No trem!

Entramos em um carro que mais parecia uma carruagem, tinha uma parte na frente que era separada da de trás onde ficamos sentados até chegarmos em um trem.

Era gigantesco, devia ter uns 20 vagões mais ou menos. O distrito 2 não é tão longe assim da capital, mais mesmo assim, a viagem duraria umas 8 horas, pensei que não seria tão desagradável ficar lá esse tempo.

Entrei em um vagão que era apenas uma cabine cinza com uma porta, entramos pela porta e um vagão deslumbrante esta lá havia uns sofás, mesas, e um banquete que acho que nem os mais ricos do distrito 2 teriam acesso.

Olhei pra Nathan, pela primeira vez depois que eu e Julie fomos buscá-lo, tive coragem de falar alguma coisa com ele.

_ Olha só Nathan! Não é incrível? – perguntei, ele parecia deslumbrado com toda aquela coisa, eu estava com um grande sorriso no rosto não queria parecer mal, não depois de saber que ele vai ser forte por mim.

_ É realmente lindo – ele disse sorrindo de volta

_ Ah, vocês não viram nada ainda, isso aqui é só uma sala de espera, esperem pra ver os dormitórios, as copas, cozinhas, é realmente maravilhoso. – disse Julie – vocês podem ficar aqui um pouco enquanto eu vou ver as cozinheiras, com certeza elas vão preparar um almoço maravilhoso, para os nossos futuros vitoriosinhos.

Vitoriosinhos? O que ela quer dizer? Seja lá o que for eu realmente não entendi.

Ficamos na sala um tempo, até o nosso mentor chegar, Charlie, ele havia ganhado a uns três anos, eu nem me lembrava dele mais, ele parecia normal, chegou se sentou e disse:

_ Olá - ele disse com tanta animação que na hora até me assustei, por algum motivo as pessoas aqui acreditavam realmente na gente – muito prazer, espero que vocês estejam muito bem treinados, conto com a vitória esse ano! – disse ele esbanjando sorrisos

_ É acho que a gente não pretende entrar lá e morrer – disse meio sem paciência, alegria dele parecia sem sentido pra mim.

_ Háhá, é claro que não! – ele disse ainda sorrindo, continuei séria – Bom, eu vou procurar a Julie pra ter uma conversa com ela, eu volto logo – eles nos olhou e disse – ou não – e saiu.

Olhei pra Nathan, ele parecia normal, resolvi falar alguma coisa:

_ Você ta bem?

_ To sim – respondeu virou pra mim e perguntou – e você?

_ Eu to ótima, só estou extremamente chocada e nervosa – respondi

_ Pois é, mais é melhor a gente esquecer isso, pelo menos não estamos sozinhos aqui – disse ele

_ Como assim? – perguntei

_ Acho que seria pior se você ou eu estivesse aqui sozinho, pelo menos temos a companhia um do outro – disse ele

_ É tem razão, vamos formar uma bela aliança – eu disse, e ele sorriu – Sabe, agora que talvez eu esteja indo pra minha morte, eu só queria uma coisa.

_ O que? - Perguntou ele

_ Conhecer meu pai – respondi, ele abaixou a cabeça e senti que ele sabia que eu não o conhecia, mais eu não sabia como já que eu nunca falei nada sobre meu pai.

_ Depois de um tempo que a gente se conheceu eu percebi que você nunca falava do seu pai, eu não sabia o que tinha acontecido então não quis te perguntar, então um dia, eu perguntei pra sua mãe, e ela disse que ele foi embora quando você tinha 4 meses, achei que você não falava por que não gostava de falar dele.

_ Pois é, eu não falava dele por que não sabia nada dele, não sei o nome – disse tristemente.

_ Quer ver a reprise da colheita? Acho que precisamos avaliar nossos inimigos, e nossos futuros aliados - eu sabia que ele tava falando aliados se referindo aos tributos do distrito 1, e também estava querendo mudar de assunto.

_ é claro – eu disse e fomos pra um vagão que parecia uma sala de vídeo tinha muitos sofás uma mesa atrás com comida, parece que em todos os vagões aqui tem comida, e uma grande tela, ligamos a tv e olhamos a programação, clicamos na colheita e começamos, primeiro o distrito 1, uma garota loira, de olhos castanhos, de uns 14 anos como eu, e um garoto loiro, alto de uns 16 anos e olhos cor de mel como os da Katherine, ele era realmente bonito.

Vimos a nossa gravação parecíamos que estamos estancando uma dor imensa, então resolvi avançar a fita fomos passando até que algo me impressionou, a garota do 5! Pâmela devia ter uns 14, ela tinha cabelos curtos e negros, e olhos também negros, tinha uma face incrivelmente má, mas resolvi continuar, depois outra coisa me impressionou, a garota do 6, Priscila, devia ter uns 14 anos também, alta cabelos longos castanhos e olhos também, continuei avançando, depois outra coisa me impressionou, a garota do 11, Camila, também devia ter uns 14 anos, pele escura olhos e cabelos também, deixei que a fita passasse, até chegar no distrito 12, uma menina de aparentemente 12 anos, Rebeca, meio pequena, cabelos castanhos e olhos também e o garoto, Gabriel, mais ou menos 15 anos, alto, cabelos negros e olhos castanhos, na hora pensei e acho que pensei alto, por que só consegui ouvir a minha voz dizendo:

_ Serão fáceis de matar!