_ Como é? – perguntou Nathan

_ Nada, nada não – respondi.

Depois que o programa acabou, não tínhamos nada pra fazer, então resolvi ir até a mesa comer alguma coisa, tinha varias coisas lá, tinha tantas coisas que me fez perder o apetite, fui pro quarto, e fiquei deitada na cama, até que uma mulher entrou, olhei pra ela e pela cara, vi que era uma avox, não sei o que ela veio fazer aqui, talvez tenha sido mandada por alguém, olhei pra ela e disse:

_ Eu não preciso de nada! Você veio fazer alguma coisa? – perguntei sei lá por que, sabendo que ela não falava, mas fiquei esperando ela apontar alguma coisa ou fazer algum tipo de mímica, mas nada aconteceu. – se não quer nada então sai. – disse irritada, que maluca, mas ela continuou lá parada, talvez quisesse que eu saísse ou estava me vigiando. – ah já entendi, alguém deve ter mandado você ficar de olho em mim – indaguei, olhando pra ela, mais ela mantinha a cabeça baixa – TA, QUE SEJA, EU SAIO. – me levantei para sair, mas ela me segurou pelo braço, dessa vez ela estava com a cabeça levantada, olhei nos olhos dela e reconheci, era uma garota do meu distrito eu a conhecia por vagar pelos arredores do distrito fora das cercas isso é proibido assim como em todos os distritos, um dia eu há vi saindo e corri atrás dela dizendo que ia denunciá-la e etc, ela me olhou com um olhar muito malvado, o mesmo olhar que me lembrava a garota do 5, mas eu a encarei, ela estava há uns 30 metros fora da cerca, acho que estava seguindo em direção a floresta, quando de repente um aerodeslizador saiu de trás das arvores, ele era muito silencioso então ela não viu, eu não podia gritar para avisá-la ou se gritasse eles me pegariam também, mesmo eu estando do lado de dentro da cerca, ainda assim, eles poderiam me pegar, fui me afastando devagar enquanto ela me fuzilava com olhar, só quando um grande vento bateu nela ela o percebeu, me virei e corri o mais rápido que pude, só ouvi um grito de terror, mais não olhei pra trás, e agora ela estava aqui bem na minha frente, e me enfrentando. – ah é você – disse olhando pra ela – você mereceu o destino que teve – de repente ela soltou meu braço e começou a sacudir a mão, eu não fazia idéia do por que ela fez isso, não tive tempo de perguntar até Nathan chegar e dizer:

_ Vem nos estamos chegando!

Chegamos a uma grande estação, onde o trem parou, atrás dela havia um grande prédio, onde imaginei que seria onde ficaremos e treinaremos, Julie nos disse alguma coisa ininteligível pra mim e saiu, depois quatro pessoas apareceram, duas vieram até mim e duas até Nathan, agarraram nossos braços de uma forma amigável, do jeito que se anda como um casal e nos guiou para uma sala com muitos equipamentos de beleza, mandaram eu entrar num banheiro, tirar minhas roupas e vestir um roupão. Fui, vesti um roupão comum, sai e me mandaram deitar na maca e ficar quieta, eu estava tentando, mais estava muito difícil com eles penteando o meu cabelo todo embaraçado e arrancando cada pelo no meu corpo.

Depois de uma meia hora, eles terminaram e chamaram a minha estilista, dei graças a Deus por ser uma mulher, ela entrou me olhou de cima abaixo e disse:

_ Muito bem, acho que o que preparei vai cair muito bem em você – ela me rodeava – meu nome é Tânia, e nem precisa dizer o seu, Paloma não é? Eu vi você a colheita, você parecia muito... Rígida pra uma garota do 2

_ Não estava daquele jeito por ter sido escolhida, estava por que Nathan é meu melhor amigo fiquei chocada por que ele foi escolhido, nem tive tempo de me recompor antes que eles me chamassem. – eu disse

_ Blá, blá, blá, que seja, eu preciso que vocês dois estejam geniais essa noite, e é bom você arrumar uma boa cara de má, por que é isso que o distrito dois representa. – disse ela e saiu, como assim isso que o distrito 2 representa? Maldade? É isso que as pessoas vêem na gente? De repente ela voltou e disse – ta esperando o que? Sega-me!

Fui atrás delas por trás de portas e corredores iluminados, até chegarmos numa porta, que dentro eu só conseguia ver algum tipo de luz azul logo Nathan chegou, escoltado por um homem, que imaginei ser o estilista dele.

