As Aventuras do Pequeno Eryk
39 – Tiro ao Alvo ao Estilo Gênio
Cinco crianças diferentes aviam conseguido reunir itens suficientes para serem os primeiros da maratona. Sua idade era do torno de 9 á 10 anos. Elas corriam alegres a caminho da linha de chegada, mas são barradas por Zero e Rebeca.
– Ei! Deixa a gente passar. – Pediu uma garotinha do grupo, mas Zero não saia da frente.
– Vai dando meia-volta, porque aqui vocês não passam. – Ameaçou Zero assustando as crianças.
– Dão o fora daqui! Vão! – Expulsou Rebeca botando as crianças pra correr.
– Haha até que é divertido fazer isso. – Falou Zero rindo da cara de susto dos pequenos. No inicio não tinha gostado muito do plano do Austin, mas agora ele não estar se importando muito.
– Eu conferir os itens deles de longe. Mais um bando sortudo, mas nem tanto. – Falou Rebeca se glorificando convencida.
– Então é por isso que vocês estão aqui?
Dizia Jeová chegando no local.
– Vocês dois são desprezíveis. – Falou o garoto.
– Como é que é?! – Gritou Rebeca brava.
– É mesmo? Vocês vão ver. Nós vamos massacrar você, aquele gordo, o neginho e aquelas duas lá! – Retrucou Zero irritado também.
– Esqueceu que vocês perderam para gente? Então não se incluam nisso. O Eryk, o Junior e as meninas vão dar o jeito de virar o jogo, seus bestas! – Falou Jeová.
– Quem você tá chamando de bestas?! – Perguntaram Zero e Rebeca ao mesmo tempo, irritados.
– Vocês! Poderiam ter pegado os objetos e terem nos vencido. Mas não! Ainda deram uma chance de nós pegamos de volta de maneira justa. Chego até estranhar. – Dizia Jeová.
– É isso que você acha? Pois vai ter uma bela surpresa. – Se gabou Rebeca.
– Como assim? – Perguntou Jeová.
– Deixa Rebeca. Ele vai saber logo, logo. – Falou Zero.
– Mas do que é que vocês estão falando? – Perguntou Jeová não entendendo aquilo.
– Estou falando de... nós termos mentido em uma coisa e outra, só isso. – Falou Zero, fazendo Jeová entender onde aqueles dois queriam chegar.
– Mas o que... droooooooga! – Jeová nem quis perder tempo de pensar e já saiu correndo ajudar seus amigos.
Enquanto isso...
– Então? Qual será a nossa disputa? – Perguntou Jessy andando afastada ao lado de Austin, que também a encarava sem desgrudar o olhar.
– Somos seres com uma mente superior. Nada desse parque nós traz um desafio a altura. – Dizia Austin.
– Então? Aonde você quer chegar? – Perguntou Jessy novamente.
– Já que nesse parque não tem nada que preste, eu achei que um tiro ao alvo nos cairia bem. – Finalizou Austin chegando em uma barraca amarela com quatro espingardas de mentira em cima de um balcão e com vários bonecos de panos com alvos espalhados nos mesmos prontos para serem acertados.
– Você quer dizer um tiro ao alvo em movimento, não é? – Corrigiu Jessy.
– Que seja. O vencedor será aquele que conseguir o máximo de alvos possíveis. Você dá conta disso? – Pergunta Austin após finalizar sua explicação.
– Eu topo qualquer coisa. Seja tiro ao alvo ou montanha russa. Vamos lá! – Falou Jessy empolgada, irritando Austin um pouco.
– Vou tirar esse seu sorrisinho da cara, sua escrava! – Murmura Austin para si.
Ambos se posicionam no balcão e ajustam suas armas para iniciar o tiro ao alvo.
– Tudo não passa de uma questão de percepção, ângulos e força aplicada. Se eu conseguir aplicar a força necessária, não só irei acertar meus alvos, como também irei rebater as balas dela e ainda acertar mais alvos com a ajuda dela, sem ela saber, é claro. – Pensava Austin analisando cada movimento de Jessy enquanto ajustava sua espingarda ao ângulo certo.
– Austin pretende trapacear. Sinto suas más intenções daqui. Mas mesmo assim eu não faço idéia como ele pretende fazer isso. A menos que... Não. Não pode ser. Mas se for... é melhor eu me preparar. – Pensava Jessy fazendo o mesmo que o albino antes de voltar a se concentrar no desafio.
Assim que o desafio começou, Austin e Jessy começaram a atirar nos alvos. Um surpreendia o outro devido a ambos acertarem em cheio no centro do alvo. E como tinham acabado de começar, Austin ainda não poderia arriscar seu plano em prática sem antes ter a certeza de que Jessy seria capaz ou não de acertar o alvo.
– Droga! Esse Austin não é mole não. É incrível como ele consegue acertar no alvo com mais precisão que eu! – Analisava Jessy em pensamento sem parar de atirar.
– Eu não esperava que ela tivesse uma mira tão boa. Vou ter que colocar meu plano em prática. – Pensava Austin analisando Jessy.
Jessy continuava a atirar sucessivamente. Enquanto Austin para de atirar um pouco, para poder sincronizar seu tiro com o de Jessy para atirarem ao mesmo tempo.
E aproveitando as barras de ferro da barraca, os tiros de Austin agora acompanhavam os tiros de Jessy, até chegar ao ponto da bala do albino acertar a da morena, rebater nas barras de ferro e atingir dois alvos ao mesmo tempo a favor de Austin.
