P.O.V Gerald

Cheguei a cozinha com muita dificuldade, já que eu estava para estourar. Peguei uma daquelas grandes cadeiras que ficam em volta da mesa e coloquei-a em frente ao armário de mantimentos. Abri a porta desse armário, mas não encontrei os salgadinhos. Algo estranho, pois na minha casa nunca faltou algo desse tipo. Convencido que eu já não estava mais conseguindo andar, liguei para o mordomo:

—Alô, Gerald? – notei pelo tom de voz que ele estava trêmulo.

—Oi, Gino. Eu to aqui na cozinha, arrasado. Comi muito e bem... Quero comer mais. Você poderia trazer alguns salgadinho de presunto para mim? – falei e ele suspirou.

—Claro... Estou próximo a despensa eu posso pegar alguns lá para o senhor e levar até aí. Espere um minuto apenas. – respondeu-me ainda com o mesmo tom de voz do início da conversa.

—Então ta! Vou ficar te esperando. – desliguei o telefone e continuei imóvel naquela grande cadeira.

Pensei na Sthefanni, em ligar para ela, mas hesitei e não consegui. Entrei em seu perfil nas redes sociais e fiquei rodando suas belas fotos, uma a uma. Sua linda cabeleira ruiva, seus dentes limpos e bem cuidados, formando um belo sorriso. Seu rosto angelical, sua forma pura e delicada de viver. Senti uma lágrima escorrer no meu rosto. Limpei-a e esperei o mordomo chegar com os salgadinhos. Eu certamente iria receber aqueles salgadinhos de presunto, quando na verdade gostaria de receber a perfeição dos olhos de Sthefanni.

P.O.V Luna

Pude notar pelo tom de voz que quem estava se aproximando daquele cômodo era o Mordomo. Chegando em frente a grande porta ele sussurrou:

— Quem é você? Não me diga que é a...

— Luna! Sou a Luna e exijo que me tirem daqui – gritei interrompendo-o, pois seu tom de voz calmo estava me dando nos nervos.

— E você veio procurar alguém em especial? Diga-me! Eu preciso saber somente disso. – perguntou-me.

— Vim sim, algum problema? – bati na porta com muita força – eu vou chamar minha mãe que eu quero ver o barraco se formar aqui – eu sei que minha mãe nunca faria isso, mas ele não precisava ficar sabendo.

— E quem é essa pessoa? – dizia com o tom de voz um pouco forçado e desconfiei.

— E porque você quer saber? Não importa se eu vim procurar alguém. Eu não deixo que me prendam num porão e me deixem aqui mofando! Eu não sou uma cadela ou qualquer outro bicho que exista!

— Eu... Bem... É... Eu preciso saber para tirar você daí! – respondeu gaguejando e foi aí que eu desconfiei mais ainda.

Dei um pausa para pensar e respondi:

— Gerald! Satisfeito? Agora me tira daqui. – escutei ele suspirando e pronunciando um “ufa” muito baixinho.

— E como eu posso acreditar em você? Prova-me que veio procurar Gerald. – perguntei-me porque ele estava tão nervoso, mas não achei a resposta.

— Eu vim aqui porque ele chamou! E você pare de ser desconfiado porque quando me soltarem daqui eu vou extravasar! Você vai ver... vou falar tudo com os pais de Gerald e aí você vai ver que eu estava certa o tempo todo!

O silêncio ficou por alguns segundos até ele me dar uma resposta:

—Eu não posso acreditar em você! Todo dia uma garota com seu mesmo perfil nos rouba comida! - não acreditei naquela desculpa esfarrapada, lógico! Ele errou alguma coisa e não queria perder o emprego, certamente.

—E você acha que sou eu? Tenho cara de quem passa fome? Se toca por favor... Eu tenho caráter na vida meu querido! Não sou qualquer uma que fica ai pedindo e roubando comida. – falei.

