Atração Perigosa!

Mas Os Problemas Nunca Acabam!


—O que é? (Disse Dani agora mais confuso do que no princípio.)

—Carlos Daniel, não se esqueça que ele é só uma criança, você pode traumatiza-lo pelo resto da vida dependendo do que você dizer. (Sussurrou Paulina.)

—Tudo bem.. (Concordou Carlos Daniel e respirou fundo.)

—Filho, a sua mãe foi embora a muito tempo atrás por que... Por que ela tinha problemas, quais não podia resolver aqui... Ela foi embora e voltou apenas anos depois! (Foi tudo que Carlos Daniel conseguiu dizer antes que o filho interrompesse.)

—Como assim ela voltou? (Disse surpreso.)

—Sim, ela voltou. E sabe quem ela é?_ Daniel não disse nada, apenas continuou olhando para o pai, então Carlos Daniel apontou para Paulina._ Lembra que você disse que ela tem o mesmo nome que sua mãe? Então filho, isso é por que ela realmente é sua mãe.

Daniel apenas arregalou os olhos azuis.

—C-como assim? Ela é minha mãe? (Dani olhou para Paulina, estava muito confuso e assustado com toda aquela situação.)

—Sim, ela é sua mãe, meu amor! (Concordou Carlos Daniel.)

Paulina que até então apenas observava com lágrimas nos olhos, tentou aproximar-se de Daniel, porém, o mesmo se afastou bruscamente.

—Você foi embora por que não gostava de mim, meu pai me disse isso. Você não é uma boa mulher, não é uma boa mãe! (Disse com algumas lágrimas descendo por seus olhos.)

—Não diga isso, meu amor.... Seu pai só disse estas coisas por que estava muito bravo, mas é mentira... Eu sempre te amei, por favor me entenda meu bebê. (Disse Paulina começando a chorar para valer.)

—Exatamente filho. Ela te ama tanto que até fingiu ser outra pessoa, a tia Beatriz era ela o tempo todo... Só que disfarçada! (Disse Carlos Daniel.)

Daniel apenas deu alguns passos para trás, lágrimas automáticas desciam por seu rosto, mas ele não dizia nada, estava confuso demais.

—Diz alguma coisa, Dani... Por favor...(Implorou Paulina tentando se aproximar novamente do filho.)

Porém, antes mesmo que ela chegasse perto dele Daniel saiu correndo do quarto, deixando-os sozinhos.

—Você não devia ter falado nada!!! _Gritou Paulina chorando._ Agora ele nunca vai me perdoar, nunca.

—Acalme-se Paulina... (Pediu Carlos Daniel engolindo seco.)

—Como você pode pedir para que eu me acalme? Meu próprio filho me odeia! Me odeia!!! Ele nunca vai me perdoar, jamais. (Paulina chorava muito.)

—Não diga isso, Daniel é bom demais para ter um sentimento tão horrível como o ódio dentro dele, eu conheço meu filho, ele vai te perdoar, só precisa de um tempo, Paulina!

—Você não devia ter dito. (Disse quase em tom imperceptível tentando limpar as lagrimas que desciam insistentes por seus olhos.)

—Ele não podia viver enganado pra sempre.. (Disse encarando Paulina.)

—Eu sei, mas agora não era o momento, ainda n...(Antes que ela terminasse a frase foi interrompida por Carlos Daniel.)

—E quando seria a hora? Qual seria o momento de acordo com você, Paulina??? Esse mesmo sofrimento que você presenciou aqui no quarto, quando ele estava dizendo aquelas coisas de mãe, foi o que aconteceu todos esses anos que você não estava, exatamente igual! Pode ter certeza que ele deve estar sofrendo muito agora, mas não será como o sofrimento que ele teve durante todos esses anos e daqui a pouco ela vai estar mais contente do que nunca, feliz, por finalmente ter uma mãe, por finalmente ter uma família. (Disse Carlos Daniel soltando tudo o que pensava.)

—Você tem razão. _Paulina abraçou Carlos Daniel e o mesmo retribuiu bem forte, dando todo seu calor para a amada, demonstrando que ele sempre estaria com ela._ Acho que devíamos ir atrás dele!

