Between Life and Death

Capítulo 02 - A ponte e o fantasma


A ponte e o fantasma

A viagem até Jericho ocupou a noite inteira. Dean começou dirigindo, até que o sono o alcançou. Sam tomou conta do volante e logo vou abraçado pelo cansaço de mais de um dia na estrada. Katherine foi quem assumiu o volante pelo resto do trajeto, deixando Dean dormir, estirado no banco de trás do Impala e Sam fechar os olhos, apoiado na janela. Era muito bom estar ao lado deles, era como se estivesse definitivamente em casa

O sol se erguia no horizonte, brilhante e poderoso, incomodando os olhos dos irmãos Winchester, forçando-os a acordar. Katherine abre a boca para dar “bom-dia”, mas sua visão é ocupada por carros da polícia, que rodeavam um carro menor vazio.

— Gente, é melhor acordarem — Ela ordena, socando o ombro do mais novo — Polícia. Ainda tem as credenciais falsas?

Dean boceja no banco de trás, mal conseguindo abrir os olhos.

— Porta-malas — Ele murmura, se espreguiçando — O que aconteceu?

— Estamos prestes a descobrir — Katherine sorri, parando o carro e indo para a parte de trás, deparando-se com a artilharia guardada no porta-malas. Pistolas, sal, água-benta, estacas de ferro, verbena, balas de prata, símbolos anti possessão, tudo o que um Caçador de seres sobrenaturais precisava e um pouco mais: uma caixa com credenciais e cartões de créditos falsos.

Vasculhando a caixa de papelão, ela encontra uma falsificação de uma credencial do FBI com a sua cara. Katherine realmente não havia mudado nada, continuava com a mesma pele alva, cabelos castanho-escuros e ondulados, que caiam como uma cachoeira por seus ombros e seus olhos marrons que, dependendo da luz, pareciam vermelhos como sangue.

— Aqui está a sua, Sammy — Ela fala entregando a cada um dos irmãos a pequena carteira de couro escuro que continha as credenciais — Agente Hills e agente Huntington.

— Obrigada, agente Killiam — Dean sorri, colocando a carteira no bolso de sua calça.

Os três caminham de cabeça erguida até os policiais de farda castanha que aguardavam no carro.

— Deixa eu ver se eu entendi. Um menino desapareceu aqui e o John conseguiu conectá-lo a uma série de desaparecimento de outros homens nessa mesma estrada mal acabada?

— Isso está acontecendo a praticamente dez anos — Sam murmura.

— Estranho…

— Bom dia, policial — Dean fala exibindo sua credencial.

Katherine faz o mesmo, sendo seguida por Sam.

— Meio novos para serem agentes do FBI, não? — O homem fardado questiona, encarando Katherine.

— Obrigada, policial — Ela retruca — Dizem que inteligência não é medida com aparência — O homem se cala — O que aconteceu aqui?

— Troy Squire, desaparecido. Sem sinal de luta ou algo do tipo — Ele explica, levando Katherine até o carro — Porque o FBI está interessado no caso?

— Somos apenas agentes que se importam com a população americana — Ela sopra observando o veículo — Então, nada estranho?

— Não, senhora.

— Algum parente mencionou algo?

— Somente a namorada dele, Amy Hein — Ele fala se apoiando na grade da ponte em que estavam — Ela disse que estava no telefone, Troy estava normal e de repente desligou, falando que logo retornaria, pois algo havia chamado sua atenção.

— Algo ou alguém?

— Não saberia responder, senhora.

— Obrigada, senhor…?

— Kingston.

— Obrigada, senhor Kingston — Ela fala se despedindo, se aproximando dos irmãos Winchester, que observavam o rio que passava debaixo da ponte — Precisamos achar uma garota chamada Amy Hein.

— A namorada do menino desaparecido?

— Exatamente, Sammy. Parece que ela foi a última a conversar com o Troy.

— Então vamos achá-la — Dean fala, encaminhando-se para o Impala preto — Vocês vem ou não?

Katherine sorri. “É muito bom estar de volta”, pensou.