—É que demorei tanto para te prender que não posso te soltar agora! Espere por mais um tempo até os pais de Gerald chegar que nós tiramos a dúvida! – respondeu e saiu nos seus passos que dava simetricamente.

Voltei para meu colchão de guloseimas e o barulho dos passos se aproximou novamente. O Mordomo abriu a porta e jogou um cobertor, água e refrigerantes. Tentei correr e me livrar daquele lugar, mas me enrolei em meio daquelas inúmeras sacolas e não consegui sair, pois ele fechou a porta.

— Toma! Pro caso de você ter que passar a noite aqui, pois não sei quando o Sr. E Sra. Hunni vão voltar. Por enquanto é só! Durma com os anjos. – a minha maior vontade era a de dar um tapa na cara desse mordomo, pois não suporto pessoas sínicas como ele. Os passos foram se distanciando novamente e tentei me acalmar. A única coisa que eu estava pensando era em uma forma de sair dali.

P.O.V Finn

Amanhã é o dia perfeito para acabar com tudo. O Beijo que darei nela, obrigatoriamente será quando tiver alguém por perto, seja de carro, ou na rua. O horário também já marquei: às dez da manhã. Por quê? Porque a noite seria muito óbvio para Mary, porque sair a noite sem falar onde vai é muito estranho, e minha intenção era querer ocultar a traição. Espero que a bruaca da minha namorada nunca mais olhe na minha cara.

Pensando em como acabar com o meu relacionamento, escutei a campainha tocar, certamente Mary. Quando abri a porta ela já veio se jogando para cima de mim me dando beijos e abraços e tudo mais. A única coisa que senti por ela foi nojo. Não sei se já mencionei, mas odeio garotas oferecidas.

Passamos a noite vendo um DVD de ação que me entediava e ela não parou por um segundo. Na metade do filme fiz uma pipoca e ela devorou tudo em poucos minutos. Fiquei assustado, mas pensei que pelo menos um lado ela tinha de bom: comia que nem eu. Mesmo assim, nada de mais para que eu queira sentar numa cadeira de balanço em frente á lareira numa noite gelada de inverno tentando esquentar meu coração.

O filme acabou e ela foi embora. Deitei-me na cama aliviado e não consegui parar de pensar um segundo sequer no dia de amanhã. Teria que ser perfeito, sem erros, sem deslizes, extremamente perfeito! E não tenho experiência, fato que me incomodava e atormentava meu cérebro. Por fim, adormeci.

*’*

Acordei já pensando na traição. Inclinei meu corpo na cama para ver que horas eram e o relógio chegava ás nove horas da manhã. Levantei, escovei os dentes, tomei um banho e penteei o cabelo. Coloquei uma bermuda jeans rasgada, uma regata branca, um par de all star e um boné não muito encaixado na cabeça, para não estragar o penteado.

Tomei o café da manhã e escovei meus dentes mais umas três vezes. Bati a porta de casa cuidadosamente já que naquela hora só eu estava acordado. Comprei uma bala numa vendinha próxima a minha rua e peguei o ônibus para zona rural. No enferrujado não vi ninguém que conhecia e retirei meu celular do bolso. Fiquei admirando as fotos da linda garota que tanto amei.

P.O.V Luna

O Sol apareceu na minúscula janela na pequena porta que achei os salgadinhos. Percebi que já era dia e me espreguicei. Já estava a ponto de abrir um salgadinho de presunto quando escutei os passos se aproximando daquela sala. De repente, a porta se abriu, e vi os pais de Gerald e o mordomo. Os três olhavam cuidadosamente para mim, mas a expressão do Sr.Hunni era diferente. Talvez ele já tinha me visto, mas nada que eu me lembre.

— Quem é você? – perguntou-me o pai de Gerald, fitando-me seus olhos minuciosamente em mim.

— Eu sou a Luna, Luna Parks. Sou da classe de Gerald, e vocês fizeram a palhaçada de me prender aqui. – respondi e Sr.Hunni deu uma risadinha sarcástica chamando apenas o mordomo para um particular.

P.O.V Gino

Entendi o sinal do Sr.Hunni e o segui até o salão principal. Atrás de nós veio a Sra. Hunni, toda desconfiada. Não sei porquê as pessoas adoram saber de tudo que ocorre em todos os lugares. Mas, eu não falo nada da Sr.Johnson porque ela é a minha patroa e não posso perder o emprego.

— O que foi? Estão falando algo que eu não sei? Se for algo assim é melhor falar porque eu não perdôo depois... Que fique bem claro George e Gino. Sou uma mulher decidida e ambiciosa e tenho personalidade forte. É bom se explicaram. Tem algo que eu não sei? – perguntou a mulher que mal sabia dos podres do seu marido. Eu, tentei disfarçar na resposta e falei isso:

— Nada! Fique lá com a garota, não deixe ela fugir. Ela vem roubando comida aqui esses dias. – respondi e revirei os olhos para o Sr.Hunni que fez que “sim” com a cabeça. O nosso maior código era esse, pois ninguém sabe se o balançar da cabeça significa sim, não, talvez ou não sei. No nosso caso, representava “sim”.

Ela virou-se e andou torta até a sala onde Luna estava. Revirei meu olhos novamente para o pai de Gerald, que suspirou.

— É a garota? – perguntou-me e eu fiz com a cabeça que sim. – Meu Deus, você tem noção da intensidade disso, Gino? – perguntou-me e fiz novamente que sim – Estamos perdidos! E se ela veio aqui pelo motivo secreto? – perguntou-me e como não havia forma de responder com a cabeça que sim tive que responder.

— Não sei. Ela falou que veio ver o Gerald, porém nunca se sabe se ela está mentindo ou não... Esse mundo de hoje em dia deixa as coisas muito indecisas, portanto recomendo que o senhor fique de olho nela.

— Eu vou subir, alegando algumas dores de cabeça, e pra não levantar suspeita eu vou descer por um instante. Você fica aqui cuidando de tudo, pode ser? – fiz com a cabeça que sim pela milésima vez – O plano é o seguinte: você vai seguir tudo o que tá escrito aqui no celular.

Então ele começou a digitar incessantemente e me entregou o celular escrito várias coisas. A primeira coisa que li foi: “Na pior das hipóteses, pegue-me a encomenda e eu faço o resto”. Havia mais amontoado de palavras, mas a Sra. Hunni chegou e guardei o celular rapidamente. Olhei para o Sr. Hunni e dei uma leve piscada, como se tivesse concordando com o plano.

P.O.V Luna

Fiquei esperando por alguns minutos o mordomo e o pai do Gerald voltarem e enquanto isso fiquei olhando para a Sra. Hunni sem parar. Acho que ela percebeu e fez questão de fixar os olhos na parede ao meu lado. No corredor, as vozes masculinas logo me fizeram perceber que elesestavam voltando.

— Mil desculpas... Luna? Enfim, não queríamos ter feito isso, é que uma garota com suas características tem nos perturbado todos os dias querendo comida. E nunca conseguimos pegá-las. – desculpou-se o pai do Gerald. – meu nome é George, desculpe. Venha sempre aqui! – George é um cara bonitão. Tem cabelos castanhos muito claros, que se assemelham a loiro. Não é muito gordo, digamos razoável. Tem olhos cor de mel e lábios grandes. Também não era muito baixo, mas também não muito alto. Digamos que tinha estatura média. Usava roupas sociais cobertas por um paletó e uma calça jeans escura. Os sapatos eram sociais e os dentes eram amarelos, assim como o sorriso.

Dei um leve sorrisinho irônico, pois não estava gostando nada da situação. Levantei-me a pilha de salgadinhos e concentrei-me apenas neles.

