-Eu também te amo… - deixamo-nos levar pelos sussurros. Esperara tanto por aquele momento. Apenas queria que durasse para sempre. Internamente.
-Estou a ganhar coragem para te dizer isto à um ano… Mas nunca tive coragem… Talvez por ter medo de me apaixonar. – ele sorrio e olhou para baixo. Coloquei meu dedo sobre a boca dele.
-Shhh… Agora nada importa… - deixei-me levar por um beijo que me consumiu a alma e coração. – Apenas nós… - sorri.
Começamos a andar por entre o relvado e jardim da escola. Por entre as papoilas, palmeiras, benjamins e rosas. Aproximei-me de umas rosas brancas, que à luz da lua pareciam perfeitas. Mais do que já eram. Com todos aqueles picos, mas ainda assim, inofensivas. Toquei num pico da roseira branca.
-As rosas são tão perfeitas… - sorri a olhar para a rosa – parecem ser tão linda e defensoras mas no final, qualquer um pode chegar aqui e arranca-la. – parti a rosa e piquei-me – Mas elas enganam-nos... Elas têm uma enorme abilidade para se defender. – olhei para o meu dedo a sangrar. Reparei que ele olhava para meu dedo com sangue estranhamente. – Está tudo bem?
-Ham… Sim… - ele olhou para o lado.
-De certeza…? – aproximei-me dele. – Não pareces bem … - ele empurrou-me, fazendo-me cair e fazer um corte no peito, ao cair nas roseiras.
-Está tudo bem! – gritou comigo. Comecei a sangrar do peito.
-Não era preciso gritares e fazeres-me isto… - olhei para baixo com dores e quase a chorar.
-Desculpa… - ele aproximou-se e pôs-se de joelhos para me ajudar. A ferida sangrava cada vez mais. Olhei para os seus olhos, olhavam fixamente para a minha ferida e… e… Estavam vermelhos.
-Angel?! – ele não tirava os olhos da minha ferida. De um momento para o outro, ele fica com duas presas. – Mas que… - não sabia o que fazer.
Senti uma espécie de duas agulhas enormes a perfurar-me a pele. Como se me chegasse até ao outro lado do pescoço. Mas a pior sensação foi saber que não eram as agulhas mas sim os dentes dele a perfurarem-me a pele e a beberem meu sangue do pescoço. Começava a perder as forças. Sem saber mais o que era verdade ou mentira. E sem saber o que afinal era a pessoa por que estava apaixonada. Se é que se podia chamar pessoa.