Bad and Good

Capítulo 1 - "I see fire"


Cap 1 – “I see Fire”

— Ei Fionna! Onde estamos indo?

— Fica calmo Chiclete, o show fica mais para o fundo da floresta.

—Essa floresta é assustadora, droga! Por que aquele cara gosta desse tipo de coisa?

—Chegamos!

Gumball e Fionna chegaram em um local aberto no meio da mata, havia várias pessoas no lugar, seres estranhos e sinistros, mas também alguns rostos conhecidos do Reino Doce. Gumball olhou em volta e apesar de assustador o lugar também era muito bonito. Por ficar longe do Reino Doce ele era muito mal iluminado, mas isso permitia ver claramente as estrelas no céu e a lua naquele lugar parecia enorme.

— Aqui Gum.

Gritou Fionna, perto do palco improvisado acenando para que ele se aproximasse. Gumball foi em sua direção e viu virado de costas para ele uma de suas maiores dores de cabeça em toda Terra de Ooo. O Rei dos vampiros se virou em sua direção e com um sorriso sarcástico fez uma reverência.

— Majestade! Que honra você vir no meu humilde show. Espero que não se assuste com os seres maléficos que estão rondando por aqui. É melhor não andar sozinho.

Marshall passou por Gumball se divertindo da cara de medo do príncipe. Gumball tem medo de coisas sombrias, apesar de quando algo ameaça seu reino ele se torna mais que corajoso.

— Eu não devia ter vindo Fionna. Marshall obviamente não me quer aqui.

— Que isso Gumball. Vocês dois tem que parar de agir feito crianças.

— Eu não faço isso, é ele que age feito criança e isso me tira do sério.

— Ainda sim gosta de ouvi-lo cantar não é? E foi pra isso que viemos, pra ouvir música e nos divertimos. Então desfaça essa cara emburrada.

Gumball percebeu que Fionna tinha razão. Ele já estava ali mesmo, então pelo menos se divertiria, afinal não é sempre que ele tem um dia de folga, sem precisar ficar se preocupando com o Reino Doce.

De repente a pouca iluminação do local diminui mais ainda. Fionna e Gumball olharam para o palco onde subia Marshall. Ele se sentou em um banco que estava no meio do palco e começou a tocar uma música calma e de melodia doce.

— Essa música é para meu amigo Touph que está de aniversário hoje.

Marshall começou a cantar e a melodia envolveu completamente Gumball que se perdeu naquela bela canção.

“Oh, olhos enevoados da montanha abaixo

Tome cuidado, cuide das almas dos meus irmãos

E o céu deveria estar repleto de fogo e de fumaça

E o céu deveria estar repleto de fogo e de fumaça

Continue vigiando os filhos de Durin”

Gumball estava achando a música muito bonita e a voz de Marshall era sonora e melancólica, combinando perfeitamente, mas ele estava confuso pois não sabia quem era Touph. “Deve ser um dos amigos estranhos de Marshall”, pensava, mas Gumball foi retirado de seus pensamentos quando notou que Marshall olhava para ele.

“Se isso é para terminar num incêndio

Então, deveríamos nos queimar juntos”

Gumball se sentiu perturbado com Marshall o olhando daquela forma. Seus olhos mirando diretamente os de Gumball. Ele só o olhava em certos trechos da música. “O que era isso? Você está tirando uma com a minha cara, quer me mandar algum recado?”

“E se deveríamos morrer hoje à noite

Então, deveríamos todos morrermos juntos

Vamos brindar com um vinho pela última vez”

Gumball ao ouvir a palavra “vinho”, dita juntamente com um sorriso sarcástico no rosto de Marshall que o olhava, sentiu seu rosto enrubescer. Aquela frase, aquela palavra, havia deixado claro que a mensagem se dirigia especificamente a Gumball, devido a um fato do passado dos dois, que foi o que deixou o príncipe envergonhado.

A desolação vem do céu”

“Marshall idiota!”

“Agora eu vejo o fogo

Dentro das montanhas

Eu vejo o fogo

Queimando as árvores

E eu vejo o fogo

Perfurando almas

E eu vejo o fogo

Sangue na brisa

E espero que você se lembre de mim”

Marshall olhava intensamente para Gumball, que tentou desviar o olhar, mas quando a última frase daquele trecho da música foi cantado, “E espero que você se lembre de mim”, com a voz melancólica e melodiosa de Marshall, ele não pode evitar de olhá-lo. Sua expressão era triste e a do príncipe também. Esse jogo de provocações do Vampiro continuou durante toda a música e mesmo assim ele não perdeu uma nota, um tom se quer, até que finalmente a música acabou.

Todos os presentes aplaudiram, incluindo Fionna que estava muito feliz.

— Ei Gum, vamos lá falar com Marsh! Mas se comporte.

— Vai você primeiro eu vou depois.

—Tem certeza?

Gumball apenas a olhou com um sorriso e balançou a cabeça. Fionna achou aquilo estranho, mas mesmo assim se retirou e foi até Marshall. Depois que todos cumprimentaram o vampiro, Gumball aproveitou e foi em sua direção. Quando viu que ele estava sozinho se aproximou de Marshall que já tendo o percebido estampava um sorriso divertido no rosto.

— O que foi aquilo Marshall?

— Aquilo o que chicletinho?

— Não me venha com essa eu sei o que você estava fazendo. Por que está tentando me tirar do sério?

— Não preciso fazer isso, você faz isso sozinho.

Gumball estava irritado e Marshal se divertia cada vez mais com aquilo. De repente ele agarrou a mãe de Gumball e o arrastou para dentro da floresta.

— O que é isso? Pra onde está me levando?

— Ora, você não perguntou o que foi aquilo? Vou te mostrar!

Depois que já estavam bem longe da festa Marshall parou e empurrou Gumball contra uma grande árvore, ele o olhava envergonhado, mas mesmo assim colocou suas mãos envolta para que o príncipe não pudesse escapar. Marshall aproximou seu rosto de Gumball e o beijou. Gumball se deixou levar pelo momento, e pelo toque de Marshall e retribui o beijo. “Droga! Tenho que parar com isso. Não posso continuar com isso...mesmo querendo muito.” No entanto quando reorganizou seus pensamentos, virou seu rosto rapidamente, separando bruscamente seus lábios de Marshall. O Rei dos Vampiros continuou prendendo Gumball, e quando este virou para ele, Marshall parecia irritado.

— Eu não entendo você Gum, você me quer ou não? Você sempre me deixa confuso, às vezes acho que você me quer tanto quanto eu quero você, aí você faz essas coisas, age dessa maneira e me deixa...Confuso. Me olhe nos olhos e me diga que não sente nada por mim e eu te deixo em paz.

Gumball o olhou nos olhos, surpreso pelo que tinha ouvido. Marshall não estava mais irritado, mas envergonhado e triste. Parecia haver algo mais, como se ele estivesse escondendo algo.

— Não posso... Não posso dizer que não sinto nada por você, mas isso não muda as coisas. Eu tenho minhas responsabilidades e não acho que devemos ficar juntos, isso poderia comprometer o reino...

Marshall se afastou, ele estava consternado.

— Você não faz sentido Gum! Você gosta de mim, mas não quer ficar comigo. Então fique com seu maldito reino!

— O que aconteceu Marashall, pra você de repente estar assim? Tão irritado!

Marshall não respondeu se virou e foi embora. Gumball não o viu mais naquela noite. “Não devia ter vindo nessa festa. Marshall estava estranho... Acho que aconteceu algo.”

—________Continua___________