Apolonyx

No Arsenal com Pierce e minhas novas armas



– Se Nyx não te contou, então não tenho direito nenhum de te contar. Mesmo que eu também seja culpada de tudo isso. - mordeu o lábio inferior. - Vamos, por favor, sair daqui. Por razões pessoais. Aliás, temos a captura da bandeira as dezesseis horas e você mal sabe pegar numa espada. - então recomeçamos a correr, não por muito tempo.

Beccs parou de novo.

– Aah, claro! Como sou idiota!

– As vezes eu concordo.

Olha a ofensa. - começou a voltar para o meu chalé. - Já vou. Tenho uma surpresa.

– Mas... Beccs! E eu?!

– Encontre o Paul! Ele vai te dizer o que fazer! - e foi.

Sozinha, voltei-me em direção a uma quadra de voltei que vi quando entramos aqui pela primeria vez.

Lá, perto da mesa onde havia aqueles caldeirões e poções, estava Paul coordenando alguma coisa que umas pessoas faziam.

Gente como eu, mas parecia ciganos.

– Polemos?

– O que... ah, Pandora. Como está?

– Bem, mas me chame de Dafni.

– E você de Paul, como eu já disse.

– O.K. - olhei em volta, depois para os ciganos. - O que são?

– Filhos de Circe, Deusa das poções, os únicos e ainda por cima quadrigêmeos. Difícil. Chegaram ontem depois de serem caçados por sacerdotes. Sacrifício, sabe? Algo assim. Quíron vai saber o que fazer quando chegar.

– Hum.

Ele tomava água...

– Você poderia me dizer quem é Nýchta Nox?

… mas logo cuspiu.

– O que?!

– Nýchta, minha possível irmã.

– Nyx já contou para você?

– Não.

– Então não tenho nada o que falar. Vamos dizer que ela proibiu todos nós de comenta sobre ela desde que... bem, ela vai contar para você quando for a hora. Agora só temos que nos concentrar na sua primeira Captura da Bandeira.

Ted mostrou uma língua escura para ele.

– Ouh!!! Ouh! Ouh. - pulou para trás. - Controle sua ferinha. Já basta na época da Nýchta... droga! Esquece. Vem. - pegou meu pulso e me puxou para longe dali.

Porque agora todo mundo tinha fixação pelo meu pulso?

Foi uma longa caminha até o Arsenal, tinha de atravessar o lago e tudo. Era um galpão todo feito de metal, cheio de campistas armados ou se armando.

– Aqui é onde vocês pegam suas armas para a captura da bandeira ou batalha da Arena de Combate.

– Como é essa Arena de Combate? Quer dizer, eu já sei mais ou menos o que é a Captura da Bandeira.

– É uma Arena de Combate. Aliás, será onde você passará quase todo o tempo treinando.

Fomos para mais perto da enorme lareira, onde um semideus forjava uma espada com um martelo de ferro. Paul e o semideus se cumprimentaram com um abraço. “Acho que eu preferia que Quíron me treinasse.” pensei. Aquele centauro ali não era nem de longe sério ao ponto de me treinar para ser vencedora, mas... não vamos levar pelas aparências né?

Paul se virou para mim.

– Esse é Flin Pierce.

Trocamos aperto de mãos.

– Sou Dafni Pandora.

– Aah, Pandora. - ele trocou um olhar nervoso com Paul. - Muito prazer. Sou filho de... meio que uma mistura de um semideus com uma semideusa. Metade Hefesto e metade Ares. Vamos dizer que, por Ares ter se namorado com Afrodite bem na sua frente uma vez, ele tomou minha mãe (filha de Ares) para se vingar. Meio a meio.

– Tipo raro, esse garoto. Quase perfeito.

– Hei, Polemos! Assim vão achar que você é florzinha.

– Vai sonhando. Ainda ganho de você na espada.

– Arena De Combate na segunda? Quero te mostrar as minhas novas armas pessoalmente.

– Para perder de novo? Aah, não.

– Tá com medinho.

– Ok. Segunda.

– Feito.

E começaram a rir.

Paul olhou o relógio e começou a sair.

– Pandora, Pierce vai fazer sua espada ou o que quiser e te treinará pelos próximos seis dias.

– Mas e... você?

– Vou tentar apartar a briga de dois filhos de Nêmesis, já estou vendo de longe. Boa sorte, Apolonyx.

E saiu.

Apolonyx. - bufei. - Essa é nova.

Pierce voltou a bater o martelo na lâmina da espada.

– Então, o que quer?

– Ela quer isso. - disse Beccs, entrando de repente. Trazia um pequeno embrulho na mão. - Presente do sua mãe e... - mostrou uma outra caixa. -... do seu pai.

– Onde estava?

– Guardei. Eu não queria que visse antes do... ah, oi Prs.

– Beccs. Olá. - mas Pierce não tirou os olhos do que estava fazendo, só fez aquele sinal militar para cumprimentá-la.

– Deixa eu ver isso. - peguei o embrulho na mão e, rasgando, o abri. Era dois negócio escuro na forma da minha mão. Quando os coloquei, a parte dos dedos cresceram e logo pareciam incríveis garras de metal. Parecido com Wolverine.– O que. É. Isso.?

– Hum, deixa eu ver. - Pierce os segurou ainda na minha mão. Olhou, analisou e então concluiu. - Ouro pintando de azul muito escuro, uma matéria especial que faz a arma se alongar e encolher, tipo garras e... - de repente do ouro escuro virou prata. -... lâminas embutidas. - ele riu. - Mortal. Quase cortei meus dedos.

– A própria Nyx projetou.

– Já faz um tempo que Nyx não projetava armas novas, desde que fez aquele para Gaia e Ných... hãm. Muito tempo.

– Pois é. - Beccs olhava para ele tipo “cale a boca!”. - Dafni, ainda tem outro.

– Do deus Apolo? - perguntei. Por algum motivo hesitei. Ele tinha largado minha mãe, com Nyx, e nem se quer vi me protegendo – como as duas.

De vagar, abri a caixa e peguei o conteúdo.

Um arco de bronze e flechas com pontas quentes. Percebi que as flechas queimaram um pouco o fundo da caixa.

– Santos pais, o seu. - disse Pierce. - Só presentes bons. O único que recebi foi o velho escuro da minha mãe semideusa (filha de Hefesto) e Ares mau deu as caras. - suspiro. - Bom, mas faz sentindo. Filha de deuses super superiores.

– Eu já não posso reclamar. Minha espada que dá choque já está ótimo para mim. - disse Beccs. - Então Dafni, gostou?

Essa não era a pergunta.

A questão era: Eu devia aceitar? Quer saber? Esqueça a consciência e a modéstia. Eu merecia até demais.

Aliás, eles falariam:

Não, aceita sim. Foi um presente e presente não se devolve.” pelo menos era o que achava.

– Vai ser muito bom... para me machucar. Nem sei usar tesouras sem me cortar ou usar facas sem fazer um talo no meu dedo.

Eles se entreolharam.