Baby Nations

Papás por Obrigação?


Capítulo 2: Papás por Obrigação?

A multidão ainda se estava a mentalizar de que o bebé nos braços de Germany era na verdade Italy, quando ao choro deste se uniram os restantes “desaparecidos”. Rapidamente, o alemão orientou as nações mais próximas numa busca pelas presumíveis crianças, enquanto embalava o recém-nascido na esperança de acalmar o pranto desesperado do infante.

Instantes depois, a nação alemã viu o Russia aparecer com o seu eterno sorriso psicopata e um pequeno ao colo, que este reconheceu imediatamente como o seu bro Prussia. Germany queria impedir qualquer plano que se estivesse a maquinar na cabeça do país de maior estatura e recuperar o seu irmão mais velho, mas o choro de Italy não cessava, apenas aumentava mais e mais. Pelo que o alemão, vendo que Prussia parecia tranquilo e cómodo entre os braços do seu inimigo jurado, optou por focar-se primeiro no pequeno bebé que chorava desconsoladamente no seu regaço.

***

Canada caminhava por entre as nações sem ser notado, graças à sua falta de presença. No caminho, encontrou dois pequenos infantes que apenas se conseguiam sentar sozinhos, mas tal como já se era de esperar, estes não se haviam dado conta da sua presença, parecendo mais entretidos em brigar entre si. Não foi difícil identificar as crianças que puxavam os cabelos uma da outra, fazendo beicinhos.

Canada agachou-se e pegou-os ao colo. England choramingou ao ter sentido um puxão mais forte na sua loira cabeleira e como vingança deu uma chapada a France, virando-lhe o rosto devido à força empregue.

***

Um garotinho gatinhava com certo esforço até um loiro, que recuava completamente horrorizado.

― Não te atrevas! Nego-me a ter de lidar contigo nesse estado… ― exclamou Switerzland com uma expressão zangada, apontando o dedo indicador da mão direita na direção do pequeno.

Austria ria alegremente ao ver a expressão graciosa da nação de olhos verdes e cabelos loiros, que continuava a se afastar até que acabou por bater com os joelhos numa cadeira, caindo para trás e sendo logo de seguida abraçado pelo infante babado.

***

America entrou no Salão de Reuniões, sendo surpreendido pela confusão de bebés por todos os lados e fazendo justiça ao seu papel como herói, que dizia ser, entrou em ação… Pegou no pequeno England, que balbuciava em cima da mesa de reuniões, sem se dar conta da presença do Canada que abraçava cuidadosamente o pequeno France.

― Cof… Cof… ― tossiu para chamar a atenção das restantes nações ― Alguém me poderia explicar o que se passa? Porque há um bebé igual a England? ― A realização bateu à porta de repente. ― Não pode ser… ― Olhou fixamente o menino e analisou as suas feições. Os outros países por um momento pensaram que este havia entendido, mas erraram. ― England teve um filho e nunca me disse? Como é que aquele sobrancelhas conseguiu ter um sucessor heroico antes do hero? ― referindo-se a si mesmo.

Japan aproximou-se discretamente e informou a nação adita a hambúrgueres sobre os eventos ocorridos na sua ausência.

― Hmm… Hm… ― assentia o americano ao escutar as novidades. ― Bom, assim sendo, até descobrir como devolvê-los à normalidade… ah… pois… pois… alguém tem de cuidar dos little babies, right?

― Eu posso cuidar deles, aru ― disse China fazendo gala do seu longo histórico na criação de outras nações. ― Ainda que… ― Observa atentamente o bebé que ainda lacrimejava levemente. ― Italy é um recém-nascido, aru. As nações não nascem de uma mãe como os humanos, pelo que nunca são tão pequenas…

― Kolkolkol! Eu abrigarei as crianças e todas se tornarão um com a Mãe Russia ― exclamou o homem de cabelos prateados rindo loucamente, sendo observado por um curioso Prussia.

Germany não aguentando mais as palermices que escorriam por entre os lábios dos seus companheiros, fez uso da sua formação militar e voltou a tomar as decisões, dando ordens sem direito a reclamações.

― Eu cuidarei de Italy e do meu irmão.

― Não! ― exclamou Ivan, sendo envolvido por uma aura tenebrosa, que arrancou arrepios a todos os presentes menos ao bebé nos braços do potencial criminoso ― Prussia fica comigo! Gilbert vai para casa comigo.

Ninguém se atreveu a denegar, exceto talvez Germany, mas antes de que pudesse opor-se, Russia esfumou-se, levando consigo o pequeno bebé. O alemão só pôde rezar e esperar que nada de mal acontecesse ao seu irmão e este conseguisse sobreviver com êxito à convivência forçada.

― Continuemos, Switerzland…

― Nem pensar! Eu não vou tomar conta de um destes fedelhos ― disse enquanto tentava a todo custo separar o infante das suas pernas.

― Pois, mas Austria parece estar muito apegado a ti, pelo que ficas a cargo dele.

― Não, não posso. Ele só vai aumentar as despesas…

― Nii-sama, tenho a certeza que poderemos pensar em algo ― disse Liechtenstein. ― Não podemos simplesmente deixar uma criança tão pequena à sua sorte.

Switerzland suspirou e acabou por concordar, apenas para satisfazer a sua querida irmã.

― America… ― O loiro, vestindo um casaco de aviador olhou-o com uma mirada brilhante de expectativa. ― Hã… hmm.. England! Ficas a cargo de Arthur e assegura-te que não causa mais problemas. Mantém-no longe de qualquer coisa que sequer se assemelhe a um instrumento mágico…

― Hahahaha! O hero por fim terá a desforra. Hahaha! Nem sabes o que te vai cair em cima, England, vou gravar e registar todos os momentos embaraçosos para a posteridade e quando regressares à normalidade irei envergonhar-te ao máximo. Hahaha… Preciso de uma câmara de vídeo nova e uma máquina fotográfica topo de gama. ― Germany tremeu ao ponderar se aquela teria sido de facto a melhor escolha, enquanto America saía a correr, com o bebé ao colo.

― Cof.. Cof… ― tossiu para recuperar a atenção dos seus ouvintes ― France… Há algum voluntário para cuidar de France? ― As nações (agora unidas) negaram em uníssono, pois ninguém queria tomar conta do pervertido de Francis. ― Ninguém!? Nem um único voluntário?

― Eu recuso-me a ficar perto desse pervertido! ― diziam umas nações.

― Mas é só uma criança… ― defendiam outras ― ainda que pensando bem, talvez tenham razão e possivelmente seja um pervertido desde do berço…

Canada ergueu a mão para se oferecer, mas foi completamente ignorado, devido à sua semi-transparência. France acompanhava o argumento, movendo a cabeça de um lado para o outro, como se estivesse a assistir a um jogo de ténis. Quando sentiu que o pegavam ao colo e aconchegavam carinhosamente, o pequeno Francis virou-se, vendo a nação de óculos e sorriu alegremente. O maior fez algumas caretas, arrancando algumas risadas felizes ao menino, que se fizeram notar, terminando por chamar a atenção dos restantes presentes.

― Oh! Canada, não te tinha visto. Importas-te de cuidar de Francis? E mantém-no longe do vinho!

Matthew sorriu e assentiu, abraçando o pequeno que ainda soltava umas leves gargalhadas ocasionalmente.