Capítulo 9 - Don't Hideaway Again

PDV - Freddie

Não acredito que a Sam agora resolveu extravasar os seus profundos sentimentos. Bom, era raro vê-la chorando e fazendo essas atrocidades, como beber...

E tudo isso é culpa minha.

– Eu vou atrás dela - disse Carly, começando a chorar. - A Sam não pode sumir de novo!

Quando a morena está prestes a sair do apartamento, ouço Spencer lançar um de seus gritos estéticos.

– CARLY! - gritou ele, possivelmente do banheiro.

– O quê!? - Ela gritou de volta, bem nervosa.

– Eu me esqueci do shampoooo! - cantarolou ele, num tom bem alto. Apesar do clima dramático (relacionado a Sam), aquela cena era bem cômica. - Por favor, me dá o novo shampoo! Ele está nas sacolas do supermercado!

Carly olhou indecisa para mim, afinal, teria que correr atrás da amiga, justo na hora em que o irmão pede a sua ajuda com uma bobagem.

– Pode deixar! - falei, correndo até a porta. - Eu vou atrás da Sam.

– Toma cuidado, Freddie - pediu a morena. - E me manda notícias!

– Okay! - falei, correndo para o corredor.

(***)

Tentei ser o mais rápido possível para alcançar a Sam, onde quer que ela estivesse. Procurei por todos os cantos do Bushwell, incluindo os elevadores quebrados e as salas de emergência, mas nada da loira.

– SAM! - gritei enquanto subia alguns andares.

Talvez eu estivesse no décimo terceiro corredor daquele prédio e estava prestes a ir para o décimo quatorze, quando me deparo com uma garota jogada no chão. Era a Sam.

– Ah, não! - corri até a garota. - Sam! Você está me ouvindo!?

Ela rolou pelo chão e atirou a garrafa de vodca para uma direção qualquer.

– Eu... - Sam cuspiu um pouco da bebida - Eu falei para você não me procurar, nerd maldito!

– Sam! - toquei em seus lábios. - Me promete que nunca mais vai beber...

Ela sorriu de forma descontraída, como se eu tivesse contado alguma piada engraçada.

– Por que eu iria fazer isso? E logo para te agradar!? - Ela voltou a dar o seu sorriso debochado. - Agora eu entendo... Só você pode beber, né?

Suspirei fundo, ignorando as 'patadas' da Puckett sobre a minha pessoa.

– Vejo que você não está em condições de voltar para casa.

Seu doce sorriso foi desmanchado.

– Quem disse que eu quero voltar para casa!?

– Você precisa! A sua mãe deve está preocupada, assim como a Carly está.

Ela bufou.

– Não... Não vou! A minha mãe não liga para mim.

Sam se arrastou para longe de mim, mas não foi tão longe assim, pois eu consegui alcançá-la a tempo.

– Ah, você vai! - A coloquei no braço e a levei para o apartamento dos Shay's.

Quando entrei no apartamento dos Shay's, encontro a Carly e o Spencer desesperados no sofá da sala.

– Sam! - gritou Carly quando a viu em meus braços.

– O que aconteceu? - perguntou Spencer, surpreso. - A Carly me disse que a Sam saiu daqui às pressas.

A princípio não consegui explicar todos os fatos, de imediato, por estar sem fôlego para falar algo, afinal, desci uns cinco andares e carregando a Sam nos braços.

A 'loira-raivosa' também não conseguia falar sobre o ocorrido. Ela estava meio sonolenta e não falava coisa com coisa, então não forçamos a barra.

– Vamos levá-la para o meu quarto! - decidiu Carly, quanto enxugava as lágrimas.

– Deixa que eu te ajudo! - disse Spencer, desesperado.

Pensei que ele fosse me ajudar a carregar a loira, mas Spencer apenas apertou o botou do elevador.

(***)

Horas depois, quando Sam finalmente se recuperou da bebida, (Carly e eu) tivemos uma conversa bem rígida com a Puckett. No entanto, a Carly foi a primeira a falar:

– Olha só o trabalho que você nos deu, garota!

Sam, que estava de repouso na cama, tampou o rosto com um ursinho de pelúcia da Carly, que estava ao lado de uma móvel.

– Desculpa, amiga - disse ela, envergonhada. - Não vai acontecer de novo.

– Assim espero - disse a morena, chateada.

– Ei, cadê as minhas roupas!? - perguntou Sam quando notou que estava usando um short azul e uma blusa, que dizia: "Eu amo Vegas".

– Coloquei para lavar - respondeu Carly. - Tivemos que dar um banho em você.

Sam arregalou os olhos e lançou um olhar ríspido para mim.

– Eu não fiz nada! - falei, antes que a loira pudesse deduzir algo. - A Carly não deixou que eu me aproximasse do banheiro.

Sam voltou as atenções para a melhor amiga, questionando:

– E o Spencer!?

– Ele também, não - respondeu Carly. - Spencer está lá na cozinha, fazendo uma sopa para você.

Sam abriu um grandioso sorriso, que - por si só -, dizia "Adoro sopa".

Pedi a Carly para que me deixasse a sós com a Sam e ela concedeu, embora, a Sam fizesse a sua expressão de 'tédio' para mim.

– O que é agora? - questionou ela, rudemente.

– Calma - Aproximei-me da cama. - Só quero conversar.

Sam cruzou os braços.

– Sei que você me pediu para não procurá-la mais, só que... Eu não vou desistir de você, Sam. - Ela levantou uma das sobrancelhas. - Estarei sempre por perto, para saber se você estará bem...

– Se você se aproximar de mim mais uma vez, irá sofrer as consequências! - interrompeu ela, ignorando os meus argumentos. - Começando de agora! Saí!

Ela jogou o ursinho 'fofo' no meu rosto.

– Não vê que eu não te quero mais!? - Seu tom de voz não foi tão convincente. - Você só me traz sofrimento e, por essa razão, eu não vou mais chorar ou... morrer por você, nerd!

Me afastei lentamente da cama, peguei o bicho de pelúcia - que estava jogada no chão - e coloquei ao lado da Sam.

– Tudo bem! - falei, me afastando novamente. - Mas você terá que me engolir, Sam. Veja, eu moro ao lado da sua melhor amiga e... Até convivo com ela. - Novamente, Sam estava prestes a jogar o bichinho de pelúcia em mim. Tudo para que eu fosse embora e eu estava indo. - Em algumas semanas, as nossas aulas irão voltar...

– E daí? - perguntou ela, sem querer saber.

– E daí que iremos ficar na mesma sala - falei, quase saindo do quarto. - Se esqueceu!?