— Gino, como você pôde fazer isso? Você está dispensado! – gritou a Sra. Hunni com o tom de voz raivoso. Ela era baixa, tinha cabelos muito loiros. De tudo, não era muito bonita. Muito gordinha e baixinha. Tem olhos cor de carvão e lábios finos e rosados. Usava roupas casuais, básicas, porém sem mostrar nada de mais, digamos que um traje perfeitinho. Os dentes eram brancos e muito bem cuidados e usava um tamanco que pela estética estava muito desgastado.

— Não precisa dispensá-lo não... senhora? –perguntei e ela me respondeu que era Sra. Johnson. – Não precisa dispensá-lo não Sra. Johnson . Certamente, seu marido combinou com ele para fazer isso, não é mesmo?- revirei meus olhos para George e ele engoliu o bolo de saliva. Não sei porque, mas estou de marcação com George desde a primeira vez que o vi. Ele parece ter algo escondido, ou querendo esconder somente de mim. No entanto, eu sempre fui muito desconfiada, por isso não posso confirmar nada.

— Sim é mesmo! Não precisa dispensá-lo Johnson. Eu que pedi para que ele fizesse isso, nada de mais! – respondeu e dei um leve suspiro.

Mas antes, mordomo. Eu exijo um pedido de desculpas por não acreditar em mim. – falei e dei uma leve risadinha.

— Desculpa Srta. Luna, por não acreditar em você! Estou dispensado? – perguntou.

— Não. Quero um refrigerante gelado. – respondi e todos nós rimos. Tentei ser social para provar que Gerald tinha ótimos amigos.

Ele saiu da sala para pegar meu refrigerante e eu gargalhei. George e Johnson me levaram até a sala principal e eu suspirei aliviada.

— E sua mãe? Como ela deve estar numa hora dessas? Eu nunca pensei em sentir falta do meu neném Gerald a noite. – disse preocupada a Sra.Johnson e eu gargalhei.

— Não se preocupe. Minha mãe essa hora está cuidando dos meus irmãos gêmeos, e não deve ter se lembrado de mim numa hora dessas. Ainda mais quando eles são o xodó da casa.

— Sua mãe teve gêmeos? – perguntou George – que coisa hein. – vi um ar de decepcionado no seu olhar.

— Você conhece minha mãe? – averiguei.

— Eu... Bem... Não. – gaguejou George. Achei estranho da parte dele falar isso. Minha desconfiança já estava a mil. – Bom, eu to com umas dores na cabeça, então não se incomode se eu subir agora. Tudo bem Luna?

— Por mim não tem problema. Pode deixar que daqui a pouco eu também já estou subindo a ladeira para ir para minha casa.

— Pode ficar o quanto quiser. – falou.

Dei uma leve risadinha e a Sra. Johnson estava aflita pensando em um dia deixar o neném escapar da sua casa. Tentei acalmá-la, mas nada adiantou. Ela fez questão de me fazer ligar para minha mãe

— Alô? Luna? Porque você ta ligando daqui de casa para mim? – perguntou certa do que estava dizendo.

— Não mãe, eu to na casa do Gerald. Tinha um trabalho urgente para fazer e eu tive que vir cedo para cá para fazer e não quis te acordar. Então já avisei.

— Tá bom, tchau. – e desligou.

Fiz sinal de positivo para Johnson que deu um sorrisinho e me encaminhou até o quarto de Gerald.

Só de ver o início da casa eu já estava deslumbrada, imagina o interior. Havia várias pinturas rústicas assinadas por pintores famosos. Os cantos das paredes eram dourados, e os móveis assim como os eletrodomésticos eram lançamentos em todo o país. Eu estava diante de um verdadeiro palácio. A única coisa que faltou para estar completo, era um chocolate grátis a cada metro quadrado. Cheguei em seu quarto e reparei que o seu quarto era do tamanho da minha casa inteira. Quando ele me viu não resistiu e pôs-se a rir.

— Você estava aqui Luna? Nem te vi - pronunciou risonho.