_ Estão prontos? – perguntou Tânia

_ Estamos – respondi, então ela abriu a porta e uma sala grande e escura estava lá havia dois sofás e uma grande mesa e ao fundo dela em frente às mesas estavam dois manequins, com duas fantasias com detalhes pretos e dourados e algum tipo de águia, era uma fantasia de águia dourada, como a de Cato e Clove, mais muito mais elaborada, era deslumbrante.

_ É maravilhoso – disse Nathan

_ Maravilhoso é você que vai ficar nele querido – disse o estilista de Nathan, sem querer julgar mais ele disse com um jeito de gay. Nathan sorriu com o elogio.

_ Bom é melhor vocês se vestirem, temos duas horas – disse Tânia

Começamos a nos vestir a fantasia demorou muito, tínhamos que vestir uma roupa por baixo dela e depois ir meio que a encaixando isso deve ter demorado uns 40 minutos, depois fomos fazer cabelo e maquiagem, deixaram meu cabelo com algumas mexas douradas, que brilhavam muito há luz, espero que não seja o mesmo com a fantasia por que se for, ninguém vai conseguir olhar pra nós.

Depois de muita preparação, que durou mais ou menos uma hora e quarenta minutos fomos para o saguão, quase todos estavam lá menos o 12 e o 1, olhei em volta e vi a garota do 5, ela estava com uma roupa azul que brilhava e vi que estavam com umas luzes que no começo pensei que fossem pisca-pisca de arvore de natal, mais depois vi que eram algum tipo de luz de led, a garota do 6 estava com algum tipo de roupa de corrida, um vestido com listras do lado uns números 6 aqui e ali e umas outras etiquetas parecidas com aquelas de patrocinadores de pilotos de corrida, mais as dela eram insígnias da capital e do distrito 6. Não consegui ver a garota do 11. Os tributos do 12 desceram e vi que elas estavam com uma roupa preta que parecia um tipo de camada grossa toda quebrada, parecia uma parede minerada, e em alguns vãos havia alguns brilhos, diferentes do da garota do 5, eram parecidos com diamantes. Minha fantasia ainda ficava em primeiro, a do 12 podia ser bonita, mais a minha era muito melhor arquitetada, só espero que eles não peguem fogo, ou façam qualquer tipo de coisa inusitada.

Subimos na carruagem, eu mal tinha reparado nos cavalos eles estavam combinando com a gente, com crinas douradas com detalhes e um pelo muito negro, eram bonitos. Alguma coisa soou e as carruagens se enfileiraram para começar em ordem crescente, a gente era o segundo por ser do distrito 2 minha mãos estavam tremendo segurei as de Nathan um tempo e depois soltei, a carruagem do 1 começou a andar e em seguida a nossa, era uma passarela imensa, achei que ia durar uma vida para passarmos por lá havia pessoas gritando e jogando coisas que vez por outra acertavam em mim, mas não me faziam perder a postura,

Olhei para o telão e vi o distrito 12, estava queimando o carvão estava se dissolvendo, e mostrando um grande diamante lapidado, isso me fez tremer de raiva, eu estava enfurecida, lá vem eles, roubarem a atenção toda de novo, sem me dar conta, minha fantasia estava irradiando energia, raios percorriam ela toda, eu não sabia o que estava acontecendo, e vi que com Nathan não estava acontecendo, achei que fosse alguma artimanha da minha estilista por que não doía, quando encostei em Nathan, ficou visível que ele sentiu uma pontinha de dor, desencostei dele logo e alguma coisa parecia com um flash back veio a minha cabeça.

Estava uma mulher, que com certeza era minha mãe, segurava um bebê e estava do lado de um homem, ele estava dizendo alguma coisa pra ela, ela chorava e falava do bebê, o homem explicava alguma coisa, minha mãe se acalmou um pouco, deu um beijo no homem, consegui ver os olhos dele, ele tinha raios nos olhos, no momento percebi, aquele homem é Zeus.

A memória se apagou voltei a tona, agora a atenção estava em mim por algum motivo as pessoas tinha adorada aquela coisa sem sentido dos raios, agora eu entendia, eu sou filha de Zeus. Eu queria gritar, perguntar como isso é possível, mais o publico era meu agora teria que parecer linda e má, nada de emoções controvérsias, deixe isso pra depois, os cavalos já estavam terminando o circulo quando consegui olhar pra Nathan, ele estava com os olhos arregalados olhando pra mim sem entender, sorri pra mostrar pra ele que eu estava bem.

Depois de muita baboseira, as carruagens entram em uma outra porta no fim da passarela, nos descemos e Nathan perguntou:

_ O que aconteceu?