As Aventuras do Pequeno Eryk

44 – O Circo tá Pegando Fogo


Enquanto isso, em um prédio quase caindo aos pedaços, a banda Funk Punk se dirigia para informar o seu empresário.

– O que a gente faz agora? – Pergunta Pal após explicar a situação.

O empresário possuía cabelos grandes e volumosos, tom de pele morena, olhos castanhos e vestia um casaco de pele com os botões abertos, deixando a amostra sua camiseta branca por baixo, e usava calças jeans azul e um sapato de caubói.

– Eu conheço o proprietário daquele circo. Eu queria partir para uma ofensiva violenta, mas não tenho meios para isso no momento. Até lá, vocês farão o seguinte. Quando eles menos esperar, vocês tocam fogo naquele lugar. – Ordenou o homem, fazendo os outros três sorrirem malignamente.

Alguns dias depois...

Os novos garotos de circo estavam indo muito bem em dominar seus dons a cada dia que passa.

Luane não só dominou o trapézio, como agora passou a praticar sua elasticidade, usando fitas de verdade para se pendurar e fazer movimentos graciosos no ar.

Jeová foi disparado 15 vezes pelo canhão e conseguiu resistir sem que um galo crescesse na cabeça. Agora ele se encontra em cima de um touro mecânico no nível 5 atualmente e está conseguindo um bom tempo ao torno de 20 minutos sem cair dele.

Jessy leu cada livro que tinha no estoque de Henriqueé. Agora ela tenta dominar seu lado mágico usando uma capa azul encantada apropriada para a tarefa, movimentando os dedos criando poeiras mágicas cintilantes. Com dificuldade, mas se esforçava.

Junior conseguiu andar na bicicleta de uma roda sem cair e ainda fez o percurso das voltas. Agora o garoto dominava a roda da morte correndo dentro dela enquanto várias bolas ficavam dentro para dificultar a corrida do garoto.

E enquanto a Eryk...

– Olha Henrique! Veja o que eu conseguir! – Eryk puxava o mágico, animado para mostrar algo. Henriqueél ria gostando da empolgação do garoto.

– O que? – Pergunta o mágico entre risadas.

Quando Eryk leva Henriqueél para atrás da cortina, ele se depara com uma sala cheia de animais mágicos. Tinha macaco, arara, elefante, até girafa tinha lá.

– Eu tirei tudo isso daquelas cartolas mágicas. – Falou Eryk apontando para várias cartolas de cores diferentes jogadas no local.

– Mas... eu não sabia que existia outros animais encantados... – Comentou o mago coçando a cabeça, impressionado para ele mesmo.

– O que eu faço agora? – Pergunta Eryk.

– Bem... acho que já chega por hoje. Chame os outros. Eu quero dar um comunicado. – Pediu Henriqueél e assim Eryk fez.

– Tá todo mundo aqui, senhor mágico. – Falou Luane reunida com os outros quatro no centro do palco do circo.

– Estou orgulhoso de cada um de vocês. Conseguiram dominar seus dons com dedicação e seriedade. Mas ainda assim, ainda falta muito o que explorar. – Revelou o mago.

– E isso... é bom? – Pergunta Junior confuso.

– Um dom como o seu não é algo que se domina, e sim descobre. Vocês encontraram uma porta que só abria em um determinado momento. O que eu fiz foi abrir essa porta para sua descoberta. Agora cabe a vocês entrarem por essa porta e descobrirem a extensão de seus poderes livremente.

– Em outras palavras... temos a liberdade de manusear os nossos poderes e moldá-los como quisermos? – Pergunta Jessy.

– Exatamente. Agora vocês têm total controle sobre seus poderes. E à medida que forem usando, podem fazer coisas magníficas. – Respondeu.

– Que demais! Mal posso esperar! – Comemora Eryk.

– Mas... com uma condição.

A voz autoritária de Henriqueél chamou a atenção de todos. Na hora todos se calaram para prestar atenção para ouvir.

– Seus poderes nasceram devido a sua crença pela justiça, fé em Deus e a bondade pelas outras pessoas. O único método de conseguirem descobrir coisas novas com seus poderes é continuar ajudando as pessoas, acreditando no senhor e confiar em vocês mesmos. Mas se, por um acaso, usarem seus dons para praticar a violência, a injustiça, a traição ou ser uma pessoa egoísta, o brilho da vitória que veio junto com seus poderes irá sumir e as coisas boas que deveriam cair sobre vocês não virá. Somente coisas ruins irão acontecer. E então? Prometem usar seus poderes para o bem?

– Prometemos. – Disseram todos os cinco ao mesmo tempo.

– Ótimo. Amanhã vamos começar a ensaiar nosso número para a grande apresentação no final das férias. Faremos isso para colocar seus poderes à prova e mostrar para o publico o quanto vocês são crianças maravilhosas. – Decidiu Heriqueél com um sorriso orgulhoso.

– Está bem!

Assim que os garotos se despediram mal poderiam esperar a hora do dia seguinte chegar.

– Essa é a nossa chance. Peguem o bagulho.

Mas enquanto os garotos iam embora, a banda dos funqueiros chegava carregando três galões de gasolina nas mãos.

– Eles terão uma bela surpresa quando retornarem amanhã. – Comentou Gat rindo psicoticamente.

– Derramem tudo ao redor do circo! – Ordenou Zizão enquanto jogava a gasolina ao redor.

– Hehehe... vamos incendiar esse local! – Ria Pal enquanto fazia o mesmo que Zizão.

