POV Maria

Maria Fernanda tinha tratado Estevão e Otávio como dois vermes.Ela sinceramente tinha passado dos limites , ela estava sendo tão perversa quanto antes.Pelo o que eu me lembre ela tinha mudado.Eu me enganei ao pensar nisso, Maria Fernanda não iria mudar.Existia um ódio dentro dela que nem eu mesma pensava que ainda existisse dentro dela.Existia uma maldade que nunca se acabava, ela estava vestida com essa maldade.E agora que eu fico frente a gente com ela eu percebo que ela esta disposta a me enfrentar sem medo.Victória tinha razão...Essa era a minha filha, a Maria Fernanda de Victória esta presa na minha filha.

—O que faz aqui?—Maria Fernanda pergunta se levantando na cadeira.

—Vim ter uma longa conversa com você.—Falo entre os dentes.—Pensei que tivesse deixado de ser tão má.

—Apenas tirei férias.—Fala debochando da minha cara.Ela se senta novamente em sua cadeira e me encara.—Só foi isso que te trouxe aqui?

—Você esta me dando repulsa, Maria Fernanda, você não é assim!—Exclamo brava e ela me olha com raiva.

—Problema seu, querida.—Me responde com raiva.—Você quem me criou, você sabe o que fez, mamãe.—Ela termina a frase com deboche novamente.

—Você é somente mais uma vitima das artimanhas de Demetrio, Maria Fernanda, isso já acabou!—Exclamo com raiva.—Se você continuar com tudo isso vai estar sempre sozinha.

—Eu tenho meus filhos.—Fala.—E ninguém vai tirar eles de mim, Maria, ninguém vai poder me afastar deles.

—Quando eles enxergarem a mãe que eles tem...—Falo irônica.—Você não é mãe, Maria Fernanda.

—Isso não é da conta de ninguém.—Fala entre os dentes.—Ponha na sua cabeça que sem mim suas vidas seriam as mesmas.Você nunca ia se encontrar com a minha mãe!—Exclama.Vejo que ela se pega de surpresa ao chamar Victória de mãe.

—Mãe?—Pergunto incrédula.—Você aceitou Victória como sua mãe...

—Só me deixe levar pelos sentimentos.—Fala e eu sorrio com esperança.—Não foi o sentimento de amor, Maria, foi o sentimento de raiva e ódio.—Fala e fico sem esperanças.—Agora volte para a sua casa e viva a sua vida patética.

—Se ter uamá vida feliz e com amor e ter uma vida patética, então eu voltarei a vive-la sem você.—Falo chorando.—Você ainda tem chance de voltar a ser boa.

—Essa mulher boa morreu.—Fala.—Não preciso mais de você.—Fala lentamente e eu fecho os olhos.—Eu só vim para a vida de todos vocês com um objetivo.—Fala e eu a olho.Percebo o quanto ela esta amargurada.—Desunir todos vocês, acabar com o amor e a esperança que existe em vocês.

—E como você vai criar seus filhos?—Pergunto parando de chorar.—Porque com o ódio e a raiva você morrera e vai os deixar sozinhos.—Falo dando um passo para trás.—Já que quer se afastar de nós, eles não terão apoio de ninguém quando você se for.

—Eu não irei.—Fala e eu nego com decepção.—Não vou errar como você, nem como a sua irmã.

—Parece que não somos boas mães então.—Falo e me viro apara ir embora.

—Mamãe?—Ela em chama e eu paro.Me viro e vejo que ela estava prestes a chorar.Ela ia se redimir!Ela engoliu o seco e me olhou com um jeito estranho.—Saiba que não preciso de você mais na minha vida.—Fala rudemente e eu fico incrédula.Logo saio da sala dela aos prantos.

—Todo filho precisa de uma mãe.—Falo sozinha.

POV Maria Fernanda

Depois que Maria foi embora eu voltei para casa.Não demorou muito para que Maria Victória começasse a chorar.O mais incrível era que isso não acordava João Paulo, ele dormia como um anjo.Acabei me lembrando de quando Maria uma vez falou que eu poderia morrer chorando quando bebê, mas isso não fazia Fernando Luiz acordar.Isso é tão estranho para mim.As vezes paro e penso que roubei a vida de alguém.Porque se por acaso Victória não fosse minha mãe, se por acaso ela só tivesse uma filha com o mesmo nome que o meu...

—Se as coisas não fossem tão complicadas.—Falo ninando Maria Victória.—Talvez eu te dei esse nome por amar elas por uns tempos.—Falo.—Será que você será igual á mim?—Pergunto e ela se meche inquieta.Sorrio.—Claro que não.—Afirmo. —Será que eu vou pelo menos te ver crescer?—Pergunto com lagrimas nos olhos.

As coisas poderiam ser tão diferentes, Victória poderia ter tido alguma complicação na gravidez e talvez eu não tenha nascido.Como seria se eu não tivesse nascido?Será que todos seriam feliz sem mim?Será que Fernanda Luiz iria casar com Catharina ou ela ficaria para sempre com Fernando José?

—Durma bem, filha, agora quem precisa descansar sou eu.—Falo a colocando dentro do seu berço.Dou uma ultima olhada em João Paulo e vou para o meu quarto.

Eu me deito exausta na cama.Assim acabado pegando em um sono.E estranhamente eu acordo.Mas como isso poderia acontecer tão rápido?Logo me levanto e tomo meu banho e começo a me arrumar para ir trabalhar.Procuro pela babá mais não á encontrou em lugar algum.Com isso vou até o quartos dos meus filhos e fico em choque.Eu não os encontrava em lugar algum.Logo me desespero e começo a andar por toda a casa novamente.Entro em um dos quartos e me deparo com Victória e Otávio.

—Cristina já acordou?—Victória pergunta para Otávio.

—Já.—Ele responde.—Nossos dois filhos são bem pontuais.—Fala e eu fico sem entender.—Se pelo menos a sua outra gravidez tivesse dado certo.—Fala e eu fico assustada.—Talvez nossa Maria Fernanda tivesse nascido para nos alegrar.

—Ela teria quase a mesma idade de Fernando Luiz.—Victória fala sorrindo.—Meu sobrinho...—Fala.—Foi difícil me acostumar com a ideia de que somos irmãs.

—E por falar em Fernando Luiz...Como vai o famoso triangulo amoroso dessa família?—Otávio pergunta e eu fico sem entender.—Catharina já se decidiu com quem ficar?

—Entre Fernando Luiz e Fernando José?—Ela pergunta e eu fico incrédula.—Ela ficou com Fernando José, porque o ama de verdade.—Fala e da um suspiro.—Mais teme por Fernando Luiz, já que ele é pai dos seus filhos.

—Como?—Pergunto incrédula e eles olham para mim e eu me afasto deles.

—Deve ter sido Cristina.—Victória fala sugestiva.Isso é um sonho...—Vamos na tumba de Maria Fernanda?—Ela pergunta e eu permaneço em choque.Pelo visto, ou esse sonho é muito longo e real, ou eu devo ter morrido.