Conclusões

Um mundo estranho comandado por pessoas que nem sequer conhecemos direito, enquanto alguns têm o poder para controlar tudo como simples fantoches, outros acham que podem manipular os outros e julgarem para no fim te abraçarem e falarem qualquer coisa agradável. Eles destroem qualquer coisa, acho que está no nosso sangue destruir. Coisas, lugares e pessoas, destruírem um ao outro. Eles podem estar apenas usando palavras contra os outros ou apenas um olhar, mas estão destruindo-os.

Essa é minha conclusão que cheguei depois de observar muito tudo a minha volta. Não sei o porquê de todos agirem de certa forma, será que é algum tipo de competição entre eles? Talvez. Eu também sei que eles constroem sonhos que um dia vão deixar para outros segui-los também, mas qualquer um pode desfazê-lo. É tão fácil fazer tudo acabar errado. E o meu sonho? Será que eu tenho um? Acho que não. Se tiver, eu mesmo já o desfiz.

Uma coisa pior que eu aprendi e conheci muito no meu dia a dia foi a solidão. Sim, todos nós possuímos a solidão, é como uma doença. Seu remédio são as pessoas, uma coisa fácil de conseguir para alguns e difícil para outros, às vezes podemos enganar a solidão usando pessoas falsas. Interessante isso, não? E nós fomos criados para viver e também usamos coisas ao nosso redor que nós próprios fizemos, mas nós mesmos somos usados!

E das pessoas vem a amizade e o amor. Não tenho o que dizer sobre isso, eu não sei o que realmente é. Mas eu observei, apenas observei. Elas ficam juntas, conversam e dão risadas, se ajudam e falam alguma coisa como “Eu te amo” ou “Nunca vou te esquecer”. O que é isso? Eu não acredito nisso, é tudo uma farsa. O tempo vai passando e caminha para frente, você é obrigado a acompanhá-lo, com isso você começa a conhecer outras pessoas e seus pensamentos começam a mudar junto. E as pessoas do tempo passado? Você as esquece, sim, é isso mesmo. Então, na verdade, amizade e amor são apenas coisas passageiras na vida. E foi essa minha conclusão.

Sobre mim? Bem... Eu me chamo Verloren, sou uma garota de 15 anos. Minha única doença é a solidão. Eu passo meu tempo observando tudo a minha volta e tentando entender, essa é minha rotina. Às vezes eu me canso de olhar e observar sempre as mesmas coisas e simplesmente fecho os olhos e tento entender a mim mesma, também tento entender porque eu sou desse jeito, porque eu não conheci a amizade e o amor. Porém, eu desisti de tentar entender, apenas vou tentar procurar um caminho para seguir. De todas essas minhas conclusões eu tento mudá-las para melhor, mas eu nunca consigo. Tenho certeza que é por falta de experiência própria. São tantas coisas passando pela minha cabeça... Tantas coisas que eu quero encaixá-las uma na outra e chegar a uma conclusão final e, depois, encaixá-la em mim mesma. Eu acho que eu realmente desisti de tudo. Dói, dói muito ficar pensando em tudo isso, me faz apenas ficar ainda mais confusa. Acho que vou parar de observar tudo ao meu redor e prestar atenção por onde estou indo.

Eu vivo na solidão, vivo desviando das pessoas e tentando procurar um jeito de sorrir e abraçar o mundo. Eu tento, mas sempre desisto. Estou sempre perdida, sempre confusa.