—Eu também acho! (Disse Carlos Daniel.)

E foi exatamente isso que fizeram, seguiram em passos rápidos até o quarto de Daniel. Quando entraram pela porta, encontraram Dan deitado na cama de bruços.

—Meu amor... (Chamou Carlos Daniel se aproximando.)

Nenhuma resposta.

—Dani, meu bem... Responda por favor! (Implorou Paulina sentando-se na cama de Daniel, porém, ele apenas continuou em silêncio.)

Paulina pegou no ombro do filho, virando-o para ela e teve uma visão um tanto desagradável. Daniel estava desmaiado e seus dois pulsos estavam cortados, sangrando muito. Como era possível uma criança de 8 anos que até então o certo era brincar ainda, ser feliz dentre outras coisas, já sofrer tanto a ponto de querer se matar?

Assim que Paulina viu a cor pálida do filho, o sangue escorrendo de seus braços e que ele estava desmaiado se afastou gritando.

—Acalme-se Paulina!! (Disse Carlos Daniel sem saber o que fazer, ele mal podia acreditar no que estava vendo.)

—Faz alguma coisa, Carlos Daniel, pelo amor de Deus!!! (Paulina gritou novamente, ela estava tremendo muito.)

—Eu... eu... er.. _Carlos Daniel estava atordoado_ Não sei o que fazer Paulina... (Concluiu com lágrimas nos olhos.)

Antes que Paulina tivesse tempo de responder foram surpreendidos por Alex e Rodrigo entrando no quarto.

—O que houve aqui? (Disseram em coro, ao ver Dani.)

—Deixem, depois vocês explicam. Eu vou ligar para um médico! (Disse Alex e saiu correndo do quarto logo em seguida.)

Carlos Daniel deixou se aproximou de Paulina, abraçando-a.

—Ele não merece passar por isso tudo... Não merece... (Disse Paulina com a voz embargada.)

—Paulina, meu amor, acho melhor você sair daqui. Ficar aqui vendo essa situação que ele está será pior para nos... (Disse Carlos Daniel deixando algumas lágrimas caírem.)

—NÃO! Eu não vou sair daqui..._Paulina se aproximou da cama em que Dani estava novamente._ Eu vou ficar aqui, vou ficar aqui com meu bebê! Vou cuidar dele como nunca pude cuidar... _Choramingou ajoelhando-se ao lado do filho, sentia-se totalmente sem forças, esgotada, aquela situação estava sendo muito difícil para todos mas principalmente para ela.

—Meu Deus... Mas os problemas nunca acabam...(Sussurrou Carlos Daniel para si mesmo.)

Na base de meia hora o médico chegou, e agora estava terminando de atender Daniel.

—O que ele tem doutor? Me diz que meu filho está bem, por favor! (Disse Carlos Daniel assim que o médico saiu do quarto.)

—Sim, nos diga! Não acha melhor nos o levarmos para um hospital? (Perguntou Paulina segurando o médico pelo ombro, ela estava totalmente alterada, quem a visse assim poderia considera-la uma louca.)

—Não, acalme-se senhora, seu filho já está bem melhor. Não era tão grave assim o que ele tinha, por sorte os cortes não foram tão profundos, acho que ele perdeu a consciência antes de fazer um estrago maior... (Avisou o medico tirando um grande peso de todos ali.)

—Graças a Deus!! (Comemorou vovó Piedade que estava sentada no sofá até agora, angustiada.)

—Me digam, o que se passa nessa casa? O que houve para esse menino ter se cortado? Se não esclarecerem isso eu irei chamar a policia, não é normal uma criança nessa idade ter a necessidade de fazer algo do tipo, se isso continuar assim esse pobre garoto pode ter problemas psicológicos futuramente!

Carlos Daniel sem alternativas contou tudo para o médico, expondo detalhes sobre a situação.

—Por favor, evitem que esse menino passe por mais transtornos se não quiserem que isso volte a acontecer e quando ele acordar, conversem com ele! (Foi tudo que o médico disse antes de sair da mansão dos Bracho.)

