Anjo Pecador

‘’Antes tarde do que nunca...Ou talvez seja tarde demais para tentar se salvar.’’


‘’Antes tarde do que nunca...

POV Maria Fernanda

Eu corria dentro da floresta com desespero.Escutava os passos de Demetrio correndo atrás de mim.Sentia sua presença cada vez mais perto de mim até que cheguei ao fim do abismo...Quase caindo de um penhasco altíssimo.E quando me viro vejo que ele esta se aproximando e eu sai dali o fazendo cair do penhasco.Corri para o mais longe que pude e sempre me vinha o pensamento de culpa.Se eu nunca tivesse deixado me levar pela loucura de Maria Lua.Se eu nunca tivesse conhecido ela.Mais agora era tarde de mais e eu precisava sair dali.Mais logo paro de correr ao ver a minha mãe , ela estava me olhando com uma certa raiva que eu nunca vi.

—Mãe?—A chamo e ela permanece onde esta.Aquilo estava me deixando nervosa.—O que a senhora tem?—Pergunto mais ela permanece calada.E e quando eu toco na minha barriga e percebo que não estou grávida .Como pode?—Onde esta os meus filhos?—Pergunto mais ela permanece calada.

—Como você pode fazer tantas maldades?—Pergunta e minha consciência pesa.—Como você foi capaz de fazer o que fez com o Demetrio?—Pergunta e eu tento me explicar por quê ele caiu.—Por quê se aliou a ela?—Pergunta novamente.—Como você foi capaz de me empurrar da escada?—Pergunta e a raiva que me fez a empurrar da escada vem.

—Você mesmo depois de ter recuperado a luz dos olhos permaneceu cega.—Falo com raiva e vejo que ela recua.—Você deveria ter morrido.—Falo dando dois paços para a frente.

—Mesmo depois de tudo que fiz por você?—Pergunta e eu permaneço calada.—Maria Fernanda você não é má.—Fala e eu sorrio irônica.—Você é perversa e sem coração.—Fala e eu paro de rir.—Você não merece ser mãe.

—Vovó.—Um menino de cabelos curtos e negros á chama e eu fico parada.Eles se dão as mãos e eu fico sem entender.Aquele seria meu filho?—Quem é ela?— Ele pergunta olhando para mim.

—Sua futura madrinha.—Fala e eu fico confusa.—A mulher que vai ser a sua segunda mãe.—Fala irônica e eu me assusto.—Agora vá atrás de Cristina e diga a ela que daqui a pouco chego na festa.—Fala e ele sai correndo.Mais que festa?—Eu te tirei de uma pessoa que te deu a vida , Maria Fernanda , agora eu tiro seus filhos de você.—Fala e eu fico sem entender.

—Me tirou de quem?—Pergunto e ela dá um sorriso de deboche.

—Um dia você vai ver e entender tudo.—Fala dando as costas e começa a andar.—E vista preto para a festa, querida, não chegue atrasada!

Logo abro os olhos sobre a luz do sol dentro do meu quarto.Logo me levanto e vou me olha no espelho e vejo que estou grávida.E que tudo foi apenas um pesadelo.Mais por quê eu me preocupo tanto se os bebês que espero estão vivos ou não?E como eu poderia ser madrinha dos meus filhos?E que festa era aquela que tinha que ir de preto?Um velório?Mais velório não é festa...

—Que coisa estranha.—Falo vendo várias cartas em cima da minha escrivaninha.—Mamãe,papai,Cristina,Greco...—Paro de falar ao ver a ultima carta.—Maria Sófia.—Falo contente ao ver de quem era.Logo me sentei na cama e comecei a ler.

`` Nanda, a quanto tempo não nós vemos! Acabei de chegar do pais e soube por Vitor Hugo tudo o que aconteceu na sua vida.E estou muito triste em te avisar por carta o que vai saber agora.Cristina e Fernando Luiz estão indo para a fazenda para te tirarem daí por bem ou por mal.Eles querem o seu bem!Mais você esta se recusando a aceitar a ajuda de todos pelo qual motivo ninguém sabe.Por isso estarei te esperando na rodoviária de tarde.Não é questão de ser uma ‘’fugitiva’’ ou não.Somente eu sei o quanto você é orgulhosa e insegura.E espero que você se salve, Fernanda.E quero te ajudar.Quero lembrar a você que você é boa!E que é a melhor que pessoa que existe.Por isso a sua única oportunidade é ir comigo para longe.

Com amor e saudades,

Maria Sófia Rivas ´´

POV Maria

Era ela.Sim, era ela.Eu não tinha mais nenhuma duvida de que ela tinha feito algo de errado.Por quê desde que ela era bem pequena eu sabia o que ela fazia , era preciso olhar nos seus olhos de vidros e ver como ela falava que se percebia tudo.Ela estava com o seu cabelo muito bem amarrado com um coque e seu vestido de malha balançava com o vento.Aquele laranja fazia ficar mais bonita do que era.Mais ela tinha errado da mesma forma...

Eu ia saindo de detrás dos arbustos quando ela começou a falar comigo...Espere.Ela estava falando com o meu outro EU.E aquilo me deixava nervosa, o que o meu outro EU poderia falar vendo que ela esta errada?

—Mãe?—Ela me chama e o meu EU permanece calada e a deixa nervosa.—O que a senhora tem?—Pergunta e passa a mão no seu ventre liso.Ela não estava mais grávida?Como?—Onde esta os meus filhos?—Pergunta mais o meu outro EU permanece calada.

—Como você pode fazer tantas maldades?—Pergunto.—Como você foi capaz de fazer o que fez com o Demetrio?—Pergunto sem entender nada.—Por quê se aliou a ele?—Pergunto e fico mais confusa ainda.—Como você foi capaz de me empurrar da escada?—Pergunto e fico incrédula ao ver que ela esta ficando diferente.

—Você mesmo depois de ter recuperado a luz dos olhos permaneceu cega.—Fala e eu recuo.—Você deveria ter morrido.

—Mesmo depois de tudo que fiz por você?—Pergunto e ela permanece calada.—Maria Fernanda você não é má.—Falo e sorrio.E ela ri irônica e eu fico com medo.—Você é perversa e sem coração. Você não merece ser mãe. —Meu outro EU fala e eu entendo tudo.Essa minha ‘’ versão ‘’ era a que não conseguia perdoar,amar,ser feliz...E que agora brigava ao invés de perdoar Maria Fernanda.

—Vovó.—Um menino de cabelos curtos e negros me chama e eu fico parada.Logo meu outro EU e ele se dão as mãos e eu tento raciocinar aquilo.—Quem é ela?— Ele pergunta olhando para Maria Fernanda.E ai que eu saio de vez de detrás dor arbustos e falo.

—Sua mãe.—Falo feliz mais os três parecem não escutar nada.Logo a minha felicidade vai embora.

—Sua futura madrinha.—Meu outro EU fala e eu fico incrédula.— A mulher que vai ser a sua segunda mãe.—Fala novamente e eu fico perplexa.— Agora vá atrás de Cristina e diga a ela que daqui a pouco chego na festa.—E logo ele sai correndo.Mais que festa?—Eu te tirei de uma pessoa que te deu a vida , Maria Fernanda , agora eu tiro seus filhos de você.—Eu seria incapaz de falar isso...

—Me tirou de quem?—Pergunta e eu fico calada com medo.

—Um dia você vai ver e entender tudo.—Fala e meu outro EU sai andando.—E vista preto para a festa, querida, não chegue atrasada!—Meu EU fala e eu saio atrás dela.Até que nos distanciamos muito de Maria Fernanda e ela se vira para mim.

—Por quê você fez aquilo?—Pergunto.

—Eu não fiz nada.—Fala convencida.—Você fez aquilo.—Fala e eu permaneço calada.—Eu sou a sua consciência e não o ‘’ Seu outro EU ‘’.—Fala e eu fico perplexa.—Estou estou pesando agora...Por quê você vai fazer o que acabou de acontecer.

—Não, não vou.—Nego com raiva.

—Veremos.—Fala.—Sabe por quê todos vão de preto?—Pergunta.

—Eu pensava que fosse um batizado.Mais preto...—Falo sentindo repulsa.

—E por quê o batizado é depois do velório...—Fala e sai andando me deixando perplexa.

—Ei!—A chamo mais ela vai embora.—Velório?—Me pergunto.

—Maria!—Escuto Estevão me chamar e eu corro atrás de onde a voz vez.—Maria , acorda!—Ele pede e eu continuo a correr até que passo de uma luz extremamente clara.—Maria.—Ele fala e logo percebo que estou no chão e ele segurava a minha cabeça.Estrela permanecia com a sua respiração ofegante com Heitor do lado agachados perto de mim.Vivian e Lupita pareciam ter parado de chorar.

—O que houve?—Pergunto com a voz embargada e tento me levantar mais não consigo.Logo percebo que estamos perto da escada.—Cai da escada?—Pergunto e Estevão abaixa a cabeça e começa a chorar.—Estevão...

—Você desmaiou , Maria.—Fala com a voz fraca.—A doença já esta te matando.—Fala e sinto meu coração acelerar.—Você esta morrendo.

—Não.—Falo e me dou conta de que o enterro minha consciência fala era o meu.Por quê de quem mais seria?

...Ou talvez seja tarde demais para tentar se salvar.’’