O meu olhar estremeceu.
-Anjo, tu sabes que podes confiar em mim. - ele beijou-me.
-Eu... Eu aceito... - olhei para baixo.
Ele sorrio.
-Terei direito a escolher o meu local para morder? - ele sorrio com ar de tarado. Boa, agora apetecia-me rir. Como era possível ele conseguir provocar tanta mistura de sentimentos em mim?!
-Depende, depende. - pisquei-lhe o olho.
-Hum... Talvez aqui? - ele colocou a mão na parte superior do meu peito (parte superior, sim?) e sorrio.
-Hum... Não sei, não sei. - fiz-me de má, a brincar com ele.
-Aceito isso como um sim, mas terás de me beber o sangue primeiro. - ele tirou uma faca que tinha no fato (sim, ele andava cheio dessas coisas.) e fez um corte leve no pescoço. - bebe.
Ele encostou minha boca ao seu pescoço e comecei a beber. A primeira vez que tivera provado sangue, fora à 4 ou 5 anos, quando fiz um enorme corte no braço. E bem, por mais bizarro que fosse, eu gostava do sabor do meu sangue. Mas o dele.... O dele fazia-me sentir tão.... Tão... Tão desejada, sentir-me única. Sentir-me especial.
Parei e depois olhei-o, tinha sangue à volta da boca. Ele sorriu-me.
-Agora, pareces uma vampira. - sorri envergonhada. - Minha vez. - ele fitou meu decote. Abri a boca numa expressão do género: Não abusar.
Coloquei o cabelo para traz e preparei-me para que ele me mordesse.
-Quando quiseres. - fechei os olhos.
-Isto irá simbolizar o nosso amor. Nunca te esqueças que as juras, pactos e etc não podem nunca ser cancelados. - ele sorrio.
-Não pretendia cancelar. Nunca...
Ele cravou meus dentes no meu peito (parte superior) e começou a sugar-me o sangue. Mas não como fizera antes. Bebia-me o sangue com moderação, lentamente e com calma e controlo. Desviou a sua cara do meu peito.
-És minha. - ele sorriu. - e eu, sou teu.
Abracei-o.
-Queres ir a minha casa? - olhei para baixo envergonhada por perguntar. Não seria fácil entrar em casa neste estado. A minha mãe teria um ataque cardíaco na hora. Precisava de uma ajudinha. E a dele vinha mesmo a calhar. Principalmente por ser ele.
-Adoraria. - ele beijou-me a testa e levantou-se, tomando-me no seu colo de novo, como se eu fosse uma princesa. Pelo menos, sentia-me como tal.