O meu olhar ergueu-se com um enorme sorriso que dizia: aceito.
Rodeei meus braços ao tronco dele. Não queria saber se estava cheia de sangue, se o vestido estava rasgado, se a maquilhagem se encontrava borrada ou que o meu cabelo parecesse um ninho. Estávamos eu e ele. apenas nos dois. E depois de tudo o que acontecera esta noite, apenas queria que durasse para sempre. Sem intervalos.
-Amo-te mais do que já alguma vez amei alguém ou alguma coisa. - olhei para ele.
-Mais do que amas o sangue? - era bom de mais se fosse mesmo.
-Mais do que amo o sangue. - ele beijou-me a testa. - Não há nada neste mundo que ame mais que tu. És a minha loucura, a minha rainha, o meu anjo.
As palavras dele tocaram-me mesmo...
-Tu também és o meu anjo...
-Anjo do Mal. -sorrimos ambos.
O olhar dele ainda transmitia alguma preocupação.
-Amor, estas bem? - ele olhou-me.
-Ham? Sim, claro. - ele focou o seu olhar nos seus pés.
Suspirei.
-Angel, o que se passa? - ele suspirou.
-A Margo não vai desistir. - ele olhou-me - Não enquanto nos ver juntos. Espero que saibas que vai ser uma relação muito complicada.
-Sei. e estou disposta a isso para te ter.
-Eu também, anjo . - ele olhou para o relógio - já é tarde, são três da manha. Devias ir para casa. - ele levantou-se e tomou-me no seu colo, como fizera antes. - Eu levo-te .
Sorri, envergonhada e agarrei-me. Lembrei-me que o meu anel era de prata.
-Angel? Se eu te tocar com o anel, nao te magoas por ser de prata? - ele sorrio a olhar para a frente.
-A ideia é essa. Era para te comprar de ouro, mas decidi comprar prata mesmo por magoar. assim, se a Margo te atacar, tens uma arma. - bem pensado.
-És a pessoa mais atenciosa que já conheci.
-Tu também anjo.
-Mas eu não te dei nada... - senti um nó no estômago. Ele ofereceu-me um anel caro e eu, nada.
Paramos.
-Ofereceste-me o teu amor... - sussurrou-me. Desci do colo dele e beijei-o. Encostei-o a uma árvore e começamo-nos a beijar loucamente.
-É tarde...
-I don't care. - os meus olhos fitavam os dele, como ele outrora fitara is meus.
Ele desceu pelo meu pescoço e começou a beija-lo. Sentia tanto... Ohhhh... Nunca me sentira assim, sentia prazer misturado com amor e medo e tudo à mistura. Ergui meu pescoço para traz para que ele mo beija-se ou mordesse. Não me importava se ele fizesse a segunda opção.
-Queres ser a minha humana?
-Disparate, já sou a tu humana - sorri.
-Se fores a minha humana, nenhum outro vampiro se poderá alimentar de ti sem eu sentir. Apenas eu. Serás apenas minha. Mas tem um preço... Temos de beber o sangue um do outro. Aceitas? - não sabia o que responder.