Anjo Pecador

Renegando O Próprio Sangue.


POV Maria Fernanda

6 meses haviam se passado e Estrela não queria sair de perto de mim.Depois que eu expliquei a ela o que aconteceu ela me prometeu que não contaria isso para ninguém.Porém depois de ter meus filhos eu contaria tudo... Mais eu não sabia de onde eu tiraria tanta coragem para enfrentar todos.Eu estava exatamente com sete meses de gestação.E já me preocupava em como eu iria seguir em frente com um filho.todos queriam que eu voltasse para casa, mais com certeza alguns poderiam ficar falando de mim.Ser mãe solteira não é fácil.

—Eu estava pensando no que você falou sobre ser filha da Maria.—Catharina fala seria.—E eu procurei saber se algum empregado nas empresas do Estevão se viram grávida de novo depois que teve Fernando Luiz.

—E?—Pergunto e ela parece nervosa.

—Ninguém.—Fala.—Tem uns empregados , mais ninguém viu ela grávida de você.—Só viram depois que você nasceu.

—Como pode?Como assim ninguém há viu grávida de mim?—Pergunto incrédula.

—O jeito e fazer o exame de DNA, Fernanda.—Ela sugere.—Aproveita que a Estrela esta aqui e pega um fio de cabelo dela...

—E a única forma...—Falo.—Nem que eu tenha que arrancar todo o cabelo dela.—Falo e Catharina ri.

—Essa duvida está te matando por dentro.—Fala e eu concordo com a minha cabeça.—Fernanda, você não foi a nenhum médico para saber se esta tudo bem com a criança...Que de fato deve ser grande pelo tamanho da barriga.—Fala e eu concordo.

—E eu espero que ela nasça morta.—Falo e ela me olha incrédula.—Eu não quero ser mãe.

—Mais agora vai levar isso até o fim.—Fala com raiva.—E vamos á um medico saber se esta tudo bem, Fernanda.

—Esta bem.—Concordo com ela.—Vamos.—Falo querendo fazer uma proposta para ela.—Catharina...—Começo.—Quando meu filho nascer eu quero dar ele a alguém.—Falo e ela me olha incrédula.—Não quero cuidar dele.

—E para quem você vai dar?—Pergunta e eu fico sem responder.—Maria Fernanda, todos vão ficar com raiva de você.

—Podem ficar.Mais ninguém me ajuda a cuidar dele.—Falo com raiva.

—Você pode cuidar dele, e ninguém te ajuda por quê você esta correndo de todos.—Fala um pouco seria.—Você esta sendo egoísta.

—Mais do mesmo modo eu vou dar essa criança.—Falo.—Ou deixa-la na porta de um orfanato.

POV Victoria

Fazia meses que eu não tinha mais noticias de Maria Fernanda.Mais pelo o que me disseram...Ela não estava indo a nenhum medico para saber como estava a sua gravidez.Quando Fernando Luiz e Maria foram na fazenda ela proibiu a entrada deles.Ela mandou avisar que não queria saber de ninguém.Muito menos de mim.Mal telefonava, mais quem nos mantinham informados era Catharina e Estrela.

O que me dava medo era Maria Fernanda rejeitasse o filho que esperava como eu a rejeitei de uma certa forma.Que talvez ela cometa uma louca...De dar ou abandonar seu filho na primeira porta que ver.Eu rezava para que ela não tivesse o mesmo destino que eu tenho.E que por um momento ate pensei em fazer a cirurgia para voltar a enxergar e fazer com que ela voltasse para casa...

—Catharina telefonou hoje?—Pergunto escutando a voz de Cristina.

—Não, mais ela pode ligar mais tarde.—Fala e eu escuto outra pessoa entrando na sala.

—Quem é?—Pergunto e escuto os passos se dirigirem até perto de mim.

—Sou eu.—Maria fala um pouco tensa.

—O que esta fazendo aqui?—Pergunto com raiva.—Já disse que não quero você na minha casa.

—Victoria...

—Saia imediatamente da minha casa!—Ordeno com raiva.—Você já me feriu muito , Maria.

—Eu não tenho culpa se nossos pais...

—Não falo deles.—Falo com raiva.—Você não quis devolver a minha filha, me deixou cega...E agora descubro que somos irmãs.—Falo.—Saia da minha vida.

—Você e eu seremos avós, Victoria...Mesmo Fernando Luiz e Maria Fernanda sendo primos...—Fala chorando.—Além de tudo somos irmãs.

—Me desculpe, Maria!Mais eu fui abandonada em um orfanato e não tenho nenhuma irmã!—Exclamo com raiva.

—Mamãe...—Cristina tenta chamar a minha atenção.

—Victoria, pelo amor de Deus...—Maria pede chorando.—Me perdoe.

—Nunca!—Exclamo com raiva.—E faça o favor de sair da minha casa!—Falo e sorrio.—Se lembra quando você pediu para que eu saísse da sua casa quando fui ver Maria Fernanda?—Pergunto relembrando.—Agora quem vai chorar é você.—Falo com raiva.

—Victoria, você esta cega de ódio!—Ela exclama e eu riu irônica.

—Não, Maria, estou cega por quê você e eu sofremos aquele acidente.—Falo com raiva.—Você teve a sorte de voltar a enxergar.

—Você também tem!E só fazer a cirurgia!—Fala ainda chorando.

—Não...Quero permanecer assim para que você possa ver o que fez...E sofra toda vez que me ver assim.—Falo um pouco egoísta.

—Victoria...—Ela me chama tocando no meu rosto mais eu saio de perto com nojo.

—Vai embora!—Ordeno me virando de costas.—Finja que eu morri.—Falo com o coração apertado.—Por quê para mim você já morreu.

POV Fernando Luiz

Eu estava todo atarefado no hospital quando entrei na minha sala e vi uma carta que Catharina tinha me mandado.Logo abri a carta e me enchi de lagrimas.Eram boas e más noticias...

`` Fernando, sei que o que escrevo aqui deveria ser falado pessoalmente...Mais eu e Estrela não queremos sair de perto de Maria Fernanda de nenhuma forma.Fizemos com que ela fosse ao medico e soubemos que ela espera gêmeos!Ela não quis saber se era um casal e etc.Mais também acabamos descobrindo que um dos bebes pode nascer morto.Porque Maria Fernanda não estava se cuidando como deveria.E o pior de tudo e que na hora do parto ela e o bebe podem morrer.Ou seja...Dessa gravidez só uma criança vai ficar viva.Estamos fazendo o possível para que ela se trate para os três ficarem vivos.Mais ela disse que assim que tiver as crianças vai dar elas para alguém.Ou vai abandona-las em um orfanato.

Ela não quer ser mãe, Fernando.Por isso quando essas crianças nascerem Estrela vai leva-las para a capital.Maria Fernanda não tem nenhum carinho com os bebes, ela não tem nenhum afeto e pede para que eles não nasçam com vida.Tanto que uma delas podem nascer morta.

Vou continuar mantendo todos informados.Avise a todos o que aconteceu...Pois temos a certeza de que Maria Fernanda não esta bem das suas faculdades mentais.

Com compreensão...

Catharina Castro. ´´