Henriqueél ia pro seu quarto exalto depois do dia puxado. Apagava as luzes do seu quarto e se deitava na cama, sonolento.

Enquanto os pequenos já iam se encontrar com sua carona.

Se não fosse por Luane que se lembra de algo.

– Ai, não... gente, eu esqueci meu broche lá dentro. Me esperem aqui, que eu já volto. – Falou Luane indo buscar seu objeto.

– Não demora! Estou com tanto sono... – Falou Junior bocejando.

– Terminamos... agora o toque final... – Declarou Pal ao lado de Gat e Zizão enquanto segurava um isqueiro após terem jogado gasolina por todo o lado.

Quando Luane chega no local ela sente o cheiro estranho de gasolina. Mas só se alarmou mesmo quando viu os galões escrito gasolina derramado no chão e os funqueiros prestes a jogar o isqueiro.

– O que foi isso? – Pergunta Eryk após ter ouvido um grito.

– Parece que foi a Luane. – Reconheceu Jeová.

– Vamos lá ver! – Falou Jessy e todos foram.

– Ih! A casa caiu! Vamo embora daqui! – Falou Zizão após ter escutado o grito de Luane.

– Larga esse troço e vamo! – Falou Gat chamando por Pal ainda segurando o isqueiro.

Mas quando a garota o puxa, Pal deixa cair, iniciando o fogaréu.

– Humm.... churrasco... – Sonhava Heriqueél ao sentir um cheiro de algo queimado.

– O que aconteceu Luane? – Pergunta Jessy chegando no local.

– Os Punk Zões tacaram fogo no circo!!! – Berrou Luane desesperada apontando para o fogo.

– Minha nossa! – Falou Junior vendo o fogaréu.

– Vamos apagar logo! – Falou Eryk indo procurar por água.

– Vou chamar pelo Henrique! – Disse Jeová, até ser impedido por Jessy.

– Tá maluco? No meio desse fogo? Vai se queimar! – Alertou a morena.

– Não importa! Ganhei resistência o suficiente para que nem essas chamas bobas me afetem. – Jeová se livra de Jessy e pula entre o fogo para chamar pelo mágico.

– JEOVÁ! Droga...! Eryk, procure por uma mangueira! – Falou Jessy.

– Certo! – E Eryk foi procurar algo em um dos caixotes de madeira que ainda tinha no lado de fora.

– Luane, vem comigo procurar uma torneira ou água. – Chamou Jessy.

– Tá! Vamos! – E a loirinha a segue.

Assim que Jeová entrou no local ele corre direto para o quarto de Henriqueél.

– Henrique! Henrique! Acorda Henrique, vamos! – Chacoalhava o garoto.

– Hm...? O que...? Você ainda está aqui? – Pergunta o mago despertando.

– Levanta! O circo tá pegando fogo! Não acredito que eu disse isso. LITERALMENTE! – Jeová percebeu o trocadilho de sua frase e se corrigiu alarmado.

– O-O que?! – Henriqueél levanta em um pulo e veste sua capa pendurada para esconder seu pijama.

Eryk abria um baú cheio de coisas e procurava pela mangueira, mas nada.

– Ué? Um regador? E parece cheio... AH TANTO FAZ! – Eryk encontra um regador laranja e azul marinho cheio de água. Quando viu que não tinha nenhuma mangueira e que não poderia perder mais tempo, correu para apagar o fogo.

– Mais o... Crianças, para trás! – Falou Henriqueél após sair do circo quase em chamas.

– Achei um regador! – Avisou Eryk.

– Eryk, um regador não vai adiantar! Nós temos que...

Quando Eryk já ia jogar a água dentro do regaor, o objeto a sua mão começou a brilhar intensamente.

E quando jogou, a água circulava por todo o local dominado pelas chamas. E as ondas que formavam ali davam a sensação de estarem dentro de um aquário, calando sua prima, a deixando de queixo caído.

– Que lindo... – Falou Luane vendo o brilho do mar daquela água.

– Mas como...? – Se perguntava Jessy.

– Esse é um regador mágico. Mas eu nunca conseguir utilizá-lo mesmo com a minha magia... – Respondeu Henriqueél olhando para Eryk e seu fenômeno.

Enquanto isso...

– Empresário. Tacamos fogo no circo. Mas... fomos vistos. – Contou Pal.

– Não tem problema. O incêndio foi só um aviso. Aquilo não vai acabar com o Henriqueél. Felizmente tivemos tempo de sobra até nossa mercadoria chegar.

Dizia o empresário indo abrir uns caixotes.

– Amanhã, vamos usar essas armas para aniquilar aqueles garotos. – Falou o homem.

– Noooossa! Que parada maneira...! – Falou Zizão segurando uma guitarra personalizada.

– Um microfone? – Pergunta Gat ao encontrar o objeto, confusa.

– Shooooow. – Falou Pal encontrando um teclado personalizado também.

– Aparentemente são instrumentos normais. Mas na verdade o microfone é uma espada lazer. - Explicava o empresário enquanto Gat ativava a espada sem querer.

– A mamãe gosta...! – Falou Gat agora manuseando a espada.

– O teclado produz correntes elétricas...

– Wow! Que estrago! – Falou Pal provocando um leve curto circuito nos outros instrumentos elétricos.

– E a guitarra dispara raios de energia. – O empresário termina sua explicação após Zizão disparar um raio para fora da janela sem querer.

– Oba! Tiro ao alvo! E já até sei quem está na minha mira...! – Falou Zizão apontando o seu instrumento na direção do circo.

Continua...