P.O.V. Dean.

O Bobby ligou dizendo que tinha uma notícia importante para dar. Disse que tínhamos que ir até a casa dele, que era urgente.

—Bobby!

—Até que enfim!

—O que tem de tão importante assim?

—Tamara. Uma bruxa necromante de uma linhagem muito antiga. Ela tem um poder imensurável.

—E a gente vai ter que caçar a bruxa?

—Sim. Mas, podem haver complicações. Ela tem vampiros protegendo ela. Anciões.

—Ótimo.

Não levou muito tempo para rastrearmos a bruxa, ela morava numa mansão no deserto de Mojavi na California.

O choque mesmo foi quando encontramos a bruxa.

Eles nos pegaram, nos amarraram.

—O que querem aqui?

—Eu.

—Você é a bruxa necromante Tamara?

—Sou. E vocês? Quem são vocês?

—Eu sou Dean e esse é o meu irmão Sam.

A bruxa não passava de uma criança de sete anos. Ela carregava uma boneca de porcelana que se parecia com ela.

—Possuiu uma garotinha?

—Eu não possui ninguém caçador. Eu tenho sete anos, o que você vê é o que eu sou.

Disse a menininha dando uma voltinha.

—Uma bruxa de sete anos? Tai que essa é nova.

—As bruxas nascem bruxas. É hereditário.

Nós olhamos pra ela chocados.

—Será que a gente pode fazer uma ligação?

—Claro. Se chegarem perto da minha filha, vocês não sairão daqui vivos.

Eu liguei para o Bobby e ele atendeu.

—E ai? Mataram a bruxa?

—Bobby a bruxa é uma garotinha de sete anos.

—O que?! Exorcizem e matem.

—Não Bobby, a bruxa não possuiu uma garotinha de sete anos, ela é uma garotinha de sete anos.

—Como assim?

—Aparentemente, a menina nasceu bruxa.

Ela foi até o jardim saltitante e o Sam foi atrás dela.

—Calma, eu não vou machucar a menina.

P.O.V. Sam.

Ela caminhava pelo jardim, mas segurou a minha mão. Nós ficamos conversando.

—Eu soube que você tem um irmão. Deve ter sido legal, ter outras crianças pra brincar.

—Foi legal, mas eu ainda me sentia sozinho. Diferente do meu irmão e das outras crianças.

—É porque você é um híbrido.

—É. Olha só que flores lindas.

—Eu gosto de laranja. Oh, é uma borboleta. Eu acho que está presa.

—Uma das asas está quebrada.

Ela tirou a pulseira.

—Segura pra mim?

—Claro.

—Shh, não conta pra minha mãe.

Ela fechou os olhos e se concentrou, então a asa da borboleta curou e ela saiu voando.

—Tchau.

—Você fez isso?

—Fiz. Minha mãe disse que quando eu for mais velha ela vai me ensinar feitiços de verdade.

—Você já está se saindo muito bem sozinha.

-Eu nem sempre consigo controlar direito. E ás vezes as coisas explodem e isso ás vezes me dá medo.

Eu me abaixei no nível da menina.

—Você menina é a última descendente viva de sangue puro de Asheron. Você vai ser a bruxa mais poderosa que o mundo já viu.

—Eu sei o que você é. Você é um assassino. Você caça gente que é diferente de você. Você e o seu irmão mataram muitas pessoas, vocês os tiraram de suas famílias. Vocês são os verdadeiros monstros.

Ela voltou correndo pra dentro. Com velocidade de vampiro.

—Ela é uma híbrida.

—Tamara! Você está bem querida? Ele machucou você?

—Não.

A mãe examinou cada centímetro do corpo da filha.

—Eu to com frio.

—Vem, vamos colocar uma roupa mais quente.