Depois de dar uma volta pela cidade, perguntando para alguns moradores quem Amy Hein era, foram direcionados por uma velha senhora a procurar uma garota de cabelos negros que estaria, provavelmente, colando flyers com as informações de seu namorado desaparecido. Não demorou muito para encontrá-la. Estava com uma amiga, colando papéis com a foto de Troy pela cidade.

Katherine convenceu as duas a tomarem um café juntos, seguindo, então, para uma cafeteria local. Amy estava um pouco abalada, negando quando a vampira a ofereceu uma bebida quente.

— Amy, ficamos sabendo que você foi a última a falar com ele naquela noite — Dean dispara — O que ele disse?

— Que me ligaria de volta assim que chegasse em casa — Ela murmurou, encarando a mesa — Eu pedi para que ele não passar naquela ponte, há lendas sobre…

— Amy, você sabe muito bem que não foi isso que o atacou — A amiga sopra — Desculpa, a Amy está mesmo debilitada.

— Está tudo bem — Katherine fala, tocando a mão fria de Amy que estava estática na mesa — O que essa lenda diz?

— Uma mulher que foi assassinada — Ela diz, encarando a mulher; seus olhos estavam marejados e seu nariz, vermelho — A lenda fala que ela volta como um fantasma homicida que pede carona perto daquela ponte.

Sam e Dean se entreolham. “Temos uma pista”, Katherine pensou.

Depois de servirem um grande pedaço de bolo de chocolate para Amy e sua amiga, e prometer a namorada de Troy Squire que descobriria o que realmente estava acontecendo, Katherine saiu da cafeteria, acompanhada por Sam e Dean, em direção a ponte, queriam observar o local.

Dean estacionou o carro no início da estrada e, juntos, caminharam pela ponte. Katherine vestia-se com uma jaqueta de couro, apesar do vento estar fraco, vinha frio e fazia a ponta de seu nariz ficar gelada. Eles estavam sendo iluminados pela luz da lua, deixando o ambiente solitário ainda mais assustador.

— Não me diga que está com medo — Dean sussurra, aproximando sua boca da orelha de Katherine.

— Estou com frio — Mentira. Katherine estava com fome.

— Pensei que vampiros não sentem frio.

— Sou uma híbrida, Dean — Ela retruca, encarando-o nos olhos.

Dean sentiu seus joelhos falharem, Katherine continuava linda. Queria abraçá-la e agradecer com todas as forças por ela estar ali, ajudando-o a procurar o pai e lutando contra sua própria natureza ao se alimentar de sangue velho e plastificado.

— Você está com fome, isso sim — Soa voz soa severa, como um militar — Quando foi a última vez que se alimentou?

— Na tarde do dia anterior — Ela responde chutando uma pedrinha qualquer — Mas estou bem.

— Mentirosa.

— Insuportável — Katherine sibila, acelerando o passo.

Dean Winchester consegue ser estupidamente lindo ao mesmo tempo que era imensamente impertinente.

— O que conseguiu achar sobre a Rodovia Centennial? — Ela pergunta quando alcança Sam.

— Constance Welch, em 1981, se jogou da ponte, depois de matar seus filhos, afogando-se no rio — Sam explica passando seus braços pelos ombros de Katherine — A quanto tempo está sem comer?

— C-Como…?

— Está gelada e com frio, vampiros não são assim.

— Eu sou uma…

— Não precisa mentir para mim, Kath — Ele sussurra, puxando-a para perto — Hoje de noite, quando arrumarmos um lugar para dormir, você vai encontrar alguém para se alimentar.

— Mas eu prometi…

— Então iremos juntos para o hospital mais perto, combinado?

— Nunca vou conseguir me livrar de você, não é?

Ele sorri, voltando o seu olhar para a rodovia.

— Jessica é uma mulher sortuda — Katherine comenta, se afastando de seu toque — Espero que não demore para a pedir em casamento.

— Estamos namorando só há dois anos…

— Mesmo assim — Kath continua, voltando o seu olhar para o asfalto — Espero mesmo que seja feliz, Sammy. Você merece.

