Amante Exilado

O sangue que corria em suas veias era sujo e impuro, o sangue de uma aberração. Definitivamente o líquido vermelho, não apenas o próprio, lhe enojava. Tentava controlar seus instintos ao máximo, cada pequeno detalhe percebido por seus incríveis olhos de águia, cada perfume específico que suas narinas conseguiam captar, cada som e cada pensamento.
A cada dia que se passava, Macy se camuflava mais e mais entre as pessoas normais, entre aquela mesmice cheia de futilidades e totalmente distorcida da realidade.
Às vezes era fácil se esquecer de quem realmente era e, por estar com uma pessoa normal, não só pelo fato de ser normal, mas por amá-la, a fazia sentir-se como os outros. Que a verdade nunca seja dita não é mesmo? Quem aceitaria uma fera?