e abaixou a cabeça.

— Eu tive duas visões antes da do mago negro... Uma era Mirageene Strauss chorado nos braços de Lucy. Eu não tinha acreditado nessa visão e... Fiquei calada... Mas... Aconteceu aquela tragédia... -todos nós ficamos com pesares ao lembrar- E a outra, era Lisanna Straus se suicidando enquanto falava o nome de Mirageene Strauss. Lucy achou que se Lisanna fosse correspondida por Natsu, poderia salvar a irmã mais nova da Mirageene. O amor vence a depressão. Parece que ela estava certa, a visão não virou realidade.

Ficamos silenciosos, eu e a ruiva abrimos a boca num belo O. Lembramos imediatamente que a pessoa que mais chorou e ficou realmente depressiva tinha sido Lisanna ao saber o que aconteceu com Mira. Mesmo todos tentando animá-la, a albina dava apenas um sorriso triste e voltava a olhar o vazio. Mas então é isso!?

Depois, misteriosamente Natsu começou a passar tanto tempo com Lisanna, que nem estranhamos muito quando a albina parecia melhorar com o rosado... Ficamo felizes em ver que ela estava é ficando melhor... O estranho mesmo foi quando Lisanna se declarou pro rosado e eles começaram a namorar e Lucy apenas sorriu. Foi uma surpresa para mim, já que tinha certeza que a loira amava o rosado!

Lucy estava sempre sorrindo. Um sorriso anormal, mas todos preferiram não comentar. Estávamos não querendo tocar em mais feridas dela.

Mas se Lucy jogou Natsu para Lisanna...

— Mas por quê Lisanna iria se matar!? -perguntei sem compreender- Quando ela “morreu”, nem Mira ou Elfman fizeram isso!

— Olha -suspirou a gata- As pessoas tem formas diferentes de tratar as coisas... Lisanna tinha uma grande fraqueza e não pôde suportar, foi só isso... Eu acho...

Então fomos dispersos por uma movimentação.

— Ninguém vai atrás da Lu-chan! -berrou alguém. Todos nós corremos para o salão e vimos Levy na porta da guilda contra todos.

— SAI DA FRENTE LEVY! ESTOU INDO ATRÁS DA LUCE! SE NÃO VÃO RESPONDER, EU MESMO PERGUNTO PARA ELA!

— Não Natsu!! Deixa a Lu-chan fazer o que ela quer!! Ela merece e precisa!!

Todos concordavam com Natsu que estava na frente ficando contra Levy, os dois se encaravam, Gajeel se intrometeu, protegendo a azulada.

— Para de fogo Salamander! Bota sua cabeça num balde de gelo! A baixinha tentou impedir, mas Bunny Girl foi mesmo assim. E mesmo que você pergunte, tenho certeza que ela não vai responder!

— CALA A BOCA CABEÇA DE PREGO! ESTOU INDO MESMO ASSIM!

Eles se encaravam de forma assustadora.

— MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO!? -berrou o mestre, aparecendo na sacada do segundo andar.

— MESTRE! A LUCE SAIU DA GUILDA E EU ESTOU INDO ATRÁS! -grunhiu Natsu.

— Não! Ninguém vai atrás dela. -ele ordenou para a nossa surpresa- Eu confio na Lucy! Você não, Natsu? -falou ele prevendo que o cara do cabelo rosa ia contrariar- Ela prometeu que ia voltar. Devemos respeitar a vontade dela e esperar. Quando Lucy aparecer por aqui Natsu, pode tirar satisfações, mas por enquanto é para ficar calado!

Com isso, Natsu bufou e deu meia volta, sendo seguido por Lisanna.