(...)

—Daqui a pouco ele deve acordar...(Disse Carlos Daniel sentado no sofá ao lado de Paulina.)

—Eu não acho, suspeito que ele só acorde amanhã, o medico deu um remédio de dormir para ele. (Disse Alex.)

—Há sim... Inclusive, o que vocês estão fazendo aqui? Tinham sumido e agora voltam do nada? (Indagou Carlos Daniel.)

—Não podemos explicar agora... Tem gente demais aqui... Mas nos já sabemos de tudo que houve, em relação a ``Beatriz`` e a volta dessa mulher... E até do câncer de Daniel. (Disse Rodrigo.)

—Se não podem dizer por minha culpa eu já estou saindo, preciso descansar... Foi uma tarde muito turbulenta para mim! (Disse Paulina se levantando e saiu logo em seguida.)

—Você não deveria ter falado dessa maneira.(Repreendeu Carlos Daniel.)

—Eu também já vou, preciso descansar um pouco também... (Disse vovó Piedade e saiu dali com a ajuda de Adelina.)

—Agora podem me explicar tudo... (Disse Carlos Daniel.)

—Achamos que estávamos sendo perseguidos! (Avisou Alex.)

—Quanto a isso fiquem tranquilos... O suspeito de estar envolvido nisso tudo era eu, esse era o motivo pelo qual a Paulina estava aqui. (Avisou Carlos Daniel.)

—Já sabemos, por isso mesmo voltamos... (Contou Alex.)

—E onde estão as provas? Temos que sumir com aquilo..(Disse Rodrigo.)

—Eu não sei... A Paulina achou e pegou, já deve ter sumido com isso...(Disse Carlos Daniel.)

—Ótimo! (Rodrigo respirou fundo.)

—E saiba, que ainda não desistimos de destruir Edmundo Serrano! (Disse Alex.)

—Sim, e agora estou com vocês! Não posso agir como se nada tivesse acontecido depois de tudo que Edmundo fez e com a Paulina aqui será muito mais fácil descobrir tudo que precisamos saber para desmascará-lo de vez! (Avisou Carlos Daniel.)

Alex e Rodrigo sorriram contentes, agora sim estavam bem mais próximos de conseguir destruir Edmundo!

(...)

Carlos Daniel havia aproveitado que Paulina e Dani estavam dormindo para ir até o centro do México, comprar um bolo para o aniversário de Dani que seria daqui dois dias, não poderia ter festa nem nada do tipo, mas pelo menos um bolo ele tinha que comprar... Andava distraído quando esbarrou em uma mulher, fazendo todas as compras que ela segurava caírem no chão.

—Me desculpe...(Disse Carlos Daniel e logo se abaixou do lado da mulher ajudando-a a recolher tudo que havia caído.)

—Tudo bem... Er... Carlos Daniel? (A mulher pareceu reconhece-lo.)

Nesse momento Carlos Daniel olhou para a mulher, fitando dois lindos olhos azuis.

—Dakota?! (Disse sorrindo ao reconhecer a mulher também.)

Dakota tinha sido a primeira namorada que ele tinha tido, com uns 15 anos de idade, ele tinha sido muito apaixonado por ela, até o dia em que ela teve que se mudar de país.

—Quanto tempo! _Disse a mulher e o abraçou._ Vejo que você não mudou em nada, continua igual! (Ela mordeu o lábio inferior, para Dakota era muito bom reencontrar Carlos Daniel, nunca tinha deixado de pensar nele e ao vê-lo novamente não pode deixar de sentir a mesma emoção de sempre.)

—Nem você! Continua linda, quem te vê assim nunca acha que você tem uns 17 anos, não 21... não é isso? (Disse Carlos Daniel.)

—Sim, 21! _Concordou sorrindo._ Você sabe que sempre gostei de me cuidar, beleza pra mim é algo essencial... Não é atoa que sempre fui interessada por você! (Disse ainda olhando fixamente para CD.)

Carlos Daniel sorriu totalmente sem jeito, e Dakota retribuiu o olhando encantada.

Dakota: