As Aventuras do Pequeno Eryk
38 – Maldade, pula-pula e balões.
Depois da disputa de Zero, dez minutos haviam se passado. E nesse meio período, tanto a turma de Eryk quanto seus rivais haviam conseguido itens o suficiente.
– Nossa! É incrível que ninguém tenha conseguido completar a lista. – Comentava Junior correndo pelo parque ao lado de seus amigos.
– Nós ainda temos uma chance de vencer! Vamos! – Incentivou Eryk confiante.
E como Eryk e seus amigos tinham conseguido os itens...
Era a deixa de Austin de colocar seu plano em ação.
– AGORA DIEGO!
Prevendo o percurso que a equipe de Eryk usaria para chegar na linha de chegada, Austin avisa Diego que, em um raio amarelo, rouba a sacola de itens na mão de Jessy e leva até Austin e o resto de sua equipe.
– Tá tudo aqui! – Falou Diego entregando a sacola para Austin.
– Perfeito. Agora, próximo passo. – Falou Austin tirando os itens da sacola e dividindo para o resto de sua equipe. E quando acabou de fazer isso, passou a mirar Eryk e seus amigos que tinham chegado ao local após terem corrido atrás de Diego.
– Que droga é essa?! – Perguntou Eryk irritado.
– Se vocês, palermas, querem seus “brinquedinhos”, então venham até aqui e retirem da gente! – Falou Austin enquanto Rebeca e Zero corriam para um lado e Diego e Isa corriam para outro.
–Para onde eles foram Austin? – Perguntou Jessy também não gostando nada disso. E para lhe responder sua pergunta, Austin estica o braço direito, mostrando um dos itens que eles aviam pegado.
– O esquema é o seguinte. Enquanto Zero e Rebeca, que perderam para vocês, esperam por nós na linha de chegada, Diego ficou com dois de seus itens e mais dois itens nossos. E ele vai esperar por vocês na cama-elástica aqui perto. Isa também, carrega dois itens seus e dois itens meus. E ela vai esperar na casa assustadora aqui perto também. – Dizia Austin.
– Que papo é esse?! Isa morre de medo dessas coisas assustadoras. O que ela foi fazer na casa assustadora? – Perguntou Luane interrompendo Austin.
– Eu ainda não terminei. Ouçam até o fim. O que eu dizia... Ah, é. E eu também possuo mais dois itens. Some tudo e vai dar...
– Dez itens... – Disseram a turma inteira em uníssono.
– Mas então você pretende uma disputa? Se você já tem todos os itens então porque não ganha logo? – Pergunta Eryk não entendendo muito.
– É uma boa idéia, se não fosse pelo fato de querermos pisotear a vitória na cara de cada um de vocês. – Falou Diego.
– Roubando os brinquedos de nós e vencendo uma disputa por eles, mesmo sabendo que metade era nosso, já é um esquema bem maldoso. – Concluiu Jeová fuzilando Austin com o olhar.
– Você entende bem, grandalhão. – Falou Austin.
– Isso não faz sentido. É loucura! Porque não pegam os brinquedos logo e acabam com isso! – Dizia Eryk inconformado.
– ERYK! – Repreendeu seus amigos. Mas Eryk nem ligou.
– Se é para vencer a gente, então anda logo! Fazer a gente passar por isso é sofredor! Imagina se fossemos outras pessoas! – Dizia Eryk com seriedade na fala.
– Eryk... – Luane falou, comovida.
– Oras. Porque assim não teria graça. E já se passaram trinta e cinco minutos. Se eu fosse vocês, eu corria. – Alertou Austin.
– Eu cuido do Austin. – Falou Jessy decidida.
– Eu vou atrás do Diego! – Avisou Junior correndo até o cama-elastica.
– E eu vou na casa assustadora! – Falou Eryk correndo para a casa.
– A-ah, eu vou com você! – Falou Luane indo atrás dele.
– Eu também vou! – Falou Jeová indo segui-los, mas Jessy o impede segurando seu braço. – O que foi?
– Eu quero que você espere por nós na linha de chegada. – Pediu Jessy.
– Hã? Vou fazer o que lá? – Perguntou Jeová não entendendo.
– Se eu conseguir ou não, o Junior e o Eryk podem conseguir primeiro que eu. E assim eles vão direto pra lá. – Falou Jessy.
– Sim, mas tem que ter a equipe toda para vencer. – Lembrou Jeová.
– Eu sei, mas estou preocupada. Eu acho que ele pretende nos separar. – Falou Jessy se referindo ao Austin.
– Ah, não me diga. Percebeu só agora? – Falou Jeová se cansando daquela conversa.
– O tempo tá passaaando... – Lembrou Austin cantarolando.
– Escuta! Não é hora de ser grosso! Eu acho que Zero e Rebeca na linha de chegada é mais uma das armações do Austin. Vai lá e confere porque eles estão lã! – Jessy puxou o braço de Jeová com força para chamar a atenção do garoto, e sussurra com um tom de voz sério para o garoto.
– Grrr, está bem! Eu vou! – Falou Jeová se soltando de Jessy e indo até a linha de chegada.
– Muito bem, Austin! Imagino que também pretende me enfrentar numa disputa. Então o que vai ser? – Falou Jessy com um tom desprezo para o albino. Mas com um olhar determinado a vencer o garoto.
– Ótimo. Siga-me. – Falou Austin dando as costa e levando Jessy para outra parte do parque.
Enquanto isso...
Quando Junior chega na cama-elástica, ele encontra Diego de braços cruzados, esperando por ele dentro do brinquedo.
A cama-elástica era composta de redes rodeando o brinquedo, fechando sua passagem. Com várias molas segurando o que deveria ser o pula-pula, que olhando de cima, parecia que foi costurado quatro pula-pulas infantis para criar um maior redondo. Era notável já que o material que usaram eram composto de quatro cores diferentes. Verde, amarelo, vermelho e azul.
E esse pula-pula seria o ringe da disputa entre Junior e Diego.
– Muito bem valentão. Qual vai ser a treta? Seja o que for, eu dou conta! – Dizia Junior socando o ar como se estivesse aquecendo para sua disputa.
– Será o seguinte, paspalhão. Está vendo aquilo lá em cima? – Diego aponta para o alto. E quando Junior viu, percebeu que tinha mais uma rede em cima. E nessa rede tinha vários balões de três cores diferentes. Azul, amarelo e verde.
– Nooooossaaaa... Quantos balões presos... Sim, estou vendo. O quê que tem? – Perguntou o moreno não entendendo muito.
– Em um minuto vamos conseguir o máximo de balões. Os balões dourados valerão 100 pontos- – Explicava Diego até ser interrompido por Junior.
– Dourados? De onde eu venho essa cor aí é amarela. – Falou Junior olhando bem para a cor dos balões.
– É Dourado! É DOURADO porque é a COR da riquesa! – Elevava a voz Diego para fazer Junior entender.
– Tá!! Dourado, amarelo, queijo, que seja. E as outras cores? – Pergunta Junior não querendo perder tempo.
– Queijo?-AH, que seja. A cor verde vale 50 pontos. Enquanto a cor azul, a mais significante de todas, vale somente dez pontos. Se eu tivesse inventado essas regras, os azuis valeriam 1 ponto. Não, um não. Zero. Isso. Aí estaria certo. – A cada palavra que Diego soltava em relação a cor azul, Junior parecia estar tendo um treco a cada segundo.
– Só porque azul é a minha cor favorita... – Murmurou o garoto para ele mesmo.
– O objetivo é conseguir o máximo de balões e pontos possíveis. E com esse pula-pula não será tão problemático alcançar o topo. E então? Acha que dá conta? Entendeu minha explicação? Ou vou ter que desenhar para você?
– Pronto. – Disse Junior, carregando todos os balões amarelos que estavam presos no topo sem que Diego percebesse durante toda sua explicação/falatório.
– MAIS O QUE?! NÃO VALE SEU LADRÃO! – Diego avançou em Junior. Segurou pela a argola da camiseta e ficou balançando o garoto, inconformado.
– Ai... tá bem... – Concordou Junior já com a cara abatida. Assim que Diego lagar o garoto, ele coloca tudo de volta no lugar e começam com a disputa.
– Beleza. Vamos começar?
Com exato um minuto de duração, Junior e Diego pulavam tentando alcançar cada balão preso no topo. Junior conseguia pegar mais de um balão, assim com Diego.
Junior pegava dois verdes e um azul.
Diego pegava um amarelo e um verde.
Junior conseguia um azul e um amarelo.
Diego conseguia um amarelo e um azul.
Junior adquiria dois verdes e um amarelo.
Diego adquiria dois azuis e dois amarelos.
E ficaram assim até o tempo esgotar.
– Vejamos... Diego possui... 760 pontos. – Falou a examinadora da disputa.
– AH MOLEQUE!!! – Comemorou Diego.
– E Junior possui... vejamos... – Dizia a moça contando os balões.
– Porfavor queeuvença, porfavor queeuvença... – Rezava Junior agoniado com o resultado.
– 890 Pontos.
– O q... – O queixo de Diego literal caiu quando viu que Junior ganhou dele.
E enquanto isso, Junior sorri de orelha a orelha. Ele só fez olhar para Diego, segurando o riso.
– Não. – Falou Diego sem mudar sua expressão.
– Aham. – Falou Junior com o mesmo sorriso.
– Não, não. – Falou Diego.
– Aaaaham! –Falou Junior.
– NãonãonãonãoNÃÃÃÃÃÃÃO!!! – Surtou Diego enquanto Junior pegava as quatro partes combinadas no acordo.
– Sim. – E depois de dizer isso, Junior dá no pé.
– AH MAIS NÃO VAI MESMO NÃO SENHOR! VEM CÁ! – Diego corre até Junior e os dois começam uma briga de fumaça.
– Ei! Podem ir parando! Querem ser desclassificados, heim? – Falou a moça parando com a briga, segurando os dois pela costa das camisetas.
– Não... – Diego vira o rosto emburrado, enquanto Junior ri feliz por ter vencido. Diego quando ouviu sua risada, tentou partir para cima de novo, mas Junior consegue se soltar da mulher e cair fora dali.
Continua...
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