— Essa vida não é boa para ninguém, Kath, nem para Dean nem para o meu pai — Ele sopra, cansado — Os dois querem achar a criatura que matou a nossa mãe, mas…

— Eu sei, é uma caçada que não a trará de volta. John nunca vai mudar de ideia, espero que esteja ciente disso.

— Meu pai passou a vida inteira nessa busca, mas o Dean… Hum, ele pode mudar, eu acho.

— Seu irmão é uma mula nesse sentido e…

Porém, antes que pudesse terminar, o corpo de Katherine se choca contra as costas de Sam. Mal conseguindo dar um passo para trás, a visão da vampira é ocupada por uma figura de uma mulher de vestido branco e desgastado pelo tempo. Um fantasma, disso Katherine tinha certeza.

— Sam…

— Me leve para casa — Sua voz soa fraca, magoada, enquanto ela sobe na beirada da ponte e então…

Ela pula, forçando Sam a correr em sua direção.

— Ela sumiu — Ele soprou, encarando o rio que corre debaixo deles.

Um ronco metálico preenche o ambiente. O Impala, outrora estacionado, grunhiu e piscava as luzes dianteiras.

— Você só pode estar de brincadeira — Dean vocifera, observando o carro avançar aos poucos.

Katherine sente seu corpo travar, havia se esquecido do real significado do termo “o negócio da família Winchester”. John, Dean e Sam caçam criaturas sobrenaturais que causam desordem no mundo humano. O carro ronca mais uma vez, estava os ameaçando, ou melhor, Constance Welch estava os ameaçando.

— Dean, corra — Katherine sopra.

— Mas o carro…

— Dean, só corra! — Sam ordena um pouco antes do Impala avançar.

O carro acelera na direção do grupo. O som metálico ecoava pelo corpo de Katherine, ela sabia que se fosse atropelada, doeria muito mais do que ela estava acostumada, por conta da falta de sangue em seu sistema.

O coração da vampira batia tão rápido em seu peito, ou pelo menos a ideia de algo semelhante, que a fazia perder o fôlego. Seu cabelo, que costumava estar preso em um coque frouxo, agora caía pelos seus ombros, sendo empurrados e bagunçados pelo vento.

— Mais rápido, Dean!

— Cale a boca, Sam!

Sam dispara, na frente de todos, saltando para o lado externo da grade da ponte, enquanto Dean se joga no rio. Katherine se agarra a mão do irmão mais novo e, uma fração de segundo depois, o carro passou por eles a uma velocidade extremamente alta, que se ele batesse em algum lugar, seria perda total.

Um som alto de freio e o cheiro ácido de borracha queimada ocupam o ar, tornando-o pesado de difícil de respirar.

— Você está bem? — Sam perguntou, puxando-a para perto de si, para ter certeza que ela não cairia no rio.

— Sim — Katherine respondeu respirando fundo — Dean?

Um silêncio ensurdecedor toma conta da Rodovia Centennial.

— Dean? — A voz de Sam soa falha e assustada.

— Aqui! Vivo! — Dean exclamou irritado, se arrastando para fora do rio, parando na margem para inspirar profundamente.

O olhar de Sam recai sobre Katherine, ambos abrindo um largo sorriso. Ela contorna as barras de metal da ponte e voltando para o asfalto da rodovia. Sam faz a mesma coisa e, no momento em que o irmão mais novo toca o chão da ponte, Dean aparece, completamente sujo de lama, dos pés a cabeça.

Os dois caem na risada, fazendo o irmão mais velho aquecer de raiva.

— Foi um bom mergulho? — Katherine brinca, aproximando-se dele.

— Eu poderia ter morrido.

— De que? Desgosto? — Sam sorri, apoiando-se no Impala — Numa noite perdeu o carro e a dignidade.

Dean abre a boca para falar algo, mas rapidamente fecha. Não queria dar satisfação ao irmão e a mulher que ele costumava amar.

— Precisamos de um lugar para passar a noite — Katherine pontua, enxugando uma única lágrima de felicidade que escorria solitária em seu rosto — Dean precisa de um bom e demorado banho.

