Pov Rachel

Jesse está deitado de barriga no meu colchão, mexendo as pernas pra cima e mudando de canal com o controle remoto. O short rosa da minha mãe, apesar de estar largo de tanto lavar, fica bem marcado nele. Eu nunca tinha reparado que ele tinha uma bunda tão... atraente.

Eu me deito ao seu lado e lhe dou um tapinha no bumbum.

"Gostosa." - brinco com ele, quando ele me olha com os olhos arregalados.

"Acho que gostei, hein." - ele também brinca - "Deixa eu tirar essa coisa apertada de uma vez."

Ele se levanta, e tranca a porta do meu quarto. Tira o ridículo shortinho rosa, e o joga na minha cadeira.

"Uhul! Tira tudo, gatinha!" - brinco com ele, girando minhas mãos no ar. Ele dá risada, e simula uma dança sensual pra mim, mexendo a cintura e passando as mãos pelo peito.

Ual. A temperatura subiu ou é impressão minha?

Ele ri e se joga na cama, praticamente em cima de mim.

"Você tá de sutiã?" - ele pergunta, já erguendo a minha blusa.

"Estou." - digo, dando um tapa na sua mão.

"Tira." - ele diz, olhando nos meus olhos com seu sorriso travesso.

"Não." - cruzo meus braços em volta do peito.

Mas estou apenas fazendo charminho pra ele.

"Tiiiiira! Por favor! Não precisa nem tirar a blusa…" - ele diz, passando os dedos sob meus seios - "Eu detesto esse bojo horroroso… quero ver seus biquinhos…" - ele diz, suas mãos brincando com as alças do meu sutiã.

Eu juro que a temperatura desse quarto não para de aumentar!

"Você não vai ver os meus peitos, Jesse." - digo, e ele faz biquinho.

"Hunf! Tá certo, melhor não fazermos nada mesmo, é meio estranho com a sua mãe em casa e…"

"Não, nós vamos fazer." - eu o interrompo. Ele perde a fala, e me olha.

"Nós vamos? Mas você disse que…"

"Eu disse…" - digo, enquanto me viro de costas pra ele e tiro meu sutiã, mantendo a blusa - "que você não vai ver os meus peitos hoje. E você não vai. Mas nós vamos fazer sim." - eu me viro pra ele, e tiro meu short, puxando minha calcinha junto - "E você pode tocar o que quiser, onde quiser… menos neles."

Jesse está vermelho como um pimentão, e sua boca está aberta. Eu puxo sua cueca por suas pernas.

Não sei de onde vem essa energia que incendeia o meu corpo, mas sei exatamente o que fazer com ele, e como fazer.

"Rachel…" - Jesse suspira, e eu coloco suas mãos pra trás, entrelaçando-as. Ele permanece dessa forma, me olhando e respirando fundo.

Eu abro minhas pernas pra ele.

"Eu disse que ia te punir, Jesse St. James." - eu sorrio.

"PUTA...QUE...PARIU." - Ele sussurra, olhando meu corpo e mordendo os lábios.

E ele me penetra imediatamente.

Jesse respira tão alto que eu preciso cobrir sua boca com minhas mãos.

"Não faz barulho!" - digo. Jesse se mexe dentro de mim de uma forma que nunca fez antes, seus olhos concentrados nos meus seios marcados na blusa. Ele solta os braços e os apoia no colchão, se movendo mais rápido dentro de mim.

"Deixa eu ver eles." - ele me pede, ainda se mexendo, seu cabelo balançando e seu rosto se contorcendo num sorriso de prazer. Ele é tão lindo, tão lindo. Quero enlouquecê-lo completamente.

"Não." - repito minha doce punição.

"Tira essa blusa, Rachel, por favor…." - Jesse nunca se moveu tão rápido dentro de mim como o faz agora, sua respiração falhando, seus olhos vidrados nos meus seios.

