Apolonyx

Filhos reconhecidos



Todos corriam para a batalha (“batalha” é meio forte, não? Talvez luta ou... ) e a gente atrás nos matando para chegar perto deles.

Claro que os da frente foram os primeiros a serem abatidos. Alguns sobreviveram e lutavam como se fossem se matar mesmo.

Bem, Rick Riordan tinha razão.

Eles levavam esse jogo rápido demais.

– Vamos procurar a bandeira.

– Yumi, a sombra dela. - disse o garoto.

– Posso?

– Se for ajudar, a vontade Yumi.

– Vão logo antes que nos vejam.

– Pode me chamar de Ino, se quiser. - e entrou na minha sombra. Parecia quase igual a poucos segundos atrás, mas dava para vez que estava alterada.
Ela seguiu passando por todos como um gavião.

Yudy pegou minha mão e tirou a espada da bainha.

Era escura e parecia impregnado de magia negra daqueles desenhos animados, pela lâmina preta com tipo de uma chama vermelha em volta.

Armei a minha.

“Wolverine” sibilou.

Tive vontade de bufar, mas um semideus Nêmesis apareceu na nossa frente. Parecia além do grau perigoso.

– Òlha, a campista nova sumida! - cantarolou. - Polemos estava a procurando para apresentar a todos nós, não a achou, mas... quem não veria uma semideusa com uma arma dessas? Quase dá para ver a assinatura de Nyx ai.

Rosnei como nunca havia rosnado na vida.

– Essa sua... ui! - e de repente Yudy tinha enfiado a faca nas pernas do garoto, que caiu no chão.

– Estava nos atrasando, querido Nêmesis. - recomeçou a me puxar. - Aquele ali não serve nem para fazer pipoca.

– E você serve?

– Pipoca doce, ainda. - disse rindo.

Pulamos o riacho e ultrapassamos uma barreira de pedra.

Agora estávamos escondido atrás das árvores, escolhendo o melhor jeito de pegar a bandeira vermelha sem perder nas mãos dos semideuses inimigos.

Ele pegou meu arco e flecha.

– Sabe atirar?

– Nunca.

– Nem eu.

– Droga.

– Eu nem sabia que podia arco e flecha, mas tudo bem.

Tive uma ideia.

– Espera. - fechei os olhos e tentei pegar um dardo do Vazio, mas quando abri os olhos não havia nada. Yudy me olhava como se fosse louca. - Uma vez eu... Aah, claro! - tirei o Ted-bracelete do braço e pensei num dardo – ele se transformou.

– Mas que....?

– Ótimo. - Ted se dividiu em quatro dardos e parecia querer mesmo que eu atirasse. - Tem boa mira?

– Vamos ver. Temos quatro chances.

Pegou uma e atirou.

De algum modo, foi direto na orelha.

– O que é isso? - olhou para a cor do dado e como se tivesse minha assinatura... - Filha de Nyx! Apareça!

– Essa foi rápido. - murmurei.

– Apareça logo, sua covarde que se esconde atrás da mãe! Ou melhor, dos pais! - disse o outro semideus.

A raiva encheu de uma vez.

– Pandora, pense bem. Os filhos de Nêmesis mexem com nosso temperamento mesmo.

– Pra mim já deu. - peguei os três dados restantes e atirei de uma vez.

O primeiro acertou o braço direito do semideus e o outro que me chamou de covarde sentiu os dois dardos no peito – ultrapassando a armadura.

Percebi um “Oh” formando na minha boca.

Um caiu no chão.

Mas então apareceu um cara de capacete azul e enfiou a espada no outro semideus, pegou a bandeira e ergueu – gritando.

– Ganhei!

– O que?! - dissemos eu e Yudy.



Cap - Rivais com preferências em comum, novamente.



Um semideus filhos de Hermes ergueu a bandeira e então tudo acabou.

Todos voltaram para o local da partida.

– Hoje os ganhadores é o chalé de Hermes! - disse Polemos, erguendo a mão do garoto com sardas. - Parabens, Ablom. - parabenizou, mas olhando para mim - desconfiado.

– Obrigado, Polemos... mas que...?

Um simbolo brilhava sobre a cabeça de Yudy e Ino.

– Hades. - murmurou. - Somos filhos de Hades, irmã. Ele nos reconheceu.

Paul chegou até eles e pegou seus pulsos.

– Venham comigo.