Chegando na recepção do hotel, Dean pediu um quarto com três camas, mas, antes que pudesse pagar, o velho dono notou uma semelhança que fez o coração de Katherine disparar. O nome no cartão de crédito falso de Dean já havia sido usado para pagar um quarto por um mês inteiro.

— É uma reunião de família ou algo do tipo? — O senhor perguntou, entregando o cartão nas mãos de Dean.

— É, é sim. Uma reunião de família — Dean sibila, cerrando o maxilar e encarando Sam.

— Vocês acham que ele ainda… — Kath sussurra, sendo interrompida pelo irmão mais novo.

— Onde ele estava hospedado?

— Final do corredor à esquerda.

O trio acelera pelo corredor, Dean é o primeiro a chegar e abre a porta tão rápido que ela estala, ao se chocar contra a parede do quarto. O cômodo estava escuro, com todas as janelas fechadas, as mesas cheias de papel e restos de lanches de máquinas. Era óbvio que era John Winchester que ocupava aquele quarto, não era só por conta do quatro de pistas com fita vermelha conectando alguns fatos, mas também por causa da cama impecável e intocada.

— Ele estava aqui — Katherine comenta, fechando a porta atrás de si.

— Definitivamente.

— O pai estava na mesma pista que estamos — Dean fala observando o quarto — A mulher de branco que mata homens na Rodovia Centennial.

— O fantasma de Constance Welch — Sam sopra, se sentando na cama — Ele está aqui, nessa cidade.

— Eu… Hum, vou tomar banho e saímos para encontrá-lo.

— Devem descansar — A voz de Katherine soa mandona — John não gostaria de vê-los assim. Durmam, afinal em poucas horas vai amanhecer.

— Mas…

— Se esperam uma semana para encontrá-lo, podem esperar mais algumas horas. Lembrem-se que são humanos, precisam dormir e eu me recuso a dirigir o carro, parece que o motor vai fundir a qualquer momento — Katherine cruza os braços e encara os irmãos — Nesse meio tempo, quem sabe o John volta para o quarto dele?

— Ela está certa, Dean — Sam fala, deitando-se na cama — Não dormimos direito por dias.

— Só algumas horas...

— Prometo acordar vocês quando o sol raiar — Ela sorri, tirando o casaco e o colocando em uma das cadeiras.

Sam foi o primeiro a cair no sono, pesado e tranquilo, era notável que estava cansado, principalmente por ter se acostumado a uma vida normal, com hora para dormir e acordar. Dean se encaminhou para o banheiro, precisava, definitivamente, de um longo e quente banho, lavar toda a lama e o medo de seu corpo. Katherine, por outro lado, seguiu para um pequeno bar do hotel, meio sujo e vazio, exceto por alguns caminhoneiros que fumavam e jogavam cartas. Ela precisava de algo para distrair sua fome.

O hospital mais próximo estava a mais de duas horas de distância e, do jeito que estava, era incapaz de ir a pé até lá, pois sua velocidade vampírica a pregava peças, não estava alimentada o suficiente.

A música country ecoava pelo ambiente, servindo como uma bela e serena distração. O coração de Katherine estava apertado, John estava em Jericho, ela sentia isso, mas temia que algo houvesse acontecido com ele, afinal estava desaparecido a mais de uma semana. Respirando fundo, ela virou o copo de whisky que segurava, pedindo mais uma dose logo em seguida. Apesar de precisar estar sóbria no dia seguinte, a sua fome era tão grande que apenas a bebida era capaz de acalmá-la.

— Entre no carro, eu te levo para o hospital — A voz de Dean soa severa, quase como uma ordem.

E lá estava ele, limpo, vestido com uma camisa cinza, uma flanela e seu casaco de couro por cima de tudo. O irmão mais velho tinha um cheiro amadeirado intenso, inebriante e misterioso. Os seus olhos verdes pareciam brilhar.

— Devia estar na cama — Katherine retruca tomando outra dose de whisky.

— Não devia ser tão chata com quem quer apenas te ajudar.

Ela sorri, levantando-se do banco.

— Promete que assim que voltarmos, vai direto dormir?

— Sim, mamãe — Ele brinca abrindo a porta do bar — Não cansa de ser mandona?