"Você não pode tocar neles, mas eu posso. Você quer que eu toque neles, Jesse?" - pergunto, e ele balança a cabeça repetidamente. Eu os toco, primeiro por cima da blusa, tocando meus mamilos, enquanto ele observa tudo atentamente e geme baixinho. Eu desço as alças da minha blusa e exponho meus seios, e enquanto continuo os tocando, Jesse sorri tanto que seu maxilar pode se deslocar a qualquer momento. Ele mantém o ritmo dos movimentos dentro de mim, e eu sinto todo o meu corpo se movendo.

"Eu quero tanto chupar esses seus peitinhos, Rachel!" - ele sussurra, os olhando.

Eu paro de me tocar. Chega de torturas.

"São todos seus…" - eu digo. Ele para de se mexer. E se inclina imediatamente na direção dos meus seios. Ele toma um deles nos lábios, e o suga com força, como nunca fez antes. Suas mãos massageiam meu outro seio, e ele volta a se mexer dentro de mim, rápido, rápido, forte… até que respira fundo e se desmancha dentro de mim.

Jesse está respirando tão fundo que eu quase me preocupo, mas o sorriso gigantesco no seu rosto demonstra que ele está bem, está mais do que bem.

Eu não faço ideia do que eu fiz, do porque eu fiz… Esse negócio de estar excitada é muito esquisito!

"Rach…" - ele quer falar sobre isso. Eu não quero falar sobre isso!

"Preciso fazer xixi!" - eu pulo da cama em direção ao banheiro o mais rápido que eu consigo.

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Tento enrolar um pouco no banheiro, mas sei que não há outro jeito, vou precisar encará-lo em algum momento. Me lembro de tudo que acabamos de fazer, e meu rosto queima. Foi tudo tão bom, vê-lo desse jeito, dizer essas coisas pra ele…. Esse é o mesmo cara com quem eu assisto desenho animado?

Saio do banheiro e corro rapidamente em direção à cama, me escondendo embaixo dos lençóis.

Teria dado muito certo se Jesse e eu não estivéssemos dividindo o mesmo lençol.

Ele também se cobre com o lençol, e estamos os dois assim, nos olhando. Jesse tem um meio sorriso no rosto, e eu me sinto eufórica e envergonhada ao mesmo tempo.

"Você tá bem?" - ele pergunta, sua mão acariciando meu rosto. Eu balanço minha cabeça lentamente.

"Não sei o que deu em mim." - eu digo. Ele sorri.

"Sexo. Eu te disse que mudava as coisas."

"O que você achou?" - eu pergunto.

"Quer saber sobre o Jesse, seu amigo e namorado, ou o Jesse homem?" - ele diz.

"Ambos." - eu digo, aproximando meu rosto do dele.

"Estou com medo de ter te machucado. Acho que perdi o controle." - ele está sério, olhando pra mim.

"Não machucou…" - digo, e estou envergonhada, mas quero que ele saiba de tudo - "Foi diferente. Foi bem gostoso."

"Você não gozou." - ele diz, e acaricia meus braços.

"Foi gostoso assim mesmo. E eu gosto de ver você…" - fico tímida. Ele continua me olhando.

"Fala, Rach. Pode falar."

"Gozando." - é estranho dizer em voz alta, apesar de ser o que acontece - "Eu gosto da cara que você faz quando goza." - ele sorri.

"Também gosto de ver você. Faz eu me sentir bem." - ele diz, e eu escondo meu rosto em seu peito. Coloco minha perna em cima da dele, e me sinto tão tímida e tão confortável ao mesmo tempo. Estou descobrindo tudo ao lado dele.

"E como homem?" - pergunto, erguendo minha cabeça. Ele me olha nos olhos.

"Foi espetacular. Te ver… no controle. Eu adorei. Nunca tinha feito algo assim. Por favor, vamos fazer isso de novo." - ele diz, e seus olhos nunca se desviam dos meus.

Tudo o que eu consigo fazer é sorrir.

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Meu despertador toca baixinho, e eu desperto. Jesse, com seu sono de pedra, gira pro lado e resmunga, sem despertar. Nós dormimos abraçados, ainda despidos. Eu me levanto devagar, e enquanto visto minhas roupas, observo seu rosto. Ele está deitado de costas, respirando baixinho, uma das mãos repousada sobre a barriga. Eu olho cada parte do seu corpo e sorrio.

