Capítulo Doze – Voltamos para a destruição.

Chegando a ilha, descansamos um pouco. E na hora determinada por Charlie, fomos até aquela cachoeira, perto da rachadura.

- Essa faca – disse John pegando a faca quando chegamos – quem vai fazer esse favor para mim?

- Eu – falei – fui eu quem arranjei essa confusão toda.

- Mas, eu arranjei junto com você, Gih. – disse Julie.

Eu estava mais segura que Julie, mas John disse que qualquer um poderia utilizar a faca. Então, eu mergulhei a faca na rachadura.

A lamina mudou de cor, de um prata para bronze. Também senti uma mudança em mim: me senti mais forte.

Voltamos a casa da ilha, fechamos tudo e resolvemos voltar logo. Montei em Charlie e Julie e John ficaram com Eduardo. Guardei a faca.

Creio que uma hora se passou, e os pégasos estavam cansados. Resolvemos descansar onde paramos.

A floresta estava escura, e já estávamos em terra firme, silenciosa e o único barulho vinha das árvores. Procuramos algumas madeiras e fizemos um fogueira. Estávamos terminando os detalhes do plano, quando um homem baixinho apareceu e nos ofereceu abrigo.

- Essa floresta é perigosa, moro aqui há anos e conheço todos os perigos.

Seguimos o tal homem, enquanto andávamos ele contava histórias na floresta. Quando parou.

Aquele lugar me trazia lembranças ruins, mas eu não sabia quais. Surpreendi-me quando o chão molhado ficou sólido, e pedras caíram formando a tal arena de Sr. A.

- Bem vindos – disse o homem – otários.

O homem ficou com estatura mediana, seus olhos e cabelos cor cinzentos. Era Sr. A.

- Pensaram que iam escapar? – falou.

- Claro que não – disse John.

- Olha quem está com esse pégaso idiota, John amigo! – Sr. A. falou, irônico.

Alguns segundos depois apareceram cachorros, olhei para trás e Eduardo e Julie não estavam.

- Foram pegar algumas coisas – John sussurrou para mim.

- A filhinha fugiu foi John? – disse Sr. A.

Abadir estava mudando novamente de forma. Seus olhos ficaram em um tom vermelho vivo, e sua estatura estava grande agora.

- É agora ou nunca – disse John.

- Com certeza – falei – vamos acabar com esse imbecil logo.

Segurei minha faca com força. Abadir pareceu assustado, mas deu um sorriso irônico. Olhei novamente para trás rápido, Julie e Eduardo traziam ajuda: dois pégasos e dois unicórnios. Os unicórnios eram negros e brilhavam na escuridão da noite. Os pégasos pareciam com Charlie, e tinham asas enormes. Julie esperou o momento certo e gritou:

- Agora!

Então os bichos avançaram. Tanto os pégasos e unicórnios quanto os cachorros.