— Não, assim como você nunca se cansa de ser insuportável.

O caminho de ida e de volta do hospital foi mais rápido do que Katherine havia imaginado. Havia conseguido três bolsas de sangue e só precisou usar compulsão em dois funcionários, ou seja, foi fácil e antes das duas da manhã, ela e Dean já estavam no hotel.

O irmão mais velho foi dormir assim que entraram no quarto, mas Kath estava muito agitada para qualquer coisa. Decidiu, então, ler tudo o que John Winchester havia encontrado sobre Constance Welch. Depois de algumas horas de leitura, Katherine descobriu que a mulher em branco da Rodovia Centennial foi casada com o Sr. Welch, homem já de idade que mora perto de um ferro-velho não muito longe do hotel em que estavam hospedados e, provavelmente, uma parada obrigatória quando se tratava de John Winchester.

Os raios de sol começaram a entrar pela janela do quarto, incomodando a visão de Katherine. Estava na hora de acordar os Winchester. Quando se virou para as camas, se deparou com uma cena que fez seu coração aquecer de felicidade. Sam dormia de costas, agarrado ao cobertor e com a boca aberta, enquanto Dean estava de bruços, com uma de suas pernas levantadas e seu cabelo mais parecia um ninho de passarinhos.

“Como eu senti falta disso”, ela pensou se sentando na beirada da cama de Sam. Katherine passou a mão pelo cabelo castanho e liso dele, fazendo um carinho leve para acordá-lo.

— Bom-dia, Sammy — Ela murmura, virando-se para Dean.

Katherine segura sua mão e o sacode devagar, acordando-a.

— Bom-dia, Kath — Eles falam em uníssono, ainda grogues por conta do sono.

— Já sei a nossa próxima parada — Katherine diz, abrindo as cortinas — Sammy, eu e você precisamos achar o Sr. Welch, o marido de Constance.

— É, hum, façam isso… — Dean boceja — Eu vou tomar café…

— Ao menos escove os dentes, seu idiota — Sam retruca, arrumando o cabelo — Onde ele mora?

— Perto do ferro-velho, não é longe.

O irmão mais velho rasteja para longe da cama, indo para a porta.

— Vão querer alguma coisa?

Katherine sorri, Dean consegue ser lindo mesmo com a cara amassada por conta do travesseiro.

— Não — Sam responde.

Dean assente e sai, deixando Katherine e Sam sozinhos no quarto.

— Por isso que pedi para que mantivesse os olhos nele — Ele sorri, colocando os sapatos — Onde foram ontem?

— Dean me levou para pegar bolsas de sangue — Katherine fala, pegando a última que sobrara — Não peguei muitas para não levantar suspeitas e…
O telefone toca, interrompendo a vampira.

— Alô?

Sam, você precisa sair daí — Katherine escuta a voz de Dean e ele parecia terrivelmente preocupado — Agora.

— Dean, o que está acontecendo?

Só saia. Pelos fundos — Ele sibila, irritado — Temos companhia da polícia! Ah, olá, oficial e… Ugh!

Dean desliga, fazendo Sam se virar para Katherine, parecia assustado. A vampira acelera em direção a janela, fechando a cortina discretamente. Lá estava Dean, com o peito em cima do capô do carro, sendo revistado por dois policiais de fardas cáqui.
Katherine engole em seco.

— Você…

— Sim, eu escutei — Ela murmura, voltando-se para o interior do quarto, pegando sua bolsa de sangue e informações importantes sobre o caso da mulher de branco — Precisamos ir. Agora.

— Certo, eu sei — Sam fala arrumando sua mala — Tem uma saída logo após a máquina de gelo.

— Vamos — Katherine diz, abrindo a janela do outro lado do quarto — Alguém tem que tirar seu irmão da cadeia.

Sam assentiu e depois escapou pela janela. Katherine analisa o quarto mais uma vez, parecia que John estava realmente ali, com suas pesquisas e uma desordem organizada, deixar o local era deixá-lo para trás. Com o coração apertado e segurando a respiração por conta do nervosismo, a vampira passou pela janela aberta.