Eu tive tanto medo desse sentimento por Jesse, de que tudo mudasse ao darmos esse passo. Mas agora, o vendo dormir, eu sinto que tudo se organizou e se arranjou dentro do meu coração. Olhando pra ele, eu vejo o meu melhor amigo, o meu namorado, o cara que eu desejo tanto e pra quem posso contar tudo. Todos em um só, todos meus.

Cubro o seu corpo com o lençol, e dou um beijo em sua testa. Ele continua dormindo profundamente.

Saio do quarto sem acender a luz, andando na ponta dos pés.

"Bom dia, Rachel." - minha mãe já está sentada no sofá, com uma xícara de café nas mãos.

"Já tá tomando café, mãe?" - pergunto. Nós sempre tomamos café juntas, e quando ela está escalada pro jornal do almoço, como hoje, eu acordo bem cedo para que possamos ter esse nosso momento. Noto que a mesa de café está posta, como de costume.

"Eu não quis entrar no seu quarto. Acordar vocês." - minha mãe me diz, se sentando em seu lugar na mesa e já pegando um dos pães. Me sento em frente a ela.

"O sono de pedra continua dormindo profundamente." - eu digo, e não consigo conter o sorriso que escapa dos meus lábios ao pensar nele.

"Colocou o colchão extra no chão pro Jesse?" - minha mãe me pergunta, me olhando.

"A gente dorme na mesma cama, geralmente." - eu digo, olhando pra minha xícara de café. Quando ergo o rosto, minha mãe ainda está me observando.

"Uhum." - ela diz, e volta a beber o seu café.

"Mãe…" - eu digo, pegando um dos pães também - "eu estava pensando… se eu quisesse trazer um menino… pra dormir aqui. Você deixaria?"

"Quem? Kurt? O tal Finn?" - ela pergunta, me olhando.

"Sei lá… um menino hipotético." - estou praticamente sussurrando.

"Depende. Eu conheço o Kurt, conheço o pai dele da época que vocês eram crianças. Finn é o irmão dele, não é? Não o conheço, mas já conheço o pai. Podemos conversar. Dependendo de quem for, pode vir dormir aqui sim, desde que durma no sofá."

"O Jesse sempre dorme no meu quarto." - eu deixo escapar, tentando argumentar.

"É totalmente diferente, Rachel. Eu conheço aquele menino desde o primeiro dia da vida dele."

"Uhum." - encaro a mesa, passando manteiga no pão.

"Rachel…" - minha mãe me diz. Eu olho pra ela.

"... Tem alguma coisa que você queira me perguntar? Ou me contar?" - ela me olha tão intensamente. Esse deveria ser o momento, deveria ser a hora em que eu digo a ela como me sinto, que o meu sentimento por Jesse cresceu e se transformou numa coisa linda. Que eu sou a garota mais feliz do mundo quando estou com ele, junto a ele, que sempre fui e que agora sou ainda mais. Que eu quero estar com ele, dormir ao lado dele, abraça-lo e beija-lo e ser dele toda vez que o vejo, que penso nele. Que eu sei que pode ser estranho pra ela no início, mas que nós nos amamos. Nos amamos de um jeito novo e incrível. Nos amamos de verdade.

Mas não consigo dizer. Tento, mas não consigo sequer encontrar a minha voz. Não consigo dizer nada.

"Não." - digo, mordiscando meu pão.

"Tá bem." - minha mãe diz, já levantando da mesa - "Tenho que ir." - ela vai ao banheiro escovar os dentes. Me sinto mal por esse silêncio pairando entre nós.

Minha mãe sai do banheiro, e me abraça.

"Sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe?" - ela me diz. Eu a amo tanto. Me sinto tão mal de não conseguir conversar com ela, e nem sei direito o porquê.

"Sei sim." - digo, e ela beija minha testa.

"Então tá bem. Tô sempre aqui, minha criança, posso estar longe e trabalhar muito, mas tô sempre aqui. Agora preciso ir, mas a gente conversa com calma depois, ok?"

"Tá bem." - digo, e a levo até a porta.

