Apolonyx

Irmão gêmeos perigosos, meus novos amigos


Eles se entreolharam.

- Talvez aconteça que nem o Rick Riordan, talvez seu instinto de batalha apareça na hora.

- Espero, Beccs. Ou vou ser estraçalhada.

- Há, não vai não.

- Pierce?

- Não vai. Hoje Polemos disse que você vai entrar no nosso lado contra os semideuses de Nêmesis e Ares.

- Qual é o seu lado?

- Hermes. Nós dois somos filha e filho de deuses indeterminados.... mais ou menos. Você vai lutar ao nosso lado, por enquanto.

- E falando nisso – Beccs consultou o relógio. - Está na hora. Vejo vocês depois. Até. - e saiu.

- Por que ela não luta com a gente?

- Huhum. Ela luta com os filhas de Ártemis escolheu no inicio do ano passado.

Pierce tirou o avental de mecânico (pelo menso era o que parecia, para não sujar de graxa... há, há. Até o rosto dele tinha graxa), pegou meu Arco e Flecha e então saímos.

Percebi um colar de miçangas quase invisível sob a camiseta com pontos queimados e – também – graxa.

Analisando...:

* Sapato surrado.

* Jeans rasgado.

Ele não parecia a pessoa mais cuidadoso do mundo, ou que se veste bem – embora aquele tipo de vestes combinasse com seu estilo.

Mas não resisti e perguntei:

- O que é esse colar?

- Aah, isso? É dos anos que estou aqui. Tenho sete miçangas, sete anos.

- Quantos anos você tem?

- Vinte, entrei aos treze anos.

- Wow. - respirei. - Você não pensa em... algo além?

- Como assim?

- Trabalho. Profissão. Sei lá.

- Pensei, mas... vi que não era o futuro monótono que eu queria. Quero ação, está no nosso sangue. Se eu não conseguir ficar aqui (ainda vou pedir para Quíron quando ele voltar), vou me alistar no exército para fazer armas. É o que gosto. - ele entrou num chalé normal, velho com a pintura descascando e um caduceu com duas cobras (um símbolo), mas logo saiu. - Tome. - era aqueles negócios de ferro para colocar flechas. - Será ótimo para quando você aprender a usá-las. Por agora esqueça. Vai acabar atirando em si mesma.

- Há, há. - ri, sarcástica.

Pierce colocou o arco e as flechas dentro daquela coisa e colocou atrás das minhas cortas. Ficamos nos entreolhando por um momento – olhos fixos sabe? - mas logo desviamos.

Pigarrou.

- Vamos.

Era uma grande e enganosa floresta.

Como tudo parecia igual, já imaginei me perdendo. Grande semideusa que eles foram escolher para Captura de Bandeira. Era um grupo bem grande, todos colocando capacete azul – até as meninas. Todos usando calça e algumas meninas saia por cima de calça.

Pierce chegou até uma garota carrancuda, sentada numa rocha, impaciente.

- Jena.

- Prs! - abraçou-o e depois veio um beijo.

Que falta de sorte!

- Quem é essa?

- Dafni Pandora, essa aqui é Jena Bomer.

Assentimos com a cabeça.

- O que há com vocês duas?

- Nada. - respondemos juntas. “Tirando o fato de ela me ver como uma concorrente e não discordo por achar isso.” acrescentei mentalmente.

- Arrume uma armadura feminina. Espero-as com os outros. Thor está aonde?

- Leste, perto da saída.

- Ótimo. - e se foi.

Nos encaramos.

- Não gosto de você.

- É filha de Ares?

- Não. Hermes mesmo e sei identificar garotas que estão de olho no meu deus, então é melhor você ficar longe.

- Ele só estava me ajudando a...

- Não importa. Dane-se. Estou pouco me lixando. Não é só porque você é filha de uma poderosa e de um deus que vou ficar com medo.

- Como pode ter certeza que estou de olho no Pierce?

- Sua irmã era ex-namorada dele. Nýchta, se me lembro bem.

- Sabe sobre... Nýchta?

- Aah, sua mãe não te contou ainda. Mancada, mas você mereceu. - jogou uma armadura para mim. - Longe.

- Mas eu não sei colocar isso! - já tinha saído. - Ótimo. E agora? Não deve ser tão difícil. - ergui a armadura.

- Só se você tiver braços nas costas, ai sim é moleza.

Disse um garoto agachado, amarrando os sapatos.

Quando levantou, pude ver melhor. Tinha cabelos mais negros do que o Ian Someraider (é assim que se escreve?), olhos vermelho escuro e boca escurecida. Com certeza era batom, natural ou algo do tipo, Tinha de ser.

Ele estendeu a mão.

- Yudy. - não o cumprimentei. Ele me dava uma espécie de medo, embora também perigo e adrenalina – coisas interessantes juntas na mesma frase. - Ok. Tranquila, Pandora. Sou filho de Hades.

- Hades?

- Shhh! Alguns dizem que dão azar. - e começou a rir.

- Bom que se diverte com seus próprios sarcasmos.

- Há, claro.

- Mas o que faz no lado de filhos de Hermes.

- Dizem que também sou filho de Momo (deusa do sarcasmo e ironia), mas ainda prefiro achar que é de Hades. Meus poderes, sabe.

- Que poderes... - logo ele sumiu. - Onde você...?

- Atrás.

- Onde?

- Atrás.

- Onde?!

- Está escapando!

- Pare com isso!

- Yudy, chega. - era uma garota igual a ele, mas de franjas e mechas vermelhas – que combinavam com os olhos.

Então o garoto saiu da minha sombra.

- Yumi, você precisa se divertir.

- Uhum. Justamente com uma garota que tem mais de vinte e um irmãos que pode a vingar.

Ele bufou.

- Não fariam isso. Não perderiam tempo com coisas inúteis como nós.

- Muito obrigada! - rosnou.

- Hei! Pandora chamando aqui! - ergui os braços, chamando atenção deles. - Quem realmente são vocês?

- É exatamente o que eu disse e Yumi é minha irmã gêmea. Hades não gostou nada. - riu, maliciosamente.

Alguém ao longe apitou.

- Vamos?

- Só me ajudem a por essa armadura... - a garota ia me ajudar, mas Yudy se adiantou. Logo passou o fecho da armadura do peitoral pelo meu pescoço e já prendia os fios nas costas.

O toque dele na minha pele pela abertura da blusa enquanto amarrava me fez tremer.

Ele riu em segredo.

Embora não precisasse de ajuda, ele amarrou a joelheira e a cotoveleira em mim.

- E agora o capacete azul. - pus o cabelo para dentro e então Yudy colocou a coisa ridícula na minha cabeça. - Está uma Afrodite, embora a própria seja...

- Chega de xavequismo. - Yumi nos puxou. - Eles já vão apitar de novo para sairmos e vocês ainda estão nesse climão.

- E que clima.

- Cala a boca, Yudy.

- Ok!

Então apitaram.