– Ei!! – Brigou Jessy fuzilando Austin com olhar.
Enquanto isso...
– Droga! Tenho que achar o pessoal. Mas cadê eles? – Se perguntava Junior correndo pelo parque, sem saber onde o pessoal avia se metido.
– Junior!!!! – Berrou Jeová chamando Junior de longe.
– Jeová? O que foi? – Pergunta Junior parando de correr para que seu amigo o alcançasse.
– Eu saquei todo o plano do Austin! Eles nos enganaram! – Dizia Jeová continuando a correr passando por Junior fazendo o moreno correr atrás dele.
– Como assim eles nos enganaram? – Pergunta Junior não entendendo.
– Acontece que...
Enquanto isso...
Depois de Jessy atirar mais duas vezes, Austin trabalha o mesmo movimento traiçoeiro de antes. Ele atira na bala de Jessy, são rebatidas na barrinha de ferro do local, até atingir os alvos destinados a Austin.
– Ei Austin! O que pensa que está fazendo? – Pergunta Jessy.
– Vencendo. – Respondeu continuando a atirar. Jessy se irrita e imediatamente volta a fazer o mesmo agora pretendendo revidar.
– Você não é o único que sabe ajustar o ângulo e mudar o percurso da bala, seu branquelo metido a besta! – Pensava Jessy já pensando nas inúmeras possibilidade de virar esse jogo em grande estilo.
Para enganar Austin, Jessy fingiu errar alguns disparos, não só para furar com o plano do albino, como também para dar inicio a primeira parte de seu próprio plano.
– O que?! Droga! Eu não contava com isso. A menos... É claro... ela está fazendo isso de propósito. Mas com que motivo? Assim ela vai perder. Não. Eu não posso subestimá-la. Eu tenho que vencer isso! Custe o que custar!
Austin agora passa a atirar mais vezes. Acertando cada alvo do local, e as vezes errando também.
– O que?! O que está acontecendo comigo? – Se perguntava Austin errando alguns tiros sem fazer idéia, mas sem perder tempo e continuava a atirar sem parar.
– É isso que acontece quando você fica confuso enquanto sua cabeça está em outro lugar. Você perde a concentração e acaba se atrapalhando todo! E já que você resolveu trapacear, então eu também pretendo jogar o seu joguinho.
Jessy aproveitava os tiros ruins de Austin e atira nas balas dele para fazer o que Austin fazia antes.
Como os tiros de Austin eram sucessivos, Jessy não só acertava o alvo dela, como também atingia a bala desgovernada de Austin, a outra que vinha a seguir, só que mudando a trajetória das três (uma sua e duas dele) acertando três alvos seus de cada vez, e fazendo isso três vezes consecutiva.
– O que... – Austin ficou impressionado com a habilidade de Jessy. Ele até larga a espingarda e relaxa os ombros, derrotado após presenciar isso. Sem falar que seu queixo estava mais do que caído enquanto Jessy continuava a atirar normalmente, ultrapassando os números de alvos disparados pelo Austin, até o tempo esgotar.
– Fim de jogo pra você, Austin. – Finalizou Jessy assoprando sua espingarda. Mas quando ela foi fazer isso, a corda que prendia o brinquedo fez Jessy se atrapalhar toda. Mas Austin nem ligava para isso, afinal, ela tinha o vencido não só na disputa, mas também em inteligência e astucia.
– C-como você fez isso...? – A pergunta entalada na garganta de Austin finalmente saiu. E assim que Jessy se livrou da corda onde tinha se atrapalhado, o respondeu.
– Eu apenas fiz o mesmo que você. Apesar de ter pegado um pouco mais pesado te fazendo perder a concentração. Mas você também foi incrível no inicio! Se você não tivesse trapaceado, a disputa estaria mais equilibrada e seria mais divertido! – Respondeu a morena, animada.
– Entendo... você realmente é uma gênio. Droga. Eu ainda vou te superar! – Admitiu Austin mesmo que tenha sido a contra gosto.
– Que seja, agora passa pra cá os itens. – Exigiu Jessy estendendo a mão aberta e com um leve tom de arrogância na voz.
– Mesmo se eu fizer isso, vocês não vão vencer a maratona. – Falou Austin pegando os dois itens de seu bolso.
– O que quer dizer com isso? – Pergunta Jessy já desconfiando o pior.
– Veja por si mesma.
Assim que Jessy pegou os dois itens, percebeu uma clara diferença.
– Mas... isso...
Enquanto isso...
– O que?! Quer dizer que eles não têm os mesmos itens que a gente precisa? – Pergunta Junior ainda seguindo Jeová.
– Os quatro que você pegou são os mesmos que nós tínhamos. Austin só usou a gente para nos distrair com uma isca falsa e pegar os itens que faltavam só para a gente perder a maratona. – Explicou Jeová.
– Mas você mesmo disse que o Zero e a Rebeca estão barrando os menores. Como eles estão fazendo isso se eles não têm os itens certos? – Pergunta Junior.
– Eles estão pegando os itens dos menores em uma área sem que os adultos percebam. E assim que eles viram que os itens que os menores têm não são os que eles precisam, eles ameaçam os menores e os expulsam para que não vençam. – Continuou Jeová.
– Mas e agora? Como vamos vencer a maratona? – Pergunta Junior.
– Eu vou precisar da sua ajuda. Vem comigo!
Continua...
Fale com o autor