Entro no meu quarto ainda na ponta dos pés. Jesse continua dormindo na mesma posição, respirando profundamente. Eu noto sua camisa jogada na minha cômoda. Tiro todas as minhas roupas outra vez, e a visto.

Me deito ao seu lado, observando seu rosto, enquanto ele se aconchega para mais perto de mim.

—----

São 10:30 da manhã. É sábado, e Jesse segue dormindo ao meu lado. Já se mexeu diversas vezes, e agora o lençol que o cobria está caído no chão. Estou sentada na cama, a tv ligada com o volume bem baixo.

Jesse geme alto, e eu olho pra ele.

Seu rosto, apesar de adormecido, tem um leve sorriso. Seu peito sobe e desce. Seu corpo está ereto. Ele está sonhando.

Me deito novamente ao seu lado, sob seu braço, enquanto observo a forma como seu corpo tenta se mexer em direção ao seu sonho, enquanto seu membro enrijece cada vez mais. Quero tocá-lo, mas não o posso. Não com ele dormindo.

Ele respira fundo e abre os olhos de repente.

"Oi." - digo, baixinho. Ele me olha, e sorri.

"Você é de verdade." - ele se vira, e abraça minha cintura. Fecha os olhos e se aconchega mais perto de mim.

"Você tava sonhando?" - digo, acariciando o seu rosto enquanto ele continua com os olhos fechados.

"Uhum. Com você. A gente tava fazendo amor." - ele diz.

"Você sempre sonha quando fica assim?" - eu toco sua ereção.

"As vezes sim, às vezes não. É uma reação involuntária." - ele abre os olhos, e me observa.

"Te incomoda?" - eu pergunto, deslizando meus dedos delicadamente sob seu corpo. Sei como ele gosta, sei como fazê-lo sentir prazer - "Por exemplo, quando você tá assim e não faz nada?"

"Incomoda um pouquinho sim." - ele suspira baixinho enquanto brinco com o seu corpo.

"Amor…" - ele diz, me olhando - "Você sabe que não precisa fazer isso sempre, né? Eu não quero que a gente seja o casal que só transa."

"Eu sei. Eu gosto de te tocar. Você parecia estar se divertindo muito no sonho." - digo. Ele sorri.

"Tá mais gostoso agora." - ele diz, e enquanto eu o toco, ele me olha. Me sinto envergonhada, amada, sexy, linda... tudo ao mesmo tempo.

Ele não gosta de chegar ao ápice assim, nas minhas mãos. Fica envergonhado. Eu paro de o tocar, e enquanto ele termina sozinho, eu o observo.

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"Não precisa ter vergonha de mim." - eu o abraço por trás enquanto ele lava as mãos, beijando suas costas.

"Com calma." - ele diz, se virando e me beijando - "Com calma a gente vai se acostumando, tá? Ainda parece estranho pra mim… fazer isso com você."

"Tá bem." - eu digo - "Agora escova os dentes, porque você tá com bafinho e eu quero te beijar."

Ele ri, e pega a sua escova de dentes, que eu tenho a meses no meu banheiro. Escovamos os dentes juntos, e ele sorri, olhando pra mim.

"O que foi?" - pergunto, também sorrindo.

"Isso tá acontecendo mesmo? Eu acordei, te vi, você me tocou, agora estamos escovando os dentes… você tá com a minha camisa." - ele me abraça pela cintura.

"Eu sempre quis fazer isso, acordar e vestir a camisa do cara, como nos filmes."

"Casa comigo?" - ele me pergunta, de repente.

"Eu nem fiz 17 ainda!" - digo, e ele ri.

"Não agora. No futuro. Casa comigo? Eu quero viver a minha vida toda com você." - diz, e me dá um selinho.

"Você não tava pensando em casar comigo antes? Se eu soubesse não teria feito nada do que fizemos 10 minutos atrás." - brinco com ele. Ele me dá inúmeros selinhos. Eu seguro seu rosto, e digo o que sempre disse, o que eu sempre soube. Mas que agora, é tão, tão diferente, tão importante, e que precisa ser dito em voz alta.

"Eu amo você." - digo, olhando em seus olhos. Ele sorri.

E isso é tudo o que importa.