— É, e você me deve desculpas seu paspalhão! – revelei fazendo biquinho com os lábios.

— Desculpas, porquê? – falou parecendo não acreditar em mim.

— Eu fiquei presa aqui na sua casa o dia inteiro, porque fui confundida com uma ladra de comida. Acredita? – respondi e ele não parou de rir por um segundo. Certamente, ele estava superando a Sthefanni e um Gerald mais espontâneo e alegre estava chegando.

De repente George chegou com um pijama listrado verde e branco falando que as dores ficaram um pouco mais fracas e perguntando se Gerald já havia se desculpado comigo. Respondi que não e ele fez Gerald fazer isso.

— Desculpa Luna, não foi nossa intenção, satisfeita? – afirmou Gerald.

— Tá tudo bem! Não se preocupe! – gargalhei e fui tratar do assunto que eu iria tratar no dia anterior.

— Luna quer dizer algo pra vocês, pai e mãe.

Sorri e comecei e discursar.

— Bom, eu vim até aqui porque Gerald me disse que vocês estavam querendo se mudar da cidade e – suspiro – bem, ele tem amigos aqui, portanto, por favor, continuem aqui como forma mais simples e verdadeira de desculpas para eu ter ficado presa aqui por muitas horas.

Os pais de Gerald se olharam e começaram a sussurrar. Fiquei esperando por vários minutos até que eles finalmente chegaram a uma decisão definitiva e concreta.

— Tudo bem! Nós ficaremos aqui porque você provou que é amiga do Gerald, como pedido de desculpas e também porque a gente nunca iria se mudar daqui. – afirmou Sr. Johnson e o Sr.George sorriu.

— Não? Mas Gerald havia me falado que vocês iriam sim, se mudar daqui. – eu olhava para os pais de Gerald da mesma forma que o loiro. Estávamos confusos.

— Não! Nós só queríamos ver as reações de Gerald se nos mudássemos. Mas isso nunca passou pela minha cabeça. Eu amo essa parte da cidade. É próxima da cidade, porém fica na tranqüilidade acolhedora da zona rural. É isso que me faz continuar vivendo. – filosofou Sr. George.

Quando ela falou aqui senti uma imensa vontade de me jogar de uma ponte! Eu fiquei presa, sem viver direito numa espécie de cômodo por nada? Aquilo que chateou, porém não revelei nada para os donos da casa, pois achei que seria uma ofensa.

Rendida pela ideia de que estava tudo bem, peguei a bolsa que deixei no cômodo e fui embora. A única diferença daquela vez, é que fui levada para casa num carro de luxo. Senti-me a rainha da Zona rural. E o melhor, é que ele não só levou-me para casa, como antes deu uma volta na cidade inteira.

Vi coisas que nunca havia visto na minha cidade. Como uma estátua de Zeus, que achei magnífica. Pena que a câmera do meu celular não é tão boa a ponto de tirar uma ótima foto, mesmo assim valeu. Vi também um grande hotel, que estava num bairro rico. Esse hotel não era tão simples: tinha chafarizes na recepção e também um grande e luxuoso restaurante. Porém, tudo passou num segundo, pois de repente os grandes prédios e edifícios foram sendo tomados pelo verde nas matas.

P.O.V Finn

Cheguei até a porta da sua casa onde vi o portão amarelo de sempre. Gritei várias vezes seu nome, mas em nenhuma das vezes fui atendido. Um carro estava passando e parou em frente a mim. Ela saiu do carro e eu a beijei. Ela não teve tempo de recusar, reclamar ou me bater. Eu não estava fazendo o certo, mas estava fazendo o melhor para mim.

Talvez, ela possa até ficar com raiva, ou coisa parecida, mas depois eu explico tudo para ela e ela há de entender. Ou melhor, estou torcendo para que isso ocorra, pois não quero que isso cause confusão com ela, que é